Fanfic: Acasos. — Mini web. [FINALIZADA] | Tema: Portiñon. DyC.

Se por ventura, a vida fosse concebida por desejos.

 Anahí tinha um: Ficar com Dulce. Para sempre. Por toda eternidade.

Não conseguia imagina-se viver sem os olhos castanho-claros. Os olhos de Dulce eram tão lindos e tinha uma energia, um brilho tão intenso que era capaz de transformar um dia ruim, em bom. O seu sorriso era único. A forma que ela mexia os cabelos e fazia um biquinho mesmo que rápido quando estava confusa ou irritada era apaixonante. O jeito tão único de ser. Sua bondade. A forma que se doava ao outro sem esperar nada em troca. Era respeitadora e também trabalhadora. Fiel.

Eram características difíceis de encontrar hoje em dia em um ser humano.

Dulce era um anjo que estava presente em sua vida e amava condicionalmente. Não era um amor de ontem, e nem hoje. Era um amor de anos... Um amor que sufocou por medo, mas se soubesse que seria tão feliz assim, nunca teria se afastado de Dulce. Estava compensando os anos.

Nove meses e dez dias. Era esse tempo que estava na fazenda e nenhum dia se quer, sentia falta dos seus pais ou até mesmo do Billie Joe. Antes, não vivia, apenas se rastejava pelos dias.

Estava sentada com as mãos na barriga. O seu filho estava mexendo muito, inquieto e Anahí tentava acalmá-lo com suas carícias, quando Dulce entrou com uma rosa solitária e vermelha na sala.

— Uma rosa para a mulher mais linda do mundo. — disse Dulce, colocando a rosa na mão de Anahí e sentando-se ao seu lado.

— Não tão linda assim... Estou toda inchada, gorda e feia... — Anahí fez uma caretinha com um pouco de desconforto, tentou buscar uma posição melhor.

— Está brincando? Você está linda. Maravilhosa! No seu esplendor. — Dulce deu-lhe um sorriso charmoso e beijou a sua barriga que se acalmou um pouco.

— Você é suspeita para falar. — Anahí retrucou mais por gracejo.

— Sou mesmo, mas isso não me impede de ser verdadeira. Quando olho para você é como eu encontrasse o sentido da vida. Eu não vejo apenas a sua beleza externa. Eu vejo a sua beleza espiritual. A sua alma é linda. Você é linda. — em cada palavra dita, Dulce depositava um beijo na face de Anahí, por último foi nos lábios.

Anahí sentia o seu coração amolecer sempre que Dulce dizia essas palavras. Ela era incrível! Toda célula do seu corpo respondia a ela. Não demorou para que o beijo transforma-se em algo mais quente.

Dulce sentiu o seu sangue ficar quente, o modo que a Anahí estava beijando-a era considerado pecaminoso. Porém, não conseguia resistir quando ela a beijava assim. Suas mãos pousaram nas costas dela e com cuidado, a puxou para si, abraçando-a em um contato quente e delicioso.

Anahí penetrou a língua na boca de Dulce e exigiu que o beijo aumentasse de ritmo. As suas mãos vagaram no corpo de Dulce... Pernas, coxas... Sentia a necessidade de senti-la. Uma fome atravessou em seu corpo, deixando-a com um desejo que por muitos meses controlou, mas que agora queria extravasar.

Dulce quebrou o beijo em busca de ar. Deslizou os lábios até a clavícula de Anahí e depositou um beijo quente.

Anahí gemeu e tentou deitar em cima de Dulce no sofá. Algo que era extremamente complicado, o físico não permitia e outra coisa que fez a Anahí afastar-se de Dulce e gemer de dor.

Dulce alarmou-se. Achou que tinha machucado a Anahí, mas antes de perguntar, os seus olhos pararam numa poça de água que tinha molhado o sofá e escorria pelas pernas de Anahí.

— Anahí... — começou, mas parou ao escutar um gemido animalesco de Anahí que fazia uma cara de dor.

— Pegue o carro, Dulce! O bebê vai nascer...