Fanfics Brasil - Anahí Vicious Cycle - Adaptada AyA

Fanfic: Vicious Cycle - Adaptada AyA | Tema: Ponny, AyA, RBD, Hot, Motoqueiros


Capítulo: Anahí

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QUATRO MESES DEPOIS


— Ok, crianças. Hora de sentarem nos seus lugares, — eu falei acima do zumbindo da sala. Meus saltos clicavam no chão enquanto andava para fechar a porta da minha sala de aula. Esse foi o sinal necessário para alguns dos meus retardatários fossem para suas mesas. Eu sorri enquanto eles pulavam em suas cadeiras, ansiosos para ver o que o dia tinha guardado para eles.


Eu estava com o jardim de infância da Buffington Elementary há cinco anos. No meu primeiro ano eu era apenas um bebê de vinte e dois anos. Felizmente para mim, o diretor tinha total confiança de que eu poderia lidar com uma classe cheia de crianças de cinco e seis anos.


 


Quando criança, eu brincava de escolinha com minhas bonecas e bichos de pelúcia, e por muitos anos eu quis ser professora. Mas então eu cresci, meus desejos mudaram e eu pensei em seguir outras carreiras. No fim das contas, os acontecimentos na minha vida, especialmente a morte dos meus pais, me fez mudar de ideia. Eu queria uma profissão honrosa, onde eu sentisse que poderia fazer a diferença, então segui os passos deles na educação. Enquanto meu pai tinha sido professor de matemática do ensino médio, minha mãe também tinha trabalhado com as turmas do jardim de infância. Eles tinham passado a vida ensinando mentes jovens, e eu senti que minha escolha de carreira honraria suas memórias.


 


Mais uma vez voltei minha atenção para o meu grupo de estudantes ansiosos. 


— Tudo bem. Vamos ver quem está aqui hoje, e depois vamos para o tapete para a hora do calendário.


 


Quando eu comecei a fazer a chamada, meus olhos caíram sobre uma cadeira vazia. Uma dor atravessou meu peito com a visão. Era o quarto dia que Willow Herrera tinha faltado. O protocolo ditava que deveríamos ligar para a casa do aluno após a terceira falta consecutiva, mas quando eu tentei, no dia anterior, recebi uma mensagem que o número estava fora de serviço. Embora eu amasse cada um dos meus pequenos alunos da mesma forma, havia algo especial em Willow. Percebi que no momento que a conheci, ela tinha roubado o meu coração.


 


Foi um dia antes do início das aulas. O Meet & Greet tinha acabado de terminar. Depois de falar com uma enorme quantidade de novos estudantes ansiosos, e pais igualmente ansiosos, eu tinha desmoronado na minha mesa, esfregando os pés que doíam por causa dos saltos com os quais eu os tinha torturado. Depois de jogar a cabeça para trás em êxtase pela maravilha que era aquela massagem, abri meus olhos para ver uma menina de cabelos escuros em pé ao lado da minha mesa. Eu dei um pulo tão grande que quase caí da cadeira.


 


Um embaraço quente correu pelo meu rosto porque ela tinha me visto em uma situação tão idiota. Tentando me recompor, limpei minhas mãos na saia e estendi uma para ela. — Bem, olá. Meu nome é Srta. Puente e eu realmente gosto de massagem nos pés e odeio usar saltos altos. Qual o seu nome?


 


A menina não respondeu. Em vez disso ela simplesmente continuou olhando para mim. Havia um reconhecimento em seus olhos que não fazia sentido, considerando que eu nunca tinha a visto antes. — Eu não te conheci mais cedo. Você está em outra classe este ano? Você vai se divertir muito no jardim de infância.


 


Eu ainda não recebi uma resposta dela. Comecei a me perguntar se talvez ela estava do autismo não-verbal. Em seguida, uma voz de mulher em pânico ecoou pelo corredor vazio. — Willow? Willow, cadê você?


 


Eu tinha o palpite de que a menina era a Willow desaparecida, então rapidamente chamei, — Ela está aqui.


 


Em poucos segundos uma mulher mais velha e bonita, com um cabelo grisalho, entrou correndo na sala. — Aí está você! Eu quase morri de susto! — ela gritou.


 


 


Willow apenas olhou para ela momentaneamente antes de voltar para mim. Ela contornou a mesa e parou ao meu lado. Eu não pude impedir minha boca aberta quando ela casualmente subiu no meu colo. Uma de suas mãozinhas subiu para tocar os fios do meu cabelo. Olhando para ela, sorri. Para mim surpresa, ela sorriu para mim.


 


Quando eu olhei para a mulher, que devia ser sua avó, havia lágrimas brilhando em seus olhos. 


— Eu... eu sinto muito. Eu simplesmente nunca a vi reagir assim com alguém de fora do nosso mundo.


 


— Está tudo bem. Sinto muito que ela lhe deu um susto. Nós estávamos apenas começando a nos conhecer.


 


A mulher assentiu com a cabeça. — Eu tive problemas com o carro, então chegamos atrasadas para o Meet & Greet. Eu estava do outro lado do corredor, conversando com a sua professora e, quando me virei, ela tinha sumido.


 


Eu estendi a mão que não estava acariciando a cabeça de Willow. — Eu sou Anahí Puente.


 


— Elizabeth Herrera. Eu sou a avó de Willow.


 


 


— Prazer em conhecê-la.


 


 


Estendendo a mão, Elizabeth disse: — Vamos lá, Willow. A Sra. Gregson está animada para te conhecer.


 


 


Willow se enterrou mais fundo no meu colo, me dando a impressão de que ela ia ficar comigo por um tempo. Pela primeira vez, notei que ela estava segurando algo na mão. — O que é isso? — eu perguntei, apontando para o que parecia ser uma boneca pequena.


 


Lentamente, Willow abriu a mão, e eu vi que era realmente um pequeno anjo de Natal. — Oh, o que é uma boneca bonita.


 


Meu elogio trouxe um sorriso ao rosto de Willow. — Você se parece com ela... você se parece com a Mamãe Anjo, — ela sussurrou.


 


— Ora, muito obrigada. — Olhando para baixo para a boneca, eu tentei imaginar as semelhanças. Nós duas tínhamos o cabelo longo e escuro, e nós duas estávamos usando um vestido branco. Com um sorriso, eu disse: — Você está certa. Eu pareço com ela.


 


Um grito estrangulado veio de Elizabeth. Quando olhei para cima, ela estava apertando sua garganta. — Ela não falou em quatro meses, não comigo, nem com o pai dela. Nem com ninguém, desde que a sua mãe... — Ela olhou para Willow e nervosamente se mexeu em seus pés. — Desde que sua mãe morreu.


 


Pisquei os olhos em descrença quando uma enxurrada de lembranças dolorosas tremulou pela minha mente. O rosto de Charlie, meu irmão mais novo, apareceu diante de mim. Eu tinha dezessete anos quando meus pais morreram em um acidente de carro em um gelado dia de dezembro. Charlie tinha dez anos – o único sobrevivente do acidente. O choque de perder nossos pais, além de ter ficado preso no carro por horas, o deixou catatônico por seis meses. Mesmo depois de termos ido morar com meus tios – as duas pessoas mais maravilhosas do mundo – Charlie não se recuperou. Durante meses ele permaneceu trancado em um mundo próprio. E então, um dia, ele lentamente começou a voltar. Agora ele tinha vinte anos e fazia muita festa na faculdade.


 


Quando olhei para o rosto de Willow, não pude deixar de pensar em Charlie. Se ele não tivesse sido rodeado de amor e cuidado das pessoas, não sei o que teria acontecido com ele. Embora fosse estranho e eu não entendia a razão, Willow tinha uma ligação comigo. Como ela já tinha passado por muito, eu odiaria quebrar esse vínculo.


 


Eu sorri para Willow. — Você sabe, eu tenho uma vaga sobrando na minha classe. O que você acharia de ir até o escritório e ver se poderia ser transferida para minha turma?


 


Os olhos escuros de Willow se iluminaram com o que parecia prazer absoluto. Ela olhou por cima do ombro para Elizabeth com uma expressão de súplica. Depois de limpar as lágrimas de seus olhos, Elizabeth perguntou, — Não vai causar muitos problemas fazer isso?


 


— Não. Não, problema nenhum. Só deve demorar alguns segundos para alterar a turma no computador.


Com um sorriso, Elizabeth disse: — Eu acho que seria uma ideia maravilhosa.


 Desde aquele dia, Willow tinha ficado grudada em mim sempre que ela estava na escola. Por mais que eu tentasse, não conseguia convencê-la a fazer amizade com qualquer um dos outros alunos. A maioria das meninas a excluíam pelo fato que ela raramente falava. Então ao invés de tagarelar com elas, Willow gostava de ficar comigo durante o intervalo, e às vezes se recusava a ir ao ginásio ou à aula de artes. Eu nunca a forçava. Em vez disso, apenas seguia com minha rotina normal no meu tempo de folga, enquanto Willow observava.


 


Alguns professores podiam ter tratado ela de forma diferente e se recusado a lhe dar qualquer atenção especial. Mas o meu próprio passado trágico me fez simpatizar com Willow e a sua situação.


 



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Autor(a): livros adaptados aya

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 5



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  • nj_ Postado em 14/02/2017 - 23:29:04

    Pelo amor de Deus moça, continuaaaaa

  • tinkerany Postado em 26/11/2016 - 08:40:21

    continua!!

  • annykiss Postado em 07/06/2016 - 16:49:43

    Toh Adorando... Continua •-• :»

  • tatianaportilla106 Postado em 20/02/2016 - 02:03:11

    Continua ♡

  • tatianaportilla106 Postado em 20/02/2016 - 02:02:39

    Boa Fic


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