Fanfic: Não posso me apaixonar - AyA | Tema: AyA, Anahi e Alfonso, Ponny, Romance, Hot, Los A
À medida que a festa dos Herrera ficava mais tranquila, a maioria dos irmãos de Poncho gravitava um em volta do outro, reunidos ao redor do fogo. Normalmente, Poncho ficaria junto com eles, mas Sophie puxara Anahí para ficar com o grupo e ele ainda não conseguia se controlar muito bem quando estava perto dela.
No entanto, não havia nada entre eles. E também não haveria nada no futuro. Além disso, de vez em quando é bom ter uma folga de alguns olhos questionadores, que podiam ver o que ele não queria que vissem.
Poncho manteve-se ocupado brincando de barco pirata com as crianças na casa da árvore, depois de esconde-esconde com lanternas no quintal, até que sua mãe o chamou avisando que colocara um filme no porão para eles assistirem.
A essa altura, Poncho tinha de encarar o que estava fazendo. Ao longo dos anos, podia ter sido chamado de muitas coisas, mas tinha certeza de que nunca fora chamado de covarde.
Chloe estava bocejando quando ele chegou ao braseiro. — Desculpe-me por ir embora bem quando você está chegando — ela disse a ele com cara de sono, e Chase se levantou. — Não sei por que, mas estou exausta.
Depois do irmão e da noiva se despedirem e de ele sentar-se em um dos lugares vagos, o amigo deles, Jake McCann, juntou-se ao grupo e ocupou o outro lugar.
— Ei, Jake. — Lori Herrera, a gêmea de Sophie, deu uma olhadela por sobre o ombro dele. — O que aconteceu com sua convidada?
Jake sorriu para a mulher que havia tratado como uma irmãzinha durante os últimos vinte anos de convivência na casa dos Herrera. Um dia, quando estavam no quarto ano, Zach o trouxe para casa e a piada era que ele se tornara o nono Herrera. Nos últimos seis meses, Jake saíra do estado para trabalhar em uma rede de pubs irlandeses; então, era a primeira vez que os via depois de muito tempo.
— Tive que enfiá-la em um táxi.
Lori revirou os olhos. — Você tem um péssimo gosto para mulheres — ela brincou com ele. E então disse: — Vamos brincar de verdade ou desafio. Vamos lá, brinque com a gente.
Não fazia diferença que fossem todos adultos agora; as brincadeiras não mudaram. Todo Dia de Ação de Graças eles ainda brincavam de futebol americano e, a cada ano, as garotas davam golpes cada vez mais fortes nos irmãos; e, no Natal, todos ainda queriam saber os segredos uns dos outros. Lori jogou um marshmallow por cima do fogo para a irmã.
— Sophie, por que você não começa?
Sophie pegou o pedaço de doce um pouco antes de tocar-lhe o rosto, olhando para Lori enquanto o atirava para dentro do fogo. Enquanto as chamas sibilavam, ela disse:
— Verdade.
Há tempos o relacionamento entre as irmãs não ia bem. Ninguém sabia por que, e, apesar de a mãe estar muito preocupada, nem Lori nem Sophie diziam o que tinha acontecido. Mesmo brigando, eram fiéis na solidariedade para manter as coisas só entre elas. Elas eram uma unidade fechada na qual nenhum deles jamais conseguiu penetrar, nem mesmo Poncho, que era o mais próximo em idade e passara mais tempo com elas do que todos os irmãos, exceto Marcus, que basicamente as criou desde pequenas.
— Por que estava se escondendo esta noite? — Lori perguntou à gêmea.
Os olhos de Sophie estavam arregalados, preocupados, enquanto concentrava-se nas chamas. Ela nunca fora boa em esconder os sentimentos, por isso o apelido de Boazinha, enquanto Lori, que adorava confusão, era a Mazinha.
Finalmente, Sophie disse com voz reticente:
— Eu não estava me escondendo.
Lori estreitou os olhos. — Vi você saindo da casinha de jardinagem da mamãe.
— Foi culpa minha — Anahí explicou, com voz animada. — Estava procurando Summer e sem querer fui parar lá.
Tendo a primeira vítima salva pelo gongo, Lori se voltou para Jake.
— Verdade ou desafio?
Ele balançou a cabeça lentamente enquanto esticou as mãos em direção ao fogo para aquecê-las.
— Se você é quem está lavando a roupa suja hoje, Mazinha, vou escolher verdade, obrigado.
Ela deu-lhe um sorriso malicioso antes de colocar os cotovelos sobre os joelhos, apoiar o queixo nas mãos e inclinar-se para a frente.
— Algum dia já se apaixonou, Sr. McCann? Poncho notou que Sophie tremia ao lado dele.
— Está com frio, irmãzinha?
— Não. — Ela balançou a cabeça com força.
Ele fez uma expressão de desconfiança. Certamente, alguma coisa estava acontecendo com ela aquela noite, mas ele estivera tão focado em Anahí que não conseguiu descobrir com o que Sophie estava preocupada.
A risada de Jake ressoou no pátio frio. — Apaixonado? — ele repetiu. — Nem perto disso. E não vejo isso acontecendo num futuro muito próximo.
Claramente desapontada por não ter tirado mais segredos sujos de Jake, Lori virou-se para encarar Poncho.
— Sua vez.
A última coisa no mundo de que ele estava a fim era desse jogo, mas geralmente era mais fácil dançar conforme a música de Lori.
— Desafio. — Deus sabia que a verdade não era uma opção aquele dia, não com Anahí sentada tão próxima, tão linda sob a luz da fogueira.
Lori deu um sorriso levemente maldoso.
— Cante uma canção de acampamento.
Marcus gemeu e pôs as mãos sobre os ouvidos de Nicole.
— Pedir ao Poncho para cantar é judiar do resto de nós.
A namorada pop star de Marcus tirou as mãos dele de seus ouvidos e sorriu para Poncho. — Adoro quando outras pessoas cantam.
Em vez de ficar bravo com Lori, Poncho concluiu que, apesar de tudo, deveria agradecer à irmã pelo pedido, pois, depois de ouvi-lo cantar, não haveria a menor chance de acontecer qualquer coisa entre ele e Anahí.
Ele começou a cantar uma versão de "Home of the range", que fez todos os gatos e cachorros que estavam por perto o acompanhar. Diante do sorriso incerto de Nicole, Poncho resolveu soltar a voz, e logo ela mesma tinha as mãos sobre os ouvidos.
Marcus, cuja voz era tão ruim quanto a de Poncho, juntou-se a ele em uma "harmonia" atroz, e todos riram muito, inclusive Anahí, que, por um minuto, Poncho se esqueceu de não ficar olhando para ela na frente de todos.
Sim, ela era uma mulher maravilhosa, mas também era divertida e se encaixava perfeitamente na família dele.
Que merda!
Os olhares deles se encontraram e ambos pararam de rir. Ela empurrou a cadeira para trás abruptamente.
— Já passou muito da hora de Summer dormir. Poncho ficou em pé também.
— Eu levo vocês de volta para a cidade.
Enquanto se despediam, ele rezava para que ninguém dissesse nada que deixasse Anahí constrangida por irem embora juntos.
Estavam quase de volta a casa quando Zach gritou:
— Não se esqueça de ligar quando acordar amanhã, Anahí, e eu darei uma passada para consertar o pneu furado. Tem meu celular, não tem?
Poncho já subira e descera inúmeras vezes ao longo dos anos centenas de degraus com visibilidade zero. Ouvir que seu irmão já tinha combinado de ver Anahí de novo — usando a desculpa de ajudá-la com o carro —, porém, o deixou com o nó preso no peito.
Sabia que não precisava ficar tão transtornado com isso. Se ele era metade do homem que achava que era, ficaria feliz que seu irmão finalmente tivesse escolhido uma garota legal. Afinal, ele mesmo não acabara de reconhecer o quanto Anahí se encaixava bem entre seus irmãos e irmãs?
Autor(a): livros adaptados aya
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Entretanto, nada disso ajudou a soltar o nó no estômago enquanto ele e Anahí iam em direção ao porão, onde encontraram Summer dormindo em frente da velha TV. Algumas das crianças mais velhas ainda estavam acordadas vendo um filme da Disney, mas ela estava toda enrolada no velho sofá que a mãe dele cobrira com a me ...
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