Fanfic: My possessive criminal-Adaptada-Finalizada | Tema: Vondy

P.O.V DULCE

   Já era noite e eu estava na sala de TV assistindo a filme sozinha enquanto comia pipoca quando gritos me interromperam. Tombei a cabeça pra trás praguejando tudo que me vinha em mente.

      -MAMÃÃÃE - Lucca gritou do andar de cima e eu pensei "cadê o pai desse menino?" Porque ele só precisava de mim quando Ucker não podia ajudar.

       -O QUE FOI? - gritei de volta sem a menor vontade de levantar do sofá.

       -TIRA ESSAS GAROTAS DO MEU QUARTO - ele parecia desesperado. A Laura só pode estar fazendo o menino de objeto de tortura. Cara, eles não podiam ir encher o saco da Sky? Ela ta sempre aqui, o que custa chamar ela uma vez na vida?

   Me levantei e fui em direção às escadas, não me interessa o que tava rolando lá em cima então subi as escadas o mais lento que pude.

      -Não quero nem saber, estão todos de castigo só por terem me atrapalhado a assistir meu filme - falei entrando no quarto. Alice estava com um balde na mão, o quarto estava todo molhado, Lucca estava parecendo que havia apanhado das duas, ele tava cheio de arranhões pela cara sem contar que tava molhado também, e por fim Laura que estava com uma vassoura na mão pronta pra dar uma vassourada na cabeça do Lucca. Uma cena precária.

      -A gente pode explicar... - Alice começou a falar mas ela viu algo, ou melhor, alguém atrás de mim e só faltou enfartar. Ucker.

      -Que por/ra é essa aqui? - Ucker perguntou com a voz firme ainda na porta, ele olhava em volta totalmente indignado e quando ele viu os pestinhas ele só faltou explodir, a cara de raiva dele assustou até a mim.

       -Elas me atacaram - Lucca fez uma cara de desesperado e veio pro meu lado, o lancei um olhar matador e ele fez uma cara sofrida igual a do Ucker. Eu quase ri. Quase.

P.O.V CHRISTOPHER

   Ao decorrer desses anos eu e os caras estamos tentando acabar com alguns "obstáculos" que apareceram. Claro que depois que matei Fernando, os aliados dele não iriam ficar quietos, e esses caras precisavam de dinheiro que Fernando lavava nas "industrias" empresariais que ele, e mais alguns corruptos por aí, montavam. Agora com a morte dele os caras caíram matando em cima de mim, era óbvio que havia o matado, mas o mundo não sabia disso, não sabiam que eu havia matado o grande empreendedor. Somente quem estava dentro da máfia sabia do ocorrido.

   Eu agora tinha a prioridade de proteger minha família e também ajudar os caras a fazer o mesmo com a deles. Nossos filhos estavam crescidos agora, não podíamos poupa-los de ter uma vida "normal" dentro dos pesares só porque somos fora da lei. A segurança estava muito mais que redobrada depois que recebi algumas ameaças. Mesmo os anos tendo se passado, os políticos filhos da pu/ta não haviam esquecido a morte de Yan e Fernando, eles eram uma grande peça para que o governo tivesse acesso à máfia, e quando me neguei a ser fantoche desses otários eles simplesmente se voltaram contra mim. Uma guerra um tanto perigosa, mas eu com certeza não seria o primeiro a cair, pra mim cair o mundo tinha que explodir primeiro e depois de muita luta eu cairia.

   Estávamos planejando um roubo fora dos Estados Unidos. Havíamos investido muito naquilo, colocamos todas nossas fichas em jogo para dar tudo certo. Faz no mínimo dois anos que estávamos arriscando fazer nosso trabalho em outros países e estava dando certo, já tínhamos aliança com México, Londres, Austrália, e por mais que tivesse sido difícil conseguimos com o Brasil. Depois do ocorrido na minha última estadia no Brasil os caras de lá ficaram meio com um pé atrás de fechar aliança com a gente mas logo cederam depois de um trato muito bem feito.

   Era óbvio que a esposa de ninguém ali sabia que estávamos com esse negócio de roubo fora do país em andamento, pra elas aquilo era só um plano futuro, mal elas sabiam que já estávamos muito mais além do que somente "plano futuro". Dizíamos que iriamos fazer alianças com outros países quando saíamos para fazer viagens e executar os roubos.

       -Dennis já está avisado sobre o jatinho pro fim de semana? - perguntei para confirmar enquanto fazia anotações no mapa do local do roubo.

      -Tudo certo mano, o que faltava já está em andamento de processo, antes de decolarmos vai estar tudo a nossa espera - Poncho respondeu por todos que estavam ali no escritório.

   Quando pensei em abrir a boca novamente ouvi gritos no andar de cima me fazendo franzir o cenho e prestar atenção no barulho. Parecia que estavam quebrando tudo, podia ouvir os gritos da Laura xingando, Alice dizendo algo como "vamos acabar com sua raça" e logo depois Lucca gritando por socorro.

      -Acho que ser o único garoto no meio de duas adolescentes está deixando o garoto em apuros - brincou Joe.

       -Rezem muito pra que um dia eu não jogue eles no porão e esqueça eles lá - falei fazendo eles rirem enquanto eu saia do escritório pronto pra acabar com a palhaçada.

   Fui para o andar de cima e andei pelos corredores até o quarto que vinha o barulho. Ouvi a voz da Dulce e ela parecia furiosa.

       -A gente pode explicar - Alice falou assim que cheguei na porta do quarto de Lucca.

   Notei o quão o quarto estava destruído, tinha água, pena de travesseiro, coisas quebradas, e sem falar no estado daqueles três inconsequentes, Lucca estava arranhado e todo fu/dido parecia que tinha levado uma surra com direito a banho. Alice estava com o cabelo bagunçado e um balde de água na mão. Laura estava com a vassoura na mão pronta pra bater no irmão. Dulce estava com uma cara de quem não estava acreditando naquilo. Eu estava furioso com aqueles pirralhos, eles estavam me dando dores de cabeça, dessa vez o castigo não seria nem um pouco leve e pesado seria apelido.

       -Que por/ra é essa aqui? - perguntei com a voz firme.

       -Elas me atacaram - Lucca disse indo pra perto da Dul mas ele recebeu um olhar matador dela.

       -Nós? Você é um cagueta do cara/lho, isso sim - Laura esbravejou.

       -Olha lá como fala com seu irmão garota - repreendi -Mais um palavrão que você dizer na minha frente e vai engolir todos seus dentes - falei e ela desviou o olhar cruzando os braços -Depois do quarto estar brilhando quero os três no meu escritório, entendidos?

      -Temos empregadas pra que? - Alice rebateu indignada. Ela era aquele tipo de garota que odiava fazer as coisas por si só quando o assunto era esforço.

      -E eu tenho três filhos muito eficientes pra que? - respondi com sarcasmo a fazendo se calar.

   Sai do escritório e pude ouvir Dul dizer um "estão fu/didos" pra eles e logo vindo atrás de mim.

       -Acho super engraçado você dando um de pai durão, nem parece que vive mimando eles - zombou me fazendo rir.

      -Nada haver - dei de ombros descendo as escadas.

     -Ah Uckermann, você sabe que comigo não precisa dessas coisas - ri da maneira que ela falou -Vai viajar no fim de semana? - sua voz ficou hesitante. Me fazendo parar na sala e olhar pra ela.

      -Sim, você sabe, é preciso - sorri de lado e Dul assentiu cabisbaixa -Hey não faça essa cara baixinha - a puxei pela mão abraçando sua cintura. Acariciei sua bochecha e Dul me abraçou deitando sua cabeça no meu peito.

      -Tenho medo de um dia receber a notícia que você não irá voltar, medo de um dia te perder - sussurrou e estranhei aquilo, ela parecia estar segurando o choro.

      -Você não irá me perder meu amor - apertei meus braços a sua volta a abraçando mais forte -Isso é só o começo para a eternidade - sussurrei em seu ouvido arrancando um sorriso dela.

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    Continua.....