Fanfic: __Casos proibidos__ | Tema: RBD & HOT

Caso 8. __ Prisioneiro. (6/9) 

   As horas se pararam lentamente. Era uma tortura saber que estaria perdendo tudo pelo o que meu pai lutou e pelo que fugiu a vida toda. Pensei em Christian demais também, medindo minhas escolhas, ele poderia não ser morto pelo seu “pai”, mas permanecer naquela mansão também seria a morte. Não, valia a pena o sacrifício. Christian era valioso demais para abandona-lo assim. O que me assustava era como ele iria lidar com tudo. A melhor das hipóteses era ele entender que tudo não passava de um trato para liberta-lo, mas conhecendo Christian... não... ele não iria entender mesmo que o próprio Ferdinando Herrera detalhe-se os motivos. Chris só verá aquilo que seus olhos vão querer ver. Só vai assistir o que for mandado como bom soldado que é, e por dentro estará louco de ódio e raiva.

    Eram nove quando voltei mansão Herrera. Meus homens estavam comigo, caso o acordo fosse quebrado e aquilo se transformasse na terceira guerra mundial. O próprio Ferdinando nos recebeu, todo sorridente como um açougueiro que recebe um belo boi para o abate. Conduziu-me por grandes escadas até chegar em uma porta contornada com o mais puro ouro.

− Esse era o quarto de seu avô, bela menina. Ninguém da minha família nunca esteve nele. Foi nesse aposento que o matei. – Reprimi um soluço ao escutar o maldito. – Poderá ver que está bem limpo e conservado, mas você sabe como é sangue né querida, nem sempre sai com sabão.

   Lágrimas rolaram sem controle do meu rosto. Marcas de sangue velhas e marrons eram claramente encontradas nas paredes brancas do quarto. Perto delas uma cadeira de tortura fora colocada e um Christian também chorava silenciosamente. Estava todo machucado e faltava-lhe um dos dedos da mão, mas estava vivo. Corri até ele e abracei-o com força. Ele não disse nada... mesmo não estando amordaçado.

− Bela visão temos aqui não é vô? – Ouvi Alfonso dizer. Soltei Christian e virei para olha-lo de frente. O maldito estava apenas de cueca box preta, pronto para tirar todo o proveito do mundo diante da situação.

− Sim, belíssima meu Alfonso. O amor sempre me causa uma certa comoção. Bom, não pretendo ficar. Tenha uma ótima noite meu neto e caso esse meu filho quiser a morte durante a noite... tome... – Entregou uma 42 automática na mão dele. – Ajudei-o no serviço.

   Era obvio que Alfonso nunca tinha atirado na vida, nem segurar o revolver ele sabia. Como era burro o todo poderoso Ferdinando Herrera, pensei já bolando um plano melhor do que nossa noitinha de amor.

   Alfonso encostou a porta e andou até mim. Puxou meu corpo com toda a violência possível, que não era muita comparado ao seu porte. Me soltei e  parei atrás de Christian que continuava quieto.

− Vai ser assim Herrera? A força? Disse que aceitava tudo para ter Christian de volta, mas não sabia que sem as cordas que te prendiam iria ser muito pior do que foi amarrado.

− Espera... – Christian começar a entender o que estava acontecendo ali. – Maite está aqui para me libertar? Todo aquele papinho que ela vinha para mostrar que te escolheu era falso?

− Eu nunca iria me juntar a eles para acabar com você Chris. Faz parte de um acordo nojento... os documentos do meu avô e uma noite com esse aí por sua vida.

− Está louca Mai... porque não me deixou morrer? Porque não ficou com esse aí já que era o que pensei que queria?

− Seu idiota, eu não te trocaria por ninguém no mundo... você é a pessoa mais importante que tenho...

− Desculpa atrapalhar esse momento novelinha das nove... – Interrompeu Alfonso já com a arma virada para minha cabeça. − ...mas estou excitado e louco para phuder essa gracinha de novo. Depois vemos como fica esse amorzinho de vocês.

   Alfonso me puxou novamente e eu fui dessa vez. Quando Herrera estava de costas, Christian percebeu eu havia desamarrado ele enquanto falava, mas se manteve em posição para esperar o momento certo de agir. Sutilmente, movi os lábios tentando dizer a Chris que Alfonso não sabia atirar. Esse por sua vez respondeu um breve “calma” tão silencioso quanto minha afirmação.

− Sabe o que é mais triste Christian... – Alfonso dizia para ele enquanto me deitava na cama de meu avô. − ...saber em um único dia perto dela, seduzi e tive o amor da sua vida. Engraçado né? Quanto tempo você esteve como o cachorrinho dela e não conseguiu absolutamente nada? Dois...três...sete anos? Responde pohha!!!

− Quatro anos.

− Quatro anos... e nunca dormiu com ela. Ah... isso não foi uma pergunta, da pra sentir que nunca tocou nela. – Disse abrindo minha calça com uma mão e a outra ainda segurando a arma. – Nunca sentiu essa boquinha, essas coxas, essa b*ucetinha apertadinha. Nunca. Agora, o que me deixa curioso é saber o que você fez com os outros caras que tentou algo com ela... hein... onde estão os outros?

− Não havia outros... não sou de ficar por ficar. – Gritei mesmo com a arma em mim.

− Shiu gostosa. Estou falando com meu... tio? É... meu tiozinho. Mesmo ela não notando tio, o que vocês com os outros?

− Já falei que nã...

− Estão mortos. – Christian falou baixo algo que pareceu ser o único segredo que havia entre nós. Olhei para ele assustada enquanto continuava. – Foram oito. A maioria novos capangas que desejaram ela, um outro era sócio e Will, um carinha que surgiu no único clube que Mai vai, foi o que chegou mais longe. Não ia mata-lo quando vi que ela não o desejava... mas ele era insistente. Ela dormiu com ele... ele dormiu com as formigas...

*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*

Uiiiiii... desculpa aí Chris...

Pouco ciumento o cara. 

O que estão achando amores?