Fanfic: Não posso me apaixonar - AyA | Tema: AyA, Anahi e Alfonso, Ponny, Romance, Hot, Los A
- vaah~aya: Continuua ..
- Beca: Posta mais
Post fresquinho pra voces meninas, obrigada por acompanharem. Beijos
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Dois meses depois...
Anahí enrolou-se em uma toalha de banho extragrande e saiu do banheiro para se trocar. O apartamento que estavam alugando até conseguirem encontrar um lugar perfeito para comprar era tão pequeno que conseguia ver a cozinha enquanto ia em direção ao quarto de casal.
— Summer, o que você está fazendo? — perguntou, tentando manter-se calma enquanto tirava farinha do rosto e do cabelo da filha, farinha que também estava toda espalhada pelo chão da cozinha.
Nos dois últimos meses, toda vez que Summer fazia algo que a deixava louca, tudo o que Anahí tinha de fazer era tentar lembrar-se do quanto sua filha parecia pequena e frágil durante o incêndio, do quanto desejou os arranhões e as enrascadas nas quais Summer sempre se metia, e as frustrações logo passavam.
Nos últimos dias, porém, parecia que Summer estava cada vez mais focada em tirá-la do sério, e o controle de Anahí estava por um fio.
— Fazendo muffins — Summer retrucou, tão alto a ponto de o apartamento do outro prédio poder saber exatamente o que estava acontecendo no 1C do outro lado da rua.
Apesar de Anahí sempre ter amado a vista das ruas de São Francisco, nunca mais moraria em outro lugar que não fosse no primeiro andar. Já tinha quase parado de ter pesadelos sobre estar presa no terceiro andar e ter de engatinhar pelos andares que pareciam sem fim, e preferia ter segurança a ter uma bela vista. Se sentisse falta da vista, bem, era algo com o que precisaria lidar e se conformar.
— OK — ela disse, devagar, enquanto apertava mais a toalha embaixo dos braços e entrava descalça na cozinha. — Mas por que isso às — ela parou para olhar no relógio do forno — seis e quinze da manhã?
As duas gostavam de acordar cedo, mas a filha não costumava ser muito produtiva tão cedo, especialmente no primeiro dia do feriado de inverno.
Summer deu-lhe um sorriso largo, aquele que sempre usava para convencer as pessoas a fazer exatamente o que queria. Anahí gostava de achar que isso não funcionava com ela. Nem sempre, enfim.
— Podemos levá-los para o Corpo de Bombeiros. — Summer alargou ainda mais o sorriso. — Para os bombeiros comerem no café da manhã.
Nas primeiras semanas após o incêndio, Summer não parava de fazer perguntas sobre o fogo, sobre os carros de bombeiros... e sobre Alfonso Herrera. Anahí respondia a todas as perguntas técnicas o melhor que podia, com a ajuda da internet e de alguns livros da biblioteca. No entanto, tinha feito o máximo para despistar as perguntas da filha com relação ao bombeiro que as salvou. Sobretudo aquelas que envolviam vê-lo novamente.
No hospital, vira a emoção sincera nos olhos dele quando Summer o abraçou. Mas, depois, ele se fechou tão repentina e completamente que ela, na verdade, ficou um pouco magoada.
Tinha consciência de que era melhor não levar para o lado pessoal, especialmente quando sabia que aquela viga lhe atingira em cheio a cabeça. E as emoções dela tinham estado à flor da pele naquele dia, borbulhando. Disse a si mesma que fora este o motivo de ficar tão chateada com o comportamento dele.
Infelizmente, Summer não fora a única a pensar nele o tempo todo. Anahí também pensava nele todos os dias, em quanto se sentia agradecida por ter feito o que fez por elas, em quanto ele fora altruísta ao arriscar a própria vida por elas. E, às vezes, tarde da noite, quando estava sozinha na cama, pensava em como ele era bonito e em quanto seus músculos eram grandes.
Não que esses pensamentos servissem para alguma coisa. Mesmo que ele não as tivesse mandado embora do quarto do hospital, ela nunca poderia ficar com um homem como ele. Não depois de ter aprendido sobre os riscos, e a dor, de estar com um homem viciado em perigo, e da maneira mais difícil de aprender essas lições.
Anahí queria um futuro com um homem que definitivamente ficasse em casa toda noite. Ela recusava-se a passar outro dia, outra noite, esperando o telefone tocar, a batida à porta com a notícia de que perdera o parceiro que esperava estar ali.
Não ajudou muito quando o Pelotão 5 enviou um presente de aniversário para Summer algumas semanas após o incêndio. Era uma bonequinha vestida de bombeiro, com maria-chiquinha amarela, um sorriso largo e um cachorrinho dálmata com uma coleira vermelha da cor do carro de bombeiros. Summer levava aquela boneca e o cachorrinho para todo lado; dormia com eles embaixo do braço, e se enroscava neles no sofá à noite. Até mesmo agora a boneca e o cachorro de pelúcia estavam lá, em pé, no balcão da cozinha.
— Tenho certeza de que já comeram bastante no café da manhã — disse à filha, com uma voz suave.
Summer limpou as mãos e pegou a bandeja para enfiar a mistura dentro do forno.
— Nada tão bom quanto muffins, eu acho.
Autor(a): livros adaptados aya
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Anahí não podia argumentar. Os muffins de chocolate, banana e mirtilo de Summer eram famosos. Era uma combinação que não deveria dar certo, mas que, no final das contas, virou um sucesso. Deus sabia que a filha não tinha puxado a ela para os dotes culinários. Não, isso vinha de David, que tinha um talento espe ...
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