Fanfic: __Casos proibidos__ | Tema: RBD & HOT

Caso 10.__ Uma bela bem fera. (2/7)

− Cadê meu avô? – Disse ela com raiva na voz.

            Desci meus olhos para analisar sua aparência, Poncho estava certo, ela era realmente meu número. Corpo torneado, quadril grande, s*eios salientes. Comecei imaginar o que poderíamos fazer junto e tive que voltar para minha cadeira antes que ela notasse o volume já visível em minha calça social.

− Sente-se – Pedi após também sentar.

− Estou bem de pé. Cadê meu avô?

− Não trato de negócios com pessoas que não estão no mesmo nível visual que eu. Sente-se.

− Estou armada e você não. Quem tem controle de algo aqui sou eu.

            Como era ingênua. Realmente acreditava que um simples revolver pode me parar. Pensei no colete a prova de balas que usava, pensei nas câmeras e seguranças na porta. Decidi ganha-la do que prendê-la.

− Como quiser. Só lhe aviso que a conversa será longa.

− Não temos nada para conversar, meu avô está de idade e não pode ficar trabalhando para um playboyzinho como você que nunca precisou trabalhar na vida.

− Nota-se que não me conhece...

− Conheço o suficiente para não querer continuar essa conversa. Vou dizer pela última vez. Cadê. Meu. Avô?

            Meu sorriso retornou aos lábios. A gata tinha sangue nos olhos e isso a deixava mais linda. Agora já era caso de necessidade. Queria aquela garota na minha cama.

− Não sei qual foi a graça na minha pergunta, fui bem clara.

− Vejamos. – Comecei a falar, jogando o olhar mais concentrado que uma negociação merecia. – Ulisses Perroni me procurou meses atrás e emprestou uma quantia significativa. Assinou um documento confirmando que pagaria ou trabalharia para pagar. Estou apenas cobrando o que é meu.

− Me diga de quanto exatamente estamos falando, assumirei a divida.

− Um milhão de dólares. Agora, com os juros, bem... a divida quase dobra.

            Ninguém precisava me dizer que a garota não iria honrar a divida. Uma expressão de dor atravessou seu rosto fazendo com que fechasse os olhos, isso para mim já era sinal suficiente de que o jogo estava ao meu favor. Involuntariamente, ela sentou na cadeira e sem perceber a garota deixou a arma sobre a mesa, me aproveitando do seu estado de choque, guardei a 42 sem que isso chamasse sua atenção.  

− Não tenho tudo isso, mas posso trabalhar no lugar dele. – Disse voltando a si. − Posso só ter vinte anos, mas já estou por dentro dos negócios da família a um bom tempo.

− Não sei o que você poderia fazer por mim, – Joguei ciente do que queria colher – Você não sabe negociar, já tirei a prova por nossa conversa, é impaciente e impulsiva... seu avô é definitivamente mais útil aqui que você menina.

− Como pode me avaliar por uma conversa? Sou muito mais do que diz.

− Posso avaliar sim, pois esse é meu trabalho. Você entrou em minha casa onde tenho mais de trinta homens me protegendo. Apontou uma arma para a pessoa mais poderosa de Monterrey, nada inteligente de sua parte, e perdeu sua arma no meio da conversa.

            Ela então percebeu que eu a tinha desarmado. A cor sumiu da sua pele antes bronzeada. Estava acuada e pronta para ser abatida por mim. Apenas continuei.

− Como lhe disse, seu avô é bem mais interessante do que você aqui... a não ser...

− A não ser...? – Repetiu ela voltando a me encarar. Sim, ela faria, o desespero nela me dizia que faria.

− A não ser que pague de outra forma. Confesso que terminei um relacionamento a pouco tempo e não estou com tempo de flerta ultimamente. Poderia quitar essa divida rapidamente se trabalhasse num lugar onde todos meus contratados não me satisfazem... na cama.

            − Está louco? Sou Maite Perroni, moça de família. Essa não é uma hipótese.

− Não se sinta ofendida. Apenas pensei em uma forma para lhe ajudar. Sei que o velho Perroni não vai aguentar muito tempo, mas ainda me é útil. Se não temos mais nada a tratar, preciso continuar com meu trabalho.