Fanfic: Zona de Perigo - Laliter. | Tema: Laliter ♥

Zona de Perigo: Capítulo #09

Ah, ela estava uma delícia, ponderou Peter, assim que entrara no local e vira metida em minúsculo vestido bordô. Com o olhar, Lali o convidou a segui-la em um gesto silencioso. Ela queria provocar e ele estava disposto a mostrar a ela quem, naquele momento, estava sob controle.

Interceptando-a no caminho até os fundos da boate, atirou o pequeno corpo em direção a parede, colando o corpo contra as costas de Lali. Descendo a boca até próximo de sua orelha, murmurou:

- Me provocando, agente?
- Você se provoca com muita facilidade, Lanzani. Será que não pode se controlar quando está tão perto de mim?
- Sabe o que eu penso, Espósito? Que alguém precisa colocá-la no lugar. – Descaradamente, uma das mãos descera até a coxa feminina, entrando sob o tecido, sem o menor pudor. – Me diga se existe algum motivo para acabar com você aqui mesmo?! – Mas, ao que parecia, as pessoas ao redor pareciam absorvidas pela própria fome de desejo para ver o que acontecia ali, logo ao lado. Ela percebeu que ele seria capaz de fazer o que prometia quando o mesmo enroscou os dedos na pequena peça de seda que cobria-lhe o sexo, ameaçando retirá-la do corpo de Lali.
- O quarto... –
- Não. Aqui. Agora. - Sussurrou em sua nuca, quando retirou os cabelos da região, mordendo-lhe a pele, arrancando um gemido sufocado dela.
- Armário. Ali. – Erguendo os olhos por um momento, ele avistou logo ao lado uma porta. Sem se importar do que haveria do outro lado, empurrou-a para dentro.

Com a expressão surpresa, Lali se viu dentro de um pequeno armário, junto dele, que já erguia do chão. Em um único puxão, o pedaço de renda negra jazia estraçalhado no chão. As pequenas e hábeis mãos voaram em direção ao zíper da calça de Peter. Com um rápido movimento, ele a possuiu.

Destruindo a parte de cima do vestido, a boca fora em direção a um dos seios, enquanto o outro era tocado de forma selvagem por uma das mãos do agente.

Incapaz de produzir alguma palavra, ela mordia os lábios, buscando o resquício de insanidade que ele retirara dela. Desistindo, cravou as unhas a nuca de Peter, passando a movimentar-se mais rapidamente contra o corpo forte e masculino.

Assim como o ato, o ápice chegara rápido, selvagem e forte. Como se ainda buscasse um modo de provocá-la, os dentes subiram do colo para o pescoço, voltando ao lóbulo, onde o prendera entre os mesmos, ofegando ali.

- Aqui, agente, o controle é meu.

Dessa vez a equipe toda se reunia. Finalmente havia um nome que pudesse levá-los a uma invasão que seria capaz de desmantelar o esquema. Além de Lali e Peter, ali na sala do pequeno apartamento base, haviam inúmeros chefes e agentes da Bureau.

- Vocês precisarão manter a mesma rotina, agir como agem todos os dias. – Desviando o olhar para Lali, esboçou um pequeno sorriso debochado, respondendo a Vazquez logo em seguida.
- Somos bons nisso. Conseguimos manter um disfarce com excelência, Nicolas, não se preocupe com essa parte.
- Nós vamos espalhar agentes pelo lugar –
- Não. – Interrompeu Lali. – Seria suspeito demais tanta gente nova de uma vez. Na realidade, já conheço grande parte dos frequentadores e seria muito mais prático se somente eu e Lanzani estivéssemos dentro na boate. Assim eu poderia identificar Mariano Martinez mais facilmente e descrevê-lo a vocês.
- Tenho que concordar com a agente. – Adicionou Peter. Trocando um rápido olhar com os outros, Nicolas anuiu.
- Seu pensamento é coerente, Espósito. Façamos do seu modo, porém... – Colocou rapidamente. – Estaremos do lado de fora, espalhados estrategicamente. Assim que obtivermos uma posição e descrição, invadiremos o local. Portanto, é necessário que os agentes estejam armados.
- Tudo bem, podemos dar um jeito nisso. – Concordou Lali.

Meia hora depois, todos haviam deixado a base, mas os dois ainda permaneciam em seus respectivos lugares, encarando-se.

- Tente controlar a si e a seu amiguinho.
- Tente controlar a si própria para não voar sobre mim. – Com um sorriso malicioso, ela respondeu.
- Esse caso é nosso, Lanzani. – Devolvendo o sorriso, ele apenas acenou com a cabeça.

Quase havia se acostumado às luzes baixas e ao cheiro de fumaça no ar, quando entrou pela última vez no local onde tanto tempo servira de moradia para seu disfarce. Lembrou-se da primeira vez em que interceptara o agente Lanzani e de como conseguira enganá-lo, fazendo-se passar por prostituta. Ainda havia a cara de espanto e surpresa do mesmo ao descobrir que não só era uma gente da Bureau, como sua parceira naquela missão; Missão essa que a levaria para o alto. A tão sonhada promoção. Isso nem Lanzani, Vazquez, Batte e nem Benjamin, seu marido, tirariam dela.

Aquilo poderia ser considerado como um presente; entregue em uma bandeja. Pablo agia como um completo idiota, ou um cão babão e imbecil correndo atrás do dono. Elegantemente arrumado, o homem tinha o porte de um jogador de futebol americano. Os cabelos eram muito curtos, salpicados de fios brancos e os olhos muito azuis não faziam questão de enganar a ninguém: Havia ambição e crueldade em ambos. A cicatriz que descia da ponta da sobrancelha esquerda até a metade da maçã do rosto finalizava a perfeita caracterização de um mau caráter.

Com uma curiosidade falsamente disfarçada, esticou-se por sobre o balcão do bar, perguntando:

- Cliente novo? Pablo parece empenhado em agradá-lo.
- Não. – Respondeu Fred, o barman, com um meio sorriso de desdém. – É Pablo, seu patrão.
- Achei que Martina fosse meu patrão. – Meneando a cabeça em negação, ele continuou.
- Pablo pode desaparecer com Martina, se quiser.
- Por isso estar agindo como um imbecil. – Respondeu compartilhando uma risada com o outro. Dando de ombros, o funcionário concluiu a conversa.
- Olha seu contracheque chegando. – Relanceando o olhar por sobre o ombro, encontrou o olhar cínico de Lanzani. Deixando Fred de lado, encurtou a distância entre o parceiro, apoiando a mão em seu ombro e sorrindo.
- Parece que chegamos ao fim de nossa parceria. – Antecipou-se ele.

- Lanzani... – Estalou a língua meneando a cabeça. – Preciso passar as coordenadas a Vazquez... Mas você sabe onde me encontrar, não sabe? – Repuxando o canto dos lábios, lançou-lhe um olhar lateral, dando-lhe as costas e seguindo o caminho tão conhecido

Continua........ - Zona de Perigo: Capítulo #10

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