Fanfic: My possessive criminal-Adaptada-Finalizada | Tema: Vondy

P.O.V CHRISTOPHER

   Freiamos os carros de uma vez só, fazendo a RR freiar, também, quase ao mesmo tempo. Pude ver pelo retrovisor todos os homens que trabalham pra mim, e que estavam escondidos na floresta que havia no acostamento da rodovia, saírem com suas armas AK-47 apontadas para a Rover.

        -Uckermann, não dá para ver nada atrás dos vidros - Ryan disse pelo radio. Assenti mesmo sem ele ver. Observei o carro ser desligado mas os faróis continuaram acesos.

      -Só podem ser algum suicida, ficar sem reagir e aparecer do nada no meio de atiradores é pedir pra morrer - Chris se pronunciou.

      -Eu vou lá - falei e ignorei os protestos dos caras. Abri a porta com a minha Glock já destravado. Passei pelos atiradores e levantei a arma em direção ao lugar do motorista, onde havia uma sombra -Saía do carro e larga de ser cu/zão - gritei me aproximando. Nos primeiros vinte segundos nada aconteceu, até simplesmente ligarem o motor do carro -Eu mandei... - fui interrompido com o carro dando ré -Por/ra, vamos atrás, ninguém iria vir até aqui atoa - corri de volta para o meu carro ouvindo os caras atirarem contra a Rover, que parecia ser super blindada, o que foi suspeito.

       -Cara/lho irmão, aquele carro estava mais blindado que a comitiva do presidente! - Poncho exclamou.

       -Parece a blindagem dos seus carros mano- Chris comentou. Eu já estava indo para outro caminho quando alguém me veio a cabeça e os caras tagaleravam pelo radio.

       -A blindagem do carro da Dul, como não disconfiei? Somente ela tem uma Rover com aquela cor - falei entre dentes.

       -Cara ela não estava em casa?

       -É o que veremos - respondi acelerando ainda mais.

       -Vai ser fácil saber se é ela, assim que você chegar olha se o carro dela tem marcas de tiro - Poncho recomendou -E eu também vou pra casa, se Dul  estava lá, as outras garotas estavam também - assim que ele terminou de falar os outros começaram a discutir dizendo que elas não seriam capazes.

   Desliguei o rádio deixando eles discutirem. Após um tempo cheguei em casa, parei a Ferrari perto da porta da frente. Sai do carro batendo a porta, a casa estava escura e aparentemente todos dormiam. Fui até a garagem e constatei que todos os carros estavam ali, estreitei meus olhos desconfiado ao ver todos os carros ali e intactos, principalmente o carro da Dul.

   Entrei em casa e tudo estava normal demais. Fui para o quarto e lá estava minha mulher dormindo tranquilamente abraçada no meu travesseiro.

       -Na próxima eu te pego - sussurrei cruzando os braços enquanto a olhava ela dormir.

   Não descartaria a ideia de que Dulce me seguiu, agora o motivo, eu descobriria e ela mesma iria me contar sem ao menos perceber.

       -Christopher? - ela murmurou depois de se mexer na cama.

      -Hum? - fui até o closet e comprovei que estava do mesmo jeito que deixei.

      -Você demorou - falou se sentando na cama. Não respondi pra não demonstrar o quão desconfiado eu estava -Ta procurando o que? - ainda de costas pra ela pude perceber uma leve alteração em sua voz. Sorri percebendo que ela estava nervosa.

      -Nada demais, querida. Volte a dormir - entrei no banheiro para tomar um banho e ver se tirava aquela ideia, de que Dul estava me seguindo, da cabeça.

   Pela manhã acabei acordando cedo o suficiente para ver as crianças tomando café para ir ao colégio. Me sentei a mesa junto deles e Lucca discutia com Alice sobre ela estar atrapalhando ele em algo, e Laura mexia no celular, uma coisa que eu tinha que arrumar tempo para confiscar era essa mer/da de celular, ela só ficava mexendo nessa por/ra e dava muitos sorrinhos pro meu gosto.

       -Qual o problema dessa vez? - perguntei e pelo jeito eles só perceberam minha chegada quando fiz a pergunta porque levaram um susto danado. Laura deixou o celular cair no prato, Alice e Lucca pararam de falar no mesmo instante -Credo, quando vocês me vêem parece que sou um monstro, sempre se calam - brinquei achando graça.

       -O senhor nunca está de bom humor pela manhã - Laura disse rindo de leve.

       -Senhor? Voz angelical? Eu já te deixei ir ao baile amanhã, Laura.

      -E quem disse que quero algo? - se fez de ofendida.

      -Qual é maninha, até os seguranças sabem do seu jeito de manipular nosso velho - Lucca disse risonho. Parei o que estava fazendo e olhei pra ele sério.

       -Já mandei parar com isso cara, eu não sou velho - resmunguei.

      -Se eu não fosse sua filha eu casava contigo - Alice disse e eu ri.

       -Isso aí gatinha, bate aí - levantei a mão e demos um hi-5.

   Depois de tomarmos café fiquei sabendo que eles só estavam acordados por mania e que não haveria aula naquele dia, pois estavam arrumando a escola para o tal baile. Continuamos na mesa conversando e zuando a Alice por ela ser a única "patricinha" da família, porque até mesmo a Dul sendo fresca, às vezes, não era igual a ela.

       -Vocês são chatos - Alice reclamou pela décima vez.

       -Nasceu na família certa, todos vocês são chatos - fomos supreendidos por Ale.

       -E ae vó, tudo suave? - Lucca disse fazendo Ale o olhar pra ele com cara de poucos amigos.

       -Conserte o vocabulário do seu filho, ele tem apenas doze anos - ela disse me olhando irritada.

      -Ele aprende isso na escola - dei de ombros.

      -Conviver com você ajuda maninho - Mel entrou na cozinha acompanhada de Dulce. Procurei esquecer do que houve noite passada e deixar pra depois.

       -Cala boca - rolei os olhos e recebi um tapa dela. Melissa já era mulher agora, o que me deixava super alerta com os marmanjos que chegavam perto dela, digamos que Nicky me ajuda na tarefa de afasta-los, o que deixa Mel super irritada.

       -Ainda desconfio que você seja adotado - ela disse fazendo careta.

      -Como se você fosse super Santa não é princesa? - zombei e dessa vez recebi um tapa da Ale -Sem agressões mulher, acalme os hormônios - levantei as mãos e Ale ameaçou tirar o salto pra jogar em mim -Epa, eu to quieto - cruzei os braços.

      -Posso saber o que vocês três estão fazendo em casa? - Dulce perguntou para as crianças se sentando a mesa.

       -Não tem aula - Laura disse vidrada no celular. Eu estava pronto pra pegar aquela por/ra e jogar na parede.

      -Larga essa mer/da antes que ele tenha que arranjar asas pela queda que ele vai ter da janela - mandei e ela bufou colocando no bolso da calça.

       -Satisfeito? - perguntou sarcástica.

      -Muito, anjo - pisquei pra ela.

      -Deixa a menina Ucker, quanta marcação em cima dela - Mel reclamou roubando minhas uvas.

      -Tira mão da minha comida, sua morta de fome - dei um tapa na mão dela -E vê se não fala muito, porque eu to de olho em você também.

      -Hum né tia, só nas paquera - Lucca disse risonho a fazendo ficar roxa de vergonha -O banheiro da faculdade é aproveitável, ou vai o carro mesmo? - não me aguentei e comecei a rir da cara da Mel e como Ale ficou perplexa.

      -Calado garoto, quanta audácia - Mel o repreendeu passando a mão no cabelo. Primeiro sinal de nervosismo.

   Depois de tanto que eu e Lucca enchemos o saco das meninas elas resolveram ir ao shopping. Dul disse que não iria porque estava com dor de cabeça, aproveitei essa deixa pra ver se arrancava algo dela. Me sentei no sofá ao lado dela que lia uma revista qualquer.

   Eu havia falado com os caras e eles me afirmaram que quando eles chegaram em casa eles encontraram a casa deles como eu encontrei a minha. Calma demais. Conversei com os meus seguranças e sim, Dul havia saído de casa logo depois de mim, mas o estranho foi que ela saiu de táxi. Não havia como ela conseguir um carro idêntico ao dela e ainda por cima com os mesmos milímetros de blindagem. Tinha algo me cheirando mal. E algo que me incomodou foi saber que tem mais otário tentando destruir meus planos, ontem assim que terminamos de pegar as cargas a polícia foi acionada. Camila, uma garota que estava meio que trabalhando com a gente por indicações de Jack, conseguiu localizar um novo empreendedor no tráfico, só que o estranho é que o cara nunca mencionou o próprio nome e nunca foi visto. Não que eu tenha desconfiado da minha própria mulher, mas tinha algo que não se encaixava.

       -Tem algo de errado, amor? - Dul chamou minha atenção. Franzi a testa confuso -Você ta aí, todo pensativo - largou a revista na mesa de centro.

      -É que ontem rolou uma coisa estranha, fiquei meio grilado - passei a mão no cabelo.

      -Que coisa?

      -No meio da ação a polícia deu as caras, e depois um carro apareceu do nada, ninguém desceu do carro quando o cercamos, e o otário fugiu, estamos desconfiados de uma pessoa mas nada concreto - torci os lábios. Fitei seus olhos que ficaram apreensivos mas logo ela tomou uma postura rígida. O que foi estranho.

       -E quem seria essa pessoa?

      -Ah, um cara aí, ele é meio misterioso - falei e ela assentiu e pude ver uma expressão de alívio.

   Eu disse que ela iria me confessar sem ao menos eu pergunta.

   Continuei um tempo com Dulce conversando sobre eu ter cancelado minha viajem desse fim de semana. Eu tinha que ficar atento com esse cara que estava tentando um lugar em Atlanta. Também tinha que ter uma conversa com aquele vacilão do Franco, quero saber como a polícia chegou até mim. Eu sempre pago a por/ra da propina pra que nada dê errado. Como aqueles mer/das chegaram lá? Muitas dúvidas pra pouca resposta.

P.O.V DULCE

   Ucker estava me rondando, eu sabia que ele desconfiava. Ontem eu cheguei em casa com vinte minutos de vantagem, fingi que estava dormindo mas percebi que ele ficou muito em alerta e com certeza estava desconfiando de mim.

   Eu esperava que ele não achasse que eu estava fazendo coisas erradas. Eu só fui saber se ELE estava fazendo coisas erradas. Sem contar que eu ainda iria descobrir quem era aquela garota que estava junto com ele.

       -Dul- Ucker chamou enquanto entrava na sala.

      -Humm - não desviei os olhos do notebook, mas o fiz quando o silêncio dele permaneceu -Que foi? - perguntei quando encontrei seus olhos sérios.

      -Vou te fazer umas perguntas, espero que responda de modo sincero - seu tom de voz estava arrogante. Fiquei sem entender.

     -Claro - franzi o cenho assentindo.

     -Você saiu ou não daqui ontem? - cruzou os braços. Me mantive em silêncio e a expressão dele foi ficando furiosa -Eu te fiz uma pergunta, por/ra - engoli em seco desviando o olhar.

       -Sai, por quê? - levantei a cabeça e o olhei indiferente.

       -Pra onde e com qual carro? - fiz uma careta confusa com a pergunta dele.

       -Uh... eu fui pro Porto - dei de ombros como se não tivesse culpa de nada -Fui de táxi até a casa da Angel, pegamos a minha Range que eu havia deixado lá - mordi o lábio inferior apreensiva.

       -Ah é? E você me segue assim do nada, achando que era seguro? Eu nem sequer sabia que você estava lá - alterou a voz.

       -Essa era a intensão...

       -Me responde mais uma pergunta - assenti -Porque não desceu do carro quando cercamos você? Deixou com que os seguranças atirassem no carro. E se você fosse atingida, cara/lho?

       -Epa. Espere, tiros? Cercar? Isso não aconteceu, eu perdi você de vista no meio do caminho, sim uns carros barraram minha passagem mas eu fiquei assustada e entrei em uma das saídas que tinha ali - me levantei enquanto falava.

      -Ah me poupe Dulce, conte a verdade - ele estava quase gritando.

     -Essa é a verdade, Ucker eu juro - aumentei minha voz também. Ele me encarou por alguns segundos e depois riu sarcástico.

       -Ah você jura? Me conte a verdade Dulce, porque depois quando você precisar não irei acreditar em você - fiquei indignada. Porque ele não estava acreditando em mim? Meu Deus.

       -Ucker eu não...

      -Eu tenho provas por/ra, quero que me diga porque não desceu do carro, era o seu carro lá, a mesma placa, cor, tudo. ENTÃO FALE A VERDADE E ME DIZ O PORQUE FUGIU.

      -EU PERDI VOCÊ DE VISTA, MAS QUE DROGA UCKERMANN- gritei indo pra perto dele mas Ucker desviou de mim me olhando mais do que irritado- Quer saber, porque isso importa mesmo? Vai brigar comigo por isso?

      -Sim vou, eu repeti mil vezes que não estou fazendo nada de errado, mas não, você é tão idiota que fica procurando briga comigo - ele me deu um leve empurrão mas que me fez dar três passos pra trás -Sabe, se você continuar com essas pu/taria de garotinha mimada novamente eu juro que não irei me controlar e vou te esganar - aproximou seu rosto do meu.

       -Qual seu problema? - tentei o afastar.

      -No momento, suas mentiras - esbarrou em mim indo para as escadas.

P.O.V CHRISTOPHER

   Antes de discutir com a Dulce eu estava na casa do Ryan e descobrimos que alguém ali perto de onde recebemos o carregamento havia ligado para a polícia. Pelo que eu saiba não havia ninguém ali além de nós, aquela parte do Porto era totalmente deserta, não havia nada além de uma estrada, e uma mata, não havia civilização.

   E a única pessoa que me veio a cabeça foi a Dulce, ela estava lá, ela que tanto quer que eu pare com o crime. Só podia ser, mas... ela não seria capaz de fazer isso comigo... seria?

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  Prontinho, maratona postada, espero q tenham gostado!

                         Bj