Fanfics Brasil - Desejo à flor da pele Não posso me apaixonar - AyA

Fanfic: Não posso me apaixonar - AyA | Tema: AyA, Anahi e Alfonso, Ponny, Romance, Hot, Los A


Capítulo: Desejo à flor da pele

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Ele deveria ter se afastado dela; ela devia ter se soltado dos braços dele. Mas nenhum dos dois se mexeu.


 Sem ter certeza a quem estava tentando convencer, Poncho explicou:


 — Não saio com pessoas que salvo de prédios em chamas. 


Quase antes de ele terminar de falar, ela deu o próprio parecer:


 — Não posso ficar com alguém que pode morrer a qualquer instante. Foi um momento de pura honestidade, o primeiro.


 Não, Poncho admitiu rapidamente. Aquele beijo fora o primeiro momento verdadeiro deles. Paixão sincera... desejo à flor da pele.


 


Quando ela finalmente saiu de dentro dos braços dele, e ele se mexeu para deixá-la ir, Anahí continuou:


 


— Depois da maneira que o pai de Summer morreu, eu simplesmente não posso.


 


Ele deveria estar saindo, deveria ter ido embora cinco minutos antes, assim nada disso teria acontecido. Mas, santo Deus, ele nunca se arrependeria daquele beijo avassalador. E queria entender as razões de Anahí tanto quanto as próprias.


 


— Como ele morreu?


 


— Ele era um piloto de guerra.


 


— Da Marinha?


 


Ela concordou, parecendo destruída, e Poncho teve um momento de puro ciúme de um homem morto.


 


O que estava acontecendo com ele?


 


— Não saio com homens como você, com profissões como a sua. Nunca mais. Summer era só um bebê quando David morreu, mas, mesmo assim, sentiu muito. Se eu a deixasse perto de outro homem com um trabalho como aquele e um dia ele não voltasse para casa...


 


Ela pareceu perceber que dissera muito de si mesma e rapidamente virou a pergunta de volta para ele.


 


— E tenho que acreditar que você não sai com as mulheres que salva porque...


 


— Nunca dá certo. — Ele a ouviu falar sobre não se envolver com um cara em seu perigoso ramo de trabalho, mas ainda podia sentir o sabor daquele beijo, ainda podia ouvir seus gemidinhos sexies enquanto suas línguas se entrelaçavam e escorregavam uma na outra. De novo, ele não sabia se era para ela ou para ele mesmo que estava falando:


 


— Não é um jeito comum de duas pessoas se conhecerem. Gera expectativas. Algumas que não podem ser cumpridas no dia a dia, na vida real.


 


Percebendo que era ele quem estava falando demais agora, ficou feliz quando ela deu outro passo para trás e disse:


 


— OK.


 


Ela deu-lhe um sorriso estremecido no canto da boca. — Fico feliz por termos colocado tudo isso para fora. — Ela lambeu os lábios. — Está tudo certo entre nós.


 


Ele não deveria estar ali em pé, pensando no quanto ela ficava linda quando estava nervosa, mas, que merda, era exatamente o que estava fazendo. E não deveria, nem de longe, estar prestes a alcançá- la para beijar aqueles lábios doces novamente.


 


Poncho enfiou as mãos nos bolsos para evitar tocar de volta naquelas curvas maravilhosas. Precisava  ir embora, o mais rápido possível. Ela faria o café. Ele beberia. E então ele diria adeus e voltaria para casa e não pensaria mais nela.


 


Se tivesse conseguido se ater ao plano original de ficar longe dela o máximo possível... Mas ela já tinha ido à casa da mãe dele; já conhecera sua família. Ela era amiga da irmã dele, a mesma irmã que claramente tinha planos para que eles ficassem juntos.


 


Como se também precisasse de algo para fazer com as mãos, Anahí pegou o pacote que ele derrubara no balcão e despejou os grãos na máquina de café.


 


— A Sophie é sua amiga e estamos fadados a nos encontrar de novo...


 


— ... Então concordaremos em sermos amigos — Anahí disse, terminando a frase dele. — Sem problema. — Ela lhe deu um daqueles sorrisos forçados enquanto apertava o botão da moedora. Quando os grãos estavam prontos para serem colocados na máquina de café, pegou-os com uma concha e disse:


 


— Ou seja, agora nós dois sabemos a posição um do outro, correto?


 


Ainda desejando-a mais do que jamais desejou outra mulher, Poncho concordou.


 


— Correto.


 


Ela parecia elétrica; enquanto arrumava uma pilha de desenhos do Frosty, o homem da neve que ela e Summer deveriam estar desenhando, escolheu uma travessa bonita e colocou alguns biscoitos em formato de flocos de neve dentro dela.


 


Ele nunca havia namorado alguém que tivesse filhos. Não, ele lembrou a si mesmo, ele e Anahí não estavam namorando. No entanto, era a primeira vez que via alguém, com exceção de sua mãe, fazer malabarismos para cuidar da vida de outra pessoa.


 


Ela passou a xícara de café para ele.


 


— Por que não sentamos um pouco?


 


Ele a seguiu até a pequena sala de estar do outro lado da cozinha conjugada, notando que ela, de forma inteligente, escolheu sentar--se na pequena cadeira forrada de veludo em vez de juntar-se a ele no sofá.


 


Ela tirou os sapatos de salto e colocou os pés para cima à sua frente, esfregando-os com a mão livre.


 


— Esses saltos altos estavam acabando com meus pés.


 


Poncho nunca se considerou um homem muito fã de pés. Pés eram só pés. Entretanto, os dedos pintados de rosa de Anahí eram incrivelmente sexies. Ele queria tirar a mão dela e colocar as dele no lugar. Já sabia quanto os lábios dela eram doces, como os cabelos dela eram macios. E como seria sentir a pele dela com suas mãos?


 


Ele já estava jogando por água abaixo a questão do "apenas amigos". E o pior de tudo era que ele não só não queria se apaixonar por Anahí, assim como ela também não queria se apaixonar por ele, mas também entendia os motivos dela. Anahí tinha todo o direito de querer ficar com um homem que, dessa vez, não morresse de repente.


 


E ele obviamente não se encaixava nesse quesito.


 


Havia uma escrivaninha no canto da sala de estar, junto com alguns armários de arquivos e uma prateleira que, em vez de livros, parecia guardar manuais de referência.


 


Acompanhando o olhar dele, ela comentou:


 


— Trabalho em casa. Sou contadora.


 


Antes dessa noite, Poncho teria pensado que todos os contadores eram pessoas insensíveis, seres esquisitos grudados em calculadoras e planilhas.


 


Anahí com certeza não era uma pessoa insensível.


 


— Gosta de ser contadora?


 


— Gosto. — Ela tomou um gole do café. — Gosto do jeito que os números se completam. Gosto da combinação e da lógica, da maneira que eles sempre fazem sentido e, quando há uma discrepância, sei que, desde que tente bastante, no final sempre descobrirei qual é o problema. E poderei resolvê-lo. — Ela piscou para ele com aqueles lindos olhos verdes. — Imagino que você adore ser bombeiro.


 


— Quando era criança, nunca conseguia ficar quieto. E costumava brincar com fósforos mais do que deveria. O fogo sempre me fascinou.


 


— Sua mãe devia adorar isso — ela ironizou. Ele concordou. 


— Nem tanto.


 


— Acho que a fascinação com o fogo faz sentido — comentou, devagar, como se considerando a ideia pela primeira vez. — Do contrário, você não teria tanta vontade de correr na direção dele em vez de fugir, como o resto de nós tenta fazer.


 


Será que ela sabia que ele também era fascinado por ela? Que, mesmo sabendo que deveria se afastar, tudo o que queria era chegar mais perto dela?


 


— Você tem uma família maravilhosa, mas tenho que admitir que alguns de vocês devem ter dado muito trabalho. Tiro o chapéu para sua mãe. E — ela completou, com ar questionador — seu pai?


 


— Ele morreu quando eu tinha 5 anos. Ela nos criou sozinha.


 


A morte do pai dele fora o outro motivo de ter escolhido essa profissão. Como também era paramédico, muitas das chamadas às quais atendia eram médicas. Ele não podia salvar o pai, ou a mãe, ou o filho de todo mundo, mas queria saber, pelo menos, que tinha feito tudo o que podia.


 


Os olhos de Anahí se arregalaram. — Oito filhos, sozinha? — Ela colocou a mão no coração, num gesto de clara simpatia pela mãe dele. — Metade do tempo em que cuido da Summer, já acho que é muita coisa para eu cuidar sozinha.


 


— Você é uma mãe maravilhosa. Ela sorriu diante do comentário dele.


 


— Obrigada. Não tenho tanta certeza de que diria a mesma coisa se me visse gritando com ela por causa da lição de casa ou das roupas no chão ou por ficar muito tempo ao telefone com as amigas.


 



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Autor(a): livros adaptados aya

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Ele não deveria querer ver essas coisas, não deveria querer se aproximar mais de Anahí ou da filha dela. Quanto mais ficava ali sentado com ela, porém, conversando sobre família, mais essa vontade crescia. O restante do seu café terminou rapidamente, e ele levantou-se e colocou a xícara vazia sobre a mesa de centro. Notou que ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 2



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  • vaah~aya Postado em 16/02/2016 - 01:09:55

    Continuua ..

  • Beca Postado em 16/02/2016 - 00:02:21

    Posta mais


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