Fanfic: Brincando Com o Amor | Tema: Rebelde, Chaverroni, Vondy, Ponny DyC, MyC, AyA

Pensativa e com a ferida reaberta dentro de seu peito naquele momento Dulce dirigiu-se ao banheiro feminino, encarou o enorme espelho diante das pias e encarou seu reflexo, o reflexo que a muito tempo não via, era uma Dulce fraca, machucada, doida. Por sua sorte estava sozinha, podia soltar tudo o que estava dentro de si e não demorou para a primeira lagrima descer pelo seu olhar, ela se olhava e via apenas cacos que ela não conseguia juntar, sentia que a dor não sararia jamais, era como se ela pagasse com sua vida por ser quem era, por ter sido escolhida para aquela maldita aposta.

Enquanto em silêncio observava as lagrimas rolarem de seu olhar Anahí adentrou o banheiro, mas em nada surtiu efeito em Dulce, ela continuo do mesmo jeito, em silêncio encarando seu reflexo. Anahí no primeiro momento assustou-se ao vê-la daquela maneira, não era normal ver aquela Dulce assim, não mesmo, então de fato qualquer um se assustaria ao vê-la naquela situação. O correto seria Anahí ignorar aquela situação, fazer suas necessidades e sair dali, mas Anahí não poderia fazer aquilo, não condiz com ela e mesmo Dulce não sendo sua maior fã ela não iria ignorar o sofrimento dela.

– O que houve? – perguntou Anahí aproximando-se dela.

– Não houve nada. – respondeu Dulce limpando seu rosto com as costas de suas mãos.

–  Ninguém chora por nada, mas se não quiser desabafar eu te entendo. Espero que melhore. –  Anahí então virou-se para deixa-la sozinha. Mas Dulce de fato precisava desabafar, precisava vomitar o que estava sentindo.

–  Por mais que eu procure uma resposta eu não encontro, o que eu fiz para merecer aquela aposta? –  Havia sido uma pergunta retorica. Anahí se virou novamente de frente para Dulce.

–  Você não fez nada por que não merecia o que eles fizeram.

–  Então por que fizeram? 

–  Por que eles foram uns idiotas. –  Dulce suspirou.

–  Eu fui tão ingenua ao acreditar que Christopher Uckermann estaria de fato interessado em uma garota como eu. 

–  De fato ele se interessou, mas já era tarde demais. –  Dulce assentiu. –  Olha, eu sei que você pensa que eu e a Maite fizemos parte disto, mas não fizemos, nos não sabíamos de nada e se soubéssemos jamais iriamos permitir que te fizessem isto. Não eramos suas amigas antes mas muito menos suas inimigas, não havia motivo para permitirmos tal atrocidade. 

– Atrocidade... Exatamente isto. Eu deveria odiá-lo com todas as minhas forças. – ela espremeu seus olhos.

–  Mas ainda o ama? –  perguntou Anahí fazendo-a encara-la pelo reflexo do espelho.

–  E isto importa? Amar ou não amar não muda nada. 

–  Vocês poderiam conversar e quem sabe... –  Dulce a cortou.

–  Se um homem te humilhasse da maneira que eu fui humilhada você perdoaria? Eu tenho a certeza que não, que não conversaria com ele pra tentar resolver absolutamente nada, porque todas as vezes que você o olhasse você iria lembrar do momento em que viu os amigos rindo o parabenizando pela aposta, por ter me levado para cama, uma garota que até então era virgem que estava se guardando para o homem da sua vida! Sim, eu estava me guardando para alguém especial, eu queria que fosse como nos livros que leio, nas novelas, que fosse com minha alma gêmea, mas o meu bem mais precioso para ela foi uma aposta. –  Anahí permaneceu em silêncio, o que poderia dizer ao ouvir tal relato. –  Vocês não pensam duas vezes antes de dizer que me tornei uma víbora, mas ninguém se coloca no meu lugar e carrega essa dor que eu tenho dentro de mim. fácil pedir para perdoar quando não é você quem sofreu.

–  As vezes somos injustos sim, mas não queremos que você o perdoe apenas por ele, mas por você também. 

–  Por mim? como pode dizer que por mim? O que acha que vão dizer se eu aparecer de mãos dadas com ela depois de tudo o que me fez? 

–  Como acabo de dizer por você e não pelas pessoas, Dulce você nunca se importou pela opnião ou aceitação de ninguém, não acho que agora você deveria mudar isto, talvez se você o perdoa-se você também ficaria em paz, poderia seguir em frente com ele ou sem ele, mas depois de uma conversa seria e de coração. eu acho que você deveria fazer isso pra cicatrizar esse seu coração. 

–  E se não cicatrizar? –  anahí então pegou a mão dela e acariciu.

–  pelo menos você tentou.

– Posso te pedir um favor? – Anahí assentiu.

– É claro. 

– Não conte isto para ninguém, nem mesmo para a Maite, deixe essa conversa só entre nós, não gostaria que saísse daqui. – Anahí concordou.

– Pode deixar, ninguém ficará sabendo desta conversa, mas acho melhor você limpar o rosto se recompor pois mais alguém pode entrar aqui e não ser tão discreta como eu. – Dulce assentiu.

– Obrigada!