Fanfics Brasil - Só mais um beijo Não posso me apaixonar - AyA

Fanfic: Não posso me apaixonar - AyA | Tema: AyA, Anahi e Alfonso, Ponny, Romance, Hot, Los A


Capítulo: Só mais um beijo

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Ele não deveria querer ver essas coisas, não deveria querer se aproximar mais de Anahí ou da filha dela. Quanto mais ficava ali sentado com ela, porém, conversando sobre família, mais essa vontade crescia.


O restante do seu café terminou rapidamente, e ele levantou-se e colocou a xícara vazia sobre a mesa de centro. Notou que a janela da cozinha tinha uma fresta e que uma brisa gelada estava entrando.


— Você quer ficar com a janela aberta?


— Não, está emperrada — ela respondeu, voltando para a cozinha com a xícara de café ainda pela metade. — O proprietário disse que tentaria passar por aqui nesta semana para ver se consegue arrumá-la.


Para evitar que ela passasse frio e pagasse pelo aquecimento que estava escapando, Poncho puxou a janela com a mão. Mas nada aconteceu.


— Você tem uma chave de fenda?


Ela tirou uma de dentro de uma gaveta bem organizada.


— Aqui.


Não levou muito tempo para que ele resolvesse o problema.


— Devia ter um pouco de cola ou tinta presa debaixo do metal. Enquanto devolvia a chave de fenda, ele disse:


— Seu antigo apartamento devia ter uma vista maravilhosa.


— Foi por isso que comprei aquele apartamento. Sabia que era um prédio antigo, mas achei que a vista valia a pena. — Os olhos dela escureceram. — Mas nunca pensei na questão da segurança durante um incêndio.


— Mas ter uma boa vista ainda está no topo da sua lista para uma casa nova, não é? Juntamente com um quintal para um braseiro?


— As vistas não valem mais tão a pena quanto antes — ela comentou com voz tenra. — E também não tenho certeza se um braseiro seria uma boa ideia.


Apesar de toda a força que Anahí demonstrava, pela maneira que ela, tão jovem, havia passado pela perda do marido, pela capacidade de recuperar-se do incêndio em sua casa, Poncho, de repente, conseguia ver como era vulnerável.


Além de todos os outros medos que ela tentava tanto esconder.


Como se subitamente percebesse que estava permitindo que Poncho pudesse ver tão profundamente, ela agradeceu:


— Bem, obrigada por consertar a janela. E pela carona.


Ela estava certa. Ele precisava ir embora antes que a beijasse de novo.


Anahí caminhou na frente dele até a porta. Abrindo-a, ela ficou parada lá enquanto ele saía, bem perto. Muito perto.


Ele deveria ter continuado andando pelo corredor até o carro sem olhar para trás ou dizer mais nada, mas, da mesma maneira que estar no apartamento dela, colocar Summer na cama e tomar café parecia se encaixar perfeitamente, ir embora parecia ser a coisa errada a fazer.


— Diga a Summer que me diverti brincando de esconde-esconde de lanterna com ela.


Ele estava perto o suficiente para sentir o perfume dela, algo floral e suave que o fazia querer enfiar o nariz na curva de seu pescoço até descobrir exatamente qual era o cheiro.


— Pode deixar.


Aquelas palavras saíram quase entrecortadas e, pela maneira que os olhos dela olhavam para os lábios dele, Poncho sabia que a vontade dela também estava no limite.


Só um beijo. Isso era tudo o que ele queria. Tudo de que precisava.


Poncho tinha quase se convencido de que não faria mal nenhum, que ele poderia parar no só mais um, quando ela, de repente, retirou o olhar e deu um passo para trás, inspirando profundamente.


— Apenas amigos. — Ela balançou a cabeça. — Gosto muito de você, Poncho, e aquele beijo na cozinha... — Balançou de novo a cabeça. — Bem, precisamos esquecer aquele beijo. Porque concordamos que é assim que as coisas têm que ficar. Mesmo que não seja fácil, precisamos manter as coisas totalmente platônicas.


Quando terminou de lembrar todas as regras, Anahí colocou os dedos sobre a boca, como se quisesse se segurar para não ultrapassar o solado da porta entre eles e beijá-lo. O problema era que nem todo o bom senso do mundo seria capaz de negar o magnetismo que os atraía.


Tentando ser tão honesto quanto tinha sido na cozinha, depois de eles terem cedido um pouco ao desejo, ele disse:


— Quero você. E, se fosse outra pessoa, não estaria indo embora agora. — Os olhos dela se arregalaram diante da declaração sem rodeios. — Mas já conheço e gosto o bastante de você e de Summer para saber que não podemos dormir juntos.


— Não — ela respondeu rápido, ainda mais sem fôlego. — Não podemos.


Com a vontade aumentando a cada palavra que trocavam sobre o sexo quente que não teriam, ele decidiu:


— É melhor eu ir embora.


— É — ela murmurou —, você deveria ir.


Mas então, em vez de ir embora, Poncho a alcançou e puxou-a contra ele, passando as mãos sobre os lábios dela. — Um último beijo.


— Ai, meu Deus — ela resfolegou. — Só mais um.


E então os lábios deles se encontraram e ele colocou-a contra a porta aberta, empurrando-se contra o calor suave do seu corpo, tomando-a, recebendo e mergulhando cada vez mais fundo no feitiço que Anahí jogara sobre ele desde o primeiro momento em que a vira.


Ela tinha um sabor viciante, tão doce que ele não conseguia parar de ir cada vez mais fundo, de ir do lábio de baixo para o de cima, de puxá-la para tão perto até poder sentir seus mamilos pressionando contra o peito dele, apesar das camadas de roupas. Ela abriu as pernas para ele, e Poncho mexeu-se entre suas coxas, pressionando-a ainda com mais força contra a parede, e os quadris dela se mexiam sobre o membro dele, deixando-o tão excitado quanto jamais conseguia se lembrar de ter ficado em toda a sua vida.


Ali. Poderia possuí-la bem ali. Erguer a sua saia, descer o zíper de sua calça e penetrar-lhe em segundos, as pernas dela enroscadas na cintura dele.


Um barulho vindo do final do corredor dissipou a nuvem de desejo lhe encobrindo o cérebro. Ele estava ciente de que era melhor não fazer um show público de sexo com Anahí sabendo que a filha dela estava só a alguns metros de distância.


Em sincronia, afastaram-se, ambos ofegantes.


— Este foi o último — sussurrou com a voz trêmula. — Realmente o último beijo que podemos dar.


De algum modo, ele conseguiu se virar e sair andando. Entretanto, a cada passo que se distanciava dela, Poncho sentia que não beijar Anahí de novo seria a coisa mais difícil de fazer.


Anahí fechou a porta e recostou-se nela, fechando os olhos enquanto tentava processar o que acabara de acontecer. Ela levou os dedos de volta aos lábios ainda formigantes, queimando por causa dos beijos dele.


Ela não conseguia se lembrar de querer tanto alguém quanto o queria. Tinha tido alguns amantes desde que David morrera cinco anos antes, mas nenhum deles tinha deixado tanta marca em seu corpo quanto Poncho. Na verdade, de repente, percebeu que os rostos de seus antigos amantes estavam embaralhados em sua memória.


Depois de David, não aconteceu que um dia ela sentou-se e tomou a decisão de ficar longe de homens com profissões perigosas e que corriam risco de morte. Na verdade, ela nem pensava mais em homens. Tentava criar a filha com um salário, com apenas algumas horas livres para tirar o diploma de contadora.


Conforme saía do luto, percebia cada vez mais que não poderia passar por tudo aquilo de novo. Sim, ela sabia que um executivo poderia sofrer um acidente de carro e morrer. Mas era uma mulher que entendia de números e não precisava de um mestre em estatísticas para calcular que as probabilidades de uma morte repentina eram muito mais baixas para um homem atrás de uma mesa, das nove às cinco, do que para um piloto de guerra.


Ou para um bombeiro.


Mesmo assim, não conseguia fazer outra coisa a não ser pensar no jeito que ele carregara Summer do porão da casa da mãe dele e, depois, até o apartamento, um pouco depois. Tinha sido absolutamente diferente da maneira que carregara a filha para fora do prédio em chamas. Lá, ele tinha sido 100 por cento bombeiro. Esta noite, ele parecia mais um pai tomando conta da filha enquanto dormia.


As mãos dela estavam um pouco trêmulas quando trancou a porta da frente e apagou as luzes da cozinha e da sala antes de ir em direção ao banheiro para aprontar-se para dormir. Sabia que não deveria imaginar Poncho como nada além de um simples bombeiro que tinha passado dos limites. Eles não deveriam ter se beijado. Mas, já que se beijaram, tinham sido inteligentes o suficiente para parar.


Minutos mais tarde, enquanto se acomodava na enorme cama vazia, ela se recusava a deixar-se imaginar como seria ter Poncho ali com ela, com aqueles músculos fortes pressionando-a sobre o colchão enquanto ia para cima dela.


Para dentro dela.


Não, pensou, enfiando a cabeça sob o travesseiro, tentando evitar aquelas imagens fortes; não podia se permitir pensar nisso.


 



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Autor(a): livros adaptados aya

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— Mamãe, qual é o nome daquele lugar onde esquiamos no ano passado? — Summer perguntou, enquanto se sentavam com duas tigelas de cereais na manhã seguinte. — Heavenly. — Anahí gostaria de ir esquiar de novo neste ano, mas as coisas haviam sido tão loucas desde o incêndio que ainda não tivera a oportunid ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 2



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  • vaah~aya Postado em 16/02/2016 - 01:09:55

    Continuua ..

  • Beca Postado em 16/02/2016 - 00:02:21

    Posta mais


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