Fanfic: A Canção De Dulce-Adaptada | Tema: vondy
Maddy estava aparentemente tão frustrada como Christopher.
— Bom, pois seu ouvido está bem, tenha isto por certo. Quando a chamo, ela quase sempre se volta para ouvir seu nome. — Franziu o cenho, pensativa, e esfregou a taça entre suas mãos — Pensei que este era o motivo pelo qual o senhor queria que um médico a examinasse, para saber o que tem exatamente.
Christopher riu amargamente.
— Se decido submetê-la a uns exames médicos, ou chego a sugerir sequer que eu gostaria que ela ficasse aqui depois de que nasça o bebê, terei que liberar uma verdadeira batalha.
— Os Saviñón já não tem nenhum direito legal. O senhor pode fazer o que lhe dá vontade.
— É verdade, mas eles são os pais de Dulce. Se estiver certo, e ela pode estabelecer vínculos afetivos, um distanciamento seria... — Christopher deixou que sua voz fosse se apagando. Depois de um momento, disse: — Não quero lhe partir o coração sem que haja um bom motivo.
— Não, não queremos isso. Tenho a sensação de que essa pobre menina já sofreu o suficiente em sua curta vida.
Tão brevemente como foi possível, Christopher lhe contou tudo o que foi dito durante sua conversa com os Saviñóns, incluindo as estranhas advertências de Edie; que nunca deveria deixar Dulce sozinha com um gato nem com uma criança.
— Isso é absurdo — disse Maddy, zangada — A garota é inofensiva.
— Não foi ontem à noite ao agredir a senhora Perkins — recordou Christopher — E tampouco se comportou como um anjo quando a trouxe a casa na carruagem.
— Provocaram-na e perdeu os estribos!
Christopher não podia negar. Olhou fixamente as profundidades da cor âmbar de seu conhaque. Quando voltou a levantar os olhos, tinha tomado a decisão de lhe contar todo o ocorrido para Maddy, inclusive o relacionado com o tio de Edie e o temor dos Saviñón de que sua filha pudesse estar louca. Não se permitiu pensar que estava faltando a promessa de guardar o segredo que tinha feito a James Saviñón. Maddy nunca repetiria o que ele iria contar lhe, e o futuro de Dulce estava em jogo. Enquanto ele falava, Maddy ficou lívida.
— Deus bendito! — sussurrou ela quando ele terminou de falar — A garota não está louca, senhor. Apostaria a vida por isso.
Christopher pensava o mesmo.
— Entretanto, acredito que os Saviñóns temem que possa estar, o qual explica sua relutância em permitir que um médico a examine.
Maddy negou tristemente com a cabeça.
— Porque um médico poderia descobrir que ela não está simplesmente perturbada, a não ser completamente louca?
— Um descobrimento semelhante poderia destruir a carreira política de James Saviñón e, se isto acontecer, sua esposa parece acreditar que se divorciaria dela.
— Em outras palavras, as árvores não lhes deixam ver o bosque.
Christopher deixou escapar um suspiro.
— Não sei. Talvez sejamos nós que não vemos as coisas com claridade. Só o tempo dirá, suponho. — Olhou para Maddy nos olhos enquanto um leve sorriso se esboçava em seus lábios — Por sorte, ainda temos suficiente tempo. Não estamos precisamente brincando enquanto Roma arde. Ela só está grávida de quatro meses. Temos cinco meses mais para observá-la e tomar uma decisão. Se depois de umas poucas semanas, tivermos a plena certeza de que se pode fazer algo para ajudá-la, a levarei a Portland, e seus pais podem ir ao inferno.
Maddy levantou sua taça.
— Brindo por isso.
Christopher não pôde conter um sorriso.
— Não será nada agradável. Se decido ir contra sua vontade, enfrentarão a mim com todas suas forças.
— Pois encontrarão em nós dois as fôrmas de seus sapatos. — Dos olhos da governanta saíram algumas lágrimas quando bebeu o resto do conhaque. Agitando uma mão frente a seu rosto, piscou e tomou ar através dos dentes — Deus! Esta coisa me faz arder da cabeça até os pés!
Christopher riu.
— Bom, então chegamos a uma decisão?
— É, mas bem uma decisão em troca de outra; mas sim, chegamos a uma decisão. Levaremos a garota a Portland para que um médico a examine.
— Se virmos indícios de que tem capacidade de aprender — apontou Christopher.
— Estou segura de que assim será.
— Não faça muitas ilusões, Maddy. Não quero vê-las truncadas. Temos que ser prudentes.
— Não se truncarão — lhe assegurou ela com um brilho desafiante nos olhos — É possível que a garota não saiba matemática nem nenhuma dessas coisas, mas tem a capacidade de aprender. Aposto minhas queridas ligas que é assim.
— Espero que tenha razão. — Mais tranquilo do que se sentiu em muitas horas, apoiou um ombro contra a parede — Há outro problema que não tratamos: temos que conseguir outra pessoa para cuidar de Dulce. Sei que tem muito trabalho, e não posso esperar que assuma a responsabilidade adicional de cuidar dela. Temos que contratar a outra pessoa. Ah! E a propósito, onde está ela agora?
— Em seu quarto. Pedi a uma das criadas que ficasse com ela enquanto eu conversava com o senhor. Henry já arrumou a porta, por certo. Mudou o revestimento e a fechadura. Ficou como nova.
— Que rápido o fez!
— Sim, bom, tive que lhe molestar. Já conhece Henry. Se for possível deixar para amanhã... — Sua voz foi se apagando.
— Sinto muito que tenha que trabalhar mais da conta, Maddy.
Ela fez um gesto com a mão para desprezar as desculpas.
— Não me incomoda cuidar da garota. Se a isso se refere, ela pode me seguir enquanto eu faço meu trabalho. Na casa de seus pais não a encerravam em seu quarto, verdade?
— Não.
— Bom, então, se fugir de mim e sair correndo, não acontecerá nada. Sabemos onde encontrá-la.
Christopher reconheceu, assentindo, que ela tinha razão. Sua principal preocupação era que, dado que gostava de perambular pelo bosque, caso Dulce se atrevesse a afastar-se da casa e se machucasse. Até que desse a luz, era preciso tomar medidas especiais para garantir seu bem-estar.
— Está segura de que não te incomoda cuidar dela? Por razões óbvias, não quero que saia sozinha de casa.
— Não me incomoda. — Maddy o observou durante um momento — Quanto a não deixar que saia sozinha, possivelmente o senhor possa encontrar tempo para acompanhá-la.
Autor(a): * Luna_portiñón *
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Eu? — Esta sugestão pegou Christopher despreparado. Depois da reação física que a cercania de Dulce lhe produziu na carruagem aquela manhã, não fazia nenhuma graça a ideia de ficar a sós com ela — Acredito que seria melhor que pedisse a um dos empregados da casa que a acompanhe.Maddy torceu o gesto.&md ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 26
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Padlock Postado em 07/05/2016 - 11:15:03
:( :,O
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Padlock Postado em 13/04/2016 - 17:02:08
:,(
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Padlock Postado em 19/03/2016 - 21:15:15
Cade vc eu, posta mais
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Padlock Postado em 18/03/2016 - 20:00:56
Cade vc, vc deveria saber que não deve me deixar CURIOSA e esse ponto, POSTA LOGO PELO ANOR DE DEUS *-*
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Padlock Postado em 14/03/2016 - 22:47:21
Meu deus continua por favor posta logo tudo de uma vez rsrs sua fic tá perfeita cara :3
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Padlock Postado em 12/03/2016 - 21:43:45
cade vc por favor eu preciso de muito de capítulos continua por favor
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Padlock Postado em 11/03/2016 - 13:15:56
TUDO BEM CALMA EU NAO VOU ENTRAR EM PANICO EU NAO VOU ENTRAR EM PANICO MENTIRA EU JA ESTOU EM PANICO CARA CONTINUA QUE LIVRO PERFEITO E ESSE MEU DEUS E AINDA ADAPTADO PARA O MELHOR CASAL :3
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Padlock Postado em 10/03/2016 - 19:32:19
CADE VC MINHA FIA EU TO MORTA DE CURIOSIDADE AQUI
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Dulce Amargo Postado em 09/03/2016 - 21:39:14
Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
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Padlock Postado em 09/03/2016 - 21:38:39
Acho que vc tem mania de terminar o capítulo nas melhores horas so pode como alguém consegue me deixar tão CURIOSA meu deus anda logo eu quero muito mais tipo uns 50 dessa perfeição rsrs