Fanfic: __Casos proibidos__ | Tema: RBD & HOT

Lúdico= Referente a brincadeiras e fantasias. Também presente em contos ou histórias infantis.

Espero que gostem dessa como eu gosto. *___*

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Caso 3. __ Chapéu. (1/5)

*Inspirada no conto: Chapeuzinho vermelho.

Pov. Maite:

   Eu não era muito próxima a família do meu pai. Acho que o motivo principal era porque moravam longe, em uma cidade pequena. Até visitávamos às vezes, em casamentos e funerais, mas nunca havia ficado mais que um dia lá. Com os anos, minhas tias casaram e saíram de casa como meu pai, e meu avô também morreu cedo.

   Naquela terça-feira quando tia Flávia ligou avisando que vovó Mara tinha enfartado, uma dor profunda atingiu meu coração. Ela já tinha setenta dois anos e não poderia viver sozinha como estava. Por isso deixei tudo e fui passar as férias escolares com ela, na intenção de convencê-la a morar conosco.   

   Cheguei em Santa Helena na quinta. A cidade era pequena e estranhamente tudo ficava a menos de cinco quarteirões de distância, muito diferente da capital onde meus pais viviam. Vovó morava quase no centro, se é que havia mais que isso. Sua casa era grande comparada as demais e fortemente equipada contra roubos. Não era assim que me lembrava dela na infância.

− Reformou a casa vó? – Perguntei depois que dona Mara me recebeu toda sorridente. Sua aparecia forte estava afetada, andava com bengala agora e seu cabelo curto sempre bem cuidado estava quase todo branco.

− Não Mai minha querida, é apenas por segurança. Anda tendo muitos roubos sabe.

− Roubos em Santa Helena? Desde quando isso? – Perguntei impressionada, Santa Helena nunca teve disso. Bom, não pelo que sei.

− Não tinha querida, mas depois que os Lobos mudaram para cá... agora é rotina.

− Lobos?

− Sim, moram próximos a igreja. Uma família estranha. – Se aproximou mais para continuar a falar, como se fosse me contar um segredo. – O pai está preso; a mãe diz que mexe com tráfico de drogas; os três meninos vivem em rolos.  Ouvi dizer que roubaram umas sete casas, mas são rápidos como lobos, nunca foram pegos.

− E ninguém fez nada vó?

− E fazer o que Mai? Não tem provas, ninguém fala nada. Enquanto isso esses bandidinhos ficam soltos por aí. Por isso a cerca elétrica, o portão automático e esse muro alto que mandei fazer. Segurança.

[...]

   Os dias passavam tranquilos. Vó Mara e eu pegamos uma rotina simples: acordávamos; tomávamos café na varanda para pegar sol; enquanto eu ajeitava a casa ela fazia o almoço; a tarde visitávamos alguém; a noite ficávamos vendo televisão.

   Vendo que os mantimentos estavam acabando, resolvi fazer compras para vovó. O mercado ficava bem perto, então fui sozinha. Porém tive que colocar um chapéu na cabeça, vovó achava que minha pele era muito clara e estava ficando rosada demais pelos banhos de sol da manhã. Achei um absurdo, mas não quis contraria-la. Irônico ou não fui para o mercado com um chapéu vermelho na cabeça.

− Meu Deus, não sabia que a Chapeuzinho vermelho tinha crescido e se tornado uma garota tão linda. – Um cara alto e super lindo encostado numa saveiro preta disse ao me ver sair do mercado.

− Então... o tempo passa para todos. – Brinquei tirando um sorrido sapeca de seus lábios.

− O que faz nessa cidade tão tão pequena Chapéu?

− Acredite ou não... vim cuidar da minha avó.

− Sério? – Caiu na gargalhada. Tentei fazer cara de ofendida, mas certamente não estava funcionando.

− Sim... sou neta de Mara Perroni. – Seu riso cessou na mesma hora, provavelmente já sabia do que tinha acontecido com minha avó. Cidade pequena.

− E como ela esta? Realmente uma fatalidade sua atual situação.

− Melhor. Está cada dia menos precisando de mim.

− Impossível. Com uma neta linda assim cuidando de mim, eu não melhorava só para ter sua presença.

− Bobo.  Tenho que ir, não gosto de deixa-la sozinha.

− Diga a dona Mara que desejo melhoras, e que ela tem a neta mais atraente do mundo.

− Digo em nome de quem?

− Christopher filho da Alexandra. Ela me conhece muito bem. – Dizendo isso, selou seus lábios no meu rosto fazendo minha bochecha rosarem com o calor que emanava dele. 

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Lobo mau e Chapeuzinho... essa história nunca acaba bem. 

Continuo?