Fanfic: My possessive criminal-Adaptada-Finalizada | Tema: Vondy

P.O.V CHRISTOPHER

     -Chris eu já decidi, não vou voltar atrás - falei já sem paciência.

     -Cara minha mão está formigando pra descer o soco na sua cara - bagunçou o cabelo -Você acha que ela vai aceitar isso?

     -Ela atirou em mim, pra você ver o quão sou importante pra ela - sorri debochado.

     -Você é lesado ou quer uma surra? - me olhou como se eu fosse uma pessoa com problemas mentais -Você mandou, por/ra, ela já tava nervosa e você alimentou a fúria dela, então não me venha com essa parada de "ela atirou em mim" porque comigo não cola - rolei os olhos.

     -Chris cala a boca só um pouquinho, de tanto você reclamar  meu ouvido já está doendo não só meu braço mas minha cabeça, fica quieto ou saí daqui - me ajeitei na cama ficando deitado.

     -Tudo bem, eu saio mas depois não me venha pedir ajuda pra voltar com ela, porque eu não vou ajudar. Você está abrindo mão do seu casamento só porque a Dul te disse aquelas coisas que não são mais que a verdade, e você não me contou mas não ache que não sei que você estava com a Charlotte ontem, tu vai ser caçado meu irmão, aquela garota é chave de cadeia e você mais do que ninguém sabe disso - assenti meio a contragosto -Não vou mais embora amanhã porque vou ajudar a Sky cuidar dos seus filhos, a Dul e nem você estão em condições disso - colocou as mãos na cintura e abaixou a cabeça balançando negativamente -Cansei dessa grande montanha-russa que vocês criaram e o pior que tem três crianças no meio disso tudo - o jeito do Chris as vezes lembra meu pai e isso é muito estranho.

     -Aê galera, Uckermann se recupera até amanhã, porque amanhã é nosso dia - Poncho entrou no quarto todo animado.

     -Aí eu fico aqui tentando por na cabeça do mané do Ucker que ele não deve fazer besteiras e chega o mané do Poncho e destrói tudo o que eu falei - Chris disse como se estivesse lamentando nos fazendo rir -Mas conta aí o motivo - fez um movimento com a cabeça pra que Poncho prosseguisse.

    -Eu e a Annie combinamos que nossa despedida de solteiro vai rolar aqui no Brasil, então amanhã cada um escolhe uma boate - sorriu malicioso -Depois ela quer saber se eu sei me divertir sem ela - franziu o cenho meio confuso com aquilo e eu e Chris começamos a rir dele.

     -Cara eu admiro a Annie- falei zuando com ele -Ela coloca coleira em você, cara.

     -Olha quem fala - Poncho debochou -PU/TA QUE PA/RIU - gritou como se tivesse lembrado de algo nos assustando -VI VOCÊ DE PAPO COM A CHAR NO BAR - quase morri engasgado com o que ele disse -Annie me interrogou e de acordo com ela, a Dul já tem uma ideia do que rolou - passei a mão no rosto frustrado -Conta pra gente, irmão - Poncho estava curioso e quando olhei pro Chris ele me olhava curioso igualmente ao Poncho, eu não havia contado a ninguém mas parecia que todos nesse lugar tem bola de cristal.

     -É mano, conta aê - Ryan disse entrando no quarto.

     -Tem como alguém trancar essa bos/ta? Não tô afim de mais alguém saber, eu tenho que enrolar a Dul caramba - falei irritado e Ryan somente fechou mas não trancou a porta. Respirei fundo antes de começar -Eu tava lá no bar assim como todos vocês sabem - assentiram -Aí ela chegou e começou a falar comigo, nem dei bola cara, não tinha reconhecido ela mas quando ela começou a falar de mim como se me conhece tipo a anos, eu fiquei alerta e quando reparei nela ai sim a reconheci, conversamos e ficamos bebendo por um bom tempo - parei e fiquei olhando pra eles como se a história tivesse acabado.

     -Fala logo por/ra, ninguém aqui vai contar pra Dul- Chris incentivou -Deveríamos, mas não vamos - bufei.

     -Contei pra ela que era casado porque ela perguntou sobre a aliança, contei que tinha filhos e tudo mais. Aí quando a conversa ficou tediosa eu resolvi ignorar ela, mas quando eu ia levantar do banco do bar ela praticamente voou em cima de mim e me beijou, jurei pra mim mesmo que só seria aquele beijo e que iria até contar pra Dul mas a partir do momento que ela começou a me provocar eu não conseguir parar e bom... Deu mer/da - eles me olhavam perplexos -Depois quando estava saindo do quarto adivinhem quem eu encontrei?

     -Quem? - Ryan perguntou quase vindo pra cima de mim de tão ansioso pra saber.

     -Jéssica - falei entre dentes -Ela disse que me viu beijando a Char e que ficou no corredor do quarto pra ter certeza do que eu iria fazer e disse que ia contar pra Dul, ameacei ela e hoje de manhã quase matei aquela va/dia enforcada, ela disse que só não iria contar porque avisou para a Dul que eu não tinha mudado - dei um murro no colchão com a mão do braço bom -E o engraçado é que eu me lembrei de onde eu já havia visto a Jéssica, manos, ela estava no Brasil quando viemos uma semana antes de eu conhecer a Dul, ela é amiga da Char, ou seja a Jéssica é mais uma chave de cadeia - puxei meus cabelos com força descontando minha raiva.

     -Muita informação em menos de dez minutos - Poncho disse tentando absorver tudo -Mas se você contar pra Dul deste mesmo jeito ela pode te perdoar - dessa eu tive que rir.

     -Poncho meu irmão, a Dul não é besta, ela se faz mas não é, ela gargalha na cara do perigo e tu acha que ela vai ceder fácil a uma traição? Me poupe - estalei a língua no céu da boca -Quer que eu chegue nela e diga "Hey amor, eu te trai mas não se preocupe ela é só a garota mais rodada da cidade e ah, eu já peguei ela antes" ela vai descer o tapa na minha cara e dessa vez ela faz questão de acertar o tiro e bem no meio da minha testa - falei tudo num tom de deboche e eles seguraram a risada em excessão ao Chris que ria que nem louco.

      -Chris isso não é nada engraçado - Ryan repreendeu segurando o riso.

     -Vocês são uns otários - taquei um travesseiro no Chris-Riam seus por/ra, queria ver se fosse com você.

     -Toda vez, sem exceção, as brigas de vocês acabam com a Dul com o pescoço cheio de chupão e você com as costas e o peito todo arranhado - Poncho disse e os outros concordaram -Por que não acabaria assim dessa vez?

    -POR QUE EU TRAI ELA, entendeu a proporção? - falei irritado e senti meu braço latejar. Eles ficaram em silêncio e ouvimos um soluço alto e olhamos pra porta que estava aberta somente uma brecha -Dul- levantei da cama mas Chris não me deixou dar mais um passo.

     -Cara você não pode ficar andando por aí - me segurou ficando na minha frente -Depois você fala com ela.

     -Será que você não entendeu ainda? Essa era minha última chance e eu estraguei - me sentei na cama apoiando meus cotovelos nos joelhos e o rosto nas mãos -Chris se ela ouviu isso, ela vai embora e eu não vou ter argumentos para trazer ela de volta - minha voz saiu abafada pelas minhas mãos e por querer chorar. Ela não podia fazer isso. Não mesmo, eu não suportaria.

     -Cara ouve a gente, fica na boa, ela vai voltar pra você - Poncho disse e eu o olhei com raiva.

    -Quer saber? Vai todo mundo se fu/der - levantei da cama decidido e sai do quarto deixando eles reclamando. Fui até o quarto onde Dul estava e quando entrei ela estava arrumando a mala dela e chorando -Pra que tudo isso? - me aproximei segurando suas mãos não deixando ela colocar o resto das roupas na mala.

     -Não toca em mim, não fala comigo, some da minha vida - fechei os olhos tentando não me atingir pelas palavras dela.

     -Já disse que daqui você não sai - dei de ombros soltando as mãos dela. Me joguei na cama e chutei a mala fazendo todas as roupas voarem e sorri cínico pra ela.

     -MINHAS ROUPAS, SEU IDIOTA - gritou enfurecida e eu a ignorei -Olha, eu vou dizer só uma vez, SAI DO MEU QUARTO - gritou a ultima frase batendo o pé no chão fazendo birra.

    -Então amor... O quarto também é meu - sorri debochado e levei um tapa estalado no rosto. Respirei fundo tentando manter a calma -Dulce some da minha frente - falei entre dentes fuzilando ela com os olhos.

     -Então me faz um favor? - arquiei uma sombrancelha ainda irritado -Me dá o divórcio. Eu não sou suas pu/tas que você comia uma a cada noite, não sei se você não entendeu ainda mas vou te dizer, Ucker eu sou sua esposa, não sua pu/ta particular - sua voz era calma mas seus olhos mostravam o quão decepcionada ela estava -Eu deveria quebrar a tua cara mas o problema é que eu sei o quão forte você é e que vai me machucar muito mais do que eu já estou por dentro - respirou fundo -Então facilita e me dá o divorcio, não quero brigas, não quero guerra, só me deixa em paz porque eu já cansei dessa montanha russa que nosso casamento se formou - eu estava estático sem reação -Eu amo você, muito mesmo, mas eu não sou otária e ficar sendo corna não é meu porte - cruzou os braços. Ela já não chorava e seu olhar era frio. Aquela não era a minha garotinha.

     -Amor...

     -Dulce, meu nome é Dulce- disse rude.

     -Para com isso, você sabe que eu amo você, baby você sabe que sempre vai ser você. Me perdoa, por favor Dul, eu não sou nada sem você e nossos filhos, não vai embora meu amor - me levantei e tentei tocar seu rosto mas ela empurrou minha mão com brutalidade.

     -Você é muito cara de pa/u mesmo, não é? - deu uma risada que ela ficou parecendo uma maluca e seus olhos ferviam em ódio -Eu tenho nojo de você, nojo de até mesmo de te olhar - travei o maxilar, ela tava pedindo pra mim devolver aquele tapa -Foi bom Ucker? Foi bom curtir com a minha cara? Me fazer de troxa? - desviei o olhar -OLHA PRA MIM SEU CANALHA, NEM NOS MEUS OLHOS VOCÊ CONSEGUE OLHAR? SEU NOJENTO, FILHO DA PU/TA - não consegui me segurar e dei um tapa forte em seu rosto que até mesmo senti minha mão doer.


P.O.V DULCE

   Eu simplesmente não conseguia acreditar no que aquilo tinha virado. Ele havia me batido porque não aguentava a verdade. Tentei ser fria durante todo o tempo mas não consegui segurar as lágrimas a partir do momento que ele havia me dado aquele tapa.

     -Eu te odeio - falei pausadamente com a mão no rosto onde ele havia batido.

     -Você pediu por isso - suspirou -Me desculpa, princesa - tentou se aproximar mas eu dei dois passos pra trás.

    -Pode me bater, pode me espancar se quiser mas eu irei embora e levarei meus filhos comigo - falei tentando conter os soluços e percebi seu rosto ficar vermelho de raiva.

    -Você não vai embora, por/ra - me empurrou contra a parede com brutalidade e eu gemi de dor -Você é minha, somente minha cara/lho - segurou meu rosto com uma mão apertando minhas bochechas com força -Nem que eu te deixe aleijada, daqui você não sai sem mim ou sem minha autorização, entendeu? - não respondi -TE FIZ UMA PERGUNTA, POR/RA - apertou ainda mais minhas bochechas.

     -Vai se fu/der - cuspi em seu rosto e ele fechou os olhos respirando fundo e quando os abriu seus olhos estavam castanho escuro, um escuro medonho mas não demonstrei que fiquei com medo e o encarei firme -Me solta, não sou cachorra pra você ser meu dono e ficar mandando em mim - falei entre dentes enquanto ele se virava de costas pra mim e limpava o rosto com a camiseta.

   Quando Ucker se virou ele me deu um tapa no rosto mais forte que o anterior me fazendo cair no chão e me fazendo gritar de dor pois sua aliança havia cortado minha bochecha.

     -VA/DIA - gritou se abaixando e aproximando o rosto do meu -É melhor você baixar a bola Dulce, sempre peguei leve com você, sempre deixei passar todos os seus surtos de ciumes e sempre deixei passar as suas infantilidades - fez uma pausa -Você pode até ter razão mas ir embora você não vai, você só vai se ver livre de mim quando eu morrer ou talvez nem isso - minha respiração estava acelerada, sim, eu estava com medo, muito medo pra falar a verdade mas eu não ia deixar isso barato, quando ele menos esperar eu não estarei aqui - Agora levanta daí e vê se para de chorar que já está me irritando e não quero te machucar - me puxou pelo braço me colocando de pé.

      -Odeio você - murmurei o olhando nos olhos.

     -Problema seu - e assim ele saiu do quarto batendo a porta com força.

   Me sentei na cama e comecei a chorar. Eu nunca havia visto esse lado do Ucker, foram rara as vezes em que fiquei com medo dele mas dessa vez as palavras dele me fizeram estremecer, pois mostravam o quão sombrio ele podia ser e também me diziam que eu não conheço por inteiro o cara com quem casei.

   Minha vida antes de conhecer o Ucker era mais tranquila, eu podia sair na rua sozinha, eu tinha vários amigos, meus pais eram maravilhoso e me davam carinho. Fernando podia trair minha mãe mas sempre se manteve presente mesmo viajando sempre. Eu tinha uma vida normal, a vida que toda garota podia querer, só nunca havia percebido. Mas, depois que conheci Ucker, tudo virou uma avalanche, perdi meu pai, perdi amigos, abandonei o colégio, fiquei grávida cedo demais, casei cedo demais, joguei tudo pro alto por ter me apaixonado por ele. Ucker.

   Acho que a única coisa que me mantém de pé e aguentar tudo isso são meus filhos. Eu já tentei ir embora mas eu sempre voltava pois olhava para a Laura e pensava "Eu sinto falta de ter um pai, com certeza ela não vai gostar de ficar sem um também", voltava também pois me deixava levar pelas palavras do Ucker. Ah sim, ele sempre soube me manipular e fazer com que eu fosse submissa a ele. Eu achava que ele nunca iria me bater e ele bateu, achava que ele não me trairia e ele me traiu DUAS VEZES. Achava que ele era meu príncipe encantado, de um jeito torto, mas eu achava que era.

   Por que que ele tinha que me trair com essa garota? Será que ele não pensou em mim e o quanto eu iria ficar magoada? Cadê a consideração e respeito? Acho que ele só faz essas coisas porque nunca levou um chifre na vida porque quando ele levar ai ele vai aprender.

   * Dia Seguinte *

   Passei a tarde trancada no quarto com as crianças assistindo filme e desenhos animados.

   Na noite passada, assim que parei de chorar, tranquei a porta me certificando de que Ucker não entraria e que eu poderia passar uma noite tranquila e bem dormida.

     -Dul amiga você ainda não está se arrumando? - Annie entrou no quarto. Reparei o quão enorme a barriga dela estava, parecia que ia explodir mas também não comentei nada pra que ela não começasse a chorar como sempre fazia quando comentavamos.

     -Se arrumar pra que? - perguntei com tédio. O relógio marcava quase sete da noite e ela queria sair agora num país que nem conhece?

     -Minha despedida de solteiro gatinha - colocou as mãos na cintura.

    -Quem vai ficar com as crianças? - perguntei afinal, Ale e Sky iriam junto com a gente.

   -Zoe - deu de ombros.

   -Ela está aqui? - me sentei na cama e observei meus bebês dormirem em volta de mim na cama.

     -Sim, e se arrume logo, pois os meninos já estão prontos e eu pretendo sair antes do Poncho- e assim saiu do quarto. Rolei os olhos e me apressei a me arrumar.

   Escolhi um vestido curto preto com detalhes pratas, uma sandália com um salto super alto da cor também preta. Tomei um banho rápido e sai do banheiro com meu cabelo enrolado na toalha, fiz uma maquiagem forte que destacavam meus olhos  e um gloss rosa claro, exagerei na base pra tirar o roxo que Ucker deixou na minha bochecha. Idiota. Coloquei o vestido, sequei meus cabelos no secador e prendi as postas com grampos para ficar alguns cachos.

     -Terminou? - Mai perguntou entrando no quarto com Angel atrás dela.

     -Falem baixo - apontei para as crianças dormindo na cama -Só falta o sapato e soltar o cabelo - falei enquanto espirrava o perfume.

     -Vai logo Dul- Angel reclamou. Ignorei e sentei na poltrona pra colocar o sapato e depois soltei meus cabelos.

    -Prontinho - levantei da poltrona arrumando meu cabelo com a mão -Como estou? - perguntei me virando para elas.

    -Gostosa, eu pegava - Angel deu um tapa na minha bun/da me fazendo rir -Mas não sou homem, então dispenso - eu e Mai rimos.

    -Cala boca, Angel- elas ficaram fazendo graça me fazendo rir enquanto esperávamos a Annie terminar de se arrumar.

  Parei de rir no mesmo instante que Ucker entrou no quarto, as meninas também ficaram caladas observando ele, afinal elas ouviram nossa briga na noite anterior. Ele entrou no closet e depois saiu com uma mochila, passou por mim sem nem olhar na minha cara e pegou Alice no colo que era a única que estava acordada brincando com uma bolinha que servia pra ela morder.

    -Oi bebê - beijou o rosto dela e ela deu um gritinho engraçado e ele sorriu todo bobo -Sentiu minha falta, uh? - ele começou a brincar com ela e acabou acordando a Laura que bateu a mão no rosto do Lucca que começou a chorar -Ah cara, não vamos chorar certo? Vamos para de chorar - ele começou a tentar fazer o Lucca parar de chorar, ouvi as meninas saírem do quarto de fininho e eu fiquei olhando ele pegar os bebês no colo, os dois de uma vez e sentou na cama e começou a conversar com a Laura depois que Lucca parou de chorar -Vocês vão ficar com a Zoe, a gente vai dar uma volta, ok? Amanhã eu saio com vocês, tudo bem? - perguntou para Laura, me sentei na cama pra ver eles conversarem, vai que ele faz a cabeça da menina contra mim.

     -Tá bom papai - sorriu sonolenta. Ucker beijou a bochecha dela e colocou os bebês na cama dando um beijo neles também, Laura ficou olhando atenta pra ele e quando ele estava saindo do quarto ela o chamou -Papai, e beijo na mamãe? Esqueceu ela - deu risada e Ucker me olhou sem nenhuma expressão e forçou um sorriso, caminhou até mim e deu um beijo na minha bochecha -Não papai, a mamãe é na boca - o repreendeu ficando séria. Parecia que ela tinha sentido que algo estava errado entre eu e ele.

     -Como sabe que é na boca - Ucker perguntou rindo.

    -Eu vejo - deu de ombros -Vai pai - arqueou as sombrancelhas igual a ele quando está esperando que alguém faça algo. Bufei ficando irritada com aquilo.

   Ucker puxou meu rosto pra ele e me deu um selinho super rápido e depois olhou pra Laura.

    -Ótimo - sorriu satisfeita.

    -Ok, agora tchau e obedeçam a Zoe - ela assentiu pra ele e ele saiu do quarto.

                                           *********************************************

   Chegamos à tal boate e era bem frequentada pelo jeito, pois tinha muita gente na fila fora o pessoal que se encontrava do lado de fora encostados em seus carros. Uma música em português tocava e as mulheres dançavam de um jeito vulgar mas os caras pareciam adorar aquilo. Fiz careta, que mer/da, caras nojentos.

    -É a melhor do litoral - Annie disse sorrindo e foi até o segurança passando na frente de todos na fila que reclamaram, o segurança parou em sua frente e nosso segurança, que estava ali por exigência do Uckermann, parou na frente dele como se nos protegesse do cara -Hey calma aí, meu nome está na lista - Annie disse e o cara fez cara de confuso por ela não ter falado na língua dele -Olha na lista, Dulce Uckermann - franzi o cenho, ela tinha falado em português dessa vez e ela tinha falado meu nome? Dei de ombros e fiquei observando a cena, o segurança olhou na lista e deu passagem pra gente passar -Sou fo/da - se gabou.

    -Por que disse meu nome? - perguntei quando estávamos já dentro da boate.

    -Está tudo no seu nome, você está me dando essa festa de presente - piscou pra mim.

    -Que ousadia, nem assinei nada - reclamei.

    -Cara, seu marido é conhecido aqui nessa boate, você é esposa de um magnata, não precisa assinar nada, saiu como cortesia da casa - bufei irritada. Annie e suas maluquices.

   A boate tinha a decoração toda vermelha e preto, o DJ parecia ser bom e o lugar parecia um pu/teiro, havia mulher nua e de lingerie andando pelo local. Que por/ra, passar a despedida de solteiro com mulher nua é um pé no saco.

     -Tinha lugar melhor não? - perguntei fazendo careta.

    -Você tá tão chata hoje, não deu pro Uckermann depois da briga? Deveria ter dado pra parar de ficar estressada - Mai disse rindo.

    -Ai cala boca - rolei os olhos. Passamos pela pista de dança e subimos as escadas do camarote. Olhei pro andar de baixo e vi Poncho no bar -Oh Annie, você chamou o Poncho? - me virei pra ela que estava sentada no sofá que tinha ali.

     -Lógico que não - disse confusa, chamei ela com a mão e apontei pro bar e dessa vez o resto dos garotos estavam com ele -Não acredito - bateu o pé no chão irritada.

    -Você disse que Ucker é conhecido aqui? - assentiu -É logico que ele viria nessa boate, Annie- falei mostrando que aquilo era óbvio -Ucker é metido, ele iria vir aqui só pra ostentar a grana dele e esfregar na cara dos outros traficantes que ele é o traficante mais temido, querida - falei gesticulando as mãos.

    -Vamos ignorar eles - sugeriu e eu assenti. Contamos para as meninas que eles estavam ali e combinamos que não poderíamos falar, ficar ou chegar perto deles. 

   Eu já estava bem animada, quase bêbada. Estava no bar com a Ale que já estava bêbada e ria de tudo, minha sogra bebendo e em uma boate, nunca imaginei isso mas ok. Peguei meu copo de caipirinha que por sinal era muito boa e virei de uma vez. Olhei para nosso camarote e nele estava somente Annie, que não podia beber, e Sky que já estava reclamando que queria ir embora. Olhei pros outros camarotes procurando e vi Ucker sentado no sofá conversando com um grupo de garotas, uma delas sentou no colo dele, ela tinha a pele morena, corpo bonito, cabelos lisos e californiana rosa. Ela tentava beijar ele mas ele virava o rosto até que chegou uma hora que ela conseguiu e eu senti vontade de meter a mão na cara dela.

     -Senhorita, quer mais uma bebida? - o barman perguntou e eu o olhei, era gatinho, olhei pro Ucker e ele estava meio que brigando com a garota mas fo/da-se. Me virei pro barman e me debrucei no balcão o puxando pela gola da camiseta dele e o beijei, ele exitou mas logo retribuiu o beijo.

   Era diferente beijar outra pessoa depois de muito tempo beijando somente uma, mas pra falar a verdade o barman beijava mau pra cara/lho. Soltei o cara e discretamente olhei para o Ucker que estava parado me olhando perplexo me fazendo sorrir vitoriosa, e olha que só foi um beijo mas eu não seria capaz de algo mais pesado.

    -Nossa gata, que selvagem - o cara veio pra cima de mim de novo e eu o empurrei.

    -Desculpa mas você beija mal meu bem, não ro/la - sai dali pois não vi mais Ale ao meu lado.

   Vi Ucker vindo em minha direção espumando de raiva e me apavorei, corri entre as pessoas e subi as escadas correndo, entrei no meu camarote que nem um furacão.

     -Não deixa o cara alto entrar - falei pro segurança, olhei pra trás e Ucker estava quase perto de mim, me apressei e me sentei no sofá ao lado da Annie.

    -Tá loca? - Sky perguntou quando agarrei o braço dela.

    -Agora ele me parte no meio - falei e quando olhei pra entrada do camarote vi Ucker sendo barrado -Ai Deus, me protege, eu me arrependi - agarrei mais ainda o braço da Sky.

    -O que você fez? - Annie perguntou aflita olhando o Ucker discutir com os seguranças, os meninos chegaram e tentaram segurar o ele.

    -Beijei o cara do bar e ele viu - Ucker deu uma cotovelada na cara do Chris para que ele o soltasse -Eu só queria me vingar mas acho que não deu certo - ele conseguiu passar pelos seguranças e entrou no camarote.

    -Você já era - Sky sussurrou pra mim e eu engoli em seco.

    -Filha da pu/ta, vou te socar até você desmaiar - Ucker me pegou pelo braço me levantando e quando ele levantou a mão pra me bater a Annie voou em cima dele segurando seu braço.

    -Nela você não bate - ela esbravejou.

    -Sai fora Annie, cuida da sua vida - falou entre dentes.

    -Ucker calma - falei -Pode deixar Annie, eu vou com ele - tentei fazer a briga parar.

    -O que? Tá louca? Ele vai bater em você e depois você vai ficar aí reclamando e chorando por causa desse idiota - falou irritada e Poncho tentou acalma-lá -Saí daqui Poncho se não sobra pra você também - o empurrou.

     -Annie...

    -Ok Dulce, vai lá e vê se fica bem roxa pra ver se aprende - me deu as costas saindo do camarote indo em direção ao banheiro e os outros também saíram. Sacudi meu braço fazendo Ucker me soltar.

    -Viu só? Você só sabe estragar as coisas - falei com raiva mas era evidente que ele estava com mais raiva do que eu.

    -Tenha amor à sua vida e cala a boca antes que eu te mate - apontou o dedo no meu rosto e eu o empurrei fazendo com que ele caísse sentado no sofá.

    -Cala boca você. Cara/lho garoto, qual seu problema? Vai lá ficar com aquela garota que tava com você - sentia meu rosto queimar de raiva, certeza que minhas bochechas estavam vermelhas -ACABOU UCKER, ENTENDEU? ACABOU - gritei bem perto do rosto dele e recebi um tapa no rosto, subi em cima dele e devolvi o tapa na cara dele.

   Começamos uma briga que ele tentava me segurar e eu tentava socar a cara dele. Ucker me jogou no chão e prendeu minhas mãos acima da cabeça.

    -Fica quieta, por/ra - reclamou.

    -ME SOLTA, CHRISTOPHER- gritei tentando acertar um chute nele -Sai de cima de mim - dei uma joelhada no pa/u dele o fazendo cair ao meu lado reclamando de dor -Falei pra me soltar - levantei e peguei minha bolsa e antes de sair dei uma olhada pra trás e ele se levantava.

   Apressei os passos e despistei ele no meio da multidão. Sai da boate e percebi que aquela rua era bem movimentada e passava um táxi bem na hora em que saí, fiz sinal para ele parar e entrei nele dando o endereço da casa onde eu estava para o motorista.

   Meu celular tocava freneticamente e claro que eu não atendia pois era o Ucker. Mandei uma mensagem para Annie explicando que estava indo pra casa sozinha e que não era para contar ao Ucker. Quando cheguei em casa entrei rapidamente e corri pro meu quarto. Eu queria ir embora mas eu não podia ir assim, e se algo tivesse acontecendo em Atlanta e eu e meus filhos virassemos alvo. Tranquei a porta do quarto e suspirei aliviada por encontrar meus filhos na minha cama todos de pijama e dormindo. O relógio marcava exatamente duas da manhã e eu estava exausta. Tomei banho, coloquei um pijama e deitei na cama com o maior cuidado para não acordar meus bebês.

   Estava quase dormindo quando meu celular começou a tocar me fazendo bufar. Atendi sabendo quem era.

     -O que você quer?

      -ONDE VOCÊ ESTÁ? - gritou.

      -Ucker meu bem, eu estava tentando dormir - falei calma.

      -O que? Dulce , onde você está?

      -Em casa - falei como se fosse óbvio.

      -Por/ra, como você some assim?

      -Como se você se importasse - debochei -Estou com sono, boa noite e não entre em meu quarto, tchauzinho - desliguei o celular na sua cara.

Coloquei o celular debaixo do meu travesseiro e voltei a dormir.

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   Acordei com alguém batendo na porta do quarto. Já era de dia então levantei sonolenta e abri dando de cara com o Ucker encostado no batente da porta e de cabeça baixa e quando ele levantou a cabeça seus olhos estavam vermelhos. Ou ele chorou ou se drogou.

     -O que você quer? - perguntei.

     -Precisamos conversar - seu semblante era sério.

     -Pode falar - fui rude, ele me fitou por um tempo, respirou fundo e assentiu.

     -Você quer ir embora ainda?

     -Sim e vou - dei de ombros.

     -Tudo bem - murmurou de cabeça baixa. Com certeza ele estava fazendo teatrinho pra me enganar.

     -Ótimo, mas não se preocupe com as crianças, pretendo comprar uma casa perto da sua para Laura poder te visitar e você poder ficar com os bebês - assentiu sem me olhar -Você que causou isso, não se faça de coitado.

     -Não estou me fazendo - deu de ombros -Estou te dando livre arbítrio para fazer o que quiser mas...

     -Claro, tem que ter um "mas" - bufei -Diga.

     -Não te dou divórcio - falou em um tom sério me olhando nos olhos -Falei que não ficaria livre de mim, quer sair de casa? Saia, mas vai continuar sendo minha esposa querendo ou não - ri incrédula.

      -Entro com divórcio automático - dei de ombros.

     -Pois tente, ou você é minha ou morre - falou perto do meu rosto e saiu me deixando com cara de idiota.

   Entrei no quarto e fechei a porta morrendo de raiva dele.

     -Então ele terá que me matar - falei para mim mesma.

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    Oi, oi gente!! Uau Ucker ta muito idota q raiva dele!!!! E isso da Jéssica conhecer a Char hein?

  Desculpa se tiver algum erro de ortografia ou troca de nomes mas eu ñ revisei o capitulo *-*

Respondendo comentarios:

Dulcemaria_candy_:Vdd viu eu to morrendo de odio dele, Dul tem q se vingar!!Continuando, bj

Camyemily14:Omg mesmo, as coisas tão super tensas.Minha mãe adora tbm q eu cheme ela de mami kkk, é tão fofo *-* Graças a Deus q o Ryan empurrou ela, Dul tava arrempedida mas agora parece q a raiva dela voltou.Ta aqui o capitulo enorme kkk, gostou?Char é a tal garota da californiana q tava com o Ucker no camarote, eu tbm odeio ela, Dul vai meter a mão na cara dela.Continuando, bj

Kakaizinha:Super bafos né?Eu to com zangue no olho quero q o Ucker sofra um pouco, mas acho q a Dul ñ vai deixar barato isso.Eu ODEIO a Char ela é uma completa va/dia!!A garota q tava tentando beijar o Ucker no camarote era ela argh!!É a Dul pegou pesado mesmo, eu acho o Ucker um bom pai ele só ñ tem tempo, mas po outro lado ele mereceu, aiii q eu ñ tô me aguentando de odio!!Vdd mesmo assim ele continua perfeito , mas eu tbm gosto dele assim, tipo eu leio "Crazy love" e o Ucker é um monstro la mas eu ñ consigo sentir raiva dele kk.Continuando, bj

MarianaVecchi:Eu tbm quero e muiitoo q a Char se lasque, va/dia!!!! O encontro das duas vai acontecer daqui a pouco, Dul vai meter a mão na cara dela.Como o Chris disse a culpa foi do Ucker ele provocou ela, Dul já tava morrendo de raiva dele, ela só descontou tudo, mas eu tenho certeza q se ela atirasse e acertasse q ela depois ia sofrer.Suas opições estão quase certas kk, Ucker tentou matar ela, mas dessa vez ela ñ deixou barato.Eu tbm quero MORTE A CHAR JÁ!!! Vai entra mais um sim, e esse vai surpreender mas isso é mais pra frente.Continuando, bj

Stellabarcelos:Dul ta decidida a acabar com a Char e da o troco no Ucker. #Dulcomsanguenoolho.Bj

Millavondy36:Dul vai meter a porrada na Char, ñ vejo a hora de chegar esse capitulo kkk.Ah quando a Char aparece vcs vão ver como ela é metida, uma verdadeira cachorra.Ucker achava q a Dul ñ teria coragem, pelo visto a garota dele ta crescendo, se eu fosse o Ucker me cuidava pq vai ter vingança!!Ryan salvou a patria kk.Continuando, bj

                  Tchau lindokas bj