Fanfic: Noite de Prazer | Tema: gn
Noite de sexta-feira. Rosalyn esperava com ansiedade pela chegada de Adam. Planejara minuciosamente a noite em que seu marido desco_briria a mulher sensual e ardente que ele tinha em casa.
O cenário da sedução estava pronto. Começara pelo envelo_pe que ela colocara no carro de Adam logo cedo. Dentro, havia algumas fotografias suas de camisola vermelha, em poses au_daciosas, que Giovanna tirara dias antes. Adam só descobrira o en_velope havia quinze minutos e, em seguida, ligara do telefone celular. Rosalyn não atendeu. Deixou a ligação cair na secre_tária eletrônica, para não precisar dar explicações por telefone.
Ela criara uma atmosfera perfeita para uma noite de sedução. Fizera uma trilha de pétalas de rosas do hall até o quarto, para Adam encontrá-la facilmente. Acendera velas perfumadas em lugares estratégicos, e a fragrância leve e floral espalhava-se pela casa.
Um rápido bip-bip vindo do andar térreo indicava que al_guém entrara na cozinha pela porta que a ligava à garagem. Finalmente Adam chegara em casa. Com os ouvidos atentos, Rosalyn escutou-o ir direto para o hall e colocar as chaves e a Pasta em cima do console. Depois, imaginou-o tirando o paletó. Ouviu-o subir os degraus da escada e, com passos lentos, dirigir-se ao quarto, obviamente intrigado com a novidade.
Ele parou na porta do quarto iluminado com a luz das velas e olhou ao redor. Ao vê-la, entrou devagar, cautelosamente.
— Rosalyn? — Seu tom de voz revelava curiosidade, per_guntas e incerteza.
Ela se aproximou e parou bem perto dele.
— Olá, Adam.
— Vi as fotos que você deixou no meu carro. Você está fantástica!
Rosalyn exultou com o elogio.
— Estou mesmo?
— Depois de vê-la naquelas poses, foi duro concentrar-me no caminho de casa.
Ela soltou o nó da gravata dele, tirou-a e jogou-a no chão. Começou a desabotoar-lhe a camisa.
— Duro é uma coisa muito boa — Rosalyn murmurou com voz enrouquecida.
Adam ergueu uma sobrancelha ante a indireta da esposa e do comportamento ardente nunca antes revelado.
Rosalyn abriu a camisa dele, puxou-a para fora da calça e, num gesto rápido, tirou-a. Com as mãos espalmadas no peito de Adam, ergueu o rosto e, com a ponta da língua, umedeceu os lábios dele.
— Saiba que há muito mais além daquelas fotos... e que é real, palpável. — Suas mãos deslizaram pelo abdômen do ma_rido até tocarem a fivela do cinto.
Adam segurou-a pelos pulsos, detendo-a antes que abrisse a fivela.
— Rosalyn, o que está acontecendo?
— Você ainda pergunta?
Desvencilhando-se dele e para enfatizar suas palavras, ela abriu o cinto do robe e deixou-o deslizar até o chão. Ficou diante de Adam de camisola vermelha, sentindo-se uma mulher fatal.
Boquiaberto, ele fitou-a dos pés à cabeça.
—Oh... Rosalyn — murmurou, admirado e de punhos cer_rados.
Rosalyn sorriu triunfante, feliz com reação do marido. Jogou os cabelos para trás e tocou a curva dos seios, a própria carícia fazendo com que seus mamilos enrijecessem.
—Você gosta do que está vendo? — ela o provocou.
— Eu... uh...
Certamente, ela não o deixara de joelhos aos seus pés, mas, pelo menos, deixara-o sem fala, o que já era um bom sinal. E não desperdiçou essa vantagem.
Deitou-se no centro da cama numa pose provocante e, com um gesto do dedo indicador, chamou-o.
— Venha, Adam.
Ele hesitou por um momento antes de tirar a calça. De cueca, sentou-se perto dela na cama, enlaçou-a pela cintura e beijou-a.
Não foi um beijo ardente como Rosalyn queria, mas um beijo carinhoso e terno. Ela encostou o corpo no dele e sentiu a ereção de Adam. Enlaçou-o pelo pescoço e, com a língua, forçou-o a entreabrir os lábios, aprofundando o beijo, demons_trando o que queria dele.
Adam descolou os lábios e afastou-se.
— Vá com calma, Rosalyn.
Ela piscou para afastar as lágrimas de frustração.
— Eu não quero ir com calma, Adam. Quero que você faça amor comigo. Com paixão e loucura, sem se preocupar em ser gentil comigo.
Adam fitou-a como se ela tivesse perdido a razão. Afastou-se rapidamente, quebrando a intimidade do momento.
— Não quero machucá-la.
— Machucar-me? — Rosalyn repetiu. Sentou-se na cama, perplexa, sem entender o pensamento de Adam. — Por que você acha que iria me machucar?
Ele abriu os braços num gesto resignado. Você acabou de ter um bebê! Faz quase sete meses, Adam!
— Você sofreu um bocado para Sophie nascer. — Pelo tonalidade ponderada da voz dele, era óbvio que Adam acredi_tava no que dizia.
— Sim, admito que foi um longo e árduo trabalho de parto, mas não é fácil para nenhuma mulher. — Rosalyn levantou-se da cama e encarou-o. — Adam, eu estou ótima. Não sou urna mulher frágil e delicada que vai quebrar por causa de uma relação sexual. Quero o que tínhamos antes de Sophie nascer. Eu preciso, Adam. Eu preciso de você. Você inteirinho, do jeito que era antes.
Adam passou a mão nos cabelos e sentou-se na beirada da cama. Parecia tão indeciso, muito diferente do homem apaixo_nado, confiante, ardente com que ela se casara. Embora um pouco assustada, Rosalyn estava mais do que nunca determi_nada a romper a nobre resistência dele.
— Olhe para mim, Adam, e diga-me o que você vê além da camisola que estou vestindo.
Ele a fitou, e ela definitivamente viu amor e afeto nos olhos do marido.
— Vejo minha esposa, mãe da minha filha... Rosalyn ergueu a mão, interrompendo-o.
— Pode parar! Sim, sou a mãe de Sophie. Eu a dei à luz, amamentei-a no meu peito durante seis meses. Mas antes de tudo, sou mulher, e o meu corpo tem necessidades como mu_lher. Eu não deixei de ser mulher só porque tive um bebê. — De repente, as dúvidas que tanto a haviam atormentado res_surgiram em sua mente. — A menos... que você não me deseje mais como antes.
— Meu Deus, não é nada disso! Eu ainda a quero, até mais do que antes, mas...
— Mas o que? — ela quase gritou, impaciente.
Adam comprimiu os maxilares, evidentemente pensando em como exprimir seus pensamentos em palavras. Por fim, falou com voz angustiada:
— Tenho medo de me deixar levar pela paixão, e se eu fizer realmente o que desejo... Bem, sei que não serei rude, mas não quero que pense que sou um animal.
Compreendendo a dificuldade de Adam em admitir seus te_mores, Rosalyn ajoelhou-se diante de onde ele estava sentado e afagou-lhe o rosto.
—Alguma vez você foi rude ou agressivo comigo nas nos_sas relações sexuais, Adam?
—Não que eu me lembre.
— Asseguro-lhe que você nunca foi assim e que nunca será. — Ela segurou-lhe o rosto entre as mãos. — Estou ansiosa para você me amar com aquela intensidade de antes. Conheço meu corpo e confio em você. Eu farei qualquer coisa por você entre as quatro paredes do nosso quarto, Adam, qualquer coisa, porque tenho certeza de que você nunca irá me machucar.
— Rosalyn...
Ela o calou com um beijo ardente e apaixonado, e, dessa vez, foi correspondida com a mesma intensidade.
Mais tarde, ainda na cama, abraçados, Rosalyn sorria, aca_riciando as costas do marido. Os dois se recuperavam do clímax intenso e arrebatador. Tinham superado um obstáculo no ca_samento deles, e Rosalyn saíra desse embate mais forte, mais confiante, sexual e emocionalmente. Agora, cabia a ambos manter a paixão e a intimidade como prioridade, e serem com_panheiros não só como marido e mulher, mas como amantes também.
Giovanna trabalhava no balcão da butique. Com um eterno sor_riso nos lábios, dividia-se entre conferir o estoque da loja e observar Alexandre, que supervisionava o trabalho de reforma do saguão do hotel.
Ela balançou a cabeça, achando graça de si mesma. Parecia uma adolescente apaixonada. Alexandre também não perdia a opor_tunidade de olhá-la e sorrir com seu jeito sensual e encantador. Essas pequenas demonstrações de carinho eram suficientes para tornar seu dia alegre, pelo menos até eles se encontrarem à noite, pessoalmente ou por telefone.
Fazia uma semana que as coisas estavam nesse pé. Desde a noite que ela cuidara de Sophie e Alexandre preparara o jantar. Havia também muitos momentos roubados e telefonemas, além de alguns almoços em pequenos restaurantes, longe do hotel. Sempre escolhiam uma mesa num canto discreto ou em locais reservados, não só para manter a privacidade, como também para trocar beijos e carícias atrevidas com as mãos debaixo da mesa. Foram inclusive ao cinema juntos, mas Giovanna não se lem_brava quase nada da comédia exibida na tela.
O romance deles era realmente excitante e cheio de aven_turas. Apesar dos beijos e dos carinhos eróticos, Alexandre sempre parava antes de consumarem o ato sexual. Era assim, desde a noite em que ele estivera na casa de Giovanna, e a impaciência e a frustração de Alexandre aumentavam rapidamente. Sempre genero_so, ele proporcionava-lhe prazer de outros modos provocantes, mas Giovanna ansiava por senti-lo dentro dela, fazendo amor com seu corpo inteiro.
Às vezes Giovanna revelava quanto o desejava e que ele a estava levando à loucura fazendo-a esperar. Nessas ocasiões, Alexandre a acalmava com um beijo e uma promessa. Estamos quase che_gando lá, querida. E será maravilhoso quando acontecer.
Giovanna tinha esperanças de que isso aconteceria no dia seguin_te, sábado. Duas noites antes, Alexandre dissera-lhe por telefone que gostaria de passar o dia com ela. Não comentara aonde pretendia levá-la, só adiantara que era um lugar especial e que Giovanna deveria vestir uma roupa bonita. No seu modo de pensar, o que poderia ser mais incrível e maravilhoso do que fazer amor com Alexandre depois de ter sido sensualmente atormentada por ele por tanto tempo?
Ela voltou a atenção para a listagem de estoque da butique e começou a anotar quais itens Joan deveria reorganizar. Assim que terminou as anotações, olhou para o saguão.
Um arrepio de prazer sacudiu-a por inteiro. Lá estava Alexandre, mais bonito e sensual do que nunca, parado no meio do cami_nho, sorrindo e olhando para ela. Faltou-lhe o ar, como sempre acontecia quando Alexandre Nero se encontrava por perto, e Giovanna encostou os dedos no peito, sentindo as batidas disparadas do coração.
Tarde demais percebeu a intimidade do gesto num lugar público e imediatamente soltou o braço ao longo do corpo. O sorriso, porém, não diminuiu nada.
De repente, viu Alexandre franzir o cenho e, com um gesto rápido de cabeça, indicou o lado direito dela. Depois, abruptamente, desviou o olhar, deixando-a sem entender o que estava acon_tecendo.
— Giovanna?
Então ela soube e seu estômago se contraiu. Evan se encon_trava parado a alguns passos, à sua direita. Giovanna estava tão hipnotizada por Alexandre que não vira Evan entrar na butique. Ele teria percebido a troca de olhares e sorrisos?
Bastou ver sua expressão de perplexidade para Giovanna com_preender que Evan Monterra notara os olhares e os sorrisos, mas que não sabia o que fazer a respeito. E ela não tinha a menor intenção de comentar o assunto com ele.
Giovanna recompôs-se rapidamente.
— Olá, Evan — cumprimentou-o, transferindo seu sorriso para ele. — Algum problema?
Evan lançou a Alexandre um último olhar, depois fitou-a de novo. Enfiou as mãos nos bolsos da calça.
— Eu queria conversar sobre James e saber se você teve notícias dele.
Justamente o que Giovanna não queria era discutir sobre o ex-funcionário que se revelara mais desequilibrado do que ela Pudera imaginar.
— Não consegui falar com James pessoalmente. Liguei duas vezes para a casa dele e deixei recados na secretária.
— Giovanna achava bom James não ter retornado as ligações, pois não sabia o que lhe dizer, mesmo por telefone. Entretanto, aquele era um problema que deveria enfrentar mais cedo ou mais tarde. Mas até encontrar uma solução para o impasse, deixaria as coisas correrem naturalmente.
— Ele tem uma semana e meia para pagar a dívida, se não quiser ser denunciado e preso — Evan continuou. — Não es_queça de lembrá-lo disso na próxima vez que você lhe deixar recado.
— Certo. — Ela se aproximou no balcão de jóias, longe da vitrine e da linha de visão de Alexandre. — Não esquecerei.
Em vez de ir embora, Evan seguiu-a, seu olhar perscrutando-lhe o rosto.
— Está pronta para se mudar para San Francisco?
Giovanna ajeitou o mostruário de alguns braceletes de pedras semipreciosas e anotou as várias cores que tinham urgência era serem repostas.
— Quase.
— Você sabe que seu pai...
— Não, Evan, por favor — ela o interrompeu, impedindo-o de terminar a frase. — Sei o que meu pai quer, mas e o que eu quero? Não importa?
A atitude direta e confiante de Giovanna pegou-o de surpresa. Evan fitou-a por alguns momentos antes de responder:
— Sim, importa. Você merece ser feliz.
Giovanna suspirou, detestando o estresse e a pressão vindos de todas as direções, ameaçando sufocá-la.
— Então, deixe-me fazer o que preciso fazer. O que eu quero fazer.
— Tudo bem — disse ele, mas a persistência no campo pessoal continuou. — Porém devo admitir que tenho razões egoístas para querer que você fique.
Giovanna sabia exatamente quais eram aquelas razões. Podia até ver a emoção e a esperança estampadas nos olhos dele, mas Evan não era o homem certo para ela.
— Eu sei, Evan, e você será sempre um grande amigo, onde quer que eu esteja.
Um brilho de resignação passou pelos olhos dele que, inch_ando a cabeça, sorriu com timidez.
—Você acha que poderíamos jantar juntos antes de você partir? Como bons amigos, claro.
—Será um prazer. — Giovanna não pretendia magoá-lo e queria ter certeza de que Evan sabia que seriam sempre bons amigos, sobretudo pela posição que ele ocupava na empresa.
Depois que Evan saiu, Giovanna respirou aliviada por ele não mencionado nada sobre os olhares trocados entre ela e Alexandre. Preocupava-se tanto em manter o namoro deles em segredo que desconfiava de que a sua imaginação estava fértil demais.
Depois de juntar as listagens de inventário, Giovanna foi para o escritório da butique, sentou-se e escondeu o rosto entre as mãos. Sentia que o círculo se fechava ao seu redor e que seu tempo estava se esgotando, com James, com Alexandre, assim como o prazo da mudança para San Francisco.
E ela não sabia mais como resolver tudo aquilo.
Autor(a): GN
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Assim que Giovanna chegou à casa de Alexandre, ele tirou o Corvette da garagem e ambos seguiram para o lugar secreto onde passariam a tarde e a noite. Giovanna atendera ao pedido dele e usava um vestido de crepe rosa de saia esvoaçante que ondulava quando ela andava. De cabelos soltos, sapatos e bolsa combinando, brincos de pérola, estava bonita ...
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