Fanfic: Não posso me apaixonar - AyA | Tema: AyA, Anahi e Alfonso, Ponny, Romance, Hot, Los A
Anahí não podia argumentar. Os muffins de chocolate, banana e mirtilo de Summer eram famosos. Era uma combinação que não deveria dar certo, mas que, no final das contas, virou um sucesso. Deus sabia que a filha não tinha puxado a ela para os dotes culinários. Não, isso vinha de David, que tinha um talento especial para cozinhar. Summer se parecia tanto com o pai, em tudo, inclusive do cabelo louro-claro, que às vezes Anahí sentia que ele ainda estava vivo.
— Vamos conversar sobre isso depois que eu me vestir.
— OK, mamãe — a filha chilreou, sabendo que estava prestes a conseguir o que queria. E, realmente, Anahí pensou, com um pequeno suspiro, que não tinha mais desculpas para não irem até o quartel para dizer "olá" aos bombeiros.
Então é isso; elas deixariam os muffins, admirariam os carros brilhantes e depois iriam ao parque para passar algumas horas. Não se deixaria incomodar pela possibilidade de ver Poncho. Na verdade, ele nunca lhes dissera para chamá-lo de outra coisa a não ser de Sr. Herrera, mesmo não sendo muito mais velho do que ela. De qualquer forma, quais seriam as chances de ele estar de plantão nessa manhã? Ou mesmo de se lembrar delas?
Anahí deu uma olhada no espelho sobre a cômoda e pensou que não havia mais como ignorar as mentiras que estava acumulando, uma após a outra, nesta manhã. Só de pensar no bombeiro já sentia um nó no estômago e não havia nada que pudesse fazer a respeito disso.
Se ele estivesse de plantão, se lembraria delas, já que houve uma conexão inegável, uma faísca palpável entre os dois.
Ela afastou-se do espelho e abriu o closet. Se estivesse mentindo a si mesma ou sendo completamente honesta, uma coisa era fato: ela não tinha absolutamente nada para usar no quartel do Corpo de Bombeiros nesta manhã fria de sábado, em dezembro.
Summer foi pulando na frente de Anahí, que carregava uma travessa cheia de muffins quentes. Há quase um quarteirão de distância, Summer desapareceu para dentro das portas abertas do quartel do Corpo de Bombeiros. Anahí sabia que seu coração não deveria bater tão rápido. Sim, elas subiram uma colina, mas ela estava em boa forma por causa dos DVDs de ioga com os quais praticava todas as manhãs.
E então a filha saiu com ele e o coração de Anahí praticamente parou de bater. Os pés dela também pararam, deixando-a estranhamente estagnada na calçada, segurando os muffins, com a boca entreaberta.
Ele estava lindo na cama do hospital, com curativos na cabeça e um lençol cobrindo a maior parte do corpo. Mas agora...
Ah, agora...
Não havia palavras, pelo menos não em seu cérebro cheio de desejo, para um homem como este. Alto, moreno e atraente era pouco para descrevê-lo. Maravilhoso, lindo... cada um desses adjetivos era muito comum para aqueles ombros fortes, quadris estreitos, os olhos verdes escuros brilhantes sobressaindo-se sobre aquele maxilar quadrado e da boca carnuda e máscula.
Anahí tratou de lembrar que não poderia correr e se jogar para cima daquele homem. Sua libido dormente aproveitou-se desse momento para voltar à vida, mas isso não significava nada diante do grande escopo das coisas. Em algum momento, quando estivesse sozinha em sua enorme cama, encontraria uma maneira de saciar esse novo desejo por sexo. Mas não poderia arriscar seu coração e o da filha por um homem que talvez não vivesse para ver o dia de amanhã.
Esse pensamento trouxe-a de volta à realidade e permitiu que deixasse de lado seu constrangimento com a óbvia reação diante da beleza dele.
Desejando que seus pés se mexessem novamente, ela finalmente caminhou os poucos metros até ele, colocando os ombros para trás e o queixo para cima, assim ele não pensaria que era mais derrotada do que ela já se sentia, babando em cima dele dessa maneira.
— A Summer fez isso para vocês.
Ela lhe entregou a travessa cheia de muffins e ele sorriu para Summer. — Obrigado. — Ele ergueu a tampa e inspirou profundamente, claramente surpreso pelo cheiro bom. — Parece que isso aqui está ótimo. Os rapazes daqui vão implorar por esses muffins.
— Podem dividir porque depois eu faço mais!
Anahí sabia que as coisas iriam nessa direção; que, se cedesse e permitisse que viessem ao quartel uma vez, isso se transformaria em visitas recorrentes.
No momento em que pensava nisso, ele virou-se para ela, o rosto cuidadosamente inexpressivo. Não havia sorrisos para ela, só para sua filha. Claramente, ele não estava feliz em vê-la mais do que ela estava feliz em vê-lo.
Melhor assim. Talvez a visita devesse ser breve.
Summer puxou a manga dele.
— Obrigada pela boneca. Ela é meu presente favorito de 7 anos. O cachorrinho dela é fofo também.
O agradecimento formal fez Poncho abaixar-se até o nível dos olhos dela.
— Fico feliz. O aniversário de 7 anos é realmente muito importante.
Summer concordou. — Agora pode mostrar o carro de bombeiros e todos os botões que é preciso apertar para fazer as coisas, Sr. Herrera?
Não, a visita breve não seria breve, Anahí pensou, com um gemido que mal podia esconder. Quando viu o sorriso de volta para a filha, porém, Anahí sentiu suas entranhas se derretendo de novo, apesar das barreiras altas e fortes que havia construído para proteger-se do encanto absolutamente poderoso dele.
Há quanto tempo procurava um homem que olhasse para sua filha desse jeito? Como se achasse que o sol nascia com Summer, assim como o próprio nome indicava? Como se ela fosse importante, e não só alguma criança chata que Anahí por acaso teve com outro cara?
— Com certeza. — Ele lançou um olhar questionador a Anahí. — Se você concordar, quero dizer.
Ela estava prestes a responder quando notou uma cicatriz meio apagada na testa dele, que ia desde a sobrancelha esquerda até a linha do cabelo, e as pernas dela ficaram bambas. A testa dele estava coberta de curativos a última vez que o vira no hospital, e ela sabia que deveria ter sido a viga que o atingiu logo após terem chegado aos pés da escadaria. Ela quis dizer alguma coisa, queria agradecer- lhe de novo e pedir desculpas por colocá-lo naquela posição, mas sabia que soaria estranho e errado.
Em vez disso, ela disse:
— Claro que está tudo bem para mim. A Summer adora máquinas grandes e adora descobrir como elas funcionam, não é?
Assim como o pai dela gostava. Só que a máquina que ele escolhera fora um avião, em vez de um carro de bombeiros.
Autor(a): livros adaptados aya
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Poncho pegou a mão esticada de Summer e levou-a até o brilhante carro de bombeiros histórico, no canto do fundo do quartel. Normalmente Anahí os teria seguido, mas não tinha certeza de que estar perto dele por muito tempo seria uma boa ideia. Não quando os hormônios dela ainda estavam em pandemônio. Caminhando mais para ...
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