Fanfic: Não posso me apaixonar - AyA | Tema: AyA, Anahi e Alfonso, Ponny, Romance, Hot, Los A
Sábado à noite...
Anahí nunca ficou tão feliz com um pneu furado em toda sua vida.
Ela e Summer fizeram as últimas tarefas do dia e estavam estacionando o carro na garagem subterrânea quando sentiu o carro bater em alguma coisa. O zunido do ar foi alto o bastante para conseguirem ouvi-lo, mesmo com as janelas fechadas. Sabendo que a oficina fechava por volta das oito no sábado, ela disse a Summer que não poderiam dirigir os quase setenta quilômetros até Palo Alto com um estepe.
Ela sentiu-se mal com a decepção de Summer por perder a festa de Natal da mãe de Sophie, mas, bem, fazer o quê? Era assim que as coisas aconteciam na vida.
Apesar de a filha ser elétrica, ela normalmente era compreensiva com coisas desse tipo. Assim, Anahí ficou surpresa quando Summer teve um ataque por não poder ir à festa.
— Será só um monte de adultos. — Anahí não entendia qual era o problema. Ou melhor, ela não queria entender. — Não entendo o que há de tão importante com essa festa.
— Você sabe exatamente o que há de tão importante nessa festa — Summer acusou-a, antes de sair pisando duro em direção ao quarto e bater a porta com toda a força. — A essa hora já deveríamos estar lá, mas você nos atrasou com suas tarefas estúpidas, que nem precisávamos fazer esta noite!
Anahí teve de respirar fundo muitas vezes para manter-se calma.
Não funcionou. Não quando ela tinha passado o dia todo com os nervos à flor da pele pensando em como ir à festa e ver Poncho de novo.
— Não ouse bater a porta na minha cara, mocinha! — ela gritou do outro lado da porta. — É melhor você abrir agora mesmo.
Alguns segundos depois, a porta abriu um pouquinho. Anahí estava prestes a escancará-la e exigir desculpas, mas parou bem a tempo.
As duas estavam fazendo uma tempestade em copo d'água. Em algumas horas, tudo voltaria ao normal e elas estariam enroscadas embaixo do cobertor no sofá vendo um filme sobre Rodolfo, a rena do nariz vermelho.
Ela voltou para a cozinha e pegou o telefone para avisar a amiga que não conseguiria ir à festa, que, àquela hora, deveria estar no auge. Achando que deixaria um recado na caixa postal, ficou surpresa quando a amiga atendeu ao telefone.
— Anahí, você e Summer estão com problemas para achar a casa?
— Na verdade — ela explicou —, não conseguiremos ir.
— Ah, não. Por que não? Nenhuma de vocês duas ficou gripada, não é?
Anahí, de repente, desejou que tivesse fingido uma tosse, mas, não acreditava em mentiras. E, com certeza, não queria ensinar a filha a fazer alguma coisa desse tipo.
— Não, estamos em perfeito estado de saúde. Meu carro é que não está muito bem. Estou com um pneu furado e não conseguirei arrumá- lo até segunda-feira.
— Posso ligar de volta daqui a pouco?
Anahí concordou e desligou o telefone. Enquanto esperava tocar de novo, teve um mau pressentimento, um pressentimento que tentava convencer a si mesma ser ridículo.
— Ótimas notícias! — Sophie disse alguns minutos depois, quando ligou novamente. — Poncho ainda não saiu e adoraria passar aí para pegá-las.
Anahí apoiou a cabeça na parede e fechou os olhos.
— É muita gentileza dele, mas não gostaria de fazê-lo vir até aqui. Estamos tristes por perder a festa, mas...
— Ele mora bem perto de vocês — Sophie garantiu. — Não tem problema nenhum. Posso passar o seu endereço para ele?
Não!
— Tudo bem — concordou. E, então, ciente de estar sendo muito mal-agradecida, acrescentou: — Obrigada, Sophie. Summer vai ficar muito feliz em saber que estamos de volta ao jogo.
Quando desligou, estava escuro o bastante para Anahí ver o próprio reflexo na janela da cozinha. Não ficou surpresa por parecer tão confusa. E preocupada, também. Entretanto, havia algo mais na expressão dela, algo que não deveria estar ali.
Expectativa.
Ela virou-se rapidamente da janela. — Boas notícias, Summer! — ela gritou com uma alegria forçada. — Parece que, depois de tudo, vamos mesmo à festa.
Summer soltou um gritou de felicidade e então correu para a cozinha para cortar em pedacinhos o doce de chocolate que havia feito para a festa.
Sophie pareceu absolutamente feliz com o pneu furado de Anahí, Poncho pensou, enquanto estacionava a caminhonete em fila dupla em frente ao prédio e saía para buscar suas passageiras inesperadas. De fato, enquanto falava com ele, a irmã lhe havia perturbado muito por não ter se oferecido para levar a amiga e a filha à festa.
O pior é que, obviamente, Sophie estava certa. Ele deveria ter se oferecido.
Mas não tinha feito isso porque não sabia se podia confiar em si mesmo ao lado de Anahí; receava que a atração entre eles pegasse fogo e queimasse os dois.
Ele bateu à porta, e ela se abriu totalmente antes mesmo que os nós dos dedos pudessem fazer contato outra vez.
— Sr. Herrera! — Summer jogou os braços ao redor dele.
Ele a abraçou também, olhando para dentro do apartamento, quando Anahí apareceu no canto... E tirou-lhe completamente o fôlego.
Ela parecia surpresa ao vê-lo.
— Ah, oi! Não ouvi você bater. — O olhar dela ficou tenro quando o viu com a filha. — Obrigada por vir nos buscar tão em cima da hora.
Havia uma dúzia de coisas que ele poderia ter dito, pelo menos umas cinco respostas que fariam sentido. E, mesmo sabendo que era melhor não fazer isto, tudo o que conseguiu dizer foi:
— Você está linda.
E ela realmente estava. Tão linda que o coração dele não sabia se parava de bater dentro do peito ou se disparava descontroladamente.
Ele a observou tentando conter a surpresa diante do elogio inesperado dele. E então ela sorriu.
— Obrigada. Ai, meu Deus. Aquele sorriso.
O sorriso dela mexia com ele do mesmo jeito que acontecera no hospital. Ele já vira a determinação, as lágrimas e a gentileza forçada... Mas o sorriso doce e verdadeiro dela tirava-o do sério toda vez.
Ele sentiu Summer puxá-lo pelo braço e mal conseguiu tirar os olhos da mãe dela. — Você também está linda, garota — ele elogiou a garotinha, que fez uma pequena pirueta para exibir o vestido verde brilhante. — E toda vez que diz Sr. Herrera acho que está falando com o meu avô; então por que não me chama de Poncho?
— OK, Poncho. Podemos ir? Quando você resolveu ser um bombeiro? Como é ter tantos irmãos e irmãs? Foi difícil virar bombeiro? Por que seu chapéu de bombeiro é vermelho?
Autor(a): livros adaptados aya
Este autor(a) escreve mais 4 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
A enxurrada de perguntas da garota de 7 anos sentada no meio da cabine estendida deveria ser a maneira perfeita para lhe tirar a atenção de Anahí vez ou outra durante a viagem para fora da cidade até a casa no subúrbio onde ele crescera; sobretudo quando a mulher sentada ao lado dele permanecia em silêncio quase absoluto. Durante a v ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo