Fanfic: Segunda Chance (AyA) (Finalizada) | Tema: AyA / Ponny

Por : bia_herrera

 Capítulo 17 :

-- Finalmente em casa. - Anahi disse se apoiando na porta assim que chegou no apartamento.

Sentia-se exausta, tivera enjôos o dia todo e chegara até a vomitar na hora do intervalo.
Graças a Deus não estava com dor de cabeça, mas vez ou outra tonteava.

Ela se desgrudou da porta e retirou o blazer que vestia jogando em um dos sofás da sala, retirou as
sapatilhas e prendeu os cabelos em um coque. Já ia seguindo pro quarto quando seus olhos se bateram
com seus exames em cima da mesa de jantar. Parou abruptamente.

-- Mas o que? - murmurou andando até a mesa e tocando os envelopes variados com as pontas dos dedos.

Foi como se uma lâmpada começasse a piscar em cima da cabeça dela. Ela sabia que tinha guardado os exames
e sabia que a única pessoa que poderia tirá-los da onde estavam era o outro morador da casa. Engoliu em seco.
Ele sabia.

-- Olá, amor. - Alfonso falou parando ao lado dela.

Anahi deu um grito com o susto e se afastou dele como uma preza encurralada. Ela o olhou com receio e foi
aí que já não pode controlar suas emoções. Um choro preso na garganta da morena explodiu na sala e ela
teve que se apoiar em um dos encostos de uma das cadeiras para não cair. Instantemente o rosto pálido
pelos enjôos constantes ficou vermelho e inundado de lágrimas pesadas.

Alfonso a observou se xingando internamente. Não deveria té-la assustado daquela forma. Anahi passou
a tremer enquanto soluçava e o choro ia aumentando.

-- Ei ei... - o moreno a abraçou.

Mas ela não conseguia falar. Parecia que todas as vezes que ela chorara desde que recebera a notícia da
doença não tinham sido nada, pois aquela dor que sentia agora era mil vezes mais intensa.

-- Anahi, vamos tomar um copo de água.

Na hora que ela levantou a cabeça do ombro dele para poder se virar para a cozinha a tontura a assolou e ela tropicou.
O estômago revirou e no segundo seguinte ela estava correndo para o banheiro. Ajoelhou-se em frente a privada
e começou a vomitar. Ela mão tinha comido nada e o que saía era, novamente, sangue.

Alfonso quase caiu pra trás ao ver ela vomitando sangue. O coque que ela tinha feito nos sedosos cabelos
se desfez e ele correu se ajoelhando ao lado dela e segurando os cabelos da esposa enquanto fazia carinho
nas costas dela.

-- Calma, amor. Pare de chorar, isso te enjôa mais. - pediu.

Assim que o enjôo parou os dois se levantaram com ele a mantendo de pé. Alfonso tirou a regata suja de
sangue que ela vestia, tirou a calça jeans apertada e as roupas íntimas da esposa a levando para um banho quente.
Ele não se importou de entrar vestido no box e a ensaboar e massagear os ombros dela enquanto beijava sua nuca
e sussurrava que tudo ficaria bem.

Depois do banho ele a enrolou em um hobby branco felpudo e a levou no colo até o quarto. Penteou com devoção
os finos cabelos com alguns fios molhados e então a deitou carinhosamente em meio aos edredons e os travesseiros.

......................

Anahí acordou horas mais tarde abrindo os olhos vagarosamente. Piscou algumas vezes e sua memória
se encheu de flashs das últimas horas. Ela se sentou na cama olhando o quarto e constatou que estava sozinha.
Ele tinha ido embora.

-- Alfonso? - chamou e não obteve resposta.

Ela se levantou e saiu correndo. Assim que abriu a porta do quarto ela tombou com algo, ou melhor, alguém. Alfonso.

-- Anahi? Céus! O que está fazendo de pé?

-- Não me deixe, por favor! - ela se jogou aos pés dele implorando -- Por favor, me perdoe. Não me deixe, Alfonso! Não!

-- Amor, vem comigo... - ele pegou sua amada no colo e os dois retornaram ao quarto.

Ele se sentou encostado na cabeceira com ela aninhada em seu peito. Ficaram em silêncio até que ela se acalmou.

-- Eu acho... que mereço uma explicação. - o moreno ponderou.

-- Eu deveria ter te contado. - murmurou.

-- E porque não o fez?

-- Porque eu tinha medo.

-- Medo?

-- Medo de você não me querer mais, medo de você ir embora atrás de uma mulher que não fosse doente. - os olhos
azuis se encheram de lágrimas.

-- Anny... - ele levantou o queixo dela e tocou os lábios da esposa com carinho -- Eu nunca te deixaria por causa
de uma doença. Lembra-se? Na saúde e na doença, amor. Eu jurei.

-- De verdade? Ainda me ama?

-- É claro que amo, Anahi. - ele riu -- Porém nunca mais me esconda algo. Qualquer coisa que seja.

-- Uhum.

-- Promete?

-- Prometo.

Ele abaixou o rosto e após roçar os narizes a beijou. Carinhosamente, sem malícia ou segundas intenções.
Só amor e a promessa de que aquele amor seria eterno enquanto a vida permitisse que fosse.

"Eu me comprometo a amá-la seriamente, em todas as suas formas. Agora e para sempre.
Prometo que nunca vou esquecer que esse é um amor para toda a vida. E sempre sabendo
na parte mais profunda da minha alma, que não importa que desafios venham a nos separar,
sempre encontraremos um caminho de volta para o outro.Para Sempre."