Fanfics Brasil - Capítulo 2. A Canção De Dulce-Adaptada

Fanfic:  A Canção De Dulce-Adaptada | Tema: vondy


Capítulo: Capítulo 2.

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Christopher parecia cada vez mais consternado.

— Deus santo! Você o fez, verdade? Você violentou essa pobre garota.

A Douglas tremia-lhe o queixo. Cobriu com o antebraço seus olhos castanhos.

— É um defensor de causas perdidas, Christopher. Dulce Saviñón tem o cérebro afetado, mas do pescoço para abaixo está perfeitamente bem. Ela queria tanto como eu. E, embora não fosse assim, o que importa? Não pode recordar seu próprio nome, e muito menos o que lhe aconteceu faz cinco minutos. Está se comportando como se houvesse trepado com Amy Widlow, a filha do pastor.

— Amy Widlow ou Dulce Saviñón, qual é a diferença? Uma violação é uma violação.
Douglas deixou escapar de novo um suspiro desdenhoso e zombeteiro. Christopher sentiu uma enorme vontade de levantá-lo de um puxão de sua cama de palha e sacudi-lo até que estivesse completamente sóbrio. Mas em lugar de fazer isto, ficou olhando-o fixamente, rogando para que tudo aquilo não fosse mais que um pesadelo. Douglas sempre foi um demônio; mas, apesar de toda sua indisciplina, nunca fez mal a ninguém. E porque não o tinha feito, Christopher enganou a si mesmo acreditando que nunca o faria. “Já mudará com o tempo”, dizia Christopher a si mesmo uma e outra vez. “Simplesmente é uma criança cheia de vida”. Agora já sabia que não era assim. Independentemente de sua idade, um homem tinha a capacidade de sentir compaixão ou não. Isto não era algo que pudesse se acostumar. O que mais afligia Christopher era que teria podido evitar aquela dor de Dulce Saviñón se tivesse aberto os olhos antes; se não se negasse a aceitar a flagrante verdade: que Douglas não era um homem bom, que nunca o seria.

Os habitantes de Hooperville afirmavam que Christopher e seu irmão eram quase idênticos. Este era um parecido do qual Christopher sempre se orgulhou. Mas agora só queria ver as diferenças que havia entre eles e gritar ao mundo inteiro que só eram meios-irmãos. Seu pai era Bartholomew Uckermann, mas tinham mães diferentes. A mãe de Christopher, Sarah, morreu por causa de uma intoxicação pouco depois que ele fez três anos. Como bom criador de cavalos de raça que era Christopher sempre deu uma grande importância à linha de sangue, e agora se valia disto como uma desculpa, dizendo que Douglas certamente tinha herdado algum mau traço de Alicia, a madrasta de Christopher. O sabor amargo da vergonha lhe chegou até a garganta. Violação.

Esta era uma palavra desagradável, uma palavra que nunca teria imaginado que pudesse guardar relação alguma com ele. Seu próprio irmão! Não podia acreditar. Não obstante, ali estava Douglas, o violador, e cada uma de suas palavras e suas ações era testemunho de sua culpa.

— Como pôde fazer algo semelhante? — Christopher levou as mãos, trêmulas, acabeça. Começou a andar de um lado para outro, e logose voltou de novo para olhar fixamente seu irmão — Que classe demonstro é? Como pôde fazer dano a uma menina tão indefesa como Dulce Saviñón?
— Ela não é nenhuma menina. — Tocando com cuidado o arranhão que tinha no pescoço, e que Christopher não tinha notado até então, Douglas acrescentou: — E tampouco é uma criatura indefesa.

Christopher deixou cair os braços e fechou os punhos.

— E mesmo assim afirma que não a obrigou? Pelo aspecto desse arranhão, eu diria que resistiu com todas suas forças.


 


Douglas moveu freneticamente a cabeça e se incorporou; bocejou com descuido e se acomodou colocando os braços sobre seus joelhos dobrados. Sua camisa branca estava coberta de terra vermelha. Como a maior parte da que se encontrava nos declive das montanhas que rodeavam Hooperville, a terra ao redor das Cataratas Brumosas era uma argila de cor avermelhada. Christopher sentiu náuseas. E também se sentiu vencido. Desde que seu pai e sua madrasta morreram há quatorze anos, em um acidente do qual sempre culpou a si mesmo, fazia todo o possível para reparar aquela perda e dar a seu irmão mais novo uma educação decente, para lhe inculcar os valores e princípios morais que seu pai lhe teria ensinado se estivesse vivo.

Seus esforços não tinham servido de nada. Sob aquele bonito exterior, Douglas era tão podre como uma resto de peixe que estava a uma semana no mau tempo, e nada do que Christopher fizesse poderia mudar isso.

— Que desculpa tão desprezível para um homem como o que resultaste ser — sussurrou Christopher — Graças a Deus que nosso pai não está vivo para vê-lo.

Douglas olhou para Christopher, com os olhos apertados para combater a intensa luz da tarde, e percebeu seu olhar acusador.

— Percebe o que está dizendo? Dulce Saviñón é uma idiota, pelo amor de Deus! Me diverti um pouco com ela. Tenho certeza que já nem sequer se lembra do acontecido. Não entendo a que se deve tanto escândalo.

Christopher não foi consciente de seus próprios movimentos. De repente se viu a si mesmo agarrando seu irmão pelo pescoço e imobilizando-o contra a parede. Douglas, que era um homem alto e fornido, embora nunca tivesse movido um dedo em toda sua vida para fazer um trabalho decente, sabia lutar, mas todos seus desesperados esforços por liberar-se das mãos de Christopher foi em vão. A falta de ar fez com que a cor de seu rosto passasse do vermelho a arroxeado, antes que Christopher percebesse o que estava fazendo e deixasse de sujeitá-lo com tanta força.

— Que Deus me ajude! Poderia te estrangular. Embora seja de meu próprio sangue, te mataria sem vacilar um instante.

Douglas se retorceu entre o corpo curtido pelo trabalho de Christopher e as ásperas tábuas da parede. Suas coxas rodeavam o joelho de seu irmão mais velho, alojando-se de modo ameaçador sobre sua virilha.

— Está louco! — disse Douglas com voz rouca.

Controlando o desejo de machucar seu irmão, Christopher se conformou em lhe dar um forte empurrão. As costas de Douglas golpeou a madeira com um seco impacto. O fôlego de uísque azedo golpeou Christopher na cara e lhe fez entender que aquele jovem, a quem gostava tanto, de uma maneira tão excepcional, converteu-se em um bêbado briguento e desalmado.

— Não estou louco, Douglas! Mas acredito que acabo de recuperar a razão. Não tenho feito mais que te justificar e te tirar de apuros toda a vida. Mas desta vez não o farei. Se for à forca por isso, eu estarei entre os espectadores que vão presenciar sua morte.
— Já te disse que só estava me divertindo um pouco.
— A custa da pobre Dulce.


 


 


 


 


 



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Autor(a): * Luna_portiñón *

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Christopher soltou seu irmão com um gesto que parecia indicar que o só o fato de tocá-lo poderia poluí-lo. Nunca em sua vida esteve tão perto de matar um homem. Apesar de que só tinha visto Dulce Saviñón brevemente umas poucas vezes, e sempre de longe, não podia deixar de imaginar-lhe uma criatura baixa e magra, ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 26



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  • Padlock Postado em 07/05/2016 - 11:15:03

    :( :,O

  • Padlock Postado em 13/04/2016 - 17:02:08

    :,(

  • Padlock Postado em 19/03/2016 - 21:15:15

    Cade vc eu, posta mais

  • Padlock Postado em 18/03/2016 - 20:00:56

    Cade vc, vc deveria saber que não deve me deixar CURIOSA e esse ponto, POSTA LOGO PELO ANOR DE DEUS *-*

  • Padlock Postado em 14/03/2016 - 22:47:21

    Meu deus continua por favor posta logo tudo de uma vez rsrs sua fic tá perfeita cara :3

  • Padlock Postado em 12/03/2016 - 21:43:45

    cade vc por favor eu preciso de muito de capítulos continua por favor

  • Padlock Postado em 11/03/2016 - 13:15:56

    TUDO BEM CALMA EU NAO VOU ENTRAR EM PANICO EU NAO VOU ENTRAR EM PANICO MENTIRA EU JA ESTOU EM PANICO CARA CONTINUA QUE LIVRO PERFEITO E ESSE MEU DEUS E AINDA ADAPTADO PARA O MELHOR CASAL :3

  • Padlock Postado em 10/03/2016 - 19:32:19

    CADE VC MINHA FIA EU TO MORTA DE CURIOSIDADE AQUI

  • Dulce Amargo Postado em 09/03/2016 - 21:39:14

    Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • Padlock Postado em 09/03/2016 - 21:38:39

    Acho que vc tem mania de terminar o capítulo nas melhores horas so pode como alguém consegue me deixar tão CURIOSA meu deus anda logo eu quero muito mais tipo uns 50 dessa perfeição rsrs


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