Fanfics Brasil - Capítulo II Sem Dor, Sem Jogo

Fanfic: Sem Dor, Sem Jogo | Tema: Originais


Capítulo: Capítulo II

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Katherine olhou para seus pais um tanto assustada. O que acabara de ver na televisão não era nada bom, afinal, o cara voou no pescoço do outro e arrancou-lhe um pedaço da carne. Será que aquilo era meso real? E se fosse, será que era algum tipo de vírus? Ela esperava que não.


 


Sua mãe respirou fundo saiu da sala, indo direto para a cozinha; já seu pai pegou o jornal e começou a lê-lo. Ela fungou e decidiu ir para seu quarto, desmanchar a mala que havia trago do orfanato e logo começar a montar a que levaria para a casa de sua avó.


 


Enquanto separava uns parares de roupas e sapatos ouviu seu celular tocar e quando olhou no visou sorriu ao ver que era Samantha.


 


-- Oi – falou ela, apoiando o celular no ombro.


 


-- Oi – respondeu Samantha.


 


-- Aconteceu alguma coisa? – indagou Katherine.


 


-- Não, só liguei para saber se você não queria vir aqui.


 


-- Mas acabamos de nos ver...


 


-- é que meus pais me deixaram em casa e foram viajar – suspirou ela – Então não queria ficar sozinha...


 


-- E por que eles não te levaram?


 


-- Me disseram que iam para a casa de um casal de amigos no litoral, e imaginaram que eu não fosse querer ir junto.


 


-- Ah, entendi... – falou Katherine, um tanto distraída – Bom, eu vou ver com meus pais, mas eu não prometo nada, já que vãos viajar na madrugada de segunda para terça.


 


-- Eu sei, eu sei... mas você poderia vir e ficar até domingo a noite ou segunda de manhã.


 


Katherine tentou imaginar a reação de seus pais, então decidiu organizar tudo o que fosse seu para a viagem antes de perguntar qualquer coisa.


 


-- Certo, vou falar com eles e depois te ligo, o.k.?


 


Assim que desligou Katherine arrumou tudo o que foi necessário o mais rápido que pôde.


 


Teve que insistir muito para que seus pais deixassem, mas no fim deu tudo certo e dentro de uma mochila a parte colocou uns pares de roupa, despediu-se dos pais e saiu.


 


 


 


Enquanto caminhava ouvia música com os fones de ouvido, mas mesmo assim deixou o volume num tom baixo para que pudesse ouvir o barulho dos carros passando. E enquanto atravessava para o outro lado da rua, no momento em que o sinal para os carros se fechou, ela ouviu uma buzina, imaginou que fosse para ela, mas ignorou.


 


O sinal abriu e o carro passou a segui-la. Ela o olhou pelo canto dos olhos, mas não conseguiu ver quem estava dentro, já que os vidros eram escuros e estavam fechados. Estava pronta para correr quando o carro paro um pouco mais a sua frente a Alstin desceu do mesmo.


 


-- Está me seguindo, é? – disparou ela, fechando a cara e tirando os fones.


 


-- O quê? – falou o garoto, sem entender. – Claro que não, pessoa.


 


-- O que quer então?


 


-- Estávamos indo para a casa da Sam quando te encontramos nomeio do caminho. Buzinamos mas você sequer olhou para trás.


 


-- Estávamos? Casa da Sam? – repetiu ela, indignada – Ela não me falou que vocês iriam... espera aí, vocês quem?


 


Katherine olhou em direção ao carro. Ricardo estava no volante a Pablo estava no banco de trás com a cabeça entre os dois bancos da frente. Ela respirou fundo.


 


-- Quer uma carona? – falou Ricardo – Já que estamos indo para o mesmo lugar?


 


Ela olhava dos amigos para o carro e do carro para o caminho que teria que seguir se fosse andando. O sedentarismo a cegou. Ela aceitou e entrou no carro.


 


Em poucos minutos chegaram na casa da amiga. Ricardo colocou o carro na garagem da amiga, já que o carro dos pais da mesma não estava ali.


 


-- Esse carro é seu? – Katherine perguntou para o amigo.


 


-- Ainda não. Vai ser quando meu pai comprar um novo, mas ele anda me emprestando esse para que eu possa praticar e tals – fala ele, saindo do carro. Ela faz o mesmo, seguida por Pablo e Alstin.


 


Os quatro entram na casa e vão até Samantha, que estava na cozinha preparando uns lanches.


 


-- Oi gente – diz ela, colocando uma fatia de queijo em cada pão.


 


-- Oi – responderam quase que ao mesmo tempo.


 


Katherine deixou suas coisas no quarto da amiga e logo foi ajudá-la. Samantha falou para os amigos que eles poderiam deixar suas coisas no quarto de hospedes.


 


-- Vamos montar as coisas agora ou deixamos para mais tarde? – perguntou Pablo enquanto pegava um copo d’água.


 


-- Acho melhor montarmos agora – respondeu Ricardo ao entrar na cozinha.


 


-- Que coisas? – quis saber Katherine – Vocês vão dormir aqui também?


 


-- Sim! – falou Alstin, também entrando no local e rindo da cara da amiga – E ainda por cima, vamos montar um mini acampamento.


 


-- Por que sou sempre a última a saber das coisas? – resmungou ela, colocando fatias de peito de peru nos lanches quase prontos.


 


-- Falei com eles primeiro por que eu teria que ver com Alstin se ele ainda tinha aquela cabana de oito pessoas que a gente brincava quando criança, lembra? – falou Samantha.


 


-- Sim.


 


-- E você sabe como o Alstin é, demora cem anos para encontrar alguma coisa.


 


-- Ei! – protestou o garoto.


 


-- O.k., o.k., vamos lá pegar as coisas gente. – falou Ricardo, já saindo da cozinha e indo para a garagem.


 


Enquanto as garotas preparavam as coisas que comeriam durante a noite os garotos passavam por elas com diversas caixas. Alstin passou com uma e a deixou no cantinho atrás da porta.


 


-- O que é isso? – quis saber Katherine, e Samantha também parou para olhar.


 


-- Vocês vão ver – ele deu um sorrisinho – Mas espero que a energia volte até lá.


 


As duas se entreolharam, confusas, mas logo deram de ombros, voltando com o que estavam fazendo. Quando terminaram foram ver como os garotos estavam se saindo em montar a enorme barraca.


 


-- Sorte que o quintal é grande – falou Pablo, enxugando a testa – Por que essa coisa é enorme.


 


-- Se para nós, com a idade que estamos agora, essa barraca é grande, imagina quando éramos pequenos? Deveria servir de casa.


 


Todos riram.


 


Ela passaram a ajudá-los com a montagem da barraca e assim terminaram rapidinho. Depois Alstin e Ricardo puxaram uma enorme fiação e colocaram dentro da barraca.


 


-- Mas estamos sem energia ainda... – estranhou Katherine.


 


-- Eu disse: quando a energia voltar vocês vão ver.


 


-- Se vocês estiverem aprontando alguma... – rosnou Samantha, apontando para os dois.


 


-- Relaxa aí, Sam – Alstin dá de ombros – Não é nada de mais. Aliás, não tínhamos que ir ao mercado comprar os doces?


 


-- Verdade – exclamou Pablo. – Vamos agora, se não fica muito tarde... e com aquilo que vi no jornal não estou muito confiante se devemos ficar zanzando por aí pelas ruas à noite.


 


-- Concordo – falou Samantha.


 


-- Vocês também viram? – indagou Katherine.


 


-- Sim – falou Alstin, alinhando alguns fios.


 


-- Fiquei chocada!


 


-- É. E no segundo seguinte acaba a energia do nada. – murmura Ricardo.


 


-- Será que isso só aconteceu aqui? – falou Pablo, tentando imaginar se isso estivesse acontecendo em todo o país.


 


-- Não sei... mas se foi um apagão geral tem coisa aí. Por que a energia caiu bem na hora que o cara estava atacando novamente. – fala Alstin, com a mão no queixo.


 


-- Concordo. Eles deviam estar tentando abafar o caso. – falou Samantha.


 


Ficaram uns segundos em silêncio, mas logo foram para a garagem, afinal ainda não haviam ido ao mercado.


 


 


 


Quando chegaram lá os seguranças quase tiraram suas roupas para ver se nenhum deles teria alguma arma de fogo, ou seja lá o que for. Fizeram o mesmo com os outros que entravam no mercado.


 


Os cinco se separaram: Katherine e Samantha pegariam os chocolates e os refrigerantes; Alstin, Pablo e Ricardo pegariam os doces. Todos pegaram de tudo e de todas as marcas de doces e chocolates que o dinheiro deles cobrisse e ainda pegaram três fardos de latinhas de refrigerante de marcas e sabores diferentes. Passaram tranquilamente no caixa, mas foi um bafafá para ir ao estacionamento, pois na sida outros guardas os bloquearam e verificaram toda a compra dos adolescentes, que logo depois foram liberados para saírem.


 


Colocaram as coisas no porta-malas e entraram no carro, logo se dirigindo ara a casa de Samantha, que não ficava tão longe, mesmo que fosse a pé.


 


Foram o caminho todo discutindo sobre o que tinha acabado de acontecer no mercado.


 


-- Tenho certeza de que algo está rolando por aí e que os “superiores” não querem revelar – resmungou Alstin – Barraram até mesmo as entradas e saídas do mercado, só faltou com que tirassem nossas roupas para verem se não estávamos armados.


 


-- Agora concordo completamente com você – falou Katherine – Achei muito estranho o que fizeram... será que tem alguma coisa a ver com o que aconteceu no jornal hoje?


 


-- Não sei não, e mesmo que fosse a coisa ta feia – respondeu Samantha, antes de Alstin.


 


-- E nem mesmo depois daquele arrastão que fizeram no mercado ano passado eles fizeram essa coisa toda – lembrou-os Pablo.


 


-- Verdade.


 


-- Eu estou dizendo, tem algu...


 


-- Já entendemos, Alstin – murmurou Ricardo – Você já falou isso não sei quantas vezes.


 


-- Eu sei, mas...


 


-- Olha, vamos esquecer isso tudo e curtir a noite galera, afinal, estamos começando as férias bem! E se estamos bem assim é porque vamos continuar bem. Aposto que quando chegarmos a energia já terá voltado.


 


Samantha nem se deu ao trabalho de sair do carro para abrir o portão, apenas apertou um pequeno botão num pequeno controle remoto do portão e o mesmo abriu automaticamente.


 


-- Eu falei – gabou-se Ricardo.


 


Alstin revirou os olhos e quando todos desceram ajudou o amigo a descarregar as coisas.


 


Quando terminaram de organizar tudo foram para a barraca, mas antes de todos entrarem Samantha e Katherine esticaram sobre o chão da barraca diversos lençóis, almofadas e travesseiros para que eles pudessem ficar confortáveis, e, ainda por cima, colocaram duas pequenas mesinhas nos cantos livres do espaçoso lugar. E então todos entraram com as coisas que comeriam enquanto Alstin entrava com sua caixa.


 


Ricardo e Pablo sorriram e começaram a ajudar o garoto a tirar as coisas de dentro da caixa. Katherine e Samantha se entreolharam, um tanto confusas, e fungaram ao ver que o que tinha dentro da caixa eram vários jogos, filmes e o console do vídeo-game e uma mini televisão.


 


-- Mas o que...


 


-- Meu pai tinha me comprado essa TV de 16 polegadas para quando fossemos viajar e tal, aí eu a trouxe para que pudéssemos jogar e assistir filmes aqui dentro, por que eu tinha certeza de que você não deixaria nós pegarmos a TV do seu quarto – falou, dirigindo-se a Samantha, que o olhou com cara de tédio.


 


-- Eu não deixaria mesmo. – resmungou a garota – Vocês não se cansam disso?


 


-- Não – responderam os três ao mesmo tempo, e depois riram.


 


-- Somos gamers, não podemos ficar muito tempo longe dos nossos jogos, ou ficaremos doentes e


 


-- Blá, blá, blá – resmungou Katherine, fechando a cara – Sabemos que vocês são gamers, mas não poderiam deixar isso de lado só por hoje? Hein?


 


Os três garotos se entre olharam e depois olharam de Katherine para Samantha e da mesma para o redor da barraca. Suspiraram e logo se deram por vencidos. Mas mesmo assim Alstin ainda deixou o console para fora.


 


-- Bom, podemos assistir uns filmes então – falou Alstin – Já que eu trouxe alguns.


 


-- Certo, mas quais você trouxe? – quis saber Katherine, já que sabia que o amigo adorava filmes de terror e coisas do tipo, assim como os outros... ou seja, ela era a única do grupo que não era muito fã dessas coisas.


 


-- Bom... eu só trouxe de terror, suspense...


 


-- Como é?! – exclamou a garota, e o amigo caiu na gargalhada.


 


-- Brincadeira.


 


Ela fechou a cara e os outros também caíram na gargalhada.


 


-- Não tem graça nenhuma.


 


-- Relaxa Kath – ofegou Alstin, colocando a mão na barriga para tentar segurar o riso – Eu trouxe de comédia, romance, drama e essas coisinhas aí.


 


-- Bom mesmo – murmurou.


 


-- Sendo assim – pigarreou Samantha – Qual iremos assistir primeiro?


 


Katherine e os garotos começaram a discutir sobre qual filme iriam assistir primeiro. Até que Samantha deu um berro para que todos calassem a bola, e deu a ideia de que poderiam fazer um sorteio, por que assim não daria briga.


 


-- Acho uma boa – concordou Ricardo.


 


Samantha saiu da barraca e depois voltou com um caderno e uma caneta e anotou os gêneros dos filmes. Depois rasgou o papel em pequenas partes, misturo tudo entre suas mãos e pediu para que Ricardo sorteasse. E a sequência foi: terror, suspense, mistério, drama, romance e, por fim, comédia.


 


-- Não! – exclamou Katherine – Podemos sortear novamente?


 


-- Não – falou Ricardo – Kath, relaxa, o filme nem tem tanta coisa ruim assim.


 


-- Tá de brincadeira?! Todos falam que esse é o mais assustador!


 


-- Relaxa, Kath – falou Pablo, pondo a mão no ombro da amiga.


 


Colocaram o DVD e enquanto os outros se divertiam com as mortes e as assombrações Katherine quase enfartou diversas vezes. Depois colocaram o filme de suspense, que foi um tanto menos assustador, e aos poucos foi melhorando, até que chegassem ao filme de romance, onde Katherine dormiu.


 


Os outros continuaram a assistir até o filme de comédia. Depois Samantha foi dormir e deixou os amigos jogando vídeo game, assim todos foram dormir até que sobrasse Alstin, que sequer piscava enquanto jogava, estava completamente concentrado.


 


Ele jogava um jogo onde o mundo havia sido dominado por zumbis – ele adorava coisas que eram relacionadas a mortos-vivos – e sequer percebeu que Katherine havia acordado e se sentado ao seu lado.


 


-- Desliga isso garoto – resmungou ela, ao pé de seu ouvido. Ele deu um pulo.


 


-- Kath! Você me assustou!


 


-- Você é que me assustou com esse negócio aí! Acordar com pessoas gritando de dor e medo não é legal sabia?


 


-- Ah, isso? – indicou o jogo – Não é nada de mais, é só um jogo. Relaxa.


 


-- Vocês vivem falando para eu relaxar.


 


-- Temos nossos motivos – provocou.


 


A garota respirou fundo e revirou os olhos.


 


-- Não sei como vocês conseguem jogar, assistir... ou seja, gostar de coisas como essa.


 


-- Eu também não sei, mas fazer o que, é a vida.


 


-- Queria ver a vida se isso fosse real.


 


-- Aí não teria vida.


 


Katherine ficou observando o amigo jogar até que ele pausou o jogo e perguntou se ela queria aprender.


 


-- Ah, não, estou bem assim.


 


-- Ora, vamos lá!


 


O garoto pegou outro controle, que estava dentro da caixa e entregou para a amiga. Ensinou a ela com adicionar um segundo personagem ao jogo, como controlar e como matar os zumbis e também as pessoas do mal.


 


-- Isso é estranho.


 


-- Não, é demais! Para quem não joga vídeo-game com frequência você está se saindo bem.


 


-- Sério? – de certa forma ela se animou com aquilo.


 


-- Sério – ele sorriu – Agora vou te mostrar outros jogos. Vou te transformar numa gamer.


 



E deu um sorrisinho maléfico para a amiga.



 



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Autor(a): katherine_russo

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