Fanfic: Segunda Chance (AyA) (Finalizada) | Tema: AyA / Ponny

Por : Angel_rebelde 

Capítulo 5 :

Tudo estava calmo na escola. Anny aplicava uma de suas provas para os alunos do 3º ano. A turma fazia
a prova em silêncio enquanto ela terminava de corrigir as provas anteriores do próprio 3º ano.

De repente Anny ouve um barulho não muito alto mas pensa ser alguma aula
em que o professor resolveu colocar música. Voltou para a prova em suas mãos e
novamente ouviu o mesmo barulho, porém em volume muito mais alto.

Logo seus alunos foram ficando com medo e muito nervosos. Em segundos 4 meninas
estavam encolhidas ao lado de Anny chorando pedindo ajuda.

-- Calma meus amores. Vou agora ver o que aconteceu. -- Anny disse se levantando e dando
beijinho na cabeça de cada uma tentando limpar as lágrimas das pequenas.

Anny olhou para o resto da turma e avisou antes de sair da sala já na porta da mesma.

-- Fiquem aqui que eu já volto. Por favor não saiam da sala. -- viu vários alunos assentirem
e se foi pelo corredor as presas.

No caminho seguindo o barulho acabou trombando com Maitê que vinha da direção oposta.

-- Anny ! Você também ouviu o barulho ? -- May falou nervosa

-- Ouvi sim. Quero saber da onde vem. -- Anny disse voltando a andar depressa sendo
seguida pela amiga

-- AIIIIIIIIIIII !! O QUE VOU FAZER ?? ME AJUDEEEM !!

Uma voz ecoou de uma das salas e ambas pararam confusas até May entender de
quem poderia ser a possível voz.

-- Acho que já sei da onde está vindo. Vem comigo Anny. -- May falou e
Anny apenas a seguiu.

Viraram no corredor e o som já era ouvido perfeitamente. Logo pararam na porta da
sala de Lucrécia vendo tudo revirado dentro, pois a porta estava aberta, e
muito papéis jogados no chão. Lucrécia estava desesperada sem saber o que fazer.
Chorava e gritava muito nervosa. Alguns alunos tentavam acalmá-la em vão até que
Anny resolveu entrar logo para ver o que estava acontecendo. Maite ficou na porta
sem reação alguma.

-- Alguém me explica o que houve aqui ?? -- Anny falou o mais alto que conseguiu
e fez vários alunos pararem assim que ouviram a voz da loira.

-- Professora ! Ajuda nosso amigo ! Por favooor ! -- uma das alunas disse a Anny
se aproximando dela chorando muito.

Anny assentiu para a menina e foi abrindo espaço entre os outros alunos.
Viu um menino de 14 anos todo encolhido deitado no chão. Porém quando ela
se aproximou o menino começou a tremer e suar muito frio assustando novamente
os alunos. Assustada ela olhou para Lucrécia que havia se levantado ainda chorando
e estava próxima a Anny.

-- Quando começou ? -- Anny perguntou afastando as cadeiras para o menino não
se machucar

-- Não sei ! Quando olhei ele já estava se debatendo. -- Lucrécia disse tentando
respirar pelo nervosismo

-- Maitee !! -- Anny gritou e a morena entrou na sala ficando um pouco
distante de toda confusão. -- Vá na diretoria chamar a Dona Silvia agora ! Pede para
ela ligar para a ambulância agora. -- pediu e Maite sem nada dizer saiu correndo
porta afora para atender ao pedido da amiga.

Durante os 20 minutos que se seguiram o menino, chamado Enrique, ficava menos
agitado e em outros momentos a agitação era tanta que ele chegou a chutar uma das
cadeiras que ficou próxima a ele.

Anny pediu para todos ficarem longe de Enrique e aos poucos conseguiu acalmar
um pouco Lucrécia.

A ambulância chegou e 2 enfermeiros entraram na sala acompanhados de Dona Silvia,
diretora da escola, que também ficara nervosa com o ocorrido pois não sabia que
a eplepsia de Enrique iria atacar novamente já que os pais dele haviam dito que
fazia um pouco mais de 1 ano que o filho não apresentava mais os sintomas.

Rapidamente colocaram ele numa maca, o sendaram rapidamente e somente
assim Enrique parou de se debater. Antes de sair Dona Silvia avisou para a
turma e Lucrécia :

-- Podem ir para casa. Estão dispensados mais cedo. Falta apenas 15 minutos
para o final da aula e início do recreio porém vocês estão nervosos demais. Lucrécia, --
falou olhando para a professora que permanecia calada -- depois me entregue o conteúdo que
você deu em aula. mas por enquanto pode ir também e procure se acalmar. -- Silvia disse
e Lucrécia apenas assentiu.

O enfermeiro chegou perto de nova Silvia avisando que o menino já estava
na ambulância e que precisavam que ligassem para os pais de Enrique os
avisando do ocorrido. A diretora acompanhou o enfermeiro até a sala dela
e ligou para os pais de Enrique. Silvia avisou que o pai do menino iria
imeditamente para o hospital que levassem o garoto. O enfermeiro
agradeceu e saiu voltando para a ambulância. A mesma saiu rapidamente
assim que o profissional entrou.

Anny, Maite e Lucrécia voltaram para a sala dos professores depois de
cada uma pegar suas coisas. Maite estava bem mais calma e Anny também, mas
Lucrécia ainda havia estava um pouco abalada. Resolveu logo ligar para
o marido vir buscá-la e o mesmo ao ouvir a voz de choro da esposa
prometeu que em 10 minutos estaria lá. Maite e Anny ficaram com ela e
quando Derick chegou, quase choraram juntas vendo a nova professora desesperada
abraçada ao marido. Os dois saíram rapidamente.

Maite e Anny ficaram mais um tempo e logo May se foi e Anny ainda
esperou por Poncho certa de 5 minutos depois que a amiga tinha ido embora.

-- Oi amor. -- Poncho falou sorrindo ao ver Anny se aproximar do carro

Ela entrou calada e ele estranhou.

-- Tá tudo bem ? -- perguntou e notou que ela estava com lágrimas nos olhos. Encostou o carro, desligou
e a puxou para si. Acariciou os longos cabelos loiros alguns minutos. Sofria muito quando via sua
princesa triste. levantou o rosto dela enxugando mais algumas lágrimas e em voz calma perguntou
outra vez. -- Me fala o que aconteceu. -- Poncho pediu e Anny respirou fundo para conseguir
responder

-- Um menino da turma da nova professora fez crise convulsiva na sala de aula hoje. Foi assustador
Poncho. Tadinho do menino. -- Anny falou ainda chorando um pouco

-- Coitado ! Você chamou a Dona Silvia ? -- Poncho perguntou alcançando um lenço que estava
no carro para Anny assoar o nariz.

-- Pedi a Maite para chamar. Sorte que ela foi rápida. -- ela respondeu depois de
assoar o nariz se sentindo um pouco mais calma.

-- Calma amor. Vai ficar tudo bem, logo o menino fica bem. -- Poncho deu um beijo na testa dela e
Anny sorriu ainda desanimada. -- Vamos para casa ? Faço um chá pra você e me explica melhor
a história. -- ele disse e Anny assentiu encostando a cabeça no banco do carro e agarrando
a mão dele com força.

-- Te amo. Brigada. -- ela sussurou baixinho

-- Também te amo minha pequena. -- ele deu um leve selinho nela e voltou a ligar o carro saindo
em seguida indo em direção a casa deles

Assim que chegaram em casa, Anny já não chorava mais. Permanecia quetinha um pouco assustada ainda
e pouco respondia as perguntas de Poncho que prefiriu falar de novo no assunto só depois que
ela tomasse um banho e começasse a tomar um chá que ele faria para ela.

Entraram em silêncio. Poncho fechou a porta e se virou para Anny.

-- Agora vai tomar um banho Pequena. Vou fazer seu chá. -- Poncho falou beijando a cabeça
dela e a viu sumir pelo corredor em direção ao quarto deles.

Poncho estava cortando um pedaço de bolo de chocolate, o preferido de Anny, quando
ela voltou já de roupa trocada e se sentou em silêncio na cadeira que havia na
cozinha. Ele entregou a xícara e um pratinho com o pedaço de bolo a ela.

-- Agora me conta o que houve. -- ele se sentou ao lado dela com uma xícara
de chá em sua mão também

Anny comeu um pouquinho de bolo e só isso já a fez sorrir um pouquinho
deixando Poncho menos tenso.

-- Eu ouvi um barulho horrível e quando fui ver vinha da sala da
professora nova, a Lucrécia. A coitada entrou hoje e já de cara
passou por isso sem conhecer aluno nenhum direito. -- Anny disse
bebendo um pouco do chá

-- Coitada ! Teve azar mesmo. Mas os pais do menino não
avisaram na escola que ele tem eplepsia ? -- Poncho perguntou tomando
outro gole de chá

-- Falar eles devem ter falado, mas como eu conheço pouco alunos daquela
turma então realmente não sei. O pobre Enrique ficou muito mal. -- Anny disse
comendo mais um pouco e tomando mais chá. Poncho a observava preocupado. --
Desculpe ter assusto você. Fiquei muito nervosa. -- ela falou com o olhar
baixo e ele segurou o queixo dela depois de colocar a xícara em cima
da mesa

-- Fiquei preocupado porque achei que tivesse sido algo
com você. Sei o quanto ama aqueles alunos e mesmo não
sendo seu aluno você também se preocupa. Acho isso lindo
em você. Por isso te amo tanto. -- Poncho disse e a viu
dar um sorriso um pouco melhor. Se aproximou dela e deu um
selinho.

Terminaram o pequeno lanche e depois de Anny explicar que
havia saído mais cedo por conta do incidente, Poncho disse
que teria de voltar para ter a última reunião do dia. Seria
uma revisão de contrato de uma das empresas. Mas deixou
claro que se ela sentisse algo ou ficasse muito
nervosa bastava apenas telefonar para ele.

-- Não deixe de me ligar. Minha secretária já está avisada de
que as suas ligações ela pode passar direto para a minha
sala. Fique bem viu ? -- Poncho disse colocando o paletó
e pegando sua pasta.

-- Vou ficar bem sim. Terminarei de corrigir as provas que
não deu tempo hoje e deixarei as que fizeram hoje para
amanhã. Pode ir tranquilo amor meu. -- Anny disse sorrindo

Poncho se despediu dela com vários beijos e se foi. Anny reorganizou
as provas, que na hora de pegar na pressa acabou misturando tudo. Não poderia
corrigir a prova feita hoje pelo 3º ano pois muitos sequer haviam terminado
por conta do incidente com Enrique. Somente parte da turma tinha entregado
antes.

A tarde passou mais tranquila e Anny conseguiu esquecer um pouco o ocorrido de
mais cedo. Conseguiu colocar outros planos das próximas aulas em dia. Decidiu
descansar um pouco e ver televisão até Poncho chegar. Colocou num canal de
diversidades que adorava e ficou prestando atenção. Ouviu seu celular
tocar e colocou a televisão no mudo para atender a ligação.

-- Alô ?

-- Anahí ? -- a pessoa perguntou

-- Sim. Quem fala ?

-- Aqui é a Lucrécia, professora nova da escola onde você trabalha

-- Oi, Lucrécia. Está melhor ? -- Anny perguntou se recordando como a professora
havia ficado nervosa

-- Estou bem mais calma sim. Me desculpe o susto hoje. Realmente
não sabia o que fazer. Te agradeço muito a sua ajuda. -- Lucrécia falou agradecendo

-- Não tem que agradecer. Lá todos se ajudam. Como conseguiu meu
número ? -- perguntou estranhando pois havia conhecido Lucrécia no mesmo dia

-- Maite me deu. Pedi a ela porque na confusão não entendi muito bem
o que a diretora pediu. Que relatório é aquele ? -- Lucrécia quis saber

-- Apenas um resumo com a matéria que você passou pros alunos no dia
da aula. Muito simples de fazer. Achei que Dona Silvia nem fosse pedir. Dessa
vez se você não conseguir ela nem se importará afinal você é nova lá na escola. -- Anny
disse sentindo pena da nova colega.

-- Pensei ser coisa mais complicado. Brigada por tudo. Vou fazer minhas coisas aqui. E
Dona Silvia já me ligou também e pediu para dizer a você que Enrique está melhor e
os pais trocaram ele de médico. Parece que o tal doutor não acertou na dose do
remédio do menino. Te mandou desculpas por ter assusto você e amanhã lhe
explica melhor. -- Lucrécia disse

-- Fico aliviada que Enrique esteja melhor. O pobrezinho precisa de
cuidados mesmo. Sempre que você precisar, tanto eu, como Maite e Dulce,
estamos sempre dispostas a ajudar. -- Anny disse

-- Brigada mesmo Anahí. Vou indo. Beijos. -- Lucrécia se despediu

-- De nada. Abraços.

Encerrou a ligação bem mais calma por saber que o menino ficaria bem. Afinal

ele teve muita sorte do socorro ter chegado rápido. Prestaria mais atenção

nos próprios alunos também e pediria aos pais que a mandassem listagem
com remédios ou alguma doença séria que os filhos tivessem para

poder agir melhor nesses casos.

Estava pensativa quando sentiu braços a envolverem. Olhou pra cima e viu
Poncho sorrindo para ela.

-- Um beijo por seus pensamentos. -- ele disse sorrindo a fazendo sorrir também

-- Paga primeiro e eu digo. -- sorriu travessa se virando para ele

Poncho segurou o rosto delicado e a beijou com paixão. Se separaram com vários selinhos.

-- Nem te vi chegando. -- Anny disse o olhando de novo

-- Você estava no telefone e eu não quis interromper. O que falava ? -- Poncho perguntou
fazendo carinho no cabelo dela

-- A nova professora me ligou dizendo que o aluno dela está melhor. Os pais vão trocar
de médico. Pediu várias desculpas pelo susto que me deu hoje. -- Anny respondeu fazendo
carinho no rosto do marido

-- Agora que está tudo resolvido posso cuidar de você. Vou só tomar banho. -- Poncho falou
levantando sendo seguido por Anny

Durante o banho eles ficaram conversando pois Poncho não trancara a porta. Contou tudo que
ocorreu na reunião que fora muito boa.

Voltou ao quarto apenas de cueca e sorriu ao ver o olhar de Anny brilhando o olhando.

-- Que foi ? -- Poncho perguntou fingindo não ter percebido nada

-- Vai dormir assim ? -- Anny perguntou quando ele deitou ao lado dela a abraçando

-- Tem algum problema ? Posso colocar a bermurda se quiser. -- Poncho olhou para ela
com falsa inocência

-- Problema não tem nenhum mas depois não estranhe caso no meio da noite fique
sem ela. -- Anny mordeu os lábios maliciosa e Poncho entendendo a beijou com todo
amor que tinha. O beijo logo ficou mais quente e ele já estava em cima dela tirando o
conjunto de baby dool que ela usava.

A observou apenas de calcinha e sussurou no ouvido dela :

-- Sem sutiã ? Você não deveria ter feito isso.

Anny nem teve tempo de responder. Logo já sentia o corpo todo pegando fogo. Amava mais Poncho a
cada dia.