Fanfic: __Casos proibidos__ | Tema: RBD & HOT

Caso 9. __ Aquela menina. (2/9)

  A necessidade de uma secretária mais a insistência dela me fez ceder. Dulce estudava de manhã, entrava às duas da tarde e ficava até as sete. Jantávamos juntos todos os dias, discutindo minha agenda, os casos, a politica, a vida... estava tão apaixonado que quando ela chegou para mim numa sexta-feira e disse que estava namorando... foi com se minha vida perdesse a luz que tinha ganhado.

− Sr. U!!! – Escutei Dulce chamar. Estava no meu quarto. Com o avanço do namoro, preferi ficar longe dela o máximo possível. Então cortei nossas conversas diárias para me trancar no quarto. Tentava estudar, mas na maioria das vezes só dormia mesmo... fugindo dos problemas.

− O cliente das quatro desmarcou.

− Ótimo. Não estou legal para trabalho. Pode ir embora hoje também Dulce.

− Posso ajudar em algo? Um chá... remédios talvez...?

− Não, obrigada Dulce. Vou melhorar. Até amanhã.

   Finalizei a conversa sem ter saído da minha cama. Escutei Dulce fechar a porta e chorei meu azar. Uma vida toda imune ao amor para me deixar levar por uma paixonite ainda. 

   Olhei para o meu guarda roupas e lembrei o que ele escondia. Meu pai por medo de me perder construiu um cômodo abaixo do meu quarto, com entrada somente pelo meu guarda roupas embutido na parede. Era um esconderijo perfeito, abri a porta e destravei a porta falsa ao lado com uma pressão no teto, era a única forma de abrir. Fechei o guarda roupas e a porta falsa ao passar.

   O quartinho estava bem empoeirado, afinal, a última vez que estive lá foi com meu pai. Nele tinha uma cama de casal, geladeira, micro-ondas, pia, um guarda suprimentos e um banheiro. Meu velho pai achava que eu poderia precisar ficar dias escondido caso alguém fosse vingar alguma condenação. Nunca aconteceu. Passei o dia limpando e colocando o lugar em ordem... peguei no sono após colocar roupas limpas na cama.

   Acordei me sentido melhor, lembrar do velho e do seu amor por mim realmente era bom. Aproveitei a manhã calma para arrumar o jardim, a cerca viva precisava de uma poda. Vi dona Blanca pintar um móvel no quintal e conversamos um pouco, ela estava preocupada pelo fato de ter mandado Dulce embora mais cedo no dia anterior, até recomentou que fosse procurar um especialista em enxaquecas. Voltei a cuidar da cerca quando ouvi uma voz chorosa e bem conhecida vindo da rua, me aproximei silenciosamente para ouvir.

− ... não quero ir Rodrigo... não acho certo fugir com você assim... Sim, eu te amo, mas podemos resolver de outro jeito... não grita comigo, não mandei você se meter com essa porcaria de trafico... se você se entregar... tá tá tá...entendi... eu vou com você, mesmo não achando o mais certo... não me manda calar a boca pohha... tá desculpado... quando vamos? Por que já hoje?... Ok. Às quatro da manhã estarei esperando na frente da casa do sr. U. Tá, também te amo...

    Fiquei em estado de choque. Ouvi ela se afastar e até bater a porta de sua casa. Dulce iria fugir com o namoradinho dela. Maldito Rodrigo. Comecei a pensar ali mesmo, no gramado, se poderia fazer algo ou não. Por um lado... se eu denunciasse ela poderia impedir de fugir hoje, mas não resolveria o assunto. Por outro lado, se eu deixasse-a ir... não conseguia viver sem sua luz, seu riso, sua atenção.

   Entrei em casa decidido, ligaria anonimamente para Blanca e denunciaria Dulce. Achei meu celular no meu quarto e quando ia discar o número me vi encarando meu guarda roupas.

   E se... não não não. 

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E se...o que hein? 

Prevejo problemas.