Fanfic: Não posso me apaixonar - AyA | Tema: AyA, Anahi e Alfonso, Ponny, Romance, Hot, Los A
Ela não queria dizer isso a Summer; em vez disso, acreditava que a filha precisava que ela fosse forte. Não queria que seus clientes se preocupassem com o fato de ela não poder administrar a carga de trabalho; então, simplesmente garantiu a cada um deles que manteve seus arquivos de backup em lugar seguro e à prova de fogo. Independentemente do que ela dissesse, os pais dela se preocupariam; assim, obviamente manteve a boca fechada em relação a seus sentimentos também. E, quanto às amigas, a verdade era que, com o trabalho e os cuidados com Summer, ela não tivera muito tempo para sair com elas. Algumas das outras mães da escola eram simpáticas, mas não sentira uma conexão forte com nenhuma delas. E por isso foi tão bom ter reencontrado Sophie.
— Por sorte, a maioria das nossas fotos ainda está em meu HD, mas as coisas que tinha guardado de quando Summer era bebê, do primeiro dia dela na escola, o primeiro dentinho... Gostaria que todas essas coisas não tivessem se perdido. — Ela obrigou-se a dar de ombros e a colocar um sorrisinho no canto dos lábios enquanto pegava os fósforos que ele lhe entregava. — Mas elas se foram e vai ficar tudo bem. Tive muita sorte com a minha filhinha.
Ele concordou e olhou para o fogo que ela acabara de acender, dizendo:
— Teve mesmo.
O fogo acendeu e Poncho sorriu para ela.
— Por falar nisso, bom trabalho com o fogo.
Ele já havia sorrido para Summer várias vezes, mas não diretamente para ela. A força daquele sorriso, tão absolutamente verdadeiro, sem nenhum dos truques conhecidos que seus irmãos Ryan e Zach aplicavam, a fez querer dar mais dois passos para perto e beijá-lo.
Como se ele pudesse ouvir os desejos silenciosos dela, o sorriso desapareceu em um instante e os olhos se escureceram, enchendo-se daquele calor do qual ela não conseguia se desvencilhar, do calor que a deixava morrendo de vontade de se aproximar, para ver se conseguia esquentar todos aqueles lugares dentro dela que estiveram frios por tanto tempo.
— Preciso voltar lá dentro e ver se está tudo bem com a Summer. Os olhos dele ainda ferviam intensamente quando concordou.
— Vá.
Ela estava a meio caminho das portas de vidro quando percebeu que ainda usava a jaqueta de Poncho.
Ela virou-se, voltou até onde ele a observava fixamente e a tirou dos ombros. — Obrigada.
As pontas dos dedos se roçaram, e ela estava feliz pelo clima frio servir de desculpa para os arrepios que lhe percorriam a pele. Só ela precisava saber que não fora a temperatura que os provocara.
Ela não esperou que ele dissesse "De nada". Simplesmente se virou e deu meia-volta em direção a um terreno mais seguro.
Quando as crianças descobriram que havia um braseiro no pátio, todas correram para pegar gravetos no quintal para os marshmallows que a Sra. Herrera colocara sobre uma mesa perto dali. O açúcar derretido na ponta do graveto, porém, não era a única surpresa maravilhosa que as aguardava.
— Tem uma casa em cima de uma das árvores — Summer disse a Anahí, os olhos arregalados e cheios de animação. A festa claramente estava tão divertida quanto ela imaginara. — Poncho disse que vai nos levar lá em cima para mostrá-la, se nossos pais deixarem.
Ignorando a voz dentro de sua cabeça, que dizia Eu também quero brincar na casa da árvore, Anahí passou a mão sobre o cabelo macio e brilhante da filha. — Claro que você pode ir. Só tenha cuidado para não cair.
Summer revirou os olhos. — Não sou um bebê. Anahí puxou-a para um abraço.
— Você é meu bebê.
— Mãe! — Summer se desvencilhou da mãe. — Preciso pegar uma lanterna antes que peguem todas.
Ela atravessou o gramado até onde Poncho esperava com as lanternas, e Anahí tentou não sentir o nó no estômago ao vê-lo sair para se aventurar com as crianças, rindo e fazendo piadas com aquele grupo cheio de energia.
Ela nunca tinha visto um homem tão à vontade com crianças. Mas era mais do que isso, percebeu rapidamente. Ele gostava de crianças; simples assim. Até mesmo o pai de Summer, ainda que adorasse sua garotinha, não sabia muito bem o que fazer com ela. E Anahí sempre teve a sensação de que David contava os minutos para a soneca, assim ele poderia fazer algo mais empolgante.
Quando viu Sophie caminhando rapidamente pelo pátio, saindo, em um momento, de um canto escuro para a luz antes de seguir em direção à lateral da casa, Anahí chacoalhou a cabeça e achou melhor não comparar David com Poncho.
Ela procurou Sophie quando chegou, mas não conseguiu encontrá-la para colocarem o papo em dia. Haviam tentado manter contato nos últimos dias, mas, com a agenda ocupada de Sophie na biblioteca e os feriados de inverno de Summer na escola, chegaram à conclusão de que a festa seria o melhor momento para bater papo.
No entanto, agora, em vez de querer ter uma conversa de mulher com alguém de quem ela sempre gostara, Anahí estava um pouco preocupada.
Sabendo que Summer estava em boas mãos com Poncho, Anahí seguiu o caminho que Sophie havia feito ao lado do quintal até chegar a uma pequena casinha. Abrindo-a devagar, ela olhou para dentro e encontrou a amiga sentada sobre um vaso virado de boca para baixo.
— Sophie?
— Ah! — Sophie começou a levantar-se quando percebeu quem era. — Oi, Anahí. — Ela parecia um pouco tímida por ter sido pega na casinha onde guardavam material de jardinagem, mas sorriu e convidou:
— Gostaria de se juntar a mim?
Anahí sorriu para a velha amiga, fechando a porta atrás dela. Havia uma lâmpada no teto que iluminava o interior apertado, permeado com o cheiro de terra.
— Está tudo bem?
Sophie soltou uma respiração trêmula. — Alguma vez já quis muito algo que não deveria querer?
Anahí ficou pasma com a pergunta franca da amiga. Não havia falsidade em Sophie; nunca houve.
Essa era uma das coisas que a levaram a se aproximar da amiga.
Assim, mesmo tentada a fugir da pergunta, Anahí assentiu, pois esperava que pudessem recuperar a boa e velha amizade que começaram na faculdade, especialmente agora, morando tão perto uma da outra.
— Sei exatamente o que é isso — disse, pensando em quando estava no quintal com Poncho e sentiu um calor que não tinha nada a ver com o fogo aceso no braseiro.
No entanto, concordar com isso não pareceu fazer Sophie sentir-se melhor.
Quando a amiga olhou para as mãos, Anahí acompanhou o olhar até as unhas bem cortadas e sem esmalte. Sophie usava um vestido de malha azul, que lhe cobria os braços e quase toda a perna. Ela não estava usando maquiagem, nem joias e, mesmo assim, em uma situação na qual outras mulheres pareceriam sem graça, Sophie estava inegavelmente linda. Depois de gastar uma boa meia hora arrumando o cabelo e a maquiagem, sem falar que experimentara todos os vestidos novos que comprara desde o incêndio, Anahí sentiu que havia exagerado um pouco.
Ela achou um vaso e virou-o de cabeça para baixo, sentando-se de frente para Sophie. — Você quer conversar?
Não precisava ser um gênio para perceber que Sophie estava chateada por causa de um homem. Mas Anahí estava um pouco envergonhada de não saber quem era, já que, a noite toda, não fora capaz de se concentrar em ninguém mais além de Poncho.
Sophie balançou a cabeça e olhou em volta da casinha.
— Me desculpe, Anahí. Acho que sou a pior amiga do mundo, convidando você para uma festa e então sumindo para dentro de uma casinha de jardinagem para ficar me lamentando.
Anahí teve que rir da expressão engraçada no rosto de Sophie.
— Sempre gostei de jardinagem.
— Vamos — Sophie convidou, ficando em pé e estendendo a mão para Anahí. — Vamos tomar uma taça de champanhe e você me conta tudo sobre os últimos sete anos.
Anahí podia ver que Sophie não havia superado o que a tinha feito esconder-se na casinha de jardinagem, mas claramente não queria falar sobre aquilo. Pelo menos ainda não. Talvez, quando tivessem um pouco mais de intimidade, ela contasse.
No entanto, de novo, Anahí sabia exatamente o que era ter uma queda secreta por alguém totalmente inalcançável. Independentemente do quanto a amizade dela e Sophie aumentasse, Anahí jamais admitiria que ficava toda arrepiada e sem fôlego toda vez que Poncho estava por perto.
Se é que serviu para alguma coisa, a curta conversa que tiveram fora mais do que suficiente para reforçar o que ela já sabia: que se entregar aos sentimentos que tinha por Poncho só acabaria partindo seu coração.
Ou, pior ainda, o coração de sua filha.
Autor(a): livros adaptados aya
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À medida que a festa dos Herrera ficava mais tranquila, a maioria dos irmãos de Poncho gravitava um em volta do outro, reunidos ao redor do fogo. Normalmente, Poncho ficaria junto com eles, mas Sophie puxara Anahí para ficar com o grupo e ele ainda não conseguia se controlar muito bem quando estava perto dela. No entanto, não havia nada en ...
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