Fanfic: ♥ Por Ti! ♥ | Tema: Anahi e Alfonso

- Porque a gente não quer perder esse trabalho, muito menos o desfile do Lorenzo, a gente desmaiou porque abusamos, mas não vai acontecer de novo. - Ágata deu de ombros.

- Realmente não vai acontecer de novo! - afirmei decidida. - Me entreguem os frascos com os inibidores agora, vocês estão proibidas de voltar a tomar essas porcarias. - estendi as mãos.

- Any, por favor. - Angelique me olhou pela primeira vez.

- Se querem se matar vão ter que escolher outro jeito. Você primeiro Angelique. - mantive as mãos estendidas.

Angelique suspirou e se levantou. Abriu a bolsa e me entregou as duas caixas. Ágata e Paola foram as próximas.

- Dimitri peça um lanche reforçado e um suco pra elas, por favor. - tentei manter a voz calma. - Depois certifique-se de que elas vão comer e que não vão ao banheiro vomitar depois. - encarei as três de cara feia.

Elas abriram a boca pra responder, mas a fecharam logo em seguida. Fui até o banheiro abri as caixas e tirei os frascos de dentro. Suspirei ao ver que três deles já tinham passado da metade. Com raiva virei os frascos na privada derramando todos os comprimidos, dei descarga e joguei as embalagens vazias no lixo.

- Já estão trazendo o lanche. - Dimitri sorriu quando voltei pra sala.

- Obrigada! - suspirei. - Vou conversar com a equipe da revista e ver o tamanho do estrago. - as encarei antes de sair dali.

Alfonso
Christian abriu a porta da sala e entrou dizendo.

- Há boatos de que alguém ta de mau humor hoje.

- Sem gracinhas, por favor.  - resmunguei.

- Sério, o que aconteceu? Aposto que é alguma coisa com a Any. - ele sentou na cadeira de frente pra mim.

- Peguei aquela bicha francesa do Paraguai quase beijando a Any.

- Sério?! Então seu mau humor é justificado.

- Eu fui levar uma pasta pra ela e quando cheguei soube que ela estava sozinha com aquele cara. Pra ajudar quando entrei aquele filho da mãe tava em cima dela.

- E você partiu pra cima do cara?

- É claro, você queria que eu fizesse o que? - respondi de mau humor.

- Teve ter sido uma cena engraçada, ver você voar naquele cara. - Christian riu.

- Mas sabe o que me deixou mais puto? Any ficou do lado daquele cara, porra!Eu entrei lá pra defender ela e escuto que estou exagerando? - respondi sentindo a raiva crescer dentro de mim de novo. - Sabe por que ela ficou do lado dele? Pra ele assinar logo a porra daquele contrato. - bati o punho cerrado contra a mesa.

- Eu entendo você, mas também entendo a Any. E outra, achei que isso ia unir vocês como você me falou.

- Como vai unir a gente com ela se comportando igual ao pai? Ela vai ficar suportando os assédios daquele bicha falsa até quando? Só me falta ela ceder aos galanteios dele.

- Hei não exagera, esfria essa cabeça Poncho. - Christian me advertiu sério. - Não deixa a raiva fazer você dizer e fazer coisas que nunca aconteceriam. A gente sabe muito bem que a Any não se venderia assim, ela é uma pessoa totalmente honesta e de caráter, sem contar que é completamente apaixonada por você.

- Eu sei! - resmunguei sabendo que ele tinha razão

- Então cuidado com as suas palavras, se você solta algo assim na cara dela vai magoá-la profundamente.

- Eu sei você tem razão, é que... Eu não quero cortar as asas dela, mas as vezes, em situação como hoje me arrependo de tê-la ajudado a conseguir aquela presidência. Eu tenho medo do que podem fazer com ela, eu não me surpreenderia se o pai dela estivesse por trás dos problemas que o Lorenzo ta causando. Ele não quer a filha na presidência, há essa altura já deve saber que brigamos e está super feliz com isso.

- Então não dê à Enrique Portillo o que ele quer! Quando chegar em casa faça as pazes com a sua mulher. Ela precisa do seu apoio, se ficar contra ela vai deixa-la vulnerável. Você é esperto o bastante pra lidar com o Enrique sozinho, mas a Any não, mesmo sendo filha dele. Engula seu ciúmes e apoie a Any, melhor ajude ela a lidar com esse Lorenzo.

- Você tem razão. - sorri sentindo a raiva se abrandar. De repente não via a hora de chegar em casa e encontrar Any.

Any

Voltei pra empresa e me fechei na minha sala. Quando achei que meu dia não ficaria pior, a porta se abriu e meu pai entrou.

- Ocupada filha?!

Estreitei as sobrancelhas e o olhei de cara feia. Meu pai nunca usava esse tom de voz comigo, a não ser que quisesse me persuadir a fazer algo pra ele. Como desistir da empresa.

- Soube que você e Alfonso discutiram, como se sente?

- Não quero falar disso. - respondi cobrindo o rosto com as mãos.

- Você precisa desabafar, eu sei como é liderar com tudo isso, é muita coisa. Afinal você é muito nova e assumiu isso daqui sem estar preparada, só quero te ajudar.

- Você não quer me ajudar! - o olhei cheia de ironia.

- Sabe se você estiver se sentindo muito pressionada a empresa irá entender Anahí.

- Entender o que? - encarei meu pai.

- Sua desistência. Você é jovem e despreparada demais para liderar a empresa, ninguém vai te julgar se você entregar o cargo.

- Eu não vou entregar o cargo, pode esquecer. - me levantei furiosa.

- Não estou dizendo pra fazer isso, apenas que se você achar que não dá conta, pode desistir, é melhor fazer isso do que colocar grandes investimentos a perder. - Enrique sorriu com doçura como fazia quando eu era criança.

Ele me olhou com compreensão, mas sei que é um olhar falso. Ele está usando a gentileza pra me pressionar, quer que eu desista, quer que eu assuma publicamente que não sou capaz de tomar conta da empresa. Mas não vou fazer isso, de jeito nenhum.

- Não vou te devolver a presidência, pode esquecer. - bati as mãos na mesa irredutível.

- Só quero o melhor pra você.

- O melhor no momento é me deixar sozinha. Sai da minha sala. - apontei a porta furiosa.

Ele me encarou não gostando da minha atitude, mas por sorte deu as costas. Quando chegou na porta voltou.

- Ah não sei se você está sabendo, mas como presidente da empresa, você terá que viajar pra Paris semana que vem.

- O que?! - o encarei pega de surpresa e então me lembrei que já tinha ouvido algo sobre essa viagem.