Fanfics Brasil - Oh, Alexandre, você está dormindo ou o quê? Noite de Prazer

Fanfic: Noite de Prazer | Tema: gn


Capítulo: Oh, Alexandre, você está dormindo ou o quê?

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Alexandre estudou as cartas em sua mão. Estava sem sorte na_quela noite. Não era para menos. Seus pensamentos vagava bem longe e ele não conseguia concentrar-se no jogo de pôquer.


— Oh, Alexandre, você está dormindo ou o quê?


Ele olhou para o primo Adrian, o noivo feliz, às vésperas do casamento. Como ditava a recente tradição, os homens da família Nero e os amigos do noivo encontravam-se reunidos na sala do primeiro andar do Nick' s Sports Bar para comemorar a despedida de solteiro de Adrian. Dentro de duas semanas, Adrian Nero seria um homem casado, conquistado por Chayse Douglas, a única mulher que conseguira domar seu tempera_mento irrequieto.


Para Alexandre, as partidas de pôquer estavam sendo um fracasso. Já perdera cinqüenta dólares, e era um homem que sabia quan_do cortar os prejuízos antes de enterrar-se ainda mais. De re_pente, comparou aquele jogo com seu relacionamento com Giovanna. Por que estava se desgastando tanto pensando nela? O bom senso aconselhava-o a admitir a derrota e a começar uma nova fase da vida sem problemas, sem complicações, mesmo não sendo nada fácil recomeçar.


Suspirando, colocou as cartas na mesa e ergueu as mãos num gesto de rendição.


— Este jogo está ficando caro demais para o meu gosto. Estou fora.


Os demais componentes da mesa começaram com brinca_deiras e piadas, como sempre acontecia quando alguém aban_donava o jogo. Alexandre riu e aceitou as brincadeiras com bom humor. Em vez de participar dos jogos de bilhar ou dardos, ele se aproximou da mesa de comida. Serviu-se de alguns pedaços de pizza, de uma garrafa de cerveja gelada e sentou-se ao lado de Eric, que se deliciava com um prato de petiscos.


— Mais um que entrega os pontos, hein? — Eric perguntou. Alexandre abriu a garrafa de cerveja.


— Você está falando de nós dois com o jogo de pôquer ou de Adrian com Chayse?


Eric riu, os olhos azuis brilhando divertidos.


— Este foi um ano louco para mim e meus dois irmãos. Afinal, nós três fomos laçados!


— É verdade. — Alexandre comeu um pedaço de pizza, depois tomou um gole de cerveja. — Aliás, isso está criando um clima de cobrança para mim, Joel e Alex.


— Como assim?


Alexandre lembrou-se dos comentários da madrasta durante um churrasco na casa dos pais.


— Amélia almoçou com sua mãe num dia destes, e tia Ân_gela falou dos planos para o casamento de Adrian e da expec_tativa do nascimento dos dois netos. Agora, Amélia fica jogan_do indiretas, insinuando que ficaria feliz se a nossa família aumentasse também.


— Tudo acontece na hora certa — disse Eric, lambendo os dedos.


Infelizmente, Alex não conseguia convencer Dana, sua na_morada, de que eles tinham nascido um para o outro. Alexandre ainda estava tentando registrar sua conversa com Giovanna e tudo que descobrira sobre ela, sobretudo o episódio que tanto a trau_matizara.


Ele ficara estarrecido com a história da chantagem. Ao contrário de outras ocasiões em que se esquivara de qualquer dis_cussão a respeito de sua vida, Giovanna abrira-se completamente, demonstrando total confiança nele.


A atitude de Giovanna surpreendera-o e acabara permitindo que a mágoa e a ansiedade estampadas nos olhos dela derrubassem as barreiras que Alexandre erguera ao descobrir quem era realmente Apenas Giovanna. Apesar de ter sido enganado, ele compreendia os motivos de Giovanna ter escondido sua identidade.


Passado o momento de fúria, e depois de alguns dias refle_tindo sobre tudo que descobrira, Alexandre sentia que devia fazer alguma coisa por eles, se é que havia alguma coisa para ser feita.


— Não sei se Amélia pode esperar muito de Joel e Carol — Alexandre brincou, terminando de comer o segundo pedaço de pizza e limpando as mãos no guardanapo. — Joel ama todas as mulheres, e não consigo imaginá-lo com uma mulher só pelo resto da vida. Quanto a Carol, bem, todos sabemos que poucos homens saberiam lidar com uma mulher tão volunta_riosa como minha irmã.


Instintivamente, os olhares de ambos fixaram-se em Cameron Sinclair, que estava jogando uma partida de dardos com Steve.


Eric falou primeiro, adivinhando os pensamentos de Alexandre.


— Nós dois sabemos que só existe um homem capaz de domar Carol sem lhe ferir o orgulho e o espírito.


— Sim, só que nenhum deles admite nada que diga respeito ao outro. — Steve recostou-se na cadeira. — Se eles tiverem realmente que ficar juntos, o destino vai ter de dar um empurrãozinho para as coisas acontecerem.


— Dizem que o destino age de maneiras misteriosas, por_tanto não vamos descartar a possibilidade. — Eric brindou com a garrafa de cerveja antes de tomar um gole.


O telefone celular de Eric tocou e ele apressou-se em atender.


— Sim, querida. Está tudo bem com você, Jill? Alheio à conversa entre Eric e a esposa, Alexandre terminou de beber sua cerveja e casualmente olhou em direção à mesa de bilhar.


Ele não estava preparado para reviver as lembranças e as imagens vivas dos momentos que passara com Giovanna naquela mesma sala. Lembrou-se do riso e da descontração com que ela o desafiara para uma partida de bilhar e de coma tinham se divertido juntos.


Steve aproximou-se e colocou outra garrafa de cerveja na frente de Alexandre. Grato pela chegada do primo, interrompendo-lhe os pensamentos tristes, Alexandre sorriu, e Steve sentou-se numa cadeira vaga ao lado dele.


— Estou com cara de quem precisava de outra bebida? — Alexandre perguntou.


Steve perscrutou-o, enxergando-o com olhos de um homem acostumado a ler a alma das pessoas.


— Alguma coisa me diz que você pode beber mais uma ou duas.


— Você sabe que esta semana foi difícil.


Steve cruzou os braços sobre a mesa e concordou com um gesto de cabeça. Ele olhou rapidamente para o irmão ainda ao telefone com Jill, e depois de novo para Alexandre.


— Como foi com Giovanna St. Antonelli, ou prefere não falar sobre isso?


Desde que o primo estava a par de tudo, Alexandre não via pro_blemas de discutir o assunto com ele. Na verdade, até apreciava ter alguém que o ouvisse, depois de haver sofrido em silêncio por tanto tempo.


Resumiu a conversa que tivera com Giovanna, não escondendo o episódio da chantagem. Revelou também o conflito de emo_ções que estava enfrentando por conta da situação em si e por Giovanna também.


Depois de ouvir em silêncio, Steve bebeu um longo gole de cerveja, aparentemente absorvendo as palavras de Alexandre. Quan_do olhou de novo para o primo, seu olhar era caloroso, astuto e direto como ele mesmo.


— Diga-me uma coisa, Alexandre. Essa Giovanna St. Antonelli é uma mulher pela qual vale a pena lutar?


Alexandre não estava preparado para aquela pergunta e nem para a resposta imediata que surgiu em sua mente. Sim. Havia mui_tas qualidades que ele apreciava em Giovanna, muitas razões para querê-la em sua vida. Mas lutar por ela não era tão fácil, so_bretudo se Giovanna não queria ser disputada.


Principalmente se acreditava que ele não combinava com a vida dela. Alexandre expressou suas dúvidas e preocupações para Steve.


— Claro que eu gostaria de ter a chance de ver como as coisas transcorreriam com Giovanna, agora que não existem mais segredos entre nós. Provavelmente, eu encontraria resistência por parte dela se tentasse reconquistá-la.


— Bem, por tudo que você me contou, o seu relacionamento com Giovanna começou apenas como uma atração física, mas que gradualmente foi se transformando em algo mais profundo. Agora que tudo foi esclarecido, talvez vocês devam recomeçar tendo como base o romance e a confiança.


— Está falando por experiência própria? — O tom era de zombaria, mas Alexandre não dispensava o conselho do primo.


— Talvez sim. As mulheres são criaturas complicadas e emocionais, e muitas vezes precisam ser tratadas com delica_deza. Tudo vai depender de você achar ou não que ela merece seu tempo e esforço.


De novo, Alexandre não precisou pensar muito para responder.


— Giovanna merece.


— Como ela pretende se mudar para San Francisco, acho que você tem poucas semanas para cultivar um relacionamento verdadeiro e esperar para ver o que acontece.


A conversa foi interrompida por gritos, protestos, risos e urros vindos da mesa de pôquer. Adrian comemorava sua vi_tória e reclamava as fichas acumuladas no centro da mesa.


Alexandre e Steve riram, e Eric desligou o telefone, prometendo voltar logo para casa.


Naquele momento, a stripper contratada para a festa de Adrian chegou vestida toda de preto. Alguém colocou um CD no aparelho de som e os acordes de uma música bem sugestiva para o momento encheu a sala. A verdadeira festa de despedida de solteiro de Adrian começou, para a alegria da rapaziada.


Era quase uma hora da tarde, e Giovanna estava faminta. Não comera nada no desjejum e bebera apenas três xícaras de café ao longo da manhã, nada mais. Queria acreditar que o excesso de cafeína era o responsável por sua ansiedade, mas não podia negar que o fato de ter diariamente Alexandre por perto deixava-a com os nervos à flor da pele.


Suspirando, colocou uma pasta de informações bancárias numa pilha de papéis que deveria examinar com Joan, a futura gerente executiva da butique. Mais algumas semanas e Joan ficaria sozinha no cargo. E Giovanna queria que ela estivesse bem preparada em todos os aspectos para dirigir a butique.


Depois de desligar o computador, Giovanna saiu da sala e deu uma volta pela loja. Celeste estava colocando preços numa remessa de echarpes que chegara no dia anterior, e Sara estava ajudando uma cliente a escolher um par de tênis.


Satisfeita por estar tudo correndo bem, Giovanna aproximou-se do balcão para verificar o registro de vendas do dia. Teimosa_mente, seus olhos focalizaram o saguão do hotel, onde alguns operários trabalhavam. Operários da Nolan & Filhos substi_tuíam o piso antigo por outro de mármore em bege e dourado que combinava com o restante da decoração do hotel.


Olhou ao redor, procurando por Alexandre, sempre por lá desde que o trabalho começara, dois dias antes. Naquele momento, porém, nem sinal dele, o que significava que estava com o caminho livre em direção à área particular da diretoria. Queria subir até seu apartamento para comer alguma coisa. Avisou Celeste e Sara que se ausentaria por uma hora e, com o cartão eletrônico em mãos, atravessou rapidamente o hall.


Felizmente, conseguira evitar um contato direto com Alexandre naqueles dois dias, mas isso não a impedia de observá-lo de longe, sem que ele percebesse. Alexandre não só supervisionava o trabalho, como também ajudava os operários quando era pre_ciso. Nessas horas, Giovanna não se cansava de admirá-lo, en_cantada com os músculos dos braços, das costas, das pernas, que se retesavam quando ele carregava as pesadas placas de mármore.


Alexandre era bonito, rústico, sensual, até mesmo com roupas desbotadas e coberto de poeira, e era impossível ignorar sua atração por ele, por mais que ela tentasse. Contentava-se em observá-lo de longe, permitindo que sua mente percorresse o caminho perigoso dos "e se...", e imaginava cenários sedutores que faziam seu coração bater mais forte e seu corpo arder de desejo. Aquelas fantasias dançando em sua mente transforma_vam-se em desejo, e quando acontecia de os olhares de ambos se encontrarem, ela vislumbrava o brilho de fogo e fome nos olhos vibrantes de Alexandre, como se nada mais existisse, apenas eles dois.


Mas o mundo real existia, e o dela incluía uma vida prestes a sofrer uma transformação radical. A mudança para San Fran_cisco e um novo começo, sem ninguém ameaçando destruir suas chances de felicidade. Uma nova vida de independência e confiança, sem aquela sensação de estar sendo puxada em diferentes direções numa tentativa de contentar as pessoas que a rodeavam e, assim, realizar as expectativas delas.


Entretanto, ansiar por viver essa vida nova e menos com_plicada não a impedia de querer mais de Alexandre Nero. Queria muito mais do que sua sensualidade e mais do que o elo emo_cional que ela experimentava só quando estava com ele. Além da atração física, Alexandre tocara seu coração e suas emoções tão profundamente como ninguém antes dele.


Absorta em pensamentos, Giovanna abriu a porta próxima ao balcão da recepção e entrou na área de segurança do hotel. Atravessou o corredor em direção ao elevador, e quando passava pelo escritório de Evan, Alexandre saiu da sala da secretária e fechou a porta.


Giovanna parou de repente, antes de colidir com ele, seus olhos arregalados e completamente paralisada pelo choque. Alexandre pa_recia igualmente surpreso, e ela sabia que aquele encontro não fora planejado. Alexandre deveria ter assuntos para discutir com Evan, o que significava que ele teria acesso temporário à área exclusiva da diretoria, enquanto durasse a reforma.


O corredor estava vazio e silencioso, e não havia ninguém por perto para presenciar o encontro acidental, mas Giovanna não esquecia que a secretária de Evan se encontrava bem ali, atrás daquela porta. Havia também a possibilidade de Evan sair do escritório a qualquer momento e surpreendê-los olhando-se in_tensamente e em silêncio, cada um esperando que o outro falasse alguma coisa para quebrar aquele momento tão constrangedor.


Alexandre abriu a boca para falar alguma coisa, mas Giovanna impe_diu-o com um cumprimento educado, curto e impessoal.


— Olá.


Depois, afastou-se apressadamente antes que ele respondes_se ao cumprimento.


As batidas aceleradas do coração soavam em seus ouvidos, e suas pernas tremiam ao caminhar até o elevador que a levaria à segurança de sua casa.


Enquanto caminhava, sentia o calor do olhar de Alexandre em suas costas, e foi preciso um esforço descomunal para ela não se voltar para fitá-lo. Bastaria um simples olhar de adoração para transmitir-lhe que ela ainda o queria, que ansiava por ele, que o desejava, a despeito do modo como o relacionamento deles terminara.


Giovanna passou o cartão magnético no painel da parede e sus_pirou aliviada quando as portas do elevador se abriram para ela entrar. Lá dentro, digitou seu código de acesso e encostou-se na parede antes que suas pernas fraquejassem.


Fechando os olhos, respirou fundo, perguntando-se como conseguiria viver tão perto de Alexandre durante um mês, mesmo fingindo-se de estranhos. Como, se bastava vê-lo para abalar sua decisão de resistir aos encantos dele?


O elevador rangeu e Giovanna abriu os olhos a tempo de ver Alexandre entrando no momento em que as portas começavam a fechar. Ela levou a mão à boca para conter um grito. Não acre_ditava que Alexandre os estivesse colocando numa situação cons_trangedora e perigosa.


Instintivamente, Giovanna esticou o braço para pressionar o bo_tão que manteria as portas abertas. Alexandre segurou-a pelo pulso, frustrando a tentativa, e as portas se fecharam sem que ela pudesse fazer nada.


— O que você está fazendo? — Giovanna perguntou, em pânico.


— Não se preocupe. Ninguém me viu. Tenho certeza. Ela o fitou com olhos arregalados e amedrontados.


— Não me preocupo? — Giovanna repetiu, elevando o tom de voz, à beira da histeria, e desvencilhando-se dele. — Você é o supervisor dos trabalhos de reforma do hall do hotel, saiu do escritório de Evan e está a caminho da minha casa sem ser convidado, vale a pena acrescentar. Você está nos colocando numa situação inadequada e extremamente comprometedora. E ainda me diz para eu não me preocupar?


Alexandre teve a audácia de sorrir, confundindo-a ainda mais.


— Ninguém jamais saberá, a menos que você queira que saibam.


Ele recuou alguns passos, dando-lhe espaço e a opção de usar o telefone de emergência. Para Giovanna, aquela situação pare_cia tão surreal, assim como a inesperada cordialidade de Alexandre, que contradizia a agressividade que ele demonstrara durante a conversa deles no escritório da butique.


Havia um brilho de determinação nos olhos de Alexandre, uma força que parecia mais perigosa do que sua fúria. Giovanna não entendia a mudança drástica dele, mas estava curiosa.


Um som suave anunciou que o elevador parará na suíte de cobertura, no 44° andar do hotel. As portas abriram-se silenciosamente e, dessa vez, Alexandre esperou um convite para acom_panhá-la, e Giovanna apreciou o gesto dele.


— Já que você está aqui, entre. — Ela saiu do elevador e atravessou o hall que levava direto à sala de estar.


Alexandre olhou ao redor, aproximou-se das janelas panorâmicas de onde se avistava a cidade, depois voltou-se para Giovanna com um meio-sorriso que revelava seu espanto pelo luxo em que ela vivia.


—- Bela casa — ele disse simplesmente.


Giovanna sentiu-se desconfortável com o tom mordaz da voz de Alexandre e com qualquer idéia preconceituosa que poderia estar passando pela cabeça dele. Tanto requinte, tanto luxo e opulência não tinham nada a ver com ela. A suíte pertencia ao hotel e ela estava morando lá por conveniência própria.


Com certeza, Alexandre não a seguira só para discutir técnicas de decoração, e Giovanna estava curiosa para ouvir as razões dele por haver praticamente invadido o elevador.


— O que você quer, Alexandre?


Ele enfiou as mãos nos bolsos do jeans desbotado, sua ex_pressão confiante e séria.


— Quero você.


Por essa Giovanna não esperava. Nunca imaginara ouvir essas palavras ditas por Alexandre depois de havê-lo enganado. Nunca imaginara que ele confessaria seu desejo e que lutaria por ele.


Mesmo assim, continuou em guarda, cautelosa.


— Corrija-me seu eu estiver errada, mas durante a nossa última conversa no meu escritório, tive a impressão de que você preferia não ter mais nada comigo.


— Eu fiquei aborrecido com razão. Admito que não gostei nada do fato de você ter mantido segredo sobre a sua identi_dade, mas eu tive tempo para pensar em tudo que me contou. Entendi as suas razões e as respeito. Apesar de tudo, não con_sigo mudar meus sentimentos por você.


Alexandre deixou-a boquiaberta, sem palavras.


— Eu me lembro perfeitamente que foi você quem insinuou que seria melhor não nos encontrarmos mais — ele arrematou.


— Tudo bem, talvez eu tenha pensado que o acordo era mútuo, considerando todos os conflitos de interesses entre nós.


Alexandre caminhou pela sala e parou perto da janela, sem, con_tudo, afastar o olhar de Giovanna.


— Não vejo esses conflitos de interesses como problemas reais, a menos que o nosso relacionamento venha a público, e nós dois temos motivos para que isso não aconteça.


A atitude acomodada e aprovadora de Alexandre espantava-a. Giovanna não entendia aquela mudança tão radical e não tinha cer_teza de como tudo aquilo iria acabar.


— Alexandre...


— Eu ainda quero você, Giovanna. Mesmo sabendo que seria melhor terminar tudo agora e seguirmos nossas vidas em separado, eu quero este mês inteirinho com você. Nas suas condições.


— Minhas condições? — Ela não conseguiu conter uma risada de incredulidade. — Eu nem sabia que havia condições.


— Sem promessas, sem vínculos, sem envolvimentos sen_timentais — Alexandre repetiu as palavras que Giovanna dissera no co_meço do relacionamento deles.


Sim, aquelas tinham sido suas exigências, um modo de pro_teger as próprias emoções e de manter a superficialidade da relação. Ao ouvi-las agora, depois de tudo que haviam vi ven_dado juntos, as palavras soavam frias e impessoais.


— E claro, seremos absolutamente discretos e guardaremos só para nós o segredo do nosso romance — ele continuou, diminuindo a distância entre ambos. — E quando o nosso tem_po terminar, nós nos separaremos como bons amigos.


Céus, ele tornava tudo tão simples, tão fácil, maravilhoso. No entanto, a sugestão era louca e arriscada, mas não menos insana do que a proposta que ela lhe fizera na noite do seu aniversário.


Alexandre parou bem perto de Giovanna, os corpos quase se tocando.


Com a ponta do dedo, ergueu-lhe o queixo, obrigando-a a fitá-lo, envolvendo-a com o olhar ardente e cheio de desejo. Ele sorriu, um sorriso sensual, encantador, devastador, e, de repen_te, Giovanna viu-se mergulhar num mundo onde não existia mais ninguém, só os dois.


— Se você precisa de um incentivo para dizer "sim", ficarei para lhe dar um.


— Você acha que pode ser assim tão persuasivo? — ela perguntou com voz trêmula e enrouquecida.


Alexandre tomou-lhe o rosto entre as mãos.


— Pode apostar que sim.


— Prove-me — Giovanna o desafiou, apegando-se ao seu lado aventureiro que só Alexandre sabia despertar.


Ele inclinou a cabeça, a luz em seus olhos dançando em triunfo; e no momento em que os lábios se tocaram, Giovanna en_tregou-se ao gosto inebriante da língua de Alexandre em sua boca. Enlaçou-o pelo pescoço e correspondeu ao beijo que se apro_fundava cada vez mais.


Lento e suavemente doce.


Quente e deliciosamente molhado.


Depois, faminto e exigente.


Céus, ela sentira falta dele! E como sentira!


Assim que os lábios de separaram, Alexandre afastou-se um pou_co. Giovanna estava corada, seu corpo tremia e, ao fitá-lo no rosto, encontrou o olhar de satisfação dele.


— Não foi tão ruim assim, foi? — Alexandre perguntou, sabendo quanto aquele beijo a abalara. — Agora só falta você dizer "sim".


Giovanna admitiu sua fraqueza quando se tratava de Alexandre Nero. Sentia-se completamente incapaz de resistir aos encantos dele, incapaz de recusar-lhe qualquer coisa. Tinha um mês pela fren_te e queria preencher cada dia desse mês com lembranças dele.


— Sim — disse ela, por fim, rezando para que sua decisão impensada não lhe causasse terríveis dores de cabeça mais tar_de. Mas também, quem conseguiria dizer "não" a Alexandre Nero?


Giovanna juraria ter notado um lampejo de alívio na expressão dele, mas foi só por um instante. Alexandre a soltou e beijou-a ca_rinhosamente na testa.


— Ligue para mim esta noite, Giovanna. Você sabe o número. Estarei esperando.


Após dizer isso, Alexandre foi embora, deixando-a sozinha na luxuosa suíte de cobertura, mas com um sorriso nos lábios ainda úmidos pelo beijo dele.



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Autor(a): GN

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 2



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  • Vall&Geisa Postado em 17/02/2016 - 09:16:12

    Corrigindo gioonero .....amo eles ...posta amore

  • Vall&Geisa Postado em 17/02/2016 - 09:15:22

    Ooow good uma fic geoonero adooooro...


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