Fanfic: Meu destino é você | Tema: Lucero e Mijares

Mijares voltou pra o quarto, ela continuava dormindo, saiu, deixando a porta que dava acesso a cozinha aberta, passou por lá e depois seguiu pra o quarto do filho.

Mi: (entrando) Podemos conversar?

Jos: Claro pai, entra.

Mijares fecha a porta e senta ao lado do filho que estava deitado na cama vendo TV.

Mi: Filho, queria que você me explicasse o que aconteceu.

Jos: Tá pai. Foi o seguinte, estávamos assistindo TV quando ouvimos alguém gritar o nome da mamãe, não demorou muito ele já veio abrindo a porta e mandando a gente sair, eu não queria, mas a mamãe disse que ia ficar bem, e quando saímos vi que ele fechou a porta com chave, fiquei ouvindo, eles falavam baixinho, a mamãe quase não falava, (ele falava olhando pra TV) daí não aguentei e comecei a chamar e bater na porta, aí ele abriu com tudo e veio pra cima de mim, pegou meu braço e já foi gritando, a mamãe foi pra cima dele e já foi pedindo pra ele me soltar ,e o resto você já sabe.

Mi: Filho, ele te machucou? – Jos nada fala, levanta a manga da camisa e mostra ao pai, Mijares levanta-se e anda de um lado pra o outro – Você foi mais uma vez um herói pra sua mãe filho.

Jos: Pai, fiquei com medo de ele bater na mamãe.

Mi: Mas não o fez.

Jos: Ela esta dormindo ainda?

Mi: Sim filho, mas vamos viajar viu.

Jos: Ok pai.

Mi: Vou ver sua irmã, ateédaqui a pouco campeão.

Mijares vai ao quarto da filha e a encontra com Graça que para distrair a menina brincava com ela, não falou nada, beijou a filha e depois de pedir a Graça que ajudasse a filha  a se arrumar pra viajarem mais logo tarde sai, segue pra o escritório, liga pra Ernesto contando a historia e depois de desligar logo em seguida, recebe a ligação da sogra que estava muito preocupada, depois de acalmar a senhora e dizer que iam sim viajar, se despedem e segue pro quarto, a esposa ainda dormia, olhou no relógio e viu que ia dar 18:00, decide então acorda-la.

Mi: Amor, acorda...

Ela lentamente abre os olhos e por um impulso o abraça.

Mi: Calma meu amor, tudo acabou.

Lu: Senti muito medo de ele me machucar, de machucar nossos filhos.

Mi: Ele não iria fazer isso, o que ele fez foi pra te assustar.

Lu: E conseguiu, estou com muito medo.

Mi: Não vou deixar que nada aconteça nem a você nem a nossos filhos, isso você pode ter certeza.

Lu: Te amo.

Mi: Te amo ainda mais.

Ficam um tempo abraçados, depois ele a informa que iam viajar sim, tomam banho e logo já estavam na sala, ela estava muito abatida, os olhos inchados, parecia que sentia sono, por mais que Mijares e Fátima insistissem para ela se alimentar não conseguiram, Juan e Sil demoraram um pouco, pegaram um engarrafamento, Lucero estava deitada no sofá, abraçada ao filho, Lucerito estava ao lado do pai, o abraçava também.

Fat: Você acha uma boa ideia viajarem? Olha pra ela.

Mi: O Mauricio nos liberou, ele disse que ia ser bom pra ela, e acredito que sim.

Fat: Não imaginei que fosse acontecer algo assim.

Mi: Muito menos eu, não gosto nem de pensar o que teria acontecido se meu cunhado não tivesse chegado a tempo.

Fat: Foi Deus que o colocou aqui.

Jos chega perto deles.

Jos: Pai, a mãe dormiu.

Fat: É melhor colocar ela na cama.

Nesse momento chegam, falam com todos.

Juan: Lu dormindo uma hora dessas – olha pro relógio-

Mi: Aconteceram umas coisas, quando chegarmos lá te explico, agora vamos?

Levam as malas pra o carro, depois de os filhos acomodados ele volta pra pegar Lucero, encontrando na sala Fátima com um travesseiro e uma coberta.

Fat: É bom levar isso, pra ela fazer uma viagem confortável.

Ele nada fala, a pega no colo e a senhora os segue, depois de acomodá-la no banco do carona, fecha a porta, dar as ultimas informações a Fátima e sai seguindo o carro do amigo.

Chegam a casa de campo quase meia noite, fizeram o percurso calmos, no carro de Juan ouviam uma musica enquanto conversavam, já no carro de Mijares as crianças jogavam em seus tablets enquanto Mijares dirigia, Lucero não dormia mais, mas permanecia calada, olhava pela janela do carro.

Mijares estava com o coração partido em vê-la daquela forma, não queria que ninguém a machucasse, que ninguém a fizesse sofrer, não estava conseguindo, depois do acontecido aquela tarde estava pensando seriamente em comprar uma casa fora do país e ir morar com ela e os filhos por lá. Prestava atenção à agora estrada de terra, mas também prestava atenção a ela.

Mi: Reinis, está bem?

Lu: Sim, falta muito?

Mi: Não, em no máximo meia hora chegamos.

Finalmente chegaram, Lucero mais uma vez dormia, estacionaram, os pais de Juan os recepcionaram, Juan e Sil já estava ao lado deles, depois de pegar a esposa no colo, as crianças desceram do carro e os seguiram, se juntando, Carmem seguiu com eles pra dentro, assim como os demais, depois de colocados nos quartos em que ficariam, tomaram banho e dormiram.

No quarto de Mijares e Lucero a coisa foi diferente, depois de tomar banho Mijares volta ao quarto e ver que a esposa estava acordada, foi até ela e lhe deu um selinho.

Mi: Quer alguma coisa? Está sentindo fome?

Lu: Quero tomar um banho.

Deu um selinho nele e seguiu pro banho, ao se despir e entrar no chuveiro pôde ver que seu braço estava roxo, as marcas dos dedos dele ficaram ali, ela chora, imagina que o braço do filho também esteja assim, Mijares estranha a demora dela no banho, decide então ver o que está acontecendo, ao entrar a encontra no chuveiro ainda ligado, abraçada ao corpo e chorando, ele não pensa duas vezes, vai até ela e abraça, ao se sentir abraçada o choro torna-se visível, e agora o choro saía alto, ele desliga a ducha e a pega no colo, leva-a pra cama e a abraça, ela chorava muito.

Mi: Deixe-me pegar uma tolha pra você Lu.

Ela nada falava, chorava abraçada a ele. Ele estava ficando desesperado, não sabia o que fazer, ele mesmo com ela no colo deu um jeito e puxou o lençol para a cobrir, depois de cobri-la a abraçou outra vez, ela chorava que soluçada, ele já não sabia oque fazer.

Colocou-a na cama e foi ao quarto do amigo, não queria, mas precisava de ajuda, bateu algumas vezes, Juan veio e abriu.

Juan: O que houve?

Mi: Cara, pede a Sil pra ir lá no meu quarto.

Juan: O que houve?

Mi: A Lu.

Depois sai, Juan vai até a esposa e a acorda, que logo veste o roby e segue pro quarto, ao entrar ele encontra Mijares com Lucero no colo chorando.

Sil: O que houve?

Mi: Depois te explico, me ajuda a acalmá-la.

Ele olhou no relógio, se passava das 3:30 da manhã, depois de com a ajuda de Sil, vestir uma roupa nela, ele vai vestir uma roupa também, pois estava completamente molhado. Sil estava abraçada a ela que chorava ainda, não deixou de perceber o braço dela com marcas, isso a preocupou.

Sil: Vou chamar dona Carmem, pra fazer um chá, ela não pode ficar assim.

Mi: Tenho vergonha.

Sil: Não se preocupe.

Depois que ela saiu, ele foi até a esposa e a abraçou.

Mi: Amor, se acalma, pelo amor de Deus, está me preocupando.

Não demora muito Carmem entra com um chá, vai até ela e depois de muito insistir ela toma.

Car: Não se preocupe, é um chá de camomila, ela vai relaxar e vai dormir.

E assim aconteceu, não demorou muito ela dormiu, o dia já havia amanhecido, depois de ela ter dormido, Carmem e Sil saem do quarto para deixar ela descansar, ele não dormiu mais, foi ao banheiro e tomou outro banho, depois de escurecer o quarto, vai até ela a beija e sai sem fazer barulho, senta-se no sofá da sala.

Juan e Sil apareceram, Carmem e João já estavam na cozinha.

Juan: Precisamos conversar, mas vamos pra cozinha.

Seguiram, depois de sentados e servidos começam.

Juan: As crianças ainda dormem?

Carmen: Sim, deixa eles lá dormindo.

Juan: ótimo, assim podemos conversar mais tranquilos. Mijares, Silvânia me disse que viu o braço da Lucero com marcas, pareciam agressões, pode me explicar?

Todos olharam sem entender.

Mi: Não se preocupem, não fui eu, nunca faria.

Sil: Então o que aconteceu?

Mi: O Kuri invadiu ontem lá em casa e agrediu ela e o Jos.

Juan: E por que não me contou?

Mi: Estou contando.

Sil: Então por isso ela estar tão nervosa.

Mi: Sim, essa crise nervosa dela se dar a isso.

Juan: Aquele cara não vai parar nunca?

Mi: Tomara que pare, por que estou a ponto de cometer uma loucura, pra defender a Lucero sou capaz de tudo.

Carmem: Calma meu filho, tudo vai se resolver.

Mi: A raiva toda dele foi por que descobriu que ela está grávida.

Sil: E por que vocês vieram? Podíamos ter cancelado.

Mi: As crianças queriam muito vir, e o médico da Lu disse que seria bom pra ela.

Carmem: Vamos cuidar dela.

São surpreendidos pelas crianças que chamavam o pai.

Mi: Não falem alto, a mãe de vocês esta dormindo. Bom dia filhos.

Jos: Bom dia pai, bom dia a todos.

Lucerito: Bom dia papai, bom dia todos.

Eles sentam-se a mesa, depois de serem servidos conversam com o pai e os outros observavam tudo.

Jos: Pai, a mãe acordou de madrugada não é?

Mi: Você ouviu?

Jos: Ouvi sim, ela estava bem assustada pai.

Lucerito: Eu não ouvi.

Sil: Que bom minha linda.

Mi: A sua mãe precisa muito de vocês e de todos nós.

Jos: Pai como vou esconder isso? – Mostra o braço, ele vestia uma regata.

Mi: Não precisa esconder, a Lucero sabe bem que ficaria assim filho, ela também tem marcas no braço.

Jos: Queria tanto ter defendido a mamãe.

Mi: Mas você fez isso filho. – Todos observavam a conversa deles –  O que temos que fazer é dar muito amor a sua mãe, e não vamos ficar tristes na frende dela certo? – Eles fazem q sim com a cabeça – E não vamos falar sobre o que aconteceu ontem, entendido?

Lucerito: Ta pai. Mas se a mamãe falar algo ou perguntar?

Mi: Se ela falar, podem responder, mas procurem responder rápido e fugir do assunto, entendido?

Jos: Ok.

José: Bom, como já tomamos café, Mijares posso mostrar a casa de campo as crianças?

Mi: Claro que sim.

Depois de se despedirem saem, deixando-os ainda na mesa de café – Mijares, Juan, Sil e Carmem-

Mi: Vou pro quarto, vou tirar um cochilo, não dormi nada, e não quero que ao acordar Lu se veja sozinha.

Sil: Qualquer coisa chama.

Saindo em seguida.

Carmem: Quem é esse Kuri?

Sil: Ex namorado da Lucero, é um louco.

Juan: Ele é capaz de qualquer coisa pra ficar com a Lu.

Carmem: Então ele é perigoso?

Juan: Já aprontou algumas pra separar o Mijares e a Lucero mãe, mas não conseguiu.

Sil: E nem vai conseguir.

Carmem: Vou fazer o almoço.

~ No quarto ~

Mijares deita-se ao lado dela que logo se aconchega a ele, não demora muito dorme.

Já se passavam das 13:30, eles ainda dormiam, na sala todos conversavam.

Carmem: Não é bom chamar eles?

Sil: Não, devem estar cansados.

Jos: Sabe tio, a mamãe é forte e valente.

Juan: Sim amigão, ela é forte.

Lucerito: Ela gritou pro Kuri pra não machucar meu irmão.

Jos: E foi pra cima dele tio, quando ele me pegou.

Sil: Esqueçam isso meus queridos, lembrem-se do que o pai de vocês pediu hoje cedo, certo?

Jos: Ok tia.

Acordaram ia dar 14:00, depois de tomados banho voltam pra cama.

Mi: Reinis, você não comeu nada ontem e já é tarde e não se alimentou, vamos comer algo.

Ela nada fala, levanta-se com ele e segue pra sala, indo em direção à cozinha, encontra todos na sala, as crianças correm pra abraça-la que os abraça e os beija.

Lucerito: Mamãe, hoje você está preguiçosa, olha a hora. – Todos riem.

Lu: A mamãe já esta de pé meu amor.

Carmem: Vamos pra cozinha, vocês precisam comer algo, principalmente você Lucero.

Carmem vai com eles pra cozinha, depois de servi-los saí deixando-os a sós.

Mi: Amor, está tudo bem? Sente algo?

Lu: (rir de leve) Sinto sim, muita fome. – Ele rir alto.

Mi: Então pode comer.

Eles almoçam, entre conversas e demonstrações de carinho, ele não quis tocar no assunto do que aconteceu, assim como ela, depois de comer, seguem pra sala onde todos estavam.

Juan: Dona Lucero ligou, eu disse que estava tudo bem, falei que ligariam a noite, tudo bem?

Mi: Ótimo.

Lu: O que estão achando daqui filhos?

Jos: Mãe, andei a cavalo.

Lucerito: Eu também mamãe, lembrei de você quando fez a Valentina.

A menina diz com empolgação, fazendo todos riem.

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