Fanfics Brasil - Capítulo 13. A Canção De Dulce-Adaptada

Fanfic:  A Canção De Dulce-Adaptada | Tema: vondy


Capítulo: Capítulo 13.

14 visualizações Denunciar


Fazendo todo o possível para esconder seu aborrecimento, Daniel Muir se sentou com cuidado na borda da cama de Dulce Saviñón e a agarrou pela mão. O receio que se refletia em seus grandes olhos castanhos fez com que lhe encolhesse o coração. Aquela era ao menos a vigésima vez, desde que Christopher Uckermann o foi procurar no povoado, que teve que tragar a ira que sentia contra seus pais. Não podia entender como duas pessoas tão boas e caridosas como James e Edie podiam dar um trato tão insensível a sua filha mais nova. Se fosse verdade que a jovem estava grávida, seu estado não mudaria de um dia para outro. Mas tinha insistido na necessidade de confirmar sua suspeita aquela mesma noite.
Daniel não era partidário de assustar seus pacientes, e não havia a menor dúvida de que Dulce sentia medo. Não era de estranhar. Não a tinha atendido mais de uma dúzia de vezes em toda sua vida; só em uma ocasião desde aquela febre que afetou sua saúde mental, e ele era um desconhecido para ela. Agora se encontrava em sua habitação, tirada de um sono profundo para examiná-la. Edie montava guarda atrás dele, retorcendo as mãos, gemendo e chorando. Isto bastava para aterrorizar a jovem. Para cúmulo dos males, James estava do outro lado da habitação, marcando um atalho com seus passo no reluzente chão. Apesar de serem duas pessoas tão inteligentes, não pareciam ter nenhum senso comum.
— E bem? — Perguntou James com impaciência — Está grávida ou não?
Já era suficiente. Daniel se levantou da cama e se ergueu em toda sua altura; o que na realidade não era muito. Lançando um olhar hostil ao consternado casal, espetou:
— Saiam da habitação! Ainda não a examinei e não penso fazê-lo nestas condições.
Edie se sobressaltou. James parou depois de girar sobre seus calcanhares e cravou nele um olhar de assombro.
— Estão alterando a garota — disse Daniel com mais delicadeza — Rogo-lhes que esperem no corredor. Quando tiver um diagnóstico, os chamarei.
— Pois bem! — exclamou Edie indignada.
Naquele momento, Daniel não se importou em ter ofendido Edie Saviñón. A mulher estava esgotando sua paciência, e isto era o único que podia fazer para não ver-se obrigado a amarrá-la com uma corda. Atrasada ou não, Dulce tinha sentimentos, e sua mãe, mais que ninguém, deveria saber. Foi violentada, nada menos, e ninguém tinha chamado Daniel para que fora a examiná-la? Edie deveria saber naquele momento que era possível que a jovem apresentasse uma hemorragia interna ou, por exemplo, que tivesse contraído uma infecção. Não obstante, naquela oportunidade não lhe chamaram. Era quase como se Edie tivesse medo de que ele examinasse Dulce, como se temesse seu diagnóstico. Por quê? Esta era precisamente a pergunta que se fazia e Daniel não tinha uma resposta.


 


Depois de acompanhá-los até a porta, Daniel suspirou e se voltou para Dulce. A moça o estava olhando nervosa, com os olhos redondos como pratos. Fazendo todo o possível para parecer inofensivo, dirigiu-se lentamente à cama. Voltou a sentar-se na borda do colchão, agarrou sua mão de novo e lhe deu um tapinha afetuoso.
— Lembra-se de mim, Dulce? — perguntou-lhe em voz baixa.
Sem deixar de olhar fixamente sua boca, ela levantou o queixo e esfregou o rosto contra o ombro de sua camisola. Daniel contemplou seus traços finamente cinzelados, pensando que era uma pena que uma febre a tivesse deixado incapacitada. Embora as demais Saviñón estivessem casadas e, devido a longa distância que tinham que percorrer, raras vezes iam à casa de seus pais, Daniel recordava com toda claridade seus rostos. Sem lugar a dúvida, Dulce era a mais bonita das quatro irmãs. Mas, certamente, era preciso olhá-la atentamente para perceber isso. Tinha um cabelo azeviche extraordinariamente espesso, cujos sedosos cachos formavam redemoinhos em desordem ao redor do rosto, quase escondendo um rosto que era perfeito como um camafeu. 
Sua mãe não investia muito dinheiro em roupas para a jovem, possivelmente porque estragava todas suas roupas correndo pelas montanhas. Como consequência disto, Dulce andava por aí com vestidos humildes e pouco favorecedores, feitos com tecidos de má qualidade. Para cúmulo, ninguém tinha se incomodado em lhe ensinar como conviver em sociedade. Para ser justos com os Saviñóns, era bem possível que ela fosse incapaz de aprender; mas, mesmo assim, Daniel pensava que era uma pena que não tivessem tentado ao menos um pouco.
Naquelas condições, suas maneiras e seu comportamento eram os de uma criança de seis anos.
— Quando era muito pequena, eu acostumava esconder caramelos em meus bolsos quando vinha te ver, mas não acredito que possa se lembrar de nada disto.
Ela em seguida dirigiu o olhar para o bolso superior de sua jaqueta. Agarrando a lapela, Daniel esvaziou o compartimento interior, contente de levar sempre consigo doces que lhe permitiam ganhar a seus pacientes de menor idade. Inclinando-se um pouco para frente, soltou sua pequena mão.
— Venha, pegue todos os que quiser.
Suas sobrancelhas finamente arqueadas se juntaram para franzir o cenho. Em lugar de tentar agarrar as guloseimas, ela colocou uma mão sobre o ventre e negou ligeiramente com a cabeça.
— Não gosta dos caramelos, não é? — Com cuidado para não fazer nenhum movimento brusco, Daniel retirou o edredom e pôs uma mão junto a dela sobre seu ventre — Tem dor no estômago?
Massageou-a brandamente com suas mãos peritas. Tal e como seus pais lhe tinham advertido, seu ventre estava levemente volumoso. Examinou com cuidado o inchaço. Logo, voltou a cobrir a jovem até a cintura com o edredom e lhe sorriu.
— Tudo parece estar bem.


 


 


 


 


 




 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): * Luna_portiñón *

Este autor(a) escreve mais 2 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

A desconfiança que se refletia em seus olhos revelou a Daniel que, a não ser se mostrasse comedido, seria quase impossível lhe fazer um exame interno. Sem desanimar-se, inclinou-se para abrir sua maleta negra e tirar o estetoscópio. Tendo trabalhado nesta profissão durante mais de quarenta anos, converteu-se em todo um perito em tratar com ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 26



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • Padlock Postado em 07/05/2016 - 11:15:03

    :( :,O

  • Padlock Postado em 13/04/2016 - 17:02:08

    :,(

  • Padlock Postado em 19/03/2016 - 21:15:15

    Cade vc eu, posta mais

  • Padlock Postado em 18/03/2016 - 20:00:56

    Cade vc, vc deveria saber que não deve me deixar CURIOSA e esse ponto, POSTA LOGO PELO ANOR DE DEUS *-*

  • Padlock Postado em 14/03/2016 - 22:47:21

    Meu deus continua por favor posta logo tudo de uma vez rsrs sua fic tá perfeita cara :3

  • Padlock Postado em 12/03/2016 - 21:43:45

    cade vc por favor eu preciso de muito de capítulos continua por favor

  • Padlock Postado em 11/03/2016 - 13:15:56

    TUDO BEM CALMA EU NAO VOU ENTRAR EM PANICO EU NAO VOU ENTRAR EM PANICO MENTIRA EU JA ESTOU EM PANICO CARA CONTINUA QUE LIVRO PERFEITO E ESSE MEU DEUS E AINDA ADAPTADO PARA O MELHOR CASAL :3

  • Padlock Postado em 10/03/2016 - 19:32:19

    CADE VC MINHA FIA EU TO MORTA DE CURIOSIDADE AQUI

  • Dulce Amargo Postado em 09/03/2016 - 21:39:14

    Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • Padlock Postado em 09/03/2016 - 21:38:39

    Acho que vc tem mania de terminar o capítulo nas melhores horas so pode como alguém consegue me deixar tão CURIOSA meu deus anda logo eu quero muito mais tipo uns 50 dessa perfeição rsrs


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais