Fanfic: Contrato de Casamento-Ponny/Adaptada | Tema: AyA
O padre se volta para Anahi, fazendo a pergunta que decidiria o destino do casal.
-Anahi Portilla, aceita se casar com Paul Wesley?
Pela primeira vez, então, ela se vira para ele. Seus olhos lacrimejam e imploram por perdão. Ele a olha sorrindo, mas logo o sorriso dá lugar a confusão e Paul engole em seco. Seu pior pesadelo está para se tornar realidade.
-Me perdoe, Paul - sua voz sai quase como um sussurro - Mas eu não posso fazer isso.
-Anahi... - ele tenta protestar, mas ela já está levantando a barra de seu vestido e se afastando.
Desce os degraus que dá para o altar e atravessa o corredor em direção a porta, correndo, sentindo o peito aliviado, ao mesmo tempo se culpando por deixá-lo ali, abandonado. Mas ela nunca aceitou aquele casamento, se fazia era pelo pai, pela família. Mas o pai, nem a família viveria a vida dela, nenhum deles teriam de conviver em um casamento sem amor, um matrimônio forçado, uma união arranjada. Cansou-se de ter que pagar por um erro alheio e tomou a melhor decisão que poderia ter tomado naquele momento. Dizer não e abandonar o casamento e todos eles para trás.
***
Um mês depois
Anahi se instalou em um quarto de hotel. Não era luxuoso nem simples demais. Mas era aconchegante e confortável, além de limpo, e serviria muito bem para que tomasse um banho relaxante e se espreguiçasse em uma cama macia.
Ela descarregou as malas e escolheu uma roupa, entrou no banheiro e ligou o chuveiro. A fumaça embaçou o box e os vidros da janela enquanto ela se despia. Entrou no box e sentiu a água bater em sua pele e escorrer. Abaixou a cabeça sentindo o corpo relaxar. Esfregou os cabelos e se ensaboou como se estivesse lavando a alma.
Com a água batendo em seu corpo, pensava em todas as coisas que haviam acontecido a ela no último mês. Suspirou lembrando-se de todos os seus problemas. Desde que abandonara Paul no altar, ela vivia de um lado a outro, mudando constantemente, vivendo aqui e ali em hotéis, fugindo de um ex-noivo insistente e de um pai furioso. Sua reserva de dinheiro começava a se esgotar e ela não sabia mais o que fazer. Não queria voltar para a casa e ter que encarar Sebastián Portilla e ser forçada a se casar com Paul de Orleans.
Olhou para cima deixando a água molhar-lhe o rosto, procurando como solucionar seus problemas. Lembrou-se de como sua atitude em abandonar o noivo, fora amplamente divulgada na mídia. Chegou a ver a própria foto estampada em jornais do momento em que ela saía às pressas da igreja. E não era para menos. O casamento entre ela e Paul seria o casamento do ano, a união de duas famílias poderosas que fundiriam duas das maiores empresas do país em uma só. Mas Anahi estragou tudo quando quebrou o contrato e desfez o matrimônio.
Mas que culpa, afinal, ela tinha? Fora submetida a um casamento forçado, sem amor; tudo para salvar a família da ruína, esta causada pelo seu próprio pai. Seria muito injusto ela pagar por um erro alheio.
Desligou o chuveiro, enrolou-se na toalha e vestiu-se em seguida. Com a toalha envolvida como um turbante em seus cabelos pegou o jornal e abriu na página dos classificados, passou os olhos rapidamente, mordendo a tampa da caneta que segurava na outra mão.
Preciso de um emprego eram as únicas palavras que ecoavam em sua cabeça. Com a família à beira da falência, ela não teria mais as regalias que tinha antes de abandonar tudo. E mesmo se tivesse, depois de sua atitude, provavelmente seria deserdada.
Ela não queria muito, apenas o suficiente para sobreviver. Pensava em alugar um quarto ou uma casa pequena, quem sabe até dividir o aluguel com alguém. Circulou algumas vagas. Recepcionista, Assistente administrativa e Secretária. As que mais lhe agradou, tanto pelo ofício quanto pelo salário. Se não desse certo, então ela aceitaria qualquer coisa. Qualquer coisa mesmo.
Arrumou seu cabelo com uma escova que lhe ondulou as mechas, desamassou a roupa e saiu pela cidade, em busca das vagas nos classificados.
Anahi passou pelas duas primeiras empresas, mas não obteve sucesso. A primeira, a vaga de recepcionista, já havia sido preenchida horas antes; a segunda, de assistente administrativa exigia experiência profissional de dois anos comprovado em carteira. E ela não tinha tudo isso. Na verdade, cursara Ciências Contábeis e Administração para ajudar o pai na empresa. Mas não teve chances, já que os negócios iam de mal a pior.
Sua última alternativa era o cargo de Secretária na empresa Suice`s Chocolate Brasil (SCBR). Ela fez uma rápida pesquisa sobre a empresa e descobriu que era uma multinacional, com sede na Suíça, que fabricava e exportava chocolates de todos os tipos e variedades. Segundo a nota que ela leu, a empresa fora fundada em 1900 na Suíça, pela família Herrera e estava no Brasil há cerca de 80 anos, sendo a mais renomada das empresas no ramo. Ela rapidamente se lembrou então da marca. Já comera algumas trufas Delicious e realmente ela tinha adorado.
Pensou em desistir. Uma empresa tão grande como a Suice`s Chocolate, com filiais e franquias espalhadas pelo Brasil (e mundo) a fora, iria exigir uma pessoa mais experiente e capacitada para o cargo. Mas, ela tentaria, mesmo assim. Quem sabe a sorte não estaria do lado dela? Pegou o jornal e olhou o anúncio mais uma vez. As entrevistas estavam marcadas para as 15 horas de todos os dias daquela semana. Conferiu o relógio. 16h00min. Mas ela tinha o dia seguinte, o último dia de entrevistas. Então tomou a decisão que mudaria sua vida
***
Anahi chegara à empresa muito bem vestida. O tempo em que tinha regalias propiciou a ela comprar roupas novas sempre que precisava ou queria. Agora, seu terno feminino, antes usado para a empresa ConstruHornet, caí-lhe bem para a entrevista.
Ela chegou às 14h30min na empresa e aguardava ansiosamente. Quando o relógio marcou 15h00min, uma jovem moça uniformizada veio até as candidatas, deveria ter umas 30 mulheres ali, e empeçou a lhes explicar como funcionaria o processo de seleção. Primeiramente todas elas passariam por uma triagem, uma entrevista para avaliação de currículo junto à candidata. As entrevistas seriam conduzidas pelo diretor do RH. As aprovadas, então passariam por uma segunda etapa. Uma pequena prova de conhecimentos gerais, simples, nada muito dificultoso Coisas como lógica, atualidade e idioma (inglês e espanhol). As que conseguissem passar por esta segunda etapa, então, seriam entrevistadas pelo presidente do grupo, Alfonso Herrera. Este, por sua vez, selecionaria os três currículos que mais lhe agradou, e juntamente com o vice-presidente e diretor da empresa, decidiriam a melhor candidata a ocupar a vaga.
A mulher ainda informou que as duas primeiras etapas seriam feitas naquele mesmo dia.
Meu, Deus, quantas etapas! Não sei se conseguirei! Questionava-se após ouvir a faladeira da mulher.
Anahi foi chamada para a primeira etapa, alguns minutos depois voltou a seu lugar, ansiosa em saber se seria escolhida para a segunda fase. Sentada na recepção balançava o pé nervosamente.
O diretor do RH surgiu na porta com uma lista na mão e começou, em ordem alfabética, a fazer uma chamada.
-E por fim, Anahi Portilla - o homem terminara a chamada - Todas estas a qual chamei, por favor, aguardem na empresa, as senhoras e senhoritas foram selecionadas para a próxima etapa. Jessica as acompanhará até um pequeno buffet para que se alimentem. Estejam preparadas para a segunda parte em uma hora - dito isso se retirou, deixando Anahi com o coração enorme de alegria.
Após o pequeno coffe break Anahi conduziu-se para a segunda etapa. Realizou a prova e ficou feliz por ela não ser mesmo muito difícil. Após terminar, foi informada que estava liberada para ir embora e que as candidatas que passassem para a última etapa seriam contatadas no dia seguinte até as 12h00min.
Ela saiu do escritório da Suice`s Chocolate com o coração na mão. Havia conseguido passar por uma etapa, e rezava para chegar a terceira e passar por esta também.
O dia seguinte demorou a chegar, e ela constantemente olhava no relógio, 09h25min. E a cada minuto desanimava e perdia as esperanças de ser chamada para a entrevista com Alfonso Herrera. Mas ela ainda tinha até meio dia para aguardar, ocupou-se então, em ler sobre a empresa.
Às 11h35 seu celular toca e ela corre atender. Sente uma felicidade imensa quando recebe a notícia de que ela fora uma das candidatas a passar pela segunda etapa da triagem. Alfonso receberia as canditadas para a entrevista a partir das 15h00min do dia seguinte e ela estava convocada a aparecer.
***
Alfonso já estava impaciente. Naquela semana ele recebera muitos currículos. Uns extremamente invejáveis outros nem tanto, mas que não deixavam de ser impressionantes. Sua impaciência estava, na verdade, no fato de realizar as entrevistas. Já havia falado com tantas pessoas com qual ele se impressionou com o profissionalismo, experiência e referência, que há muito já teria contratado uma secretária. Mas as regras de seleção para qualquer cargo deviam ser seguidas a risca. Mesmo pelo próprio dono.
Durante as últimas semanas, todos os dias era a mesma coisa. As candidatas passavam por uma entrevista com o diretor do RH, as selecionadas faziam uma prova e as aprovadas eram entrevistadas por ele. Sua gaveta já estava amarratoda de currículos das pretendentes que chegaram até ali, em sua sala. Não via a hora de ter que escolher logo de uma vez os três currículos que mais lhe impressionara - o que seria difícil já que havia currículos excelentes - e acabar com aquela trabalheira toda.
Ele olhou no relógio. 17h00min. Terminou sua última entrevista e dispensou a moça. Levantaram-se instantes depois e caminhou para fora de sua sala. Sua assistente, Anabelle, analisava alguns papéis quando Alfonso lhe tirou a atenção.
-Encerre os horários para as entrevistas, por favor - e já se virava para voltar à sala quando ela o interrompeu.
-Ainda há uma última candidata, senhor Herrera.
Ele virou-se, encarando-a. Mirou o relógio mais uma vez e bufou.
-E onde ela está? - quis saber
-No toalete. Em um minuto estará em sua sala.
Ele acena e volta para dentro, senta-se em sua cadeira giratória de couro, movimentando-a de uma lado a outro, com o indicador nos lábios, olhando fixamente para a porta, esperando que a tal candidata entrasse.
A porta se abre e dela surge uma loura de cabelos ondulados, muito bem vestida com uma camisa social branca, e um jogo de saia e paletó na cor preta, se equilibrando muito bem nos saltos. Sua maquiagem era leve e apenas ressaltava sua beleza sem vulgaridade. Trazia apenas uma pasta. Anabelle a encaminhou até Alfonso, mostrando uma cadeira frente a ele. Ela se retirou enquanto Anahi se sentava e tirava seu currículo da pasta que trazia em mãos e entregava a seu entrevistador.
passou os olhos pelo currículo.
-Anahi Portilla - disse lendo o nome dela no papel. Pegou uma caneta e analisou seu currículo. Ao terminar, levantou os olhos a ela, que permancera quieta - Então, senhorita Portilla, seu currículo é muito bom, mas vejo que não tem a experiência necessária que estou exigindo para o cargo. Está há quanto tempo trabalhando na área administrativa, ou similares?
-Na verdade, eu tenho pouquíssima experiência, já que eu não tive muitas oportunidades. Serei franca com o senhor, senhor Herrera, eu estudei e me preparei para trabalhar na minha própria empresa, mas meus planos não saíram muito bem como planejei.
Ele arqueou a sobrancelha.
-Pretendia abrir uma empresa, senhorita Portilla
Ele não reconhece meu sobrenome? Pensou ela consigo mesmo.
-Meu pai. Ele é sócio majoritário de uma das maiores empresas do país.
Alfonso riu pelo canto da boca.
-Você é filha de Sebastián Portilla, devo supor - ele reconheceu o sobrenome.
Ela confirmou com um aceno de cabeça.
-Desculpe pela intromissão, mas o que faz uma das maiores herdeiras procurar um emprego?
Anahi precisava ser cautelosa, ninguém sabia, além dela, dos irmãos, dos pais e de Luiz Guimarães, sobre a falência da família.
-Fui deserdada. Perdão, senhor Herrera - ela logo tratou de desviar o assunto - mas acredito que estejamos partindo mais para o lado pessoal da minha vida do que o profissional.
-A senhorita tem razão - ele tornou a olhar o currículo dela - Já ouviu falar da nossa empresa, senhorita Portilla?
-Claro senhor Herrera. A Suice`s Chocolate é uma das maiores multinacionais, tendo filais e franquias em 90% dos países do mundo. Foi fundada em 1900 pela família Herrera na Suiça,e só no Brasil está há cerca de 80 anos. Existem vários sócios, mas 60% das ações ainda está em poder da família fundadora. Os chocolates da empresa já foram considerados várias vezes o melhor do mundo e em quatro países, inclusive na Suiça, é considerado o melhor chocolate... E também podemos considerar os índices... - teria continuado, mas fora interrompida.
Daniel desencostou de sua cadeira, impressionado com a moça a sua frente, levou as mãos ao queixo e apoiou os cotovelos na mesa.
-Estou impressionado, senhorita Portilla Como sabe tanto a respeito da empresa?
-Eu fiz uma pesquisa na internet. Existem vários artigos, inclusive estrangeiros.
-E por que fez essa pesquisa?
-Eu considerei interessante conhecer a história de uma empresa grande e famosa, com anos de reconhecimento no mercado nacional e internacional. Caso eu conseguisse o cargo eu pouparia o meu chefe desse trabalho.
-Sobre o que mais pesquisou da empresa?
-De tudo um pouco. Índice de crescimento, produção e lucro anual, busca e demanda, satisfação de cliente... - ela sorri fraco e o olha - a internet é uma arma poderosa. Um pouco da minha pesquisa encontrei no próprio site da empresa.
Alfonso torna a se recostar a cadeira com o currículo em mãos. O analisa uma última vez e faz algumas anotações nos espaços em branco.
-Certo. Consta aqui que você fala inglês e espanhol fluentemente. Isso é bom.
-Sim, senhor Herrera. Ambos os cursos foram feitos em escolas particulares renomadas e com professores nativos. Tenho diploma, caso precise. Para ajudar residi na Inglaterra e nos Estados Unidos, um ano cada, e na Espanha por dois anos. Também sou intermediária em Italiano, mas como não completei o semestre do curso não peguei o diploma. Morei em Roma por 6 meses.
Alfonso Herrera faz mais anotações.
-Correto - ele guarda o currículo em uma gaveta e a olha - O processo de entrevistas está sendo encerrado hoje. Estaremos analisando os currículos entregues e dentro de uma semana iremos ligar para a candidata mais capacitada - Ele estica a mão - Lhe desejo boa sorte, senhorita Portilla.
Anahi aperta sua mão, agradece com um sorriso e se retira, mal sabendo que depois dessa entrevista seu destino estaria sendo traçado.
Autor(a): AliceCristina106
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O padre se volta para Anahi, fazendo a pergunta que decidiria o destino do casal. -Anahi Portilla, aceita se casar com Paul Wesley? Pela primeira vez, então, ela se vira para ele. Seus olhos lacrimejam e imploram por perdão. Ele a olha sorrindo, mas logo o sorriso dá lugar a confusão e Paul engole em seco. Seu pior pesadelo está para se t ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 55
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samira17 Postado em 16/03/2018 - 23:00:19
Continua
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josyllenne Postado em 28/04/2016 - 22:09:56
Cade vc? Continua nao para nao
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Postado em 26/04/2016 - 18:32:11
Nojo viu... ;( ele pode e ela não...vai te catar Alfonso....
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franmarmentini♥ Postado em 26/04/2016 - 17:11:37
Quem e sophia e quem e é perla...estou confusa.....
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franmarmentini♥ Postado em 25/04/2016 - 23:37:23
To com medo de ler...odeio traição... :(
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franmarmentini♥ Postado em 25/04/2016 - 23:36:48
Olaaa :)
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josyllenne Postado em 13/04/2016 - 22:41:30
Alfonso nao presta mesmo so ele que quer se divertir se eu fosse a any botava chifre nele tambem kkk posta mais
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Anamaria ponny_ Postado em 10/04/2016 - 14:24:02
Necessito d+
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Anamaria ponny_ Postado em 10/04/2016 - 14:23:04
Esse Poncho não presta é um safado, espero que mude logo se não a Anahi pode voltar com o Paul. Posta mais <3
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tatianaportilla106 Postado em 10/04/2016 - 00:30:50
Josyllenne: Bem vinda, Continuando <3