Fanfics Brasil - Capítulo 49. A Canção De Dulce-Adaptada

Fanfic:  A Canção De Dulce-Adaptada | Tema: vondy


Capítulo: Capítulo 49.

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Poderíamos manter em segredo a viagem a Portland — disse Christopher — Ninguém tem por que saber que um médico a examinou.
— Não darei minha autorização para que a submetam a nenhum exame — disse James com firmeza.
Christopher não necessitava a autorização do pai, e os Saviñóns sabiam. Entretanto, não acreditou que fosse prudente repeti-lo.
— Entendo.
— Por favor, tenha a certeza de que queremos nossa filha — adicionou James.
Com uma expressão séria no rosto, Christopher observou aquele homem, a quem alguma vez admirou tanto. Acreditava que queria sua filha, então deveria dar a palavra amor uma definição completamente diferente da de Christopher. Não só por sua relutância a deixar que examinassem a jovem, mas também por tudo o que tinha acontecido antes; a insossa cerimônia de casamento, a festa no jardim que teve prioridade sobre as necessidades de Dulce e muitas outras coisas que Christopher não pôde recordar nesse momento. Amor? Que Saviñón sequer se atrevesse a usar esta palavra era uma farsa.
— Se acreditássemos que os exames poderiam revelar algo novo, fosse o que fosse, — prosseguiu James — teríamos levado Dulce a Portland há muitos anos.
Silêncio. Um silêncio evidente e acusador. Naquele momento, Christopher soube que os Saviñóns se oporiam até o fim de seus dias a permitir que os médicos vissem Dulce. Se lhes contrariassem, as coisas ficariam feias. Muito feias. Precisava pensar nas coisas atentamente antes de tomar uma decisão, não porque lhe importasse particularmente proteger a relação que tinha com seus sogros, mas sim porque a felicidade de Dulce podia estar pendente de um fio. Se, como Maddy suspeitava, a garota podia sentir afeto, então certamente queria a seus pais, merecessem-no ou não. Por seu bem, Christopher não queria provocar um distanciamento, ao menos sem uma boa razão. Sem dúvida confundindo o silêncio de Christopher com uma mudança de atitude, Edie recuperou a compostura ligeiramente. Com um tom de voz mais tranquilo e moderado, voltou a falar.
— Sei o muito enganoso que pode ser o comportamento de Dulce, senhor Uckermann. De vez em quando pode fazer prova de certo grau do que poderia parecer uma inteligência normal, mas em seguida experimenta uma regressão. Acredite em mim. Embora odeie usar esta palavra, minha filha é uma idiota. Nada no mundo poderá mudar isso.
Tão esgotado que não poderia descrevê-lo com palavras, Christopher suspirou e voltou a esfregar o rosto com uma mão. Quase não tinha pregado o olho na noite anterior. Dulce... Com seu doce rosto e seus perplexos olhos castanhos. Não podia tirá-la da cabeça. Possivelmente Maddy e ele estivessem aferrando-se desesperadamente a uma falsa esperança. Mas tinha que certificar-se disso, maldição!
— Sinto muito. —Tentou escapar pela tangente — Acredito que não deveria vir aqui. Alterei os dois e se tiverem razão, o fiz sem motivo algum. É só que eu... — encolheu os ombros — Ontem a noite... Ao vê-la... Tive a segurança de que havia alguma esperança.
Olhou para Edie nos olhos e pôde ver sua dor, e soube que acreditava de todo coração que sua filha tinha herdado a loucura de sua família. Seria possível que fosse tal sua certeza a respeito e que tivesse tanto medo de que seu marido se divorciasse dela, que não queria ver nenhuma outra possibilidade?
— Não há nenhuma esperança — disse ela com voz trêmula — Bem sabe Deus que queria que a houvesse. Pelo bem de Dulce, tem o senhor que tirar todas essas dúvidas da cabeça.
Pelo bem de Dulce. Christopher mordeu a língua para não dizer nada que logo pudesse lamentar.
— Nos últimos três anos, sua condição começou a deteriorar-se. — destacou Edie — Tanto é assim agrediu fisicamente a pessoa que você contratou para cuidar dela. Se permitirmos que siga tendo esse tipo de comportamentos, será necessário interná-la em um hospital psiquiátrico, senhor Uckermann. Sei que veio aqui esta manhã com as melhores intenções e que não é uma má pessoa. Mas deve você confiar totalmente em mim. Eu não imaginei por prazer todas essas regras que Dulce deve seguir. Fiz isto para proteger seu futuro. Por esta razão, o senhor deve cumpri-las, tal e como prometeu que o faria. Do contrário, não haverá quem a controle e todos meus anos de trabalho terão sido em vão. Não quero que minha filhinha termine em um manicômio.
— Eu tampouco quero isso. Acredite em mim, por favor.
— Certamente que acreditamos — interveio James.
Christopher ficou de pé.
— Sinto muito lhes haver importunado desta maneira.
— Tolice — o repreendeu Edie — Dulce é nossa filha e a amamos.
Aquela palavra de novo. Amor. Christopher queria perguntar aquelas pessoas se entendiam seu significado. James se levantou e abraçou sua esposa.
— Assim é. Alegra-me que tenha vindo nos ver para falar das inquietações que tinha. Não teríamos esperado que fosse de outra maneira.
Enquanto Christopher se despedia dos Saviñóns e partia de sua casa, milhares de perguntas lhe davam voltas na cabeça e nenhuma delas se podia responder de uma maneira simples. Estavam os pais de Dulce tão absortos em seus próprios assuntos que não podiam ver os de Dulce? Ou acaso Maddy e ele estavam se arremetendo em riste contra moinhos de vento?
— Senhor Uckermann! Senhor Uckermann! Espere um momento, por favor!
Christopher ouviu esta voz justo ao chegar à rua, depois de sair do caminho de entrada da casa dos Saviñóns. Puxando as rédeas de seu cavalo negro para que parasse, voltou-se ligeiramente sobre a sela e viu Edie sair correndo da sombra de um frondoso carvalho para atravessar o jardim. Usava uma saia muito ampla que caía até o tornozelo e se agitava atrás dela como uma bandeira azul. Na distância, ele quase poderia acreditar que aquela mulher era Dulce, com seu cabelo azeviche e seu corpo magro. Este pensamento fez com que secasse a garganta. Sentiu uma pena infinita. Se Edie estava certa, Dulce nunca poderia falar, e muito menos chamar alguém.


 


 


 


 




 



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Autor(a): * Luna_portiñón *

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Ela parou ao chegar no canal de deságue que se encontrava junto à rua, apertando o ventre com uma mão como se tentasse recuperar o fôlego penosamente. Christopher esperou com paciência até que ela pudesse falar. Ele notou que inclusive depois de correr para diminuir a distância que os separava, a mulher ainda estava pálida ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 26



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  • Padlock Postado em 07/05/2016 - 11:15:03

    :( :,O

  • Padlock Postado em 13/04/2016 - 17:02:08

    :,(

  • Padlock Postado em 19/03/2016 - 21:15:15

    Cade vc eu, posta mais

  • Padlock Postado em 18/03/2016 - 20:00:56

    Cade vc, vc deveria saber que não deve me deixar CURIOSA e esse ponto, POSTA LOGO PELO ANOR DE DEUS *-*

  • Padlock Postado em 14/03/2016 - 22:47:21

    Meu deus continua por favor posta logo tudo de uma vez rsrs sua fic tá perfeita cara :3

  • Padlock Postado em 12/03/2016 - 21:43:45

    cade vc por favor eu preciso de muito de capítulos continua por favor

  • Padlock Postado em 11/03/2016 - 13:15:56

    TUDO BEM CALMA EU NAO VOU ENTRAR EM PANICO EU NAO VOU ENTRAR EM PANICO MENTIRA EU JA ESTOU EM PANICO CARA CONTINUA QUE LIVRO PERFEITO E ESSE MEU DEUS E AINDA ADAPTADO PARA O MELHOR CASAL :3

  • Padlock Postado em 10/03/2016 - 19:32:19

    CADE VC MINHA FIA EU TO MORTA DE CURIOSIDADE AQUI

  • Dulce Amargo Postado em 09/03/2016 - 21:39:14

    Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • Padlock Postado em 09/03/2016 - 21:38:39

    Acho que vc tem mania de terminar o capítulo nas melhores horas so pode como alguém consegue me deixar tão CURIOSA meu deus anda logo eu quero muito mais tipo uns 50 dessa perfeição rsrs


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