Fanfic: Vicious Cycle - Adaptada AyA | Tema: Ponny, AyA, RBD, Hot, Motoqueiros
Balançando as pernas no sofá de couro desgastado, Willow felizmente seguiu Dora 1 quando ela saiu para explorar. Não importa aonde o desenho ia, era sempre melhor do que o edifício degradado onde Willow vivia.
Ao som de cacos de vidro estilhaçando pelo chão da cozinha, Willow abandonou o mundo de Dora, colocou seu urso de pelúcia velho debaixo do braço e correu da sala de estar. Embora tivesse apenas cinco anos, ela sabia muito bem o que estava por vir quando ouvia as vozes iradas e coisas começavam a ser jogadas. Ela tinha aprendido a ler os sinais e, infelizmente, nunca errava. Não havia muitos lugares onde se esconder no pequeno apartamento onde ela vivia com sua mãe. Mas havia um com o qual ela sempre podia contar para enfrentar violentas tempestades.
Para outras crianças de sua idade, os recantos escuros sob a cama eram lugares assustadores. Mas para Willow, o horror conhecido que frequentemente a cercava ali embaixo era muito menos assustador que o desconhecido. Pegando sua colcha de retalhos azul e branco desbotada, ela se arrastou pelo tapete sujo para debaixo do colchão esfarrapado que tinha cheiro de fumaça e xixi. Bolas de poeira se grudavam às suas roupas, enchendo seus pulmões e dificultando sua respiração.
Uma vez que tinha se acomodado, ela fechou os olhos e se imaginou a quilômetros e quilômetros de distância. Sempre que estava com medo, ela pensava em Mamãe Anjo. No mundo de Mamãe Anjo, tudo era feliz, bonito e puro. Havia um arco-íris que atravessava o céu e castelos cheios de unicórnios. Mas a melhor parte de tudo era a própria Mamãe Anjo. Mamãe Anjo nunca bebia demais das garrafas com líquido escuro que faziam a mamãe real ficar com raiva, e depois triste. Mamãe Anjo nunca tinha namorados que gritavam com Willow ou batiam no rosto ou na bunda dela. Para Mamãe Anjo, Willow era todo o seu mundo – o único foco do seu amor e atenção. Elas podiam brincar por horas e horas, correndo ao longo da campina ou então brincando de esconde-esconde em um dos castelos do lado da colina.
A primeira vez que ela sonhou com Mamãe Anjo foi há dois anos atrás, na época do Natal. Depois que sua mamãe real tinha bebido daquelas garrafas ruins e o seu namorado tinha enfiado um agulha assustadora no seu próprio braço, eles começaram a gritar um com o outro. Encolhida no sofá, Willow tinha tentado se esconder atrás das almofadas. Quando a mamãe o namorado dela gritaram mais e mais alto, eles começaram a se puxar e empurrar. Quando a mamãe tropeçou em um dos sapatos da Willow, ela perdeu o equilíbrio e caiu sobre a pequena árvore de Natal no canto da sala. Os enfeites se quebraram e se espalharam pelo chão.
Depois a mamãe tinha gritado com Willow a jogando o sapato nela, acertando o seu rosto, e Willow tentou juntar a bagunça para a raiva da mamãe diminuir. Um anjo com uma longa túnica branca foi a única coisa que não quebrou. Ele tinha um longo e macio cabelo escuro e ela podia mexer ele como uma das suas bonecas e ele tinha também olhos azuis tranquilizadores que deram a Willow a esperança que ela tão desesperadamente precisava. Willow não tinha deixado mamãe ver que ela ficou com o anjo. E naquele mesmo dia, Willow a chamou de Mamãe Anjo e sempre mantinha o objeto perto dela.
Debaixo da cama, ela deixou sua mãe descer até o bolso do seu short, onde Mamãe Anjo esperava para lhe confortar. Willow acariciou o cabelo do bonequinho enquanto os gritos na sala de estar ficaram mais altos. Quando ela estava prestes a tapar as orelhas com as mãos, houve uma batida da porta da frente sendo empurrada e batendo com força na parede, como acontecia quando o namorado da mamãe chegava em casa irritado. Mais vozes agora. Mais gritos. Mais vidros quebrados. Era como se a sala de estar estivesse sendo destruída.
Mamãe estava implorando a alguém com uma voz que Willow não estava acostumada. Ela parecia com medo, e geralmente era Willow que estava com medo, não a mamãe. Thump, thump, thump. O corpo de Willow começou a tremer com tanta força que se ouvia seus dentes batendo. Ela tentou descobrir o que estava fazendo esse barulho. Suas mãos agora suadas subiram para limpar seu nariz escorrendo. Segurando a respiração, ela rezou para que Mamãe Anjo não deixasse o homem de botas encontrar ela. Mas quando ela estava dizendo as palavras uma e outra vez em sua cabeça, uma pessoa assustadora entrou no seu quarto. Ele foi até o armário. Roupas e brinquedos começaram a se espalhar pelo chão quando ele foi para as suas coisas, como se estivesse procurando algo em particular.
Em seguida, ele foi até sua cômoda. Uma por uma, ele as puxou e as jogou no chão. Quando uma delas caiu muito perto, ela saltou e bateu com a cabeça no colchão, o que a fez soltar um gritinho. O pequeno ruído fez o homem congelar.
O coração de Willow começou a bater descontroladamente, e ela sentiu como se não pudesse respirar. Quando ela estava tentando se esconder ainda mais debaixo da cama, o colchão que a cobria foi arrancado. Com um grito, ela olhou para um homem que era visão dos seus piores pesadelos – cabelo preto pegajoso, uma cicatriz vermelha feroz que corria pelo seu rosto e ia até o pescoço e uma viseira sobre um dos olhos. Willow apertou os olhos fechados com medo. Por favor, porfavor, me ajude, Mamãe Anjo.
Mas então o Homem Mau a puxou e a içou sobre o seu ombro. Ela mal podia respirar, muito menos gritar. Era como se sua voz tivesse se perdido no momento em que seu precioso esconderijo foi invadido. Seu corpo tremia de medo enquanto ele saía do seu quarto e entrava na sala de estar. Ele a jogou no chão como se fosse uma boneca. Quando ela finalmente parou, o Homem de Botas a puxou e a girou ao redor, de forma que ela ficou de costas para o seu peito. O braço dele estava enrolado em torno da sua cintura, prendendo-a.
Sua voz voltou momentaneamente com a visão horrível à sua frente. — Mamãe! — ela gritou. Mamãe e seu namorado, Jamey, foram amarrados com cordas nas cadeiras da cozinha. Jamey olhou para ela com a mesma irritação de sempre. Mas a mamãe não estava olhando para ela. O sangue escorria do seu nariz e da sua boca; a cabeça pendia flácida. Quando ela não respondeu, Willow chutou o Homem Grande e se contorceu para tentar fugir. — Mamãe! — ela gritou.
Ela foi recompensada com um tapa na cabeça e um no rosto. — Cala a boca, pirralha!
Embora não devesse, ela gritou de dor. Seu rosto ardia como se alguém tivesse lhe espetado repetidamente com alguma coisa pequena e afiada. As lágrimas nublaram a sua visão.
Ela pulou ao som de uma voz rouca, áspera atrás dela.
— Crank, presta atenção. Ninguém a machuca até que eu diga... entendeu?
— Sim, senhor, — respondeu Crank.
Willow virou sua cabeça, que ainda doía, para ver um homem de tamanho médio olhando para ela. O olhar que ele lhe deu a fazer tremer toda. Seus olhos negros a encaravam com puro ódio, mesmo que ela nunca o tivesse visto antes. — Você não é uma coisinha bonita, — ele disse.
Ela não se atreveu a falar, só olhou para o Homem Mau. Ele, então, mudou seu olhar dela até um dos homens que estava parado atrás da sua mamãe.
— Acorde a cadela, — ordenou o Homem Mau.
O homem agarrou o cabelo da mamãe e puxou sua cabeça para cima. Ela gritou, seus olhos piscando furiosamente. Quando encontrou o olhar de Willow, ela puxou uma respiração afiada. — Deixe ela fora disso. Ela não tem nada a ver com os meus negócios, — disse ela em um sussurro aflito.
— Ah, mas você vê, ela é uma parte de vocês dois, então ela é meunegócio. Como que você resolveu ser espiã dos federais e foder com o meu negócio, eu vou foder com o seu. — Sem tirar os olhos da sua mãe, ele deu um passo mais perto de Willow. — Acho que é hora da sua filha aprender o que acontece quando você é um agente-duplo. — O Homem Mau acenou com uma faca de prata brilhante na frente do rosto de Willow. Quando a lâmina foi pressionada contra o pescoço dela, medo a esmagou, fazendo líquido quente escorrer pelas suas pernas.
O Homem de Botas, que tinha segurado Willow, a puxou para longe da lâmina para lhe sacudir com tanta força que seus dentes batiam. — Essa putinha acabou de mijar em cima de mim! — ele exclamou.
O Homem Mau estreitou os olhos. — Não seja um viadinho, Crank. Agora segura ela, porra. Me ouviu? — Crank resmungou, mas manteve os braços apertados em torno de Willow. O Homem Mau olhou para mamãe e Jamey antes de mais uma vez colocar a lâmina no pescoço de Willow. — Agora nós vamos tentar de novo, ok? Se você não nos disser onde está a porra da remessa, eu vou começar a cortar os pedaços da sua criança!
Jamey rolou os olhos e bufou com desdém – o mesmo que ele fazia sempre que ela tentava falar com ele sobre bonecas ou seus programas de televisão favoritos. — Vá em frente e corte a garganta da fedelha. Eu não dou a mínima.
As sobrancelhas do Homem Mau se levantaram em surpresa. — Você está brincando comigo? Porque eu vou machucar essa merdinha pra valer.
— Você ouviu bem. Eu não dou a mínima se você derramar o sangue dela por todo o chão, porque ela não é minha.
— Se ela não é sua, de quem ela é filha?
— Ela é do filho da puta do Herrera.
O Homem Mau assobiou com a menção do nome. — Que Herrera?
— Jamey, não, — mamãe protestou, parecendo assustada. Por toda sua pequena vida, Willow se perguntou o nome do seu pai. Sempre que ela perguntava, mamãe o chamava por nomes feios. Ela nunca tinha visto uma foto dele. Agora parecia que mamãe estava escondendo quem era seu pai porque estava com medo. Willow não podia deixar de se perguntar se o pai dela era tão ruim quanto esses homens.
— Fecha essa boca, cadela, — o Homem Mau rosnou. Ele então apontou com o queixo na direção de Jamey. — Me diga a que Herrera essa pirralha pertence.
— Ela é filha de Alfonso.
Um nome. Willow tinha finalmente escutado o nome do seu pai. Por alguma razão, ouvir isso a fez sentir como se o conhecesse. Sua felicidade foi passageira, no entanto. Ouvir o nome dele pareceu fazer o Homem Mau muito feliz, e Willow imaginou que isso não podia ser bom. Um sorriso curvou seus lábios. — Bem, então. Isso certamente muda as coisas, não é?
A faca foi retirada da garganta de Willow. Quando ele se aproximou dela, Willow se encolheu contra o Homem de Botas. — Este é o seu dia de sorte, menina. Deixar que você vá embora agora vai servir muito melhor aos meus planos de longo prazo. — O Homem Mau levantou as sobrancelhas e olhou para ela. Suas mãos ásperas cobriram o queixo dela, inclinando sua cabeça para que ele pudesse olhá-la de vários ângulos. — Não acredito que não percebi isso antes. Você é a cara daquele filho da puta.
Mamãe se inclinou para frente em sua cadeira. — Basta a deixar ir, ok? Usar ela não vai fazer nenhum bem. Alfonso não sabe que ela é sua. Eu o deixei antes de contar. Ele não gosta de crianças e não vai dar a mínima para ela.
O homem fez um tsc para as palavras da mamãe. — Ele pode não se importar agora, mas eu vou dar um tempo a ele. Mesmo que ele não queira ela, aposto que seu irmão Rev vai. E eu vou usar qualquer vantagem que puder contra Alfonso e seus irmãos. — Ele fez um gesto para Crank. — Solte ela.
Willow se encheu de alívio quando sentiu o chão sob seus pés novamente. O Homem Mau se agachou ao seu lado. — Eu quero que você me escute, e escute bem. Você não vai contar a ninguém o que viu aqui esta noite, entendeu?
Embora Willow tenha balançado a cabeça furiosamente para mostrar que entendia, isso não pareceu satisfazer o Homem Mau. Ele se inclinou até que ela podia sentir sua respiração quente contra sua bochecha. — Se você disser a porra de uma palavra a alguém sobre mim ou sobre o que você viu, eu vou atrás de você no meio da noite e arrancar o seu coração. Entendeu?
Além dos momentos em que passava com Dora a Exploradora e com Mamãe Anjo, Willow passava muito tempo com medo. Mas até agora ela nunca tinha experimentado um tão intenso. Os tremores pareciam tomar cada parte do seu corpo. Embora estremecesse da cabeça aos pés, não conseguia se obrigar a responder.
Mas de alguma forma o Homem Mau pareceu satisfeito com a sua reação. Voltando-se para mamãe, ele disse — Existe algum lugar para onde ela possa ir?
As lágrimas escorriam pelo rosto da mamãe. — Sim. Ela fica com a senhora que mora no final do corredor.
O medo de Willow se dissipou um pouco ao se lembrar da Sra. Martinez, cujo caloroso e acolhedor apartamento havia lhe abrigado quando mamãe estava fora com Jamey ou no trabalho. A Sra. Martinez sempre preparava algo para Willow comer, e até mesmo deixava que ela ajudasse a cozinhar. Ela também deixava que Willow a chamasse de Mama Mari, e era quase como ter uma avó, como seus amigos da escola tinham.
— Certo. Ela vai para o apartamento no fundo do corredor e nós vamos terminar aqui.
— E-eu p-posso ao menos me despedir? — mamãe perguntou, seu peito subindo e descendo com os soluços. Ver mamãe chorar fez Willow chorar também.
— Rápido, — o Homem Mau respondeu, empurrando Willow para a cadeira onde mamãe soluçava.
Subindo da melhor maneira que conseguiu no colo da mamãe, Willow enterrou a cabeça no seu pescoço. Ainda travada pelo medo, ela não conseguia fazer seus lábios se mexerem para dizer as palavras que estavam gritando em sua mente. Não importava que a mamãe fosse louca e má, Willow sempre a amou. Ela não queria mais nada do que ser abraçada e beijada pela sua mamãe, mas ela raramente conseguia o isso.
— Eu te amo, Willow. Você vai ser uma boa menina para a Sra. Martinez. Ela vai te levar para o seu pai. Seja boa para ele, ok? — Willow assentiu. Mamãe começou a chorar ainda mais. — Me desculpe, eu fui uma mãe ruim, baby. Espero que você tenha uma melhor agora.
Willow recuou para olhar nos olhos da mamãe. O que ela quis dizer com ―uma mamãe melhor"? Ela estava indo a algum lugar? Se Willow ia viver com o pai dela, isso queria dizer que ela nunca iria ver a mamãe de novo? Isso a fez chorar e sua barriga apertar. — Eu te amo, mamãe, — ela sussurrou, finalmente encontrando as palavras que tão desesperadamente queria dizer.
— Eu também te amo, Willow.
— Certo. Já foi o bastante dessa porcaria sentimental. Crank, leve a criança para o final do corredor. Diga a mulher para dar o fora do prédio pelas próximas horas se ela sabe o que é bom para ela.
O Homem de Botas respondeu agarrando Willow novamente e marchando até a porta. Quando Willow olhou por cima do ombro, o Homem Mau estava se aproximando da mamãe. Assim que eles estavam saindo do apartamento, a faca do Homem Mau foi para a garganta da mamãe. Mamãe olhou para Willow. — Eu amo v... — suas palavras foram cortadas quando a faca deslizou sobre o seu pescoço
A boca de Willow abriu em um grito, mas nada saiu. Por mais que tentasse fechar os olhos para esconder a visão do sangue vermelho que escorria do pescoço de sua mamãe, ela não podia. A última coisa que ela viu antes de ser tirada do apartamento foi o Homem Mau levando os dedos aos lábios para lembra-la de ficar quieta.
Willow sabia que ela nunca iria contar nada. Ela nunca, nunca mais queria ver o Homem Mau. Não importava o que foi feito com ela, ela nunca contaria.
Autor(a): livros adaptados aya
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Comentários da Fanfic 5
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nj_ Postado em 14/02/2017 - 23:29:04
Pelo amor de Deus moça, continuaaaaa
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tinkerany Postado em 26/11/2016 - 08:40:21
continua!!
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annykiss Postado em 07/06/2016 - 16:49:43
Toh Adorando... Continua •-• :»
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tatianaportilla106 Postado em 20/02/2016 - 02:03:11
Continua ♡
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tatianaportilla106 Postado em 20/02/2016 - 02:02:39
Boa Fic