Fanfic: Segunda Chance (AyA) (Finalizada) | Tema: AyA / Ponny

Capítulo 2 :

O dia amanheceu e o sol entrou pela fina fresta da janela. Tudo estava silencioso e os dois dormiam tranquilos
num abraço bem apertado.

Aos poucos Poncho se mexeu mas não tinha coragem de abrir os olhos. Seu celular começou a tocar
porém a vontade de atender era nula. O toque insistia em martelar na sua cabeça e a paciência
em aturar aquilo se foi. Resolveu atender logo antes que Anny acordasse e reclamasse com ele.

-- Alô ! -- Poncho disse com um fio de voz de sono

-- Meu filho ! Estou esperando você aqui em casa. Não vem mais não ? Estão doentes? -- sua mãe, Dona
Lívia, falava de forma rápida enquanto Poncho ainda tentava racionar.

-- Estamos bem Mãe. São 7 horas da manhã. A senhora marcou 12h. -- ele disse abrindo os olhos e tentando
mantê-los abertos

-- Uma mãe não pode mais ter saudade do filho que nunca vê ? -- Dona Lívia disse fazendo ar de
drama e Poncho riu.

-- Quando der a hora nós estaremos aí sim. Fique calma. -- ele respondeu

-- Acho bom mesmo. Seu pai vai fazer a lasanha que você mais gosta e comprou o vinho ontem. Não
o decepcione. -- Lívia disse firme porém logo riu em seguida. -- Mande beijo para a Anny. Vou
desligar porque ainda tem a salada para preparar. Beijos meu filho.

-- Beijos mãe.

Encerrou a ligação ainda rindo do drama que a mãe fazia toda vez que ele prometia que iria visitá-la
porém os horários no trabalho e semana corrida não permitiam. Anny sempre o alertava para deixar
espaço vago aos pais, mas apenas com o tempo Poncho passou a levar isso em conta. Amava os pais,
Dona Lívia e Seu Alberto, eram suas paixões. Melhores pais não poderia ter tido, estavam sempre
com ele em todos os momentos de sua vida. Agora cabia a Poncho retribuir todo o carinho. Depois que
casou com Anny achou que ficaria longe deles mas a simpatia que tiveram com Anny foi tão
instantânea que logo a estavam tratando como filha.

Poncho olhou Anny ainda dormindo. Não queria acordá-la mas era preciso senão até tomarem café,
arrumarem uma mochila pequena e fazer tudo já estaria na hora de ir na casa dos pais dele. Olhou
seu pequeno anjo adormecido. Tocou os cabelos tão sedosos dela fazendo leve carinho. Aproximou
seus lábios da boca que amava tanto dando um selinho a princípio sutil mas que logo se
intensificou. Anny começou a retribuir e Poncho entendeu que ela havia acordado.

Pararam o beijo com ela abrindo os olhos azuis e sorrindo para ele.

-- Bom dia Pequena. -- Poncho disse fazendo carinho no rosto de Anny

-- Bom dia Príncipe. -- Anny respondeu sorrindo mas logo fez uma carinha de interrogação. Virou o corpo
em busca do relógio e viu que ainda eram 7h15 da manhã. Voltou o olhar para Poncho e ele segurou o
riso já sabendo da reclamação que estaria por vir. -- Porque me acordou tão cedo gatinho ? -- Ela perguntou
fazendo um biquinho que Poncho não resistiu e beijou

-- Minha mãe me ligou já querendo que vamos para lá. Sabe como é Dona Lívia, não gosta de atrasos. -- Poncho
tentou dizer sério mas acabou rindo fazendo Anny rir também.

-- Essa minha sogrinha não existe. -- riu -- Vou voltar a dormir. -- disse decidida e Poncho negou com a cabeça

-- Não senhora. Vamos tomar café, arrumar as coisas que queremos levar para ficarmos hoje na casa deles. -- falou
já interrompendo Anny que ia contestar. -- Vamos amor ! A gente nunca vai lá. -- disse se levantando olhando
Anny sentar na cama coçando os olhos.

-- Ponchooooo. -- o chamou manhosa e ele se virou sorrindo beijando o nariz dela

-- Que você quer ? -- falou a olhando

-- Me leva no colo pro banheiro ? -- pediu pidona e Poncho fez não com a cabeça a fazendo cruzar
os braços emburrada.

Poncho caiu na risada e Anny continuou emburrada. Ele já havia vestido seu shorts e estava
prestes a descer quando Anny levantou depressa e o encarou brava. Continuou rindo da carinha brava
dela e se aproximou a pegando no colo. Anny soltou um gritinho de felicidade e ele entrou com ela
no banheiro a deixando lá. Anny deu um selinho nele e foi tomar banho enquanto Poncho desceu para
fazer o café deles.

Anny desceu já vestida indo para a cozinha. Olhou uma mesa cheia de coisas que amava e arregalou
os olhos feliz.

-- Vem comer Princesa. -- Poncho disse mostrando a cadeira pra ela sentar ao lado dele

-- Quanta coisa boa ! Você fez meu suco de abacaxi !! -- Anny comemorou feliz tomando um grande
gole com alegria. Poncho a observou sorrindo. Amava o fato de coisas tão simples a deixarem
tão feliz. Anny colocou o copo em cima da mesa e deu beijo demorado em Poncho.

-- Quer dizer que toda vez que eu fizer suco de abacaxi para você vou ganhar beijo assim ? -- Poncho
perguntou enquanto tomava um gole de café.

Anny sorriu com um pedaço grande de bolo de cenoura na boca e após engolir o olhou
com olhar travesso em resposta. Poncho apertou a bochecha dela e mordeu um
pedaço do sanduíche que havia feito.

-- Meu pai vai fazer lasanha hoje para almoçarmos. -- Poncho disse vendo Anny dar um super sorriso

-- Oba ! Amo a lasanha do meu sogrinho favorito. -- ela riu

-- Quanto amor pelo meu pai. -- Poncho disse um pouco ciumento e Anny o olhou segurando o riso

-- Meu ciumento mais gatito. -- Anny falou pegando o rosto dele entre as mãos e dando leves
selinhos na boca dele

Terminaram o café numa conversa animada, lavaram os pratos e talheres e guardaram tudo indo
para o quarto arrumar as coisas. Iriam de carro até a casa dos pais de Poncho que ficava a
1 hora e meia da onde moravam.

Poncho já estava com a mochila quase pronta e Anny já tinha tirado metade do guarda roupa fora e
aberto toda as gavetas.

-- Que isso amor ? São apenas algumas roupas. É só um dia. Muito menos da metade dessa roupa
toda que você colocou em cima da cama. -- Poncho disse olhando a montanha de roupas que
Anny fez na cama e que já estava indo parar no chão.

-- Ai Poncho ! Não gosto de esquecer nada. Você sabe. Mas realmente tem demais. É que
não acho a blusa que você me deu. -- Anny falou olhando as últimas peças dentro da gaveta
a sua frente.

Poncho se aproximou, viu a blusa amarela clara perto da onde Anny estava e a entregou
com cara de surpreso.

-- Tá aqui Pequena. -- falou entregando a blusa a ela

-- Brigada ! -- ela sorriu e colocando a peça dentro de uma grande mala que estava no chão.
Fazendo um tremendo esforço ela fechou a mala e ficou satisfeita. Poncho balançou a cabeça não
acreditando na quantidade de coisas para apenas um dia. Acabou que ele sugeriu levarem uma mochila
com tudo junto e na hora cada um pegaria o seu.

Aproveitaram o tempo para arrumar a casa pois a empregada só iria vir na 2ª feira. Quando deu 10h resolveram
sair pois Seu Alberto já havia ligado 2 vezes a mando da esposa para saber se o filho e Anny estavam a caminho.

O trajeto foi calmo e em 1h hora meia exatos Poncho estava estacionando o carro em frente a casa dos pais. Lívia
saiu em direção ao filho o abraçando assim que ele saiu do carro. Depois abraçou Anny com carinho e logo Alberto
apareceu querendo levar a mochila de Poncho mas o mesmo disse que não precisava pois estava leve depois que
ele fez Anny desistir de trazer a mudança toda.

Se sentaram para almoçar enquanto falavam todas as novidades. Poncho conversa com o pai enquanto Anny
falava dos seus alunos para Lívia que dava gargalhadas com tanto de coisas que as crianças
aprontavam.

Terminaram e foram descansar um pouco. O quarto de Poncho, que antes tinha cama de solteiro,
passou a ter de casal depois da chegada de Anny e os dois foram para lá.

-- O que tanto minha mãe tava rindo, amor ? -- Poncho perguntou assim que tirou a camisa
de deitou na cama. Anny ainda estava de pé tirando os chinelos e procurando a escova de
dentes.

-- Estava contando a ela dos meus alunos do 3º ano e da bagunça que
fizeram na sala outro dia. -- Anny respondeu indo ao banheiro escovar os
dentes e voltou logo em seguida guardando a escova na mochila e
deitando ao lado de Poncho que a abraçou.

-- Essas crianças são fogo ! -- ele riu brincando com o nariz nela. -- Dá até
vontade de ter meus próprios filhos. -- ao terminar de dizer percebeu
que Anny não gostou muito de ouvir aquilo e se arrependeu. -- Desculpe anjo.
Não quis magoar você. Sei que um dia teremos vários. -- sorriu fazendo
carinho no rosto dela e viu o pequeno sorriso dela se formar

-- Tentei muito mas não veio. Paciência. Vou adorar ter
muitos filhinhos iguais a você. -- ela falou deitando a cabeça no ombro de Poncho
sentindo ele fazer carinho nos cabelos dela.

Ao acordarem foram passear com os pais de Poncho e jantaram num restaurante de
frutos do mar que era o preferido de Dona Lívia. Voltaram de noite e logo foram
dormir. No dia seguinte Anny iria ligar para Maite e Dulce irem em sua casa e
teriam o dia das meninas. Poncho bem que tentou convencer ela a ficar junto
chamando também o namorado de Maite, Hugo, mas Anny mandou ele ir pra casa de
May passar o dia com o amigo.