Fanfic: A Canção De Dulce-Adaptada | Tema: vondy
Christopher permaneceu imóvel com um pé apoiado no último degrau do alpendre dos Saviñóns. Escrutinou os arbustos com o olhar para tentar ver a jovem uma vez mais. A espessa folhagem frustrou esta tentativa. De repente, chegou a seus ouvidos um débil ofego, e os arbustos começaram a balançar-se. Jogando o peso de seu corpo para trás, viu uma mancha branca. Imediatamente ela saiu de supetão dos arbustos. Seu corpo magro parecia flutuar sobre uma nuvem.
— Não te farei mal, Dulce. Não tenha medo. — antes que suas palavras se apagassem por completo, ela já tinha desaparecido no espesso mato que rodeava o jardim — Maldição!
Convencido de que corria perigo ao andar sozinha de noite pelo bosque, Christopher esteve a ponto de ir atrás dela. Logo repensou e mudou de ideia. Era evidente que acreditava que ele era Douglas, e o terror que lhe produzia a faria correr com todas suas forças. Embora conseguisse pegá-la, duvidava que pudesse lhe fazer entender que não tinha a intenção de lhe fazer mal algum. Pobre criatura. Já teve que carregar uma cruz muito pesada em sua vida antes que Douglas lhe acrescentasse novas angústias. Christopher não queria agravar seus problemas lhe dando um susto de morte. Era muito possível que não pudesse entender o que lhe tinha acontecido naquele dia, nem tampouco que era pouco provável que aquilo voltasse a ocorrer. Moveu a cabeça com tristeza e continuou subindo as escadas. Deus santo. Só a ideia de que aquela pobre criancinha acreditasse que ele era o violador fazia com que Christopher quisesse retornar correndo para casa para dar o Douglas a surra de sua vida. Sua indômita ira lhe fez bater na porta dos Saviñóns com mais força da que teria empregado normalmente. O sangue sempre falava mais alto e por esta razão Christopher não queria ver seu irmão balançando-se no extremo de uma corda. Mas, além disso, se pegassem Douglas, iria ter muitíssimos problemas.
Edie Saviñón, a esposa do juiz, abriu-lhe a porta. Surpreendeu-lhe ligeiramente que não foi uma criada quem lhe fez passar, mas em seguida compreendeu que aquela noite era excepcional na vida daquela família, que eram tempos que se impunham a discrição e os murmúrios. Sem dúvida alguma, o fato de ter uma filha com atraso mental já era o suficientemente difícil. Se a notícia se propagasse que tinham violentado a jovem, os rumores nunca deixariam que os Saviñóns esquecessem o acontecido. Sem dúvida, tinham dado o dia livre a todos os empregados para certificar-se de que isto não acontecesse.
Christopher pensou que era uma pena que os Saviñóns tivessem que ocupar-se deste tipo de assuntos em um momento semelhante. Mas supunha que isto era muito normal. Apesar de que a maioria das pessoas era bastante pormenorizada quando se tratava de deficiências, não faltavam os indivíduos de mentalidade fechada. Embora seus pais nunca levassem Dulce ao povoado, nem tampouco deixavam que as visitas a vissem, Christopher ouviu dizer que algumas damas tinham desprezado Edie em mais de uma ocasião por causa de sua filha. Também se murmurava que as outras três filhas dos Saviñóns rara vez iam à casa de seus pais, e que isto não se devia a distância, como esta família sustentava, mas sim a que seus maridos não se sentiam a gosto na presença de Dulce.
Embora impecavelmente arrumada, com seu vestido de alpaca verde e seu cabelo grisalho preso em um perfeito coque no alto da cabeça, Edie parecia esgotada. Seus olhos castanhos estavam inchados de tanto chorar. O rosto delicadamente esculpido mostrava sua lividez, a pele tirante sobre as maçãs do rosto salientes, a boca finamente desenhada, franzida e rodeada por duas gretas profundas. Sobressaltou-se ao vê-lo ali, mas conseguiu dissimular muito bem. O único sinal delator era o nervoso movimento com o que seus dedos puxavam a saia.
— Senhor Uckermann. — Inclinou a cabeça ao dirigir-se a ele. Sua atitude era séria e formal — A que devemos esta... Honra?
Parecia como se pronunciar esta última palavra lhe tivesse produzido náuseas. Mas isto era natural. Os Uckermann não deviam estar no primeiro lugar de suas preferências naquele momento. Imaginava que seu mais veemente desejo seria lhe arrancar os olhos com as unhas. Se Dulce fosse sua filha, assim é como se sentiria ele. Furioso. Irado. Sedento de vingança.
— Vim conversar com seu marido. — Christopher quase não podia falar — Espero que esteja em casa.
Ela assentiu com a cabeça e abriu a porta um pouco mais, lhe fazendo gestos para que passasse ao saguão, embora com evidente relutância. Sentindo-se como um caruncho em um saco de farinha,
Christopher fez girar o chapéu em suas mãos; desejava com todas suas forças não encontrar-se ali naqueles momentos. O que poderia dizer aos pais da garota a quem seu irmão tinha violentado? Vim reparar o dano? Como se isto fosse possível... Uma desculpa não seria suficiente para concertar dano causado. Sentiu vergonha umas quantas vezes ao longo de sua vida, mas esta ocasião levava o prêmio. Normalmente seguro de si mesmo e por completo alheio ao que outros pensassem, Christopher observou o refinado estilo do vestido de Edie Saviñón e desejou ter tempo necessário para vestir-se de uma maneira um pouco mais formal. Já era suficiente ser o irmão de um violador, para parecer, além disso, um homem de mau gosto era ruim. Mas, bom, já era muito tarde. Embora tivesse a sorte de*******de uma enorme fortuna e de uma casa tão grande que todo seu dinheiro caberia no andar de baixo, Christopher passava a maior parte de seu tempo com os peões, trabalhando com os cavalos ou no campo. Quando exercia vida social, o qual era muito raro, preferia a companhia das pessoas comum que ganhava a vida lavrando a terra. A menos que planejasse ir ao povoado, normalmente se vestia com jeans azuis e uma camisa cômoda e prática, com a gola aberta e até os cotovelos.
Antes de ir aquela casa, lavou-se e barbeara-se, e tinha vestido calça de montar de meio cano e uma jaqueta, considerando-se que desta maneira estaria apresentável. Com todas as preocupações que tinha, esqueceu que Saviñón era um homem que dava grande importância às aparências. Depois de ter sido juiz por mais de trinta anos, nem sequer tinha animais domésticos em sua propriedade, e muito menos se rebaixaria a sujar as mãos.
— O juiz está em seu escritório. — A atitude da senhora Saviñón era
perfeitamente cortês, mas glacial.
Muito consciente de que ela não se ofereceu para lhe guardar o chapéu, Christopher a seguiu até um corredor comprido cheio de portas. Ao chegar na metade do corredor, ela parou e deu um golpezinho suave sobre uma porta de carvalho reluzente.
— Juiz? Alguém veio lhe ver.
Autor(a): * Luna_portiñón *
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uviu-se um grunhido indiscernível no interior daquela habitação. A senhora Saviñón abriu a porta e se afastou para que Christopher pudesse entrar. Ao fazê-lo, tranquilizou-se um pouco. Era um escritório muito parecido ao dele, com cadeiras amplas e cômodas estrategicamente distribuídas ao redor de tapetes tecidos e ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 26
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Padlock Postado em 07/05/2016 - 11:15:03
:( :,O
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Padlock Postado em 13/04/2016 - 17:02:08
:,(
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Padlock Postado em 19/03/2016 - 21:15:15
Cade vc eu, posta mais
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Padlock Postado em 18/03/2016 - 20:00:56
Cade vc, vc deveria saber que não deve me deixar CURIOSA e esse ponto, POSTA LOGO PELO ANOR DE DEUS *-*
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Padlock Postado em 14/03/2016 - 22:47:21
Meu deus continua por favor posta logo tudo de uma vez rsrs sua fic tá perfeita cara :3
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Padlock Postado em 12/03/2016 - 21:43:45
cade vc por favor eu preciso de muito de capítulos continua por favor
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Padlock Postado em 11/03/2016 - 13:15:56
TUDO BEM CALMA EU NAO VOU ENTRAR EM PANICO EU NAO VOU ENTRAR EM PANICO MENTIRA EU JA ESTOU EM PANICO CARA CONTINUA QUE LIVRO PERFEITO E ESSE MEU DEUS E AINDA ADAPTADO PARA O MELHOR CASAL :3
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Padlock Postado em 10/03/2016 - 19:32:19
CADE VC MINHA FIA EU TO MORTA DE CURIOSIDADE AQUI
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Dulce Amargo Postado em 09/03/2016 - 21:39:14
Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
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Padlock Postado em 09/03/2016 - 21:38:39
Acho que vc tem mania de terminar o capítulo nas melhores horas so pode como alguém consegue me deixar tão CURIOSA meu deus anda logo eu quero muito mais tipo uns 50 dessa perfeição rsrs