Fanfic: I Wish You Were Here. - Laliter. | Tema: Laliter ♥

#15

Maratona 02/04. 

Lali ficou cerca de mais dez minutos com Euge e estar dentro da casa de Peter começou a machucá-la mais. Suspirou e voltou para sua própria casa, tentando por a cabeça no lugar. Não fora trabalhar naquele dia, tentando aceitar o fato de que não veria mais Peter.

Um mês se passou e Peter estava cada vez mais atarefado com o hotel de Nova York. Andava de mau humor na maioria das vezes, sempre chateado e muito fechado. Não queria continuar daquele jeito, mas por mais que tentasse voltar a ser o antigo Peter, não conseguia. A maldita falta que sentia de Dulce era insuportável, havia perdido a conta da quantidade de vezes precisou se segurar pra não ligar para ela. Quando se lembrava das palavras dela, se sentindo arrependida de ter dormido com ele, sempre se magoava.

Deixou a caneta em cima da mesa e fechou os olhos. Ainda tinha em mente as lembranças da única noite que passara com Lali. Ainda podia ouvir os gemidos, sentir as unhas lhe arranhando e o cheiro da pele dela. Por mais chateado que estivesse, não podia negar o quanto a queria novamente. Será que ela ainda estaria com Ryan?

Os meses foram passando, nenhum dos dois havia cedido e nem corrido atrás. Estavam morrendo de saudades um do outro, mas eram muito orgulhosos. Lali chorava quase todos os dias, às vezes se pegava parada em sua calçada, olhando para a mansão de Peter, hoje em dia, sem a presença dele ali. Ela não sabia de nada dele, não sabia se ainda estava namorando Martina e sentia-se triste sempre que pensava nele ao lado dela. O que a machucava era lembrar das carícias e dos beijos, da forma que fizeram amor e pensar que tudo isso, agora era Vivian quem desfrutava, quem sempre desfrutou. Novamente começou a chorar, meses depois e ela ainda não se acostumara a viver sem a presença dele. Sua casa parecia muito vazia sem as constantes visitas de Peter.

O aniversário de Euge chegou, um mês após ela dar a luz ao seu filho, Rufino. Lali estava sentada na sala da casa de Euge enquanto a amiga terminava de organizar toda a decoração. O jardim fora todo enfeitado com luzes e as mesas brancas foram espalhadas pelo gramado. Estava feliz e logo toda a equipe terminou de arrumar. Lali brincava com Rufino em seu colo, que havia acabado de ser alimentado pela mãe.

- Lah... – Euge entrou na sala – Alguns convidados já estão chegando, se quiser pode ficar lá fora.

- Estou bem aqui, Euge. – respondeu – Rufino está se comportando muito bem e daqui a pouco vou lá pra fora.

- Quando quiser se divertir, pode me entregá-lo.

- Tudo bem, daqui a pouco estou indo lá pra fora, eu o levo pra você. – respondeu.

- Ok. Vou lá recepcionar os convidados. – voltou-se para a saída.

Lali ficou mais um tempo ali, olhando para Kevin. Ele era tão calmo, tinha os cabelos escuros como os de Nicolas, e era muito parecido com o pai. Ela levantou e ficou caminhando com ele pela sala, cantando baixo, ninando o bebê.

- Sabe bebê... – disse baixinho – Eu queria tanto ver o seu tio agora.

Respirou fundo, não podia chorar. Estava em uma festa de aniversário e as pessoas não podiam vê-la naquele estado. Rufino era sobrinho de Peter e seu futuro afilhado, e isso lhe trazia diversas lembranças dele. Ao ver o bebê sonolento, ela decidiu levá-lo para Euge.

Cruzando o jardim em busca da amiga, Lali sentiu as pernas bambas e o ar lhe faltar na garganta. Só podia ser um sonho. Depois de quase um ano, ela via Peter entrando na mansão da irmã, vestindo uma camisa social branca e uma calça jeans, e incrivelmente sexy. Ainda mais atraente do que ela podia se lembrar. Logo suas mãos suaram frias e esqueceu o que estava indo fazer. Ao sentir a pequena mãozinha tocar-lhe o colo, se deu conta de que estava com Rufino nos braços e caminhou na direção oposta, rezando para Eugenia estar o mais longe possível de Peter.

Pela primeira vez na vida, não sabia o que falar perto dele e caminhou totalmente desnorteada atrás de Anahí ou de Alfonso. Mas pareciam que ambos estavam se escondendo dela. Peter viu Lali caminhar com um bebê no colo e seu corpo imediatamente tencionou-se. Primeiro, pelo fato de vê-la depois de praticamente um ano e segundo, por ver um bebê em seus braços. Ficou confuso e perdeu o ar. Piscou várias vezes até conseguir voltar a pensar com exatidão. Ela teria tido um filho? Benjamin seria o pai, ou seria ele? Lembrava claramente de não ter usado camisinha, mas não fugira das consequências. Se Lali tivesse engravidado, teria lhe contado, mesmo depois do incidente. Agora estava confuso e extremamente nervoso.

Ela estava linda. O tempo só a deixou ainda mais sensual. A viu entregar o bebê para Eugenia e entendeu tudo. Aquele era seu sobrinho. Respirou fundo e aliviado, não pelo fato de não ser pai, mas por saber que Benjamin não era. De repente, Lali havia sumido no mar de gente que ali estava, e ele não tinha certeza se queria ou não ficar perto dela. Ainda se lembrava muito bem da última vez que se falaram.

Continua.... #16. 

Maratona 03/04. - AMANHÃ "DOIS" CAPÍTULOS