Fanfic: Segunda Chance (AyA) (Finalizada) | Tema: AyA / Ponny

Capítulo 16 :

Poncho ficou com a história de Anny gritando com as amigas
martelando o tempo todo na cabeça. No dia seguinte quando
saiu para ir trabalhar, foi dar um beijo em Anny e a
mesma permanecia dormindo. Parecia aparentemente tranquila
mas ele sabia que algo poderia estar muito errado. Deu um
beijo na cabeça dela e se foi. Prometeu a si que no fim do
dia a buscaria na escola.

Anny acordou uns minutos depois quando ouviu a porta da
sala se fechar. O episódio da discussão com as amigas havia
feito Poncho desconfiar de algo, ela sentia isso. Teria de
ligar para o consultório e marcar os exames hoje mesmo e faria
antes de ir para a escola depois de almoçar. A manhã toda era de
Maite e Lucrécia que toparam trocar o horário com ela. Pediria
desculpas a elas e a Dulce assim que as visse novamente. Sabia que
seu comportamento fora errado e elas apenas queriam ajudar.

Mal tomou café pois se sentia enjoada ainda porém mesmo assim
comeu e foi ajeitar suas coisas para as aulas. Andava sem ânimo para
isso. Mesmo seus alunos mais queridos não conseguiam animá-la muito
tempo. Ao dar 10 horas, Anny buscou os telefones do médico para marcar
as consultas. Tinha em mãos todos os exames caso precisasse passar algum
dado. Ligou e esperou até ser atendida.

-- Consultório médico. -- a atendente falou

-- Bom dia, gostaria de marcar uma consulta com o médico. -- Anny respondeu

-- Para a srta mesmo ? -- atendente perguntou

-- Sim. Teria horário para amanhã ? Pela manhã ? -- Anny perguntou e esperou
a atendente verificar na agenda do médico

Poncho entrou em casa pois havia esquecido a pasta com os recebidos
que um cliente pedira e aproveitou uma brecha entre uma reunião e outra
para ir buscar. Ouviu a voz de Anny falando ao telefone e parou uns segundos
olhando a porta do quarto que estava aberta. Em cima da cama alguns envelopes
grandes que ele nunca havia visto. Logo Anny falou novamente.

-- Então amanhã ás 9 horas ? Precisa levar todos os exames ? Está bem.
Muito obrigada. Boa tarde.

A viu encerrar a chamada e se perguntou que exame ela precisava levar
tão cedo em que lugar. Deu uns passos para atrás fazendo um leve barulho e isso
chamou a atenção de Anny que correu guardando os envelopes dentro da gaveta na
cômoda ao lado da cama.

Fingindo nada ter ouvido, Poncho entrou no quarto indo até ela e dando um
selinho.

-- O que faz aqui amor ? -- Anny perguntou controlando o nervosismo

-- Esqueci uma pasta importante e vim buscar. Não era para você estar
na escola ? -- ele perguntou estranhando pois aquela hora ela não estava
mais em casa.

-- Hoje minha aula é depois do meio dia. Maite me pediu para trocar
pois pegou outras aulas de tarde e só podia ir de manhã hoje. -- mentiu bem mal pois
o forte de Anny não era contar mentiras ainda mais para Poncho.

Observou ele pegar a tal pasta examinando o conteúdo e juntando todos os
papéis. Poncho se virou para Anny novamente se despedindo. Deram um breve beijo e
após sair do quarto, uma ideia surgiu na cabeça dele. Iria descobrir essa história naquele
instante. Saiu de casa indo até uma padaria próxima e resolveu esperar uns minutos até dar
a hora dela sair.

Anny respirou aliviada ao ficar sozinha outra vez.

-- Quase fui pega. Tenho que tomar mais cuidado. -- ela falou para
si mesma.

Resolveu ir tomar banho e se arrumar pois logo a aula dela começaria. Terminou de
fazer tudo, guardou suas coisas, pegou a bolsa e saiu cerca de 20 minutos depois.

De forma discreta, Poncho viu Anny passar de carro pela padaria onde ele estava e
essa foi a deixa para ele voltar em casa outra vez. Foi o mais rápido que
conseguiu. Entrou indo direto ao quarto e não precisou esforço para achar o que
queria. Pegou os 3 grandes envelopes dentro da gaveta da cômoda e ficou na dúvida qual abrir
primeiro. Resolveu que seria o de cor mais clara. Puxou as duas folhas granpeadas que
ali estavam e passou os olhos no conteúdo. Chegou no final precisando se sentar na
cama pois sentiu lágrimas caírem e suas forças acabarem.

-- Anny doente ? -- sussurrou para si mesmo sem acreditar.