Fanfic: Suave *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Alfonso sorriu ao se lembrar.

Se quisesse, poderia tê-la levado para a cama. Quando se beijaram na praia, ao pôr do sol, alguns meses antes, as faíscas provocaram um incêndio de um jeito que ele nunca sentira, e isso significava algo.

Anahí o desejara tanto quanto ele a desejara, talvez até mais, mas ela nunca iria admitir isso.

Mas, surpreendentemente, fora ele quem parara, antes de perderem o controle por completo.

Ele parara por dois motivos.

Um: sabia que Anahí se arrependeria na manhã seguinte. Ela era rígida em relação aos códigos de conduta e se mantinha presa a altos padrões de comportamento.

Dois: ele estava tentando provar a Jackie que ela estava errada em relação a ele. Ele não era um playboy egocêntrico, de pouco caráter. Conseguia se controlar.

E, sim, fora extremamente difícil parar de beijar Anahí e mandá-la de volta para casa com os desejos frustrados.

Não se podia ganhar todas, não é? Estava na hora de seguir em frente.

O trabalho em St. Michael havia terminado. Ele executara sua proposta. Ajudara a reconstruir a ilha. Podia voltar para casa de cabeça erguida.

— Quanto à entrevista, sr. Herrera… — disse a repórter loura com um sorriso iluminado como um arco-íris.

Imitando o sorriso dela, Alfonso se voltou e lhe indicou o caminho, mas não resistiu a dar mais uma olhada por sobre o ombro para ver Anahí.

Ela parou e se voltou. Os olhares dos dois se encontraram.

Peguei você! Pode negar o quanto quiser, querida. Você me quer.

Ele teve a coragem de piscar o olho para ela.

Anahí ficou vermelha e franziu os olhos, com desprezo. Abaixou a cabeça e se foi, deixando Alfonso lamentando profundamente a noite que não tinham tido.

Deitada na cama do bangalô que dividia com Maite, Anahí comia biscoitos de chocolate e saboreava o recheio de creme raspando-o com os dentes da frente.

Quando ela se sentia estressada, aquilo era um calmante.

Sim, ela sabia as desvantagens de acalmar o estresse com açúcar, mas, quando se sentia daquele jeito, pouco se importava.

A habitação era simples e apertada, porém muito melhor do que a tenda onde morara depois da passagem do furacão Sylvia.

Estava tentando não pensar em Alfonso, mas ele não saía de sua cabeça, sempre aparecendo nos momentos mais indesejáveis.

Por quê?

Sim, ele era rico, bonito, autoconfiante, mas também era convencido e excessivamente liberal com os sentimentos. Imaginem!

Ele a chamara de baby e lhe tirara os grampos de cabelo, e ela ficara parada e deixara.

De repente, ela se arrepiou e cruzou os braços.

Maite estava diante do espelho da porta do closet, examinando a própria imagem depois de se preparar para a festa.

— O que você acha dessa saia?

— Muito curta.

— Ótimo. — murmurou Maite.

— Você vai vestida assim mesmo?

— Vou. Se você acha muito curta, quer dizer que ela está no comprimento ideal.