Fanfic: Segunda Chance (AyA) (Finalizada) | Tema: AyA / Ponny

Por : bia_herrera

Capítulo 8 : 

No dia seguinte...

-- Ya Ya Ya! - Anahi falou balançando as mãos freneticamente e entrando no meio
de uma discussão de Dulce com seus alunos -- Que se passa, Dulce Maria?

-- Porque pergunta pra mim e não pra eles? Eu sou a professora. - disse a
última frase soando óbvia e indignada.

-- Porque você grita com eles por qualquer motivo. - respondeu
e riu da amiga que revirava os olhos.

-- Ok, mas dessa vez eu tenho motivos pra estar fula da vida.

-- Dulce! - Anahi reprendeu o modo de falar da amiga.

-- Nós somos inocentes até que se prove o contrário. - Thomas disse fazendo um biquinho em direção a ruiva.

-- Não use frases de efeito comigo. - atacou.

-- Somos inocentes, Tia Anny! - Giovanni disse fazendo carinha de anjo.

-- O que aconteceu? - Anahi perguntou alisando os cabelos de cada um.

-- Eles quebraram vidros de experiência no laboratório. - Dulce respondeu bufando.

-- Oh, não... - Anahi gemeu. -- Fizeram isso?

-- Foi sem querer! - se apressaram mexendo os pés de um lado pro outro.

-- Vocês não tinham que estar lá! - Dulce reprendeu irritada -- É hora da saída, vocês tem que
ficar esperando os pais de vocês. Simples assim. Passaram a manhã toda fazendo
bagunça e eu relevei. Não vou deixar essa passar. Falarei com o pai e a mãe de vocês.

-- Dul... - Anahi tentou.

-- Não não não, Anny! Esse dois já me cansaram! - olhou os dois -- Não sei como os
pais de vocês dois aguentam ficar a tarde com vocês em casa! Devem quebrar tudo!

Thomas e Giovanni eram irmãos gêmeos, porém...

-- Dulce, eles não tem mãe. - Anahi murmurou meio sem jeito -- São os gêmeos
que vivem com o pai.

-- Ai... - ela negou -- Ta ta ta! Vão sentar lá na frente vão! - e eles
saíram andando irritados. Ela olhou Anahi -- Eu sei, eu sei... Eu pisei na bola
quando falei da mãe deles, mas eu não sabia.

-- Você tem que prestar mais atenção nos seus alunos, pelo amor de Deus!

-- Anny! Olha pelo meu lado, poxa! Aqueles vidros de laboratório são
incrivelmente caros e tenho certeza que a diretora vai descontar do meu salário.

-- Se você conversar com ela pode ser que ela releve.

-- Duvido. Eu deveria estar prestando atenção neles, mas não sei como os dois
conseguem correr e sumir tão rápido.

-- Calma, vai dar tudo certo.

-- Não, Anny! Não! - um homem parou atrás de Dul e Anahi tentou avisar -- Espera. Pensa comigo: o pai deles
dois deve mimá-los muito, porque não é possível. Quando eu encontrar com este senhor, juro que vou
ser bem grossa e direta. Se ele mima os filhos o problema é dele, porém eu não vou aturar borra não.

-- Dul... - Anahi colocou a mão na tempora direita.

-- Sabia que Thomas e Giovanni são ricos?! Cada par de tênis que os dois tem nos pés
custa mais de 400 pesos! Não é possível um negócio desse! Ao invés de dar mimos,
o pai deles devia dar limites.

-- Ham ham. - o cara atrás da ruiva coçou a garganta.

Ela se virou -- Sim? - os cabelos vermelhos bateram no rosto dele de leve -- Posso ajudar?

-- Sou Christopher Uckermann. - estendeu a mão que ela pegou o cumprimentando.

-- Uckermann... onde eu já ouvi esse sobrenome? - olhou Anahi de relance.

-- Talvez... - a loira começou -- De Thomas Uckermann e Giovanni Uckermann?

-- Ok. - ela olhou o homem a sua frente -- É pai deles?

-- Exatamente. E ouviu tudo o que disse.

-- Ótimo. Já é meio caminho andado. Tem como o Senhor voltar aqui no colégio
dentro de meia hora para podermos conversar?

-- Errr... sim.

-- Certo. - e assim ela saiu andando.

Christopher sorriu para Anahi e saiu andando. A loira negou com a cabeça e pegando
sua bolsa foi esperar Alfonso na porta do colégio. Foi aí que ele ligou pra ela:

-- Alô? - atendeu sorrindo abertamente enquanto sua última aluna entrava no carro e lhe dava tchau.

-- Amor? Eu estou em reunião e não vou conseguir te pegar hoje... Consegue ir pra casa sozinha?
Sem morrer de saudade? - brincou.

-- Acho que não. - entrou na brincadeira -- Tudo bem, amor. Eu pego carona com a May. - já que Dulce
ficaria na tal reunião com Christopher.

-- Certo. Até de noite.

-- Beijos.

-- Beijos.

Anahi botou o celular dentro da bolsa de forma desanimada. Meneando a cabeça ela pode escutar passos.
Se virou e viu Lucrécia em direção a seu carro que estava na porta do colégio.

-- Ainda aqui, Anny? - estranhou.

-- Sim. Meu marido acabou de me ligar dizendo q não vai poder vir me buscar. -
fez um bico e as duas riram -- Sabe se a May já foi embora?

-- Já sim, porque?

-- Eu iria pedir uma carona pra ela.

-- Não seja por isso. - destravou o carro e fez uma pose -- Entra aí que eu te levo.

-- Sério?

-- Óbvio.

Anahi aceitou o convite. Não demoro nem vinte minutos e ela já estava em casa. Almoçou um lanche qualquer
e então se jogou no sofá com um monte de álbuns de fotografia a rodeando.
Precisava arrumar tudo aquilo.

Respirando fundo ela fez um coque e pegou o primeiro álbum. Nele haviam fotos de quando
ela e Alfonso começaram a namorar. Eles eram tão jovens. Sorriam sem parar um pro outro.
Havia uma foto de quando foram a Cancun e foi lá onde fizeram amor pela primeira vez,
nessa foto ela estava agarrada ao pescoço dele enquanto Alfonso a abraçava pela cintura.
Os dois sorriam e com certeza cochichavam um "Eu te amo" no ouvido um do outro.

Ela sorriu sozinha. Foi passando as páginas e pode ver fotos de quando eles ficaram bêbados
pela primeira vez juntos. Ela estava segurando os sapatos de salto na mão e Alfonso estava com
a camisa de botões aberta. Um se apoiava no outro e os sorrisos mostravam até as gengivas.

O álbum chegou ao fim com uma foto deles se beijando após completarem três meses de namoro.
Estavam em algum parque e ele a pegara no colo. Em baixo da foto havia uma palavra que significava
muito e tinha um peso enorme: "Sempre".

A loira então pegou um álbum com um coração vermelho enorme na frente e sabia que aquele era
o álbum que começava com uma foto deles no dia que ele a pediu em casamento. Abriu a capa e
constatou que estava certa. Se lembrava tão bem daquele dia...

*FLASH BACK ON*

Anahi e Alfonso viajaram para o Havaí do nada. Ele apareceu do dia pra noite com duas
passagens e a convidou a ir com ele. Sem pensar, aceitou.

A loira acordou com o celular tocando e assim que atendeu estranhou. Era Alfonso.

-- Amor?

-- Querida, vá para a varanda do quarto?

-- Porque? - estranhou se levantando e colocando o hobby de cetim branco por cima da
 camisola curta também de cetim e branca -- E porque não está aqui comigo?

-- Vai logo, amor. - choramingou -- E olha pra baixo quando chegar lá.

-- O que está tramando?

-- Algo bom. - riu.

Ela apontou na varanda e olhando para a avenida pode ver, escrito em rosas vermelhas e
uma letra cursiva "Casa Comigo?" Com um coração ao lado. Anahi gritou histérica e começou
a rir nervosa enquanto seus olhos liberavam rios de água.

Sem pensar duas vezes ela saiu correndo pelo quarto e após abrir a porta pegou o elevador.
Pulava dentro da caixa de metal como uma criança na fila do parque de diversões. Ela se viu de
relance no espelho e riu da camisola que usava, sem contar que estava descalça. Sem se importar
ela saiu correndo assim que as portas de metal se abriram e passou pelo saguão como um borrão.

Assim que saiu pra fora do hotel, desceu as escadarias e se jogou nos braços de Alfonso.
Ele a abraçou de bom grado e beijou seus cabelos. Quando o moreno sentiu que sua amada havia
se acalmado ele pegou o rosto dela entre as mãos e sorrindo murmurou:

-- Você não respondeu minha pergunta.

-- Sim. Eu aceito me casar com você. - ela agarrou seu pescoço e se beijaram apaixonadamente.

*FLASH BACK OFF*

Anahi fechou o álbum e o grudou no coração por cima da blusa. Ela e Alfonso com certeza
tinham uma história linda. E eterna. Ou ao menos, ela pensava que seria eterna.

"Ela é o tipo de garota
Que em um olhar coloca todo seu amor,
Que em um olhar coloca toda sua raiva,
E que em uma pequena gota de lágrima,
Coloca uma mar de tristezas.
E sobre o sorriso dela, só as estrelas sabem."

[Gabriel Rodrigues]