Fanfic: A Canção De Dulce-Adaptada | Tema: vondy
Durante o resto do dia e os dois seguintes, Christopher evitou deliberadamente subir ao quarto das crianças. Não obstante, todos os dias se reunia com a senhora Perkins para que o pusesse à par dos progressos de Dulce. Edie Saviñón lhes fez uma visita e, depois de permanecer ali um longo tempo, pareceu ficar satisfeita com as referências e o rendimento da senhora Perkins.
A senhora Perkins, uma amável mulher de meia idade, tinha chegado a Uckermann Halls com cartas de recomendação cheias de louvores e parecia ser a personificação da eficiência. Contou a Christopher que Dulce estava se adaptando muito bem a sua nova rotina, e que não devia preocupar o mínimo com seu bem-estar. A partir daquele momento, disse-lhe, isso era assunto dela.
Christopher estava mais que disposto a deixar que a mulher fizesse tudo sozinha. Não podia esquecer sua reação física na carruagem ante a presença de Dulce, e tampouco podia perdoar a si mesmo por isso. Quanto mais longe estivesse da jovem, melhor. Felizmente, o seu velho casarão era cheio de voltas e, tal e como havia predito o doutor Muir, a presença de Dulce naquele lugar podia passar quase inadvertida. Christopher seguiu com sua rotina habitual; trabalhava durante o dia nas cavalariças, nos campos ou na pedreira, e passava as noites fazendo contas ou descansando no escritório. Na terceira noite, ele acabava de recostar-se em sua cadeira favorita com uma taça de conhaque e um número recente de Morning Oregonian de Portland, quando um chiado dilacerador retumbou na habitação. Em seguida se endireitou em seu assento e lhe arrepiaram os cabelos da nuca. Pouco depois se ouviram uns gritos.
Christopher soltou uma maldição e saiu correndo ao corredor, onde chocou com Maddy, sua governanta, quem também se alarmou ao ouvir aquele escândalo. Depois de recuperar o equilíbrio com um pouco de dificuldade, os dois se dirigiram para as escadas. Na ascensão, Christopher tirou uma vantagem considerável da mulher. Maddy, gorducha e de pernas curtas, ia ofegando atrás dele. Quando Christopher chegou ao quarto das crianças, encontrou que a tinham fechado com chave por dentro. Golpeou com força o grosso painel de carvalho.
— Senhora Perkins! Que demônios está acontecendo?
— Me ajude! — A mulher parecia desesperada — Ai, Deus, tenha piedade! Ajude-me, por favor!
— Jesus, Maria e José! — Maddy se fez o sinal da cruz, horrorizada.
Christopher a empurrou de lado. Lançando-se um pouco para trás, deu um forte chute na porta. A grossa tábua de carvalho se manteve firme. Esporeado pelos gritos procedentes do quarto, deu vários passos para trás e investiu com todo seu peso com o ombro contra a porta. Depois do impacto, ricocheteou para trás com tal violência que se estrelou contra a parede.
— Caramba!
Maddy levou as mãos as têmporas.
— Deus santo! O que está acontecendo aí dentro?
Parecia uma confusão. Christopher olhou a porta com impetuosa resolução. Toda a vida ouviu histórias de homens que derrubavam portas a chutes, e ele era mais corpulento que a maioria. Tinha que haver um truque para consegui-o. Centrando toda sua atenção no pomo da porta, retrocedeu tanto como o permitiu a parede que se encontrava atrás dele, deu dois passos para pegar impulso e plantou o pé justo debaixo da fechadura de latão. A estrutura de madeira se estilhaçou, a porta cedeu e Christopher entrou no quarto das crianças correndo e cambaleando. Sem deixar de dar tombos, parou a escassos centímetros da senhora Perkins e Dulce, que pareciam estarem envolvidas em um combate mortal.
Tal era a confusão daqueles corpos retorcidos, que Christopher demorou um momento para entender o que estava acontecendo. Quando finalmente o fez, abriu os olhos como pratos. Dulce, a dócil criancinha que segundo o doutor Muir nunca lhe causaria problemas, tinha os dentes cravados no dedo da senhora Perkins. Pelo visto, tinha a intenção de liberar a mulher dessa parte acessória de seu corpo. A mulher, dava saltos de dor, golpeava a sua atacante na cabeça e nos ombros para tentar soltar-se. Antes que Christopher pudesse intervir, a mulher decidiu que os golpes simples não serviam de nada e recorreu aos punhos.
— Já basta! — gritou Christopher.
Autor(a): * Luna_portiñón *
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Entrou na luta, sem saber muito bem a quem deveria salvar se Dulce, que estava sendo esmurrada, ou a senhora Perkins, que corria o risco de perder uma parte de seu corpo. Pouco depois, percebeu que Maddy estava participando da briga um pouco de fora, por assim dizê-lo; agarrava roupas por um lado, braços e cabelos pelo outro, e seu forte sotaque irlandês ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 26
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Padlock Postado em 07/05/2016 - 11:15:03
:( :,O
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Padlock Postado em 13/04/2016 - 17:02:08
:,(
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Padlock Postado em 19/03/2016 - 21:15:15
Cade vc eu, posta mais
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Padlock Postado em 18/03/2016 - 20:00:56
Cade vc, vc deveria saber que não deve me deixar CURIOSA e esse ponto, POSTA LOGO PELO ANOR DE DEUS *-*
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Padlock Postado em 14/03/2016 - 22:47:21
Meu deus continua por favor posta logo tudo de uma vez rsrs sua fic tá perfeita cara :3
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Padlock Postado em 12/03/2016 - 21:43:45
cade vc por favor eu preciso de muito de capítulos continua por favor
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Padlock Postado em 11/03/2016 - 13:15:56
TUDO BEM CALMA EU NAO VOU ENTRAR EM PANICO EU NAO VOU ENTRAR EM PANICO MENTIRA EU JA ESTOU EM PANICO CARA CONTINUA QUE LIVRO PERFEITO E ESSE MEU DEUS E AINDA ADAPTADO PARA O MELHOR CASAL :3
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Padlock Postado em 10/03/2016 - 19:32:19
CADE VC MINHA FIA EU TO MORTA DE CURIOSIDADE AQUI
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Dulce Amargo Postado em 09/03/2016 - 21:39:14
Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
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Padlock Postado em 09/03/2016 - 21:38:39
Acho que vc tem mania de terminar o capítulo nas melhores horas so pode como alguém consegue me deixar tão CURIOSA meu deus anda logo eu quero muito mais tipo uns 50 dessa perfeição rsrs