Fanfics Brasil - Alfonso Vicious Cycle - Adaptada AyA

Fanfic: Vicious Cycle - Adaptada AyA | Tema: Ponny, AyA, RBD, Hot, Motoqueiros


Capítulo: Alfonso

14 visualizações Denunciar


Tendo crescido nas ruas, eu tinha me endurecido ao ponto que a morte de um homem poderia ser afastada da memória da mesma forma que nos livramos de uma mosca irritante na frente do rosto. Quanto mais rápido você ficasse insensível, melhor. Eu tinha testemunhado todos os tipos de cenas feias de mortes – cenas de tortura com corpos abertos como cadáveres nas mesas do necrotério da faculdade de medicina, a carne carbonizada e enegrecida dos corpos queimados, a cruz ainda ao redor do pescoço de uma cabeça decapitada que tinha sido arrancada por um carro-bomba.


Mas não importa o quão duro você trabalhasse para ser frio, nada se comparava à morte de alguém que você ama, do seu salvador. Essas emoções que você enterra no fundo do caralho da terra vêm estourando para fora da sua sepultura, como a Segunda Vinda. E de certa forma é – é o Armageddon da sua alma. Como se o tormento emocional fossem garras na sua pele, você deseja a sua própria morte. Qualquer coisa seria melhor que deixar a agonia te consumir. Você só poderia encontrar paz trocando de lugares – a vida dele pela sua. Mas em vez disso, você encontrará uma imortalidade emocional que te coloca em um inferno particular na Terra.


Quase três anos se passaram desde a noite que tínhamos perdido Preacher Man. Eu tentei colocado o máximo de espaço e distância que pude entre mim e as memórias que me assombravam na calada da noite, que me acordavam em um ataque de gritos e lençóis arranhados. Mas só de ouvir o nome dos Nordic Knights me lançou de volta para aquela noite. Como se fosse um filme se repetindo, assisti o corpo de Preacher Man se contorcer quando as balas entraram no seu peito e estômago. Eu tinha conseguido chegar ao seu lado apenas a tempo de agarrar o seu corpo antes dele bater no chão sujo.


Eu balancei a cabeça para tentar me livrar das lembranças. Mas não importa o quanto eu tentasse, o cheiro áspero, metálico de sangue entrou no meu nariz. Minhas mãos apertadas sobre os braços da cadeira – meus músculos estavam esticados e pesavam o mesmo que naquela noite. Como um relâmpago cortando o céu da noite, eu estava mais uma vez naquele beco, vendo meu pai morrer diante dos meus olhos.


Eu tinha lutado para manter o domínio sobre ele, enquanto o sangue, misturado com pedaços de carne e intestino, o deixavam escorregadio. Cada vez que eu tentava segurá-lo melhor, ele gritava de dor. Finalmente nós caímos no pavimento juntos. Me balançando, eu mexi os joelhos de força que sua cabeça estivesse descansando no meu colo. Tentando canalizar meu medo, eu foquei nos olhos de Preach. A aceitação em seu olhar me disse que a morte estava perto. Todas as palavras de gratidão e amor que eu queria expressar não saíram da minha boca, não importava o quanto eu tentasse falar.


Como se sentisse minha angústia, Preacher Man trouxe uma trêmula mão encharcada de sangue até a minha bochecha. — Eu sei, filho, — ele chiou. E então ele disse algo em seu último suspiro que eu ainda desejava entender. — Os anjos... anjos bonitos de cabelo escuro estão vindo para você. Eles são a sua única salvação.


Com os olhos fixos no céu acima de nós, ele exalou um suspiro longo e doloroso. E então ele se foi. A realização iluminou cada molécula do meu corpo em chamas, com se o interruptor de uma cadeira elétrica tivesse sido ligado. Me atirei no pavimento com meus braços e pernas se contorcendo de raiva e ressentimento. Quando me lancei para o homem que tirou a vida do meu pai, o cano de uma arma encontrou o meu rosto.


— O meu problema era com o seu pai. Assuntos não resolvidos do ano passado. Você pode viver. Por essa noite, pelo menos.


— Você pode muito bem acabar comigo agora, filho da puta. Porque se você me deixar ir embora, vou fazer chover a porra de uma tempestade de fogo em cima de você!


Um sorriso se enrolou em seus lábios. — Eu adoraria ver você tentar. Quando a manhã chegar e a palavra de que eu derrubei Preacher Man sem nem uma luta se espalhar, você e seus Raiders não terão a porra de um aliado sequer em qualquer lugar. Eu e os cavaleiros vamos derrubar vocês.


Quando eu investi contra ele, o cano da arma acertou a minha bochecha, quebrando meu nariz. Enquanto as lágrimas cegavam minha visão e sangue escorria pelo meu rosto, fui forçado a assistir Sigel cuspir no corpo de Preacher Man.


Mas o que Sigel não poderia ter imaginado, nem nenhum de nós Raiders, foi que Preacher Man tinha estado dois passos à frente dele. Todos os nossos aliados se mantiveram firmes, devido às ofertas de paz de última hora que Preacher Man tinha feito. A maioria dessas ofertas incluía cobrar um favor de um policial de Atlanta – um policial meio desonesto que estava disposto a falsificar um mandado que levou a força-tarefa antidrogas diretamente até a porta de Sigel. 


Com isso, ele ficaria atrás das grades por, pelo menos, de cinco a dez anos, e eu seria forçado a guardar o meu plano de vingança. Claro, eu poderia ter colocado um preço pela cabeça de Sigel para que acabassem com ele na prisão. Mas eu queria justiça completa, olho por olho, o sangue dele nas minhas mãos.


Ao esconder seus arranjos, Preacher Man tinha ido contra todas as regras que forçaram uma votação pelos oficiais. Como um cordeiro indo em sacrifício ao matadouro, ele tinha trabalhado abnegadamente para garantir a segurança do clube, mesmo que o tempo todo soubesse que isso ia lhe custar a vida. No fundo, eu sabia que ele tinha instigado a prisão de Sigel para me impedir de ir atrás de qualquer vingança que viria de sua morte provável. Ele deve ter temido que eu fosse morto ou preso e queria me proteger. Ele nunca teria imaginado o meu próximo passo.


 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): livros adaptados aya

Este autor(a) escreve mais 4 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

— Alfonso, — uma voz chamou, me empurrando para fora do passado e de volta para o presente. — O quê? — eu resmunguei. Olhando para as minhas mãos, eu pensei em um filme que Rev tinha me feito assistir. Alguma merda de Shakespeare que me fez dormir no ensino médio. Como a garota perturbada, eu esfreguei minhas mãos furiosame ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 5



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • nj_ Postado em 14/02/2017 - 23:29:04

    Pelo amor de Deus moça, continuaaaaa

  • tinkerany Postado em 26/11/2016 - 08:40:21

    continua!!

  • annykiss Postado em 07/06/2016 - 16:49:43

    Toh Adorando... Continua •-• :»

  • tatianaportilla106 Postado em 20/02/2016 - 02:03:11

    Continua ♡

  • tatianaportilla106 Postado em 20/02/2016 - 02:02:39

    Boa Fic


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




Nossas redes sociais