Fanfics Brasil - Capítulo 9 Contrato de Casamento-Ponny/Adaptada

Fanfic: Contrato de Casamento-Ponny/Adaptada | Tema: AyA


Capítulo: Capítulo 9

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Ambos não sabiam como agir perto um do outro. O episódio do banheiro parecia estar a todo o momento entre eles. Anahi se mostrava mais confortável diante do chefe, mas Alfonso estava inquieto, e só ele sabia o porquê.


            A verdade era que o incidente com Anahi Portilla já havia se apagado totalmente de sua mente, para dar lugar a outro momento mais atormentante ainda: o fato de ele ter se masturbado com sua secretária nos pensamentos. E mesmo que ela não soubesse desse ocorrido, era difícil e ao mesmo tempo vergonhoso para ele encará-la sem se lembrar de sua vergonhosa atitude. Por que justo ela? Por que não qualquer outra mulher? Eram coisas que Alfonso Herrera não conseguia entender.


            Os dois estavam à mesa tomando o desjejum. Trocaram poucas palavras desde que Alfonso voltara do banho, falaram apenas do contrato que precisavam assinar, de algumas reuniões do dia seguinte na empresa e Alfonso elogiou brevemente o café que ela preparara. Depois disso, o silêncio se fez presente entre eles.


            —Já sabe para quando vamos marcar a data da cerimônia? – Anahi quebrou o silêncio e o encarava enquanto passava manteiga no pão.


            Após bebericar seu café preto e limpar os lábios com um guardanapo de pano, ele respondeu:


            —O mais breve possível – e completou – Aliás, quero que marque um jantar com seus pais. Esse casamento precisa ser real e para parecer isso, precisamos oficializar o noivado.


            —Claro – ela anuiu – Que dia é mais viável pra você?


            —Quarta a noite está ótimo pra mim. E pra você?


            Ela pensou por um pequeno instante.


            —Sim, pra mim também está ótimo. Algum lugar em especial pra realizarmos esse jantar?


            —Aqui mesmo no seu apartamento está perfeito. Amanhã assino um cheque em branco para as despesas do jantar – e terminou seu café, pondo a xícara sobre o pires.


            Anahi concordou com um aceno de cabeça e terminou seu café. Levantou-se tirando a mesa, quando viu Alfonso se oferecendo para ajudá-la com a louça. Ela agradeceu e recusou, afirmando que ela mesma limparia a bagunça sozinha sem problema nenhum.


            Alfonso teria insistido em ajudá-la se não fosse seu celular tocando estridentemente. Ele sacou o celular do bolso do paletó e divisou a tela piscando um nome conhecido.


           


            Chamando


            BelindaTelles


            Ele se afastou um pouco para atender, indo para o corredor do apartamento.


            —Oi,Belinda– atendeu olhando Anahi que estava de costas a ele, lavando a louça.


            Poncho, querido. Ligou-me ontem a noite? Estava na balada com as amigas, estou chegando em casa agora. A noite foi maravilhosa. Então, o que queria?


            Alfonso revirou os olhos, entediado. Ele não precisava saber o que raios ela estava fazendo para não ter atendido à sua chamada. Ele não se importava nem um pouco.


            —É, eu liguei sim, mas já consegui me resolver aqui, não se preocupe.


            Não, eu ainda preciso me aliviar decentemente, mas não quero você, eu quero A... O quê?


Sacudiu a cabeça bem forte tentando esquecer o que estava pensando. Nem se deu conta que Belinda continuava a tagarelar do outro lado da linha. Só voltou à realidade quando ela lhe chamou pelo nome completo:


            —Alfonso Herrera, ainda está aí?


            —Ah, sim, desculpe, o que disse?


            —Eu disse que você só me liga quando quer me ver.


            —E você está certa, eu queria te ver ontem a noite.


            —Não quer mais? – perguntou com uma malícia na voz – Ainda estou disponível, bebê.


            Alfonso mirou Anahi novamente. Lembrou-se dele no chuveiro se masturbando e pensando nela. Ele precisava de sexo de verdade e esteve quase que confinado com uma mulher bonita e sensual. Aquilo que estava sentindo era normal, certo? Já tinha uns quinze dias desde sua última relação sexual, e seu corpo estava respondendo à sua necessidade, desejando Anahi.


            Se eu me aliviar, essa vontade e desejo louco pela minha secretária vai passar!, concluiu, se esquecendo, de novo, de Belinda na linha.


            —Alfonso!– ela gritou o fazendo sobressaltar.


            —Sim, eu ainda quero te ver. Estarei em sua casa dentro de uma hora.


            ***


            Antes de deixar o apartamento de Anahi, Alfonso pegou a assinatura dela e depois também assinou o contrato de casamento deles. Ele agradeceu pela estadia e pelo café, beijou sua bochecha e saiu. Preferiu não tocar no incidente da noite anterior, pedindo desculpas. Simplesmente achou desnecessário tocar em tal assunto.


            Chegou à casa de Belinda no horário combinado. Ela o recebeu com um beijo na boca totalmente fogoso, o encaminhando para seu quarto, enquanto tirava seu paletó e desabotoava sua camisa. Alfonso retribuía, mas não na mesma intensidade. Algo dentro dele estava diferente. Ele e Belinda se encontravam discretamente há um ano, e ele sempre gostara do sexo deles. Mas naquele momento, por algum motivo, ele não sentia tanto anseio em possuí-la como era antes.


            Pensou ser, talvez, pelo fato de ter se masturbado. Mas, seria realmente aquilo? Nunca, nenhuma punheta seria comparável há uma mulher como Belinda. Então, o que poderia ser?


            Anahi!


            Arregalou os olhos quando este nome lhe passou pela cabeça. Encarou Belinda que movimentava sua boca na dele. Ele precisava de uma vez por todas tirar aquela loura, linda e sensual da cabeça.


            Girou o corpo, empurrou levemente Belinda a fazendo cair na cama logo atrás. Deitou por cima dela a beijando com volúpia. Seu corpo respondeu ao estímulo do beijo e ele roçou sua ereção nas partes dela. Depositou beijos e chupões intensos pelo pescoço de sua companheira, descendo até seu colo. Arrancou-lhe a roupa e a viu nua. Nesse momento apagou Anahi de sua mente e dedicou-se totalmente à mulher ali a sua frente. E nada mais.


            ***


            Anahi respirou fundo encarando seu telefone celular. Era a primeira vez em quatro meses que ela entraria em contato com a família. Ela já imaginava sua mãe chorando ao telefone e perguntando se ela estava bem, se estaria passando fome ou morando na rua. Dona Eva Portilla era a mulher mais exagerada do mundo que Anahi conhecia. Já seu pai, Sebastián Portilla iria gritar, querendo saber onde ela estava e iria desembestar a falar do contrato com os Guimarães de Orleans, e até mesmo exigiria que ela retornasse a casa para firmar a união com Paul. Talvez ele até já soubesse do noivado dela com Alfonso, por meio de Luiz. Já seu irmão, Eduardo, super protetor como era, faria as mesmas perguntas da mãe, e seria até mais dramático e exagerado que ela, ganhando, assim, o prêmio de pessoa mais exagerada que Anahi conhecia. Sua irmã, Isabela, a mais nova deles, pouco se importaria como ela estava. O que ela mesmo gostaria de saber é se a irmã teve alguma aventura, como caminhar quilômetros e pedir carona a desconhecidos, ou acampar cada noite em um lugar, sobreviver com comida enlatada e racionar alimento. Para Isabela  , a mais nova deles, pouco se importaria como ela estava. O que ela mesmo gostaria de saber é se a irmã teve alguma aventura, como caminhar quilômetros e pedir carona a desconhecidos, ou acampar cada noite em um lugar, sobreviver com comida enlatada e racionar alimento. Para Isabela a irmã não tinha apenas fugido de casa, mas fora viver um apocalipse zumbi.


Anahi riu pelo canto da boca, pensando na maluquice que era a irmã. Isabela tinha 19 anos e vivia com a cabeça em um mundo imaginário, onde ela mesma gostaria de sair sem rumo e se aventurar. Mas Eva e Sebastián nunca permitiriam aquilo à filha que eles tanto mimavam. E eles estavam certos. Isabela não sobreviveria um dia sequer longe dos Portilla. Pelo menos pensava assim.


            Tomou coragem e discou o número de sua antiga casa. Alguns toques depois uma voz feminina e conhecida atendeu. Era sua mãe. Anahi esperava ouvir a voz da governanta, Yolanda, mas ponderou que seu pai teria a dispensado pelo fato de não poder mais bancar os empregados.


            —Oi... mãe – ela disse, finalmente após ouvir três “alôs” do outro lado da linha.


            Como o esperado, houve um silêncio breve. Eva Portilla processava a informação que chegava, se perguntando se aquela era mesmo a voz de sua filha, Anahi, ou se era uma peça de sua cabeça, por causa da saudade e a preocupação com ela, que eram grandes.


            —Anahi, – sua voz saiu emocionada e quase em pranto -  é você mesmo, meu bebê?


            —Sim, dona Eva, é sua filha do meio, Anahi Portilla.


            Ela ouviu um “Oh, meu deus, eu estava tão preocupada”, seguido de lágrimas e soluços. Anahi esperou até que a mãe lhe desse o sermão por qual ela se preparara, e depois pronunciou:


            —Estou bem, mãe, não se preocupe. Estou ligando por que eu... – ela pensou como dizer aquilo. Seria uma notícia e tanto para Eva Portilla – eu vou me casar e meu noivo quer oficializar um noivado com meus pais em um jantar – ela disse de uma só vez, sem parar para tomar fôlego.


            Houve outro silêncio, dessa vez um pouco mais longo que o anterior. Anahi conseguia apenas ouvir a respiração de sua mãe, que, provavelmente, estava raciocinando sobre o que ela lhe informara.


            —Casamento? Anahi, que história é essa?


            E pelo jeito Luiz Guimarães não fora correndo contar a família dela, ou seu pai é quem não comentou nada com sua mãe, por que era sempre assim. Eva era sempre a última a saber de qualquer acontecimento na família. Foi assim com as apostas de jóquei, foi assim com a falência e foi assim com o casamento arranjado entre ela e Paul. Por que seria diferente naquele momento?


            Anahi contou tudo, desde quando conheceu Alfonso até aquele instante. Claro que ela teve de inventar uma coisa ou outra. Como ter se apaixonado pelo seu chefe e se envolvido com ele. E também omitiu o fato de o casamento entra ela e Herrera ser apenas um meio para que ambos se beneficiarem.


            Após ouvir a história quase verdadeira da filha, Eva ficou feliz e confortável ao mesmo tempo. Anahi sabia que ela nunca aprovou a união forçada dela e de Paul, e agora, sabendo que ela amava um homem e se casaria por amor, tendo um lugar digno para morar e sem precisar ficar pulando de um lado a outro, ela estava mais aliviada. Parabenizou-a pelo casamento e disse estar muito feliz por ela.


            —E o papai, onde está? – ela quis saber, depois de muito enrolar para perguntar dele, criando coragem.


            —Ah, querida, foi ver se conseguia um dinheiro emprestado para pagarmos o aluguel e não sermos despejados.


            Anahi sentiu um aperto no coração. Ela tinha sido uma maldita egoísta. Fugiu de casa e não se importou em saber como todos eles estavam. Estava ciente de que a família perdera a casa para a hipoteca, e todos os bens foram bloqueados por falta de pagamento de muitas dívidas. Depois grande parte deles foi leiloada e a família estava sobrevivendo com pouco. Ela sabia, ainda, que Eduardo e Isabela estavam fazendo o possível para ajudar a família. O irmão mais velho trabalhava como contador, ele nunca se interessou pela empresa dos Portilla, e também nunca foi de acordo em ser sustentado pelos pais. Eduardo sempre gostou de ser independente, mesmo que não fosse cem por cento.


   E isso ajudava um pouco eles. Isabela trancou a faculdade e começou a trabalhar como assistente administrativa e também ajudava nas despesas como podia.


            Sebastián perdera crédito, Eva a vida toda foi mulher de ficar dentro de casa cuidando dos filhos e recebendo todo o tipo de regalias. Então, os únicos que, verdadeiramente, estavam se sacrificando para não deixar a família Portilla morrer de fome era Eduardo e Isabela.


            E Anahi se sentiu culpada por isso tudo. Se ela tivesse simplesmente sacrificado sua felicidade para ajudá-los, eles jamais estariam passando por aquelas dificuldades.


            —Me sinto tão culpada por isso – ela murmurou


            —Oh, querida, não se sinta. Seu pai quem nos faliu, não você. E aquele casamento com o Paul... eu compreendo que você pensou na sua felicidade


            —Mas não na de vocês – suspirou, passando a mão pelos cabelos presos


            -Anahi, meu anjo, isso está sendo uma lição para todos nós. Estamos aprendendo a dar mais valor nas coisas. Eu e Isabela, principalmente. Gastávamos horrores sem pensar, agora que ela está trabalhando duro, está econômica e sabe o quanto é difícil ganhar dinheiro pra sair abrindo a mão por aí.


            —Eu sei mãe, mas... – ela teria terminado de protestar se não tivesse ouvido uma voz masculina gritar do outro lado da linha. Era Sebastián Portilla.


            “Eva, cheguei... Quem é ao telefone? Se for o corretor diga que já consegui o dinheiro e que é para ele parar de ficar como urubu em cima da carne podre. Amanhã já levarei o dinheiro para a imobiliária. Gente ambiciosa. Tudo gira em torno dessas malditas notas. Papéis que chamam de dinheiro”


            Ela estremeceu ao ouvir aquela voz forte. Sebastián Portilla era um homem rígido. Respeito e medo andavam de mãos dadas quando o assunto era ele.


            —Não, Sebastián. É Anahi.


            Quase que no mesmo instante ela ouviu o telefone ser arrancado das mãos de Eva para dar lugar a uma voz forte, marcante e autoritária:


            —Anahi Portilla, você está muito, mas muito encrencada mesmo!


 


            ***


            Oi pai, tudo bem com o senhor? Comigo está ótimo            também, obrigada por perguntar como fiz para sobreviver esses últimos meses sem o dinheiro do senhor, obrigada por perguntar se estou bem ou mal, doente ou saudável. Muito obrigada.


           


Anahi  pensou, mal acreditando que depois de quatro meses fora e sem dar notícia, o pai a recebera daquela forma.


            —Oi, pai. Eu estou bem, obrigada – bufou e ouviu uma advertência:


            —Olha como fala com seu pai, mocinha. Onde você está? Se estiver ligando é por que precisa de alguma coisa. Se arrependeu da bobagem que fez e quer voltar atrás? Vou ligar imediatamente para o Luiz e informar que...


            —Pai, não! – ela quase gritou. E depois eram os outros que só pensavam nos “papéis que chamam de dinheiro”.


            Hipócrita, pensou.


            —Eu não me arrependi de nada. Estou ligando para avisar que vou me casar e quero que vocês conheçam meu noivo em um jantar – disse sem rodeios, esperando que ele já soubesse.


            E quando Sebastián exprimiu um “como?” em tom de confusão ela se perguntou por que Luiz não contou a ele sobre seu casamento com Alfonso.


            Como fizera com a mãe, Anahi explicou tudo desde o começo para o pai, e acrescentou, para que ele concordasse e abençoasse a união deles:


            —Falei com Alfonso sobre a situação de vocês e ele está disposto a ajudá-los. Não precisam mais se preocupar com a parte financeira.


            Anahi esperava que pelo menos Sebastián se importasse um pouco com os Guimarães de Orleans, mas não foi isso que aconteceu. O pai se mostrara mais interesseiro que qualquer outra pessoa, mais até mesmo que essas mulheres que dão o golpe do baú. E ela teve essa conclusão quando ele proferiu as palavras:


            —Quando é o jantar?



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Autor(a): AliceCristina106

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 55



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  • samira17 Postado em 16/03/2018 - 23:00:19

    Continua

  • josyllenne Postado em 28/04/2016 - 22:09:56

    Cade vc? Continua nao para nao

  • Postado em 26/04/2016 - 18:32:11

    Nojo viu... ;( ele pode e ela não...vai te catar Alfonso....

  • franmarmentini♥ Postado em 26/04/2016 - 17:11:37

    Quem e sophia e quem e é perla...estou confusa.....

  • franmarmentini♥ Postado em 25/04/2016 - 23:37:23

    To com medo de ler...odeio traição... :(

  • franmarmentini♥ Postado em 25/04/2016 - 23:36:48

    Olaaa :)

  • josyllenne Postado em 13/04/2016 - 22:41:30

    Alfonso nao presta mesmo so ele que quer se divertir se eu fosse a any botava chifre nele tambem kkk posta mais

  • Anamaria ponny_ Postado em 10/04/2016 - 14:24:02

    Necessito d+

  • Anamaria ponny_ Postado em 10/04/2016 - 14:23:04

    Esse Poncho não presta é um safado, espero que mude logo se não a Anahi pode voltar com o Paul. Posta mais <3

  • tatianaportilla106 Postado em 10/04/2016 - 00:30:50

    Josyllenne: Bem vinda, Continuando <3


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