Fanfics Brasil - One fire - Parte 1 Não posso me apaixonar - AyA

Fanfic: Não posso me apaixonar - AyA | Tema: AyA, Anahi e Alfonso, Ponny, Romance, Hot, Los A


Capítulo: One fire - Parte 1

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Poncho Herrera ajudava um casal de idosos a descer as escadas de um antigo prédio de São Francisco até a calçada, quando o ar foi tomado por uma explosão de chamas e fumaça vinda de uma janela do segundo andar.


 


Depois de dez anos como bombeiro, Poncho sabia que nenhum incêndio podia ser considerado rotineiro. Nenhuma labareda queima sempre do mesmo jeito. E, às vezes, o pedido de socorro mais comum tornava-se o caso mais complicado, o mais perigoso.


 


— Todo mundo para fora! — ordenou o capitão Todd à equipe. — O incêndio está piorando e vamos mudar para uma operação defensiva.


 


Poncho ainda tinha a mão no cotovelo da senhora de cabelos grisalhos e ela virou-se para ele com um olhar horrorizado.


 


— Anahí e Summer ainda estão lá dentro.


 


Ele sabia que a mulher estava quase em estado de choque, por isso, falou com ela com voz clara e firme.


 


— Quem são Anahí e Summer?


 


— Minhas vizinhas, a mãe e a garotinha. Eu as vi entrando no apartamento delas há pouco tempo. — A mulher observou os outros moradores ao redor reunidos em volta dos caminhões de bombeiro enquanto viam seus pertences serem consumidos pelas chamas imensas, cada vez mais descontroladas.


 


— Elas não estão aqui fora. — Ela agarrou o braço dele com força. — Você tem que entrar lá para salvá-las.


 


Poncho não era o tipo de bombeiro que acreditava em superstições; não tinha uma rotina regular, mas acreditava em seu instinto.


 


E seu instinto dizia que havia um problema. Um problemão.


 


— Em qual apartamento elas estão?


 


Ela apontou para as janelas do terceiro andar.


 


— Número 31. Estão no andar mais alto, no apartamento do canto. — A mulher parecia prestes a cair no choro.


 


Segundos depois, ele encontrou seu parceiro Eric e o capitão em meio a uma multidão de pessoas que tomavam conta da calçada e da rua.


 


— Precisamos voltar. Uma mãe e sua filha ainda podem estar lá. No terceiro andar, apartamento do canto.


 


Todd olhou de Poncho para o fogo queimando dentro do prédio.


 


— Sejam rápidos, rapazes — ordenou, depois orientou o restante da equipe a direcionar os jatos das mangueiras para o apartamento, para tentar manter as chamas sob controle.


 


Juntos, Eric e Poncho puxaram a mangueira para dentro do prédio. Ao colocarem as máscaras, seus fones de ouvido foram ativados. Subiram as escadas o mais rápido possível, através da espessa fumaça que pairava sobre o ar, como o nevoeiro tão famoso de São Francisco. Com a ajuda dos aparelhos para respirar, eles estavam protegidos, mas um civil não aguentaria muito sem essas rajadas frequentes de oxigênio.


 


Poncho esforçou-se para deixar de lado seus temores pela mãe e filha e concentrou-se na subida do primeiro e do segundo andar até chegar ao terceiro. Chegaram rápido até o apartamento 31, mesmo arrastando a mangueira pesada através da fumaça espessa e pelos degraus íngremes e estreitos. Tentaram abrir a porta, que obviamente estava trancada.


 


Poncho tirou a machadinha do extintor de incêndio.


 


— Se alguém estiver perto da porta, se afaste. Vou derrubá-la com a machadinha. — Mesmo gritando, a voz dele foi abafada pela máscara.


 


A fumaça estava espessa, quase a ponto de ser cortada com uma faca. Será que encontrariam alguém vivo lá dentro?


 


— Você consegue? — Eric perguntou, enquanto tomava alguns jatos de oxigênio.


 


Em vez de responder, Poncho ergueu a ferramenta pesada para trás e acertou a ponta do machado contra a porta, bem ao lado da maçaneta. Uma porta oca teria se partido ao meio em poucos segundos, mas essa de madeira antiga era tão grossa que ele precisou bater várias vezes seguidas até  ela se mexer. Quando sentiu o batente começando a ceder, ele chutou a porta.


 


Finalmente, a porta se abriu e ele entrou.


 


Enquanto colocava a machadinha no cinto, Poncho alcançou a mangueira e começou a puxá-la para dentro, mas ela não se mexia.


 


— Está enroscada. Preciso de mais mangueira.


 


Ele olhou para trás e viu Eric puxando a mangueira com toda a força.


 


— Vou ter de voltar lá embaixo para ver onde está enroscada.


 


Ambos sabiam o quanto a situação era perigosa, com um bombeiro deixando seu parceiro para trás para soltar a mangueira. Poncho, porém, não podia voltar com Eric. Não quando vidas estavam em jogo; não se os sessenta segundos que levaria para ajudar com a mangueira significassem a morte de uma criança naquela noite.


 


As chamas queimavam acima de sua cabeça e, mesmo não estando na situação adequada, Poncho abriu o bocal da mangueira e começou a jogar água no teto, tentando afastar as chamas. Podia sentir o calor de quase 400 graus atingindo seu macacão enquanto adentrava cada vez mais o apartamento. O apartamento era claramente um dos focos do incêndio, provavelmente onde tudo começou, a julgar pela fuligem branca e preta já cobrindo os móveis que ainda não haviam queimado.


 


Pensando ter ouvido alguém pedir ajuda, ele parou. Com a mangueira ainda enroscada, não teve escolha a não ser soltá-la e ir em direção ao som. Uma porta branca com um espelho estava fechada e ele chutou-a, estilhaçando o espelho embaixo de suas botas com pontas de aço.


 


No momento em que uma nova rajada de fumaça atravessou a porta, a visão dele ficou turva por alguns segundos, mas, mesmo não conseguindo enxergar ninguém dentro do pequeno banheiro, sabia exatamente onde procurar. Poncho puxou a cortina do chuveiro e encontrou uma mulher segurando a filha nos braços, dentro de uma antiga banheira com pés de ferro.


 


Ele encontrou Anahí e Summer.


 


— Anahí, você se saiu bem, muito bem — disse a ela através da máscara. Os olhos dela estavam tão arregalados e tão assustados que ele sentiu um aperto no peito. — Vou ajudar você e Summer a sair daqui agora.


 


Ela abriu a boca e tentou dizer algo, mas tudo o que conseguiu fazer foi tossir, com os olhos fechados enquanto as lágrimas escorriam pelo rosto.


 


Ele tirou uma das luvas para tomar o pulso da garotinha desacordada. Agradecendo a Deus por ainda estar estável, ele colocou a luva de volta e, então, pegou a garota.


 


Os olhos da mãe se abriram e, por um momento, brincaram de cabo de guerra antes de ela soltar a menina. Os lábios dela se mexeram em uma súplica silenciosa: Por favor.


 


 



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Autor(a): livros adaptados aya

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 2



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  • vaah~aya Postado em 16/02/2016 - 01:09:55

    Continuua ..

  • Beca Postado em 16/02/2016 - 00:02:21

    Posta mais


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