Fanfics Brasil - Ele a beijou de novo Noite de Prazer

Fanfic: Noite de Prazer | Tema: gn


Capítulo: Ele a beijou de novo

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Giovanna entrou no elevador que a levaria até seu apartamento no St. Antonelli Hotel, em Chicago.


Finalmente, em casa. Estava com dor de cabeça e não via a hora de tirar os sapatos, as roupas, tomar um banho e jogar-se na cama. Queria esquecer sua conversa com Alexandre e o conflito de emoções que o telefonema provocara. O desejo e a neces_sidade de estar com Alexandre eram uma realidade. Entretanto, não poderia satisfazê-los e nem ignorá-los.


Por mais que tentasse.


Depois de passar quase quatro horas no vôo entre San Fran_cisco e Chicago, chegara ao hotel no meio da tarde da sexta-feira. Logo viu-se diante da difícil missão de dispensar um funcionário. James fora identificado pelas câmeras de seguran_ça como a pessoa que roubara o valioso pingente de diamante Aaron Basha, além de jóias de menor valor e outros itens da butique, num total de quase 3 mil dólares em mercadorias.


Giovanna estava aborrecida. Confiara em James, e ele abusara dessa confiança. A conversa, evidentemente, não fora nada agradável. Evan estivera presente como testemunha do inter_rogatório. James pedira desculpas e implorara para continuar no emprego, alegando que possuía muitas dívidas para pagar. Quando percebeu que a demissão era fato consumado, revelou seu verdadeiro caráter, esbravejando e ameaçando-a.


Giovanna dera-lhe um mês de prazo para reembolsar o valor das peças roubadas. Contrariando os conselhos de Evan, ela deci_diu não registrar queixa policial contra o ex-funcionário. Ar_gumentou que a perda do emprego já era uma punição e ga_rantiu que se James não saldasse o débito naquele prazo, ela o denunciaria à polícia.


Evan não concordara com a decisão, e o comportamento de James só reforçou sua reprovação à indulgência de Giovanna. Antes de sair da butique, James gritou para quem quisesse ouvir que Giovanna ainda se arrependeria por havê-lo demitido. Ela esperava que, passado o momento de fúria, James pensasse com calma no erro que cometera e conseguisse lidar com a situação de forma mais racional.


O elevador parou no hall do apartamento, e Giovanna entrou rapidamente com a intenção de ir direto para o quarto. Levou um susto ao ver Rosalyn encolhida no canto do sofá da sala de visitas. Seu rosto estava borrado de maquiagem e os olhos e o nariz, vermelhos de tanto chorar. Estava pálida e desfigu_rada. Giovanna correu até ela.


— Rosalyn? O que aconteceu?


— Desculpe. — Rosalyn enxugou o nariz com um lenço de papel e forçou um sorriso. — Eu não queria incomodá-la, mas não sabia para onde ir.


Além do trabalho e da família, Giovanna quase não tinha vida social, o que significava que a irmã e os pais sabiam muito bem que ela sempre estaria em casa à noite. Céus, sua vida era tão monótona e rotineira a ponto de todos conhecerem seus hábitos. Tanta previsibilidade era realmente patética!


Por outro lado, isso a tornava uma pessoa confiável e de presença constante. Por esse motivo, sua irmã caçula refugia_ra-se na casa dela.


— Rosalyn, você sabe que pode contar comigo a qualquer hora. — Giovanna olhou ao redor. — E Sophie?


— Eu disse que ia jantar com uma amiga e a deixei com mamãe. Ela não sabe que estou aqui.


Giovanna franziu o cenho, estranhando o fato de Rosalyn não ter contado a verdade à mãe. — E Adam?


— Ele disse que ia trabalhar até mais tarde de novo. — Ela encolheu os ombros. — Para estudar um grande processo que irá a julgamento dentro de algumas semanas.


Decididamente, Rosalyn estava enfrentando uma crise. Se_ria uma crise de depressão ou alguma coisa mais? Qualquer que fosse o problema, Giovanna estava determinada a pôr o dedo na ferida e descobrir a razão do sofrimento da irmã.


Ela pegou a mão de Rosalyn e afagou-a carinhosamente.


— Estou preocupada com você, querida. Estava tão esquisita no dia em que almoçamos juntos. E agora isso. — Giovanna fez uma pausa, escolhendo bem as palavras para não aborrecer ainda mais a irmã. — Estou pensando que seria conveniente você marcar uma consulta com o seu médico. Talvez ele possa re_ceitar algum remédio para amenizar essas mudanças de humor.


—- Nenhum médico poderá prescrever remédios para salvar o meu casamento.


Giovanna surpreendeu-se com a revelação.


— O quê? Será que eu ouvi direito? Rosalyn levantou-se e foi até a janela.


— Ouviu, sim. Adam não me quer mais — ela confessou num fio de voz.


Giovanna sentiu um nó na garganta. Era difícil acreditar. Adam sempre adorara Rosalyn e fizera loucuras para conquistá-la, antes de pedi-la em casamento. E formavam um casal perfeito.


— Ele disse isso? — perguntou.


Braços cruzados, Rosalyn voltou-se devagar e encarou a irmã.


— Não com palavras. Mas desde que Sophie nasceu, ele mal toca em mim.


— Mal toca em você... em que sentido?


— Sexo! — Os olhos de Rosalyn encheram-se de lágrimas. — Depois do nascimento de Sophie, fizemos amor apenas seis vezes. E olhe que antes fazíamos amor pelo menos cinco vezes por semana!


Giovanna conteve um suspiro. Imaginou-se com Alexandre. Se tivesse a oportunidade de viver um relacionamento estável com ele, com certeza vivenciaria todo o prazer e a paixão que era tão forte entre ambos.


— Já emagreci tudo que engordei na gravidez. Meu corpo voltou ao normal e os seios estão maiores do que antes de Sophie nascer — Rosalyn continuou. — Tenho feito aqueles exercícios Kegel para ajudar a estreitar e fortalecer os músculos vaginais. Fiz de tudo para ficar em forma. Mas a nossa vida sexual nunca mais foi a mesma. É como se aquele fogo de paixão e desejo tivesse apagado. — Ela escondeu o rosto com as mãos. — Oh, Giovanna, e se ele estiver tendo um caso?


Giovanna levantou-se e abraçou a irmã.


— Ora, não se atormente tanto. Pode ser imaginação sua. Eu já ouvi falar de depressão pós-parto e...


— Não é imaginação minha, Giovanna. É a realidade. Adam está sempre cansado e, se eu não tomar a iniciativa, ele não me procura mais.


— Adam fez ou disse alguma coisa para você desconfiar que ele tem outra?


Rosalyn soltou-se dos braços da irmã e assoou o nariz.


— Bem, não... mas, pelo comportamento dele, não consigo pensar em outro motivo.


Naquele ponto, o lado racional de Giovanna aflorou, e ela não hesitou em falar com a voz da razão. A Giovanna sensata, ponde_rada, sempre justificando a atitude das pessoas para apaziguar situações difíceis.


— Querida, no dia em que almoçamos juntos, você mesma me disse que estavam tendo dificuldades para se adaptar às mudanças que ocorreram com a chegada de Sophie. Eu acho isso absolutamente natural. Ambos estão cansados por motivos diferentes, e deve levar algum tempo para tudo voltar ao nor_mal, incluindo a vida sexual.


—Eu só queria que fosse como era antes.


—Converse com Adam, então. Diga-lhe como você se sente.


Rosalyn assentiu com um gesto de cabeça, mas Giovanna perce_beu que a irmã estava emocionada e confusa demais para pen_sar com clareza. Por mais que sofresse com a situação de Ro_salyn, ela não podia fazer nem dizer mais nada. A própria Ro_salyn deveria resolver seus conflitos com Adam sem a inter_ferência de terceiros.


Numa tentativa de aliviar o clima opressivo, Giovanna pegou na mão da irmã e levou-a para a cozinha.


— Vamos pedir alguma coisa deliciosa para nos lambuzar_mos como fazíamos antes? O que acha de um pedaço enorme de pudim de coco?


— Com muitas ameixas e nadando em calda de rum? — Rosalyn completou, um pouco mais animada à menção de sua sobremesa favorita.


Giovanna riu.


— Você ganhou!


A sobremesa não resolveu exatamente o problema da irmã, mas serviu para distraí-la.


Quando Rosalyn foi embora, por volta das oito horas, Giovanna estava exausta e sufocada pelos acontecimentos do dia. Sen_tia-se espremida por tudo e todos, desde as responsabilidades profissionais até as expectativas familiares. Não sabia até quan_do suportaria tanta pressão.


Precisava desesperadamente fugir daquela vida de herdeira da fortuna St. Antonelli e de todas as obrigações e limitações que esse papel exigia. Precisava desesperadamente deixar os pro_blemas para trás e ser outra mulher, nem que fosse por pouco tempo.


Havia apenas um pessoa com que se sentia suficientemen_te confortável para ser uma Giovanna St. Antonelli normal, com vulnerabilidades, ansiedades emocionais e desejos secretos e proibidos.


Antes que tivesse tempo para mudar de idéia, foi para o quarto. Depois de um banho rápido, vestiu saia de jeans e blu_sa, calçou sandálias rasteiras e penteou os cabelos, deixando-os soltos. Pegou a bolsa, as chaves do carro e entrou no elevador exclusivo.


Ao descer no térreo, deu de cara com Evan saindo de sua sala. Evan mediu-a dos pés à cabeça, obviamente estranhando suas roupas simples e informais.


Giovanna manteve-se impassível e sorriu com naturalidade.


— Trabalhando até tarde em plena sexta-feira? — ela per_guntou, continuando a andar. Passava das oito horas.


— Como sempre. Você sabe, eu praticamente moro aqui.


Era verdade. Evan dedicava quase todo seu tempo à empre_sa, por isso chegara ao topo. Naquele momento, porém, a pre_sença dele incomodava-a. Cansara-se de estar sempre sob al_gum tipo de vigilância e detestava tanta falta de privacidade justamente quando mais precisava dela.


Evan fechou a porta do escritório e começou a andar pelo corredor. Giovanna disfarçou a contrariedade. Querendo ou não, ele iria acompanhá-la até o estacionamento, uma vez que o seu carro estava estacionado ao lado do dela.


— Você está bem depois do que aconteceu com James? — Evan indagou, alcançando-a.


— Muito bem. — Giovanna não queria que ele soubesse como seu dia fora péssimo.


Evan olhou-a com expressão curiosa, como se não acredi_tasse, mas não fez nenhum comentário. Apenas perguntou:


— Aonde você vai a esta hora? — Ele abriu a porta que levava ao estacionamento e, com um gesto de mão, deu-lhe passagem.


Ela saiu em direção ao carro. Evan a acompanhou. O tom era casual, mas alguma coisa na voz dele revelava sua curio_sidade. Giovanna foi obrigada a mentir.


— Vou até o The Daily Grind. — E antes que Evan se convidasse para acompanhá-la, ela acrescentou: — Vou me encontrar com Diana e Heather.


— Ah, sei! — Ele conhecia as amigas de Giovanna do tempo da faculdade. — Outro programa só de mulheres?


— Nada de tão interessante. — Ela destravou a porta do BMW com o controle remoto. — Apenas um chopinho gelado numa noite quente e jogar conversa fora com as amigas.


— Parece divertido. — Evan abriu a porta do carro e esperou que Giovanna se acomodasse ao volante. — Divirta-se.


— Obrigada. — Ela deu a partida no carro e soltou um longo suspiro. Saiu do estacionamento e seguiu pela avenida. Depois, pegou o caminho em direção aos arredores da cidade, o mesmo caminho que a levara ao bar popular que descobrira no sábado de seu aniversário.


Passou a mão pelos cabelos soltos. O que estava fazendo, afinal? Inventando desculpas para continuar vendo Alexandre? E se ele não quisesse vê-la depois do modo covarde e abrupto como ela desligara o telefone?


Apertou o volante com força ao lembrar do tom desesperado da voz dele pedindo para ela não desligar... e de como se sentira vazia e desolada depois de interromper a ligação. É que entrara em pânico quando Alexandre começara a questioná-la sobre coisas que ela não poderia responder.


Ainda não estava preparada para revelar-lhe sua identidade. Não queria correr o risco de outro escândalo. Mas a verdade era uma só: não podia ficar longe de Alexandre Nero. Com ele, sentia-se vibrante, viva, sensual. Era como se tivesse recupe_rado uma parte de si mesma que perdera no tempo e no espaço, nas mãos de homens que a tinham usado por interesse finan_ceiro e social.


Alexandre tornara-se seu ponto fraco, um vício, uma obsessão que dominava seus pensamentos e ameaçava consumir suas emoções. Sua incapacidade de resistir a Alexandre era assustadora, pois havia muita coisa em risco. No entanto, lá estava ela, de_safiando o destino e a sorte para se encontrar mais uma vez com ele.


O carro de Alexandre não estava no estacionamento do Nick`s Sports Bar. Jogando com a sorte, Giovanna seguiu devagar pelas ruas do subúrbio, olhando as placas, esperando não perder-se no caminho. Quinze minutos depois, estacionava o carro na garagem de Alexandre, atrás da caminhonete dele.


Desligou o carro e fechou os olhos. Sabia o que poderia acontecer assim que deixasse a segurança de seu automóvel e Alexandre abrisse a porta de sua casa.


Respirou fundo, desceu do carro e subiu os degraus da va_randa. Com o coração totalmente descontrolado, bateu na porta e esperou.


Passou-se uma eternidade até que a luz da varanda fosse acesa. Então, a porta se abriu e Alexandre apareceu vestindo apenas calça jeans. Expressão séria, maxilares contraídos e os cabelos em desalinho. Mesmo assim, estava tão bonito e sensual que Giovanna quase perdeu o fôlego. Nunca se sentira assim com ho_mem nenhum antes de conhecer Alexandre.


Ele cruzou os braços e encostou-se no batente da porta.


— O que você está fazendo aqui? — perguntou num tom enrouquecido que desmentia sua aparente indiferença.


Giovanna mordiscou o lábio e decidiu-se pela verdade.


— Eu precisava vê-lo, estar com você.


Um músculo enrijeceu-se no rosto dele, e nos olhos surgiu um brilho de raiva. Giovanna fora presunçosa ao imaginar que Alexandre a receberia de braços abertos. Afinal, ele não tinha muitos mo_tivos para acreditar nela.


— Giovanna...


Com a sensação de que Alexandre não iria exatamente convidá-la a entrar, ela espalmou as mãos no peito dele.


— Não me diga não, Alexandre. Deixe-me entrar, por favor.


Talvez por conta da emoção contida na voz de Giovanna, a ex_pressão de Alexandre suavizou-se. Recuando alguns passos, deixou-a entrar no hall e fechou a porta.


Sem mais nenhuma palavra, ela acariciou-lhe o peito, os ombros e enlaçou-o pelo pescoço. Depois, roçou os lábios nos dele e beijou-o. Beijos suaves, provocantes que foram se tornando mais ardentes, mais atrevidos, mais exigentes. Final_mente, incapaz de resistir, Alexandre gemeu e correspondeu aos beijos de Giovanna, abrindo as portas do paraíso. Os corpos se in_flamaram imediatamente.


Ele a encostou na parede e pressionou seu corpo rígido e excitado no dela. Segurou-a pelos quadris, os dedos apertando-lhe a pele macia, e introduziu a perna entre as de Giovanna, forçando-a a abri-las para sentir o ritmo forte e constante do seu sexo friccionando o dela.


Em brasas, Giovanna sentiu que estava prestes a ter um orgasmo. De repente, porém, Alexandre afastou-se e parou de movimentar a perna, deixando-a nos limites do prazer e da frustração.


Ofegante, os olhos brilhando de desejo, Alexandre começou a desabotoar-lhe a blusa, os dedos roçando-lhe a pele, a curva dos seios, os mamilos, descendo lentamente para o abdômen.


— Alexandre... — Giovanna murmurou com ansiedade, querendo mais.


— Não se preocupe, meu bem. Vou lhe dar exatamente o que você veio buscar aqui. — Ele a beijou de leve nos lábios, no pescoço, na orelha. — Vou transar com você. Com os de_dos, com a boca, com a língua, e depois, com o pênis.


Giovanna estranhou essa declaração chocante, mas a interpretou como palavras vulgares para estimular sua imaginação.


Alexandre amoldou o corpo no dela, pressionando-a com o mem_bro rígido e ereto.


— É o que você quer de mim, não é mesmo?


— Oh, sim... Alexandre...


Ele segurou o rosto de Giovanna entre as mãos, e os olhares de ambos se encontraram. Ela prendeu a respiração. O brilho fa_minto nos olhos de Alexandre e a expressão de desejo no rosto bonito excitaram-na ainda mais.


— Então, fale, Giovanna. Diga que quer que eu transe com você. Se não for o que você quer, vá embora agora, porque é o que vai acontecer entre nós, e rápido.


— Então, transe comigo agora.


Um sorriso sarcástico dançou nos lábios dele.


— Diga de novo.


Giovanna umedeceu os lábios e obedeceu.


— Transe comigo — ela murmurou, usando palavras que nunca imaginara usar com nenhum outro homem, mas que soa_vam perfeitamente normais com Alexandre.


A última coisa que viu foi o brilho de satisfação nos olhos dele antes de beijá-la ardentemente, como nunca a beijara antes.


Alexandre sabia como excitá-la e não perdeu tempo. Ergueu-lhe a saia e, num movimento rápido, abaixou a calcinha. As carícias tornavam-se cada vez mais sensuais e atrevidas. As mãos dele provocavam, brincavam, quase levando-a à loucura. Por fim, Giovanna jogou a cabeça para trás e gritou, totalmente envol_vida pelas ondas de prazer.


Sentiu as pernas amolecerem, e quando pensou que iria cair no chão, Alexandre segurou-a pelas nádegas e ergueu-a no ar.


— Enrasque suas pernas na minha cintura — ele disse com a voz embargada pelo desejo contido.


Em seguida levou-a para o quarto e colocou-a na cama. Ajoelhou-se diante dela e começou a acariciar-lhe o centro de sua feminilidade.


Espasmos de prazer sacudiam o corpo de Giovanna, e antes que ela chegasse ao clímax, Alexandre já estava em pé, abrindo o zíper da calça. Depois, abaixou o jeans e a cueca até os tornozelos.


— Droga! — ele esbravejou. — Preciso de uma camisinha. Giovanna ainda tinha algumas na bolsa que largara em algum


lugar no hall. Mas não queria perder tempo.


— Eu tomo pílula — afirmou, autorizando-o a entrar dentro dela, carne com carne, nada separando-os.


Alexandre suspirou, aliviado, e posicionou-se para penetrá-la. Ju_lie agarrou-se na colcha. Precisava de uma âncora para acom_panhar o ritmo das investidas dele.


Mas não estava preparada para o modo como Alexandre a pos_suiu. Ele pousou a cabeça na curva do seu pescoço, soltando gemidos abafados à medida que acelerava os movimentos.


— Olhe para mim — Alexandre ordenou num murmúrio ríspido.


Aturdida, Giovanna abriu os olhos. O rosto de ambos estavam muito próximos, a intensidade dos olhos azuis parecia quei_mar-lhe a alma, e naquele momento ela compreendeu que nun_ca mais seria a mesma.


Giovanna era arrebatada por explosões de prazer que lhe sacu_diam o corpo todo. Alexandre estava dentro dela, estremecendo e acompanhando-a naqueles momentos de êxtase.


Longos minutos se passaram. Eles continuaram juntos, abra_çados, e Giovanna ainda sentia-o pulsar dentro dela. Ele a fitou, sua expressão ainda pesada, apesar do prazer que deveria ter ali_viado sua tensão.


— Então, foi para isso que você veio até aqui? — Alexandre indagou num tom brusco.


— Eu vim por você. — Ela o procurara pelo aconchego, pela intimidade física, pelo elo emocional que só ele poderia proporcionar-lhe.


— Não, Giovanna. Você veio para fazer sexo comigo.


O sarcasmo dele magoou-a, mas Giovanna não poderia dizer que Alexandre estava sendo injusto, considerando seu comportamento esquivo e misterioso.


De repente, compreendeu que aquele confronto começara no instante em que ela batera na porta da casa dele. E a paixão e a emoção que Alexandre demonstrara faziam parte do jogo. O momento da verdade estava chegando, e Giovanna temia não ter condições de dar as explicações que ele queria e merecia.


Alexandre pressionou os quadris nos dela, unindo ainda mais os corpos e mantendo-a presa debaixo dele.


— Não vá embora esta noite.


Sua voz era um desafio direto, e Giovanna viu-se tentada a ficar e acordar nos braços de Alexandre. Seu corpo e coração responde_ram com um "sim" categórico e firme, mas a voz da razão insistia em lembrá-la dos erros e decepções do passado.


— Eu preciso ir.


— Não, Giovanna, você não precisa ir.


Com as mãos nos ombros dele, tentou afastá-lo. Estava co_meçando a sentir-se sufocada e precisava de ar.


— Não tenho escolha — ela gritou. Alexandre segurou-lhe delicadamente o rosto.


— Todos nós temos escolhas, Giovanna. Algumas são mais di_fíceis de fazer do que outras. Mas vale a pena correr alguns riscos. Eu acho que o nosso relacionamento e o que vivenciamos juntos merecem todos os riscos. Acontece que eu não gos_to de segredos, e você está atolada neles até o pescoço. Não posso e não admito continuar assim, sem saber quem você é.


O coração de Giovanna batia tão forte que parecia querer explodir dentro do peito. E tudo o que podia fazer era olhar para Alexandre, sentindo o sangue queimar-lhe as veias.


— Eu quero mais de você — ele continuou no mesmo tom frio. — Preciso muito mais do que fantasias verbais e encontros furtivos. Já fiz isso antes e recuso-me a fazer novamente. Estou apaixonado por você e quero tudo ou nada. — Pelo olhar im_placável, Giovanna compreendeu que Alexandre não estava brincando. — Eu quero que você faça parte da minha vida fora deste quarto, Giovanna, assim como eu quero fazer parte da sua. Mas você tem que querer também. Você tem que confiar em mim. Droga, Giovanna, dê-me alguma coisa para eu acreditar!


Giovanna lutava contra as lágrimas. Seu romance com Alexandre não poderia ser transportado para a vida real. Ela soubera disso desde o início. Mas nunca imaginara que o que deveria ser ape_nas uma noite de loucura e prazer pudesse transformar-se num envolvimento emocional tão forte. E se o romance deles viesse a público, causaria a todos mais sofrimento do que alegria.


Com certeza, eles jamais teriam se conhecido em circuns_tâncias normais, e ela não poderia simplesmente explicar aos pais que Alexandre era um homem que ela escolhera num bar de periferia no dia do seu aniversário. Com a crise conjugai de Rosalyn e Adam ameaçando a paz da família, Giovanna não poderia nem pensar em outro escândalo, não depois de ter passado os três últimos anos tentando retratar-se pelo desastroso relacio_namento com Greg.


—Você não pode fazer isso, não é? — Alexandre suspirou, re_signado. — Eu gostaria de compreender por que, mas o fato é que não compreendo. E você não quer conversar a respeito. E do jeito que está, eu não quero mais. Preciso da sua honestidade, da sua confiança, porque sem isso, não existe mais nada entre nós, apenas sexo. E eu quero mais de você.


A decisão dele será minha desgraça, Giovanna pensou. Ela não deveria ter ido à casa de Alexandre. Não deveria tê-lo procurado mais depois da noite do seu aniversário. Agora, por mais difícil que fosse, devia sair definitivamente da vida dele. Alexandre fora bastante claro e não concordaria mais com aqueles encontros clandestinos.


Ele a beijou de novo, e Giovanna não resistiu. Desconfiava de que aquele seria o último beijo, o beijo de despedida.


Assim que o beijo terminou, Alexandre deslizou de dentro dela e levantou-se. A perda e o vazio que Giovanna sentiu foi muito mais do que uma sensação física. Ele ajudou-a a vestir a calcinha e ajeitou-lhe a saia, cobrindo o que possuíra com tanta paixão e que nunca mais seria seu.


— Já que você conseguiu exatamente o que veio procurar aqui, acho que já pode ir embora. — Alexandre tirou a calça e a cueca que estavam abaixadas até os tornozelos e fez um último comentário: — Se um dia você decidir confiar em mim e no que vivenciamos juntos, saberá onde me encontrar, porque eu não sei onde encontrá-la.


Com o coração partido em mil pedaços, Giovanna observou-o sair do quarto. Segundos depois, ouviu-o mergulhar na piscina. Alexandre estava oferecendo-lhe a chance de sair da casa dele com a dignidade intacta.


E depois de ouvi-lo dizer que ela fora procurá-lo apenas por sexo, o orgulho era tudo que lhe restara.



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Autor(a): GN

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 2



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  • Vall&Geisa Postado em 17/02/2016 - 09:16:12

    Corrigindo gioonero .....amo eles ...posta amore

  • Vall&Geisa Postado em 17/02/2016 - 09:15:22

    Ooow good uma fic geoonero adooooro...


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