Fanfic: Não posso me apaixonar - AyA | Tema: AyA, Anahi e Alfonso, Ponny, Romance, Hot, Los A
Então meninas, o que estão achando?? Quem puder add o livro na biblioteca *---* beijos.
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Sair. Alfonso Herrera queria sair daquela maldita cama de hospital. Também queria arrancar o soro do braço, e estava prestes a fazer isso quando sua mãe entrou.
— Não ouse tentar tirar isso daí.
Mary Herrera já tinha vindo vê-lo mais cedo, mas desta vez voltara com dois de seus irmãos e as respectivas namoradas.
Nicole foi na frente.
— Ai, meu Deus, fiquei tão preocupada com você!
Quando a namorada pop star de Marcus ouvira que o Corpo de Bombeiros da cidade estava atravessando uma fase de cortes pesados no orçamento, teve a ideia de fazer um show para angariar fundos para eles. Mas, no final de seu show acústico beneficente, o Pelotão 5 fora chamado para um prédio de três andares na Rua Conrad.
Ela jogou os braços ao redor dele, que, de propósito, puxou-a mais para perto enquanto Marcus observava. O jeito que seu irmão balançou a cabeça indicava que sabia o que Poncho estava fazendo. Em qualquer outra situação, Marcus o teria colocado contra a parede por chegar tão perto de sua mulher, mas, evidentemente, estar preso em uma cama de hospital tinha lá suas vantagens; por exemplo, o fato de estar tão feliz ao ver o irmão vivo o fez se controlar ao ver as mãos de Poncho apoiadas bem na cintura de Nicole.
Mesmo assim, Poncho sabia que só poderia abusar até certo ponto, pois Marcus enroscou as mãos na cintura de Nicole, grunhindo: — Arranje sua própria namorada — e puxou-a de volta para ele.
Poncho entendia exatamente por que seu irmão mais velho tinha se apaixonado pela pop star: ela era não apenas bonita e talentosa, mas também tinha um coração enorme. Fazia anos que Poncho não ficava com alguém como ela, uma mulher que tivesse todas essas qualidades, alguém com quem pudesse realmente imaginar ter um relacionamento de longo prazo em vez de só algumas horas entre lençóis.
Felizmente, assim que Nicole foi puxada para trás, Chloe tomou o lugar dela nos braços de Poncho.
— Puta merda! — Chase resmungou. — Agora ele pegou a minha. Nada como ser um herói para as mulheres se jogarem em cima de você.
Estavam tão felizes por Poncho estar bem que, claramente, por ora, deixariam passar qualquer coisa.
Todos, exceto a mãe, que o olhava fixamente com olhos de águia.
— Acabei de falar com o médico e ele me informou que você ficará aqui outra noite para terem certeza de que não começou nenhuma hemorragia interna no seu cérebro.
— Ah, mãe! — ele reclamou, enquanto Chloe voltava para Chase, parecendo mais um garoto de 14 anos do que um homem de 28. — Estou me sentindo bem. — A cabeça dele doía a ponto de explodir, mas já tinha passado por ressacas tão ruins quanto isso.
— Já que tenho certeza de que a viga na cabeça lhe tirou o pouco de bom senso que tinha, vou confiar no médico. — Ele mal conseguia reprimir o gemido por estar preso em um lugar por tantas horas a fio, quando sua mãe acrescentou: — E você também.
Chase estava fazendo um bom papel fingindo que o curativo na cabeça de Poncho não era grande coisa. Marcus, porém, que tinha tomado o lugar do pai quando esse falecera mais de vinte anos antes, estava claramente preocupado.
— Como aconteceu isso, Poncho? Você sempre foi esperto, mas, pelo que pudemos ouvir dos noticiários sobre o incêndio, aquele prédio não era um lugar seguro para entrar. — A expressão de Marcus fechou-se ainda mais. — Nem perto de ser seguro.
Poncho imaginou que Marcus, oito anos mais velho do que ele, seria quem faria as perguntas sobre o que ele fizera. No entanto, apesar de o resgate ter quase terminado em tragédia, Poncho não teria feito absolutamente nada diferente. Não quando ainda conseguia ver aquela garotinha indefesa nos braços da mãe, os grandes olhos azuis dela implorando para que ele salvasse a pessoa que ela mais amava no mundo.
— O prédio estava vazio. — Era a única explicação que importava.
— Você podia ter morrido, Poncho. Ele olhou para o irmão mais velho.
— Você está certo. Eu podia. — Esperou um momento antes de dizer: — Mas ainda estou aqui.
Marcus soltou um suspiro profundo.
— Quantas vezes você vai abusar da sorte tentando bancar o herói?
— Marcus! — a mãe exclamou.
Querendo quebrar a tensão no quarto do hospital e ciente de que tudo isso era por pertencer à família de um bombeiro, Poncho tranquilizou:
— Tudo bem, mãe. Este é o jeito de Marcus mostrar que se preocupa comigo.
Felizmente, Nicole riu e ajudou a amenizar as coisas. Quando Marcus olhou para a namorada, ela basicamente sorriu para ele e comentou:
— Todo mundo sabe que você é como um desses doces duros com o recheio mole, Marcus. — Ele a olhou com uma cara feia, mas, quando ela ficou na ponta dos pés e beijou-lhe, a cara feia sumiu.
Antes que Marcus, ou alguém mais, começasse a dar bronca em Poncho novamente, ele deu um bocejo grande e alto. O dia inteiro foi um vaivém de irmãos, um depois do outro. A certa altura, até mesmo a enfermeira perguntou:
— Quantos vocês são? Meu paciente precisa descansar.
É claro que, quando Ryan flertou sem o menor pudor com a enfermeira, o efeito certeiro daquele rosto maravilhoso fez com que ela concordasse em estender as horas de visita o máximo possível para o clã Herrera.
Lendo o sinal de Poncho, a mãe começou a mandá-los sair, beijando-o no rosto antes de ir embora.
— Levarei comida à sua casa amanhã.
Ele podia se alimentar sozinho, mas sabia que o ajudando daquela forma a mãe se sentiria melhor em relação ao que acontecera, ou, mais especificamente, sobre o que quase acontecera. Ela nunca foi muito fã dos perigos inerentes ao fato de ele ser um bombeiro, mas, mesmo assim, o apoiou.
— Obrigado, mãe.
Eles saíram e Poncho fechou os olhos por alguns minutos, quando ouviu outra batida na porta. Seu capitão, Todd, entrou no quarto.
— Como está indo, Poncho?
— Bem, capitão.
Ele sentou-se mais ereto na cama e Todd balançou a cabeça.
— Está bem assim. Sei que sua cabeça deve estar doendo muito. — Ele apontou para a porta com a cabeça. — Está pronto para ver a Sra. Portilla e a filha, Summer?
Não, ele pensou, era melhor nunca mais olhar para aqueles olhos de novo.
Pensava tempo demais em Anahí e na filha dela para se confortar, não só por estar repassando o resgate, tentando analisar o que poderia ter feito diferente para tirá-las mais rápido e com mais segurança, mas porque não conseguia esquecer a força dela, o quanto Anahí tinha lutado para permanecer consciente, e o quanto tinha sido uma batalhadora em cada segundo daquela jornada angustiante para sair do apartamento em chamas.
Mesmo assim, ele compreendia que as vítimas do incêndio sentiam necessidade de agradecer aos homens que as tinham salvado, especialmente em um caso como esse, quando a morte tinha passado tão perto.
Vendo a expressão de desaprovação no rosto dele, Todd completou:
— Vou pedir a Anahí e à filha que voltem mais tarde então.
O nome combinava com ela — Poncho pegou-se novamente pensando mais do que gostaria. Anahí era bonito e forte ao mesmo tempo. Seria melhor pensar nela como a Sra. Portilla. Ainda assim, ele pensou, será que havia um marido? Se sim, onde ele esteve durante o incêndio e por que não estava ali com elas agora?
— Não — ele decidiu. — Será melhor vê-las agora.
Ela agradeceria, ele lhe diria que estava feliz em ver a filha e ela tão bem e seria isso. Não seria mais perseguido por aqueles olhos, pela força surpreendente que havia demonstrado a ele quando engatinhou no chão do apartamento e pela escadaria abaixo.
Dois minutos depois, Todd entrou de volta com a mãe e a filha. Ignorando a dor na cabeça, Poncho sentou-se mais ereto e forçou um sorriso no rosto.
E, então, os olhos dele se encontraram com os de Anahí e o sorriso dele congelou.
Meu Deus, ele pegou-se imaginando antes que pudesse colocar o pensamento de lado, ela é linda.
A última vez que vira o rosto dela fora através da névoa espessa de fumaça escura e da consciência de que qualquer movimento errado significaria a morte deles. Os olhos dela eram tão grandes e lindos como antes, o corpo tão esguio e forte como quando ele a ajudou a se arrastar pelo chão, mas agora ele conseguia ver sua meiguice, as curvas macias de seus seios e quadris dentro da camiseta e do jeans. Poncho não conseguia parar de olhar para os olhos azuis impressionantes, o cabelo escuro e sedoso caindo sobre os ombros, e o jeito da filhinha, que era uma cópia perfeita dela; a única diferença estava no cabelo, um era escuro e o outro, claro.
Ela parecia tão surpresa quanto ele e, por um bom tempo, os dois ficaram se olhando em silêncio até que a filha correu e jogou os braços em volta dele.
— Obrigada por salvar a mim e a minha mãe.
Os braços da garotinha eram tão fortes quanto os da mãe.
— De nada, Summer. Quantos anos você tem?
— Fiz 7 no sábado.
Ela brilhava para ele, e exatamente naquele momento, Poncho entregou um pedaço de seu coração àquela garotinha sem os dois dentes da frente.
— Feliz aniversário. — Ele precisava se lembrar de pedir ao Pelotão 5 que enviasse um presente a ela.
Do canto do olho, um movimento lhe chamou a atenção. Anahí estava chegando mais perto dele e, de novo, quando olhou para ela, não conseguiu tirar os olhos. Sem perceber o que estava fazendo, deu uma olhada na mão esquerda dela procurando uma aliança de casamento, mas não achou nada.
— Sr. Herrera, não consigo dizer o quanto significa para mim o que fez.
Ele quase pediu a ela que o chamasse de Poncho, mas sabia que seu nome soaria muito bem saindo daqueles lábios carnudos. Seu cérebro já estava querendo entrar na fantasia de como seria ouvi-la dizendo seu nome em circunstâncias absolutamente diferentes, sem uma criança nem o capitão no quarto... e com muito menos roupa.
Como era de se esperar, ele não conseguia tirar os olhos dos lábios dela, que se mexiam pouco a pouco. Ela cerrou os lábios enquanto esfregava rapidamente os olhos com as pontas dos dedos.
— Me desculpe — disse, com um risinho forçado. — Prometi a mim mesma que não choraria.
— Ela fica fazendo isso — Summer disse a ele em um sussurro dramático, enquanto a mãe tentava vencer a batalha contra as lágrimas.
Ele sussurrou de volta. — É perfeitamente normal.
— Precisávamos vir aqui para agradecer-lhe. — Os olhos de Anahí passaram sobre os curativos dele antes de ela acrescentar: — E para ter certeza de que estava bem.
A voz dele estava mais rouca do que o normal. — Estou bem.
— Fico tão feliz por isso.
— Como vocês duas estão? Inalaram muita fumaça. Ela deu um sorrisinho que lhe revirou as entranhas.
— Nós duas estamos bem. — Ela colocou a mão na garganta. — A médica disse que só vou ficar parecendo um sapo por mais uns dois dias.
— Precisa ver a mamãe coaxar — Summer disse a ele —, ela fica igualzinha ao sapo que temos na minha classe da escola. Faça para ele ver, mamãe.
A força do sorriso dela, a maneira que seus olhos se iluminaram e a covinha que apareceu na sua bochecha esquerda o destruíram. Ele poderia ficar bêbado com os sorrisos dela e já sentia como se tivesse sido golpeado por um deles.
Se Anahí fosse alguém que ele tivesse conhecido em um café ou em um bar, ou se fosse uma das amigas de suas irmãs — se ela fosse qualquer outra pessoa e não alguém que ele tivesse resgatado de um incêndio —, ele não só estaria tentando encontrar maneiras para ela ficar mais um pouco, como também tentaria conseguir seu telefone ou marcaria um encontro com ela.
Entretanto, a única razão de o olhar com o coração nos olhos era porque ele havia salvado a vida dela e da filha. Sabia que era melhor não se deixar levar por ela e por aquela linda garotinha.
Ele não precisou se esforçar para fechar a cara diante das lembranças do passado, do quanto fora idiota ao ignorar os limites profissionais e, estupidamente, se envolver com uma vítima de incêndio.
— Claro que ele quer ouvir — a garotinha disse e, então, quando ele permaneceu em silêncio, voltou-se para ele e continuou. — Não é mesmo?
Depois de tudo, Poncho não poderia decepcionar a garota. — Com certeza — ele finalmente disse em um tom que soava exatamente o contrário. — Por que não?
Anahí, porém, o decifrou sem a menor dificuldade, puxando a garota dos braços dele para os dela.
— Não queríamos incomodá-lo — afirmou, com uma voz defensiva.
Ele não lhes disse que não havia sido um incômodo. Era melhor acharem que tinham incomodado, assim não voltariam, assim ele não veria nenhuma das duas de novo.
Diante da rispidez dele, Anahí disse:
— Agradeço por nos deixar vê-lo hoje. — E então pegou a mão da filha puxando-a para a porta.
— Já precisamos ir mesmo? — a garotinha protestou. — Aposto que ele tem histórias muito legais sobre todas as coisas assustadoras que já fez.
Anahí virou-se de volta para ele, agora preocupada.
— Tenho certeza de que o Sr. Herrera precisa descansar, querida. — Ela forçou os lábios em um sorriso falso, fazendo-o sentir como se um peso de duzentos quilos tivesse caído sobre o peito. — Diga adeus agora, meu amor.
Summer fechou a cara, pressionando os lábios como uma miniatura perfeita da mãe. E, em vez de dizer o adeus que sua mãe recomendou, ela sugeriu:
— Acha que podemos passar qualquer dia pelo Pelotão do Corpo de Bombeiros? Você sabe, para nos mostrar as coisas?
Anahí não lhe deu a chance de responder, reprovando — Summer — com um claro aviso que fez a filha suspirar fundo, resignada.
— Adeus, Sr. Herrera.
Ele quis sorrir para a garotinha, queria que soubesse que a maneira como ele estava agindo não tinha nada a ver com ela, e tudo a ver com saber que era melhor não se deixar envolver por algo que, no final, terminaria machucando a todos.
Em vez disso, tudo o que conseguiu dizer foi:
— Adeus, Summer.
Autor(a): livros adaptados aya
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vaah~aya: Continuua .. Beca: Posta mais Post fresquinho pra voces meninas, obrigada por acompanharem. Beijos **** Dois meses depois... Anahí enrolou-se em uma toalha de banho extragrande e saiu do banheiro para se trocar. O apartamento que estavam alugando até conseguirem encontrar um lugar perfeito para co ...
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