Fanfic: Brincando Com o Amor | Tema: Rebelde, Chaverroni, Vondy, Ponny DyC, MyC, AyA

Após bater com a porta do carro de Derrick, se virar e começar a caminhar em direção a porta de sua casa, o momento que ela temeu havia chego e ela não estava conseguindo digerir aquilo muito bem, poderia parecer um exagero pois não havia acontecido nada, Derrick havia sido um perfeito cavalheiro com ela, mas ele havia feito a primeira tentativa e obviamente haveriam outras, até quando ele aguentaria os “Não”? como Dulce poderia estar tão certa de que seriam sempre “Não”? Qual é, ela e Derrick já estavam juntos há algum tempo, seus pais o conhecem desde sempre, conhecem seus pais, Dulce não tinha medo de que aquilo fosse uma aposta, ela sabia que não era, mas então por que era tão difícil assim dar mais um passo em sua relação? A verdade é que Dulce não precisava nem mesmo se questionar com nada disto, ela sabia as respostas e a resposta para cada pergunta era “Christopher” era tudo culpa dele, o amava tanto que não conseguia se entregar para Derrick, ou para ninguém,     quando pensava em ter relações com alguém Christopher não era o primeiro nome da lista, era o único nome na lista.

Dulce entrou em casa e foi diretamente para o seu quarto, ultimamente fazia muito isto e mais uma vez à culpa era de Christopher, ele havia a mudado por completo, ela não se parecia com ela mesma em nada, sabia que seus pais pensavam o mesmo, eles a amavam de qualquer maneira, sendo a Dulce boboca e ingênua, ou sendo a Dulce forte e venenosa, mas sabia que se pudessem escolher eles ficariam com a boboca ingênua. Ao entrar em seu quarto ela fechou a porta, caminhou até a cama e se sentou, apoiou suas mãos no colchão enquanto se permitia pensar por mais algum tempo, com o olhar fixado no piso bege de seu quarto, sua atenção foi desviada com a porta se abriu, era Blanca.

– Ouvi o barulho da porta, imaginei que já tinha voltado. Comeu na rua ou quer que eu esquente... – Dulce a interrompeu.

– Eu comi mãe.

– Ok, então. – disse Blanca ainda parada na porta com a mão na maçaneta, ela fez menção em fechar a porta, mas conhecia bem a filha e sabia que algo a estará incomodando. – Aconteceu algo? Quer dividir alguma coisa?

– Não aconteceu nada.

– Certeza? – Insistiu.

– Absoluta.

– Ok então. – Disse Blanca com um sorriso visivelmente forçado estampado em seus lábios enquanto ia fechando a porta.

            Lá estava mais um vestígio de sua mudança, a antiga Dulce teria pedido para que sua mãe entrasse e teria compartilhado com ela seus medos, inseguranças, provavelmente por vergonha deixaria de fora a parte sexual, porém contaria sobre a confusão de sentimentos que existia dentro dela, mas aquela Dulce não, aquela guardava tudo para si, era seu próprio cofre.

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            Na manhã seguinte já na escola Dulce caminhava pelo pátio, quando seus olhos foram de encontro a uma arvore, muitos viam assim como uma arvore, mas para ela era mais que uma arvore, era a arvore onde recostada ela leu alguns dos seus livros, hum hobby que a antiga Dulce tinha, naquele instante ela sentiu saudades de ser quem ela costumava ser, quem ela era antes de Christopher surgir na sua vida, então movida pelas recordações que aquele lugar lhe trazia ela caminhou até lá, parou exatamente de baixo daquela arvore e a tocou, eram tantos bons momentos.

– Você costumava ficar bastante aqui. – Dulce então olhou para o autor da voz, não que precisasse olhar para reconhecer a voz de Christopher. – Deve ter boas recordações.

– Eu costumava me sentar aqui e ler meus livros, não tinha amigos então nos horários vagos, intervalos eu vinha pra cá para ler os clássicos da literatura... Mas foi aqui também onde você deu inicio ao seu plano sujo.

– Infelizmente eu sei. – Ele não podia fingir que não havia sido da forma com que ela estava falando por que realmente havia sido.

– Eu só não entendo o porquê eu? Eu nunca fiz nada que pudesse magoar alguém, eu não era nem mesmo notada por vocês, era completamente invisível. Em que momento vocês me notaram? Em que momento essa aposta aconteceu? Por que ela aconteceu? Só por eu ser estranha? Serio isso? Não é um clichê ridículo? – Christopher não sabia o que responder, ou melhor tinha medo que suas respostas só a fizessem odia-lo ainda mais. – Sabe o que é engraçado, eu já li alguns livros que falaram sobre apostas, pareciam românticos, mas não são... Não é romance é monstruosidade. Não há como perdoar, não há como seguir em frente e viver os felizes para sempre, sempre haverá dor, desconfiança e todo o sentimento acaba, não supera tal humilhação.

– Não fala Assim Dulce, por favor... – Ele umedeceu os lábios e suspirou. – Tudo tem um jeito.

– Não... Pra isso não. Quando eu olho pra você eu sinto muitas coisas, mas nenhum desses sentimentos chega nem perto de amor! – Ela mentiu. Mentiu na cara dura.

– Isso me mata por dentro. – Alegou ele baixando seu olhar.

– Eu não lamento nem um pouco. Agora vá, sai daqui antes que tudo volte ao normal e eu arranque o seu coro. – Ela não queria ter que humilha-lo naquele momento e ele soube disto desde o inicio daquela conversa, então optou por respeita-la, sai de lá sem ao menos olhar para trás.