Fanfic: Superando Barreiras (FINALIZADA) | Tema: Vondy

Os dias passaram tranquilamente, todos os dias eram a mesma coisa, Dulce deixava Miguel na casa da mãe e ia a faculdade, as vezes Ucker a levava e buscava, mas muitas vezes ela ia no seu carro. O que lhe confortava era que já estava no último período, mas também já no finalzinho já não lhe agradava tanto, começou a estagiar e teve que se desdobrar em mil, cuidar do Miguel, faculdade, estágio, monografia, cuidar da casa, do futuro marido, ela gostava, porém já estava ficando estressada de fazer tudo ao mesmo tempo. Falar em futuro marido ela aceitou a proposta de Anahí e Alfonso, casariam juntos e fariam uma cerimônia simples só para amigos mais íntimos e família. Miguel já tinha nove meses e era só sorrisos e palavras indecifráveis sabia chamar a mãe e quando disse "papa" Ucker ficou cheio, esperou tanto por esse dia e era só mimos com o filho, ajudava demais Dulce ainda mais agora que ela não parava em casa, muitas vezes ele fazia questão de buscá-la, pois era a melhor maneira de o filho a ver, já que ela sempre chegava tarde e ela já dormia. Era uma sexta-feira e Christopher brincava no chão da sala com o filho, tinha brinquedos espalhados por todos os lados e como Miguel já engatinhava e ainda se segurando arriscava alguns passinhos, estava tudo uma bagunça. Já passava das sete e meia da noite e Dulce ainda não havia chegado, Ucker ligou as seis e ela disse que demoraria um pouco, mas que até as sete chegaria, só que já havia passado do horário dito por ela e nada.

-Sua mãe ta demorando filho e esse vento frio, parece que vai chover!-levantou do chão e foi até a varanda.-Parece não, já está chovendo.-ele virou para voltar e quase pisa no filho que o seguiu, Miguel estava em pé se segurando na cadeira olhando o pai.

-Papa!

-Filho, era pra ficar lá meu amor! Quase o papai pisa você!-o pegou no colo, Miguel encostou a cabeça no ombro do pai.

-Mama!-manhoso.

-Eu também quero a mamãe meu amor! Vamos ligar pra ela.-Christopher pegou o celular discou o número da noiva, mas só chamava, ligou inúmeras vezes e sempre a mesma coisa.-Estranho que a sua mãe não é de não atender o telefone.-suspirou frustrado. A algumas quadras dali Dulce vinha andando debaixo de chuva, esquecera de abastecer o carro e ficou no prego, esqueceu o celular na escola que estagiava, resolveu deixar a bolsa dentro do carro, mas esqueceu de pegar dinheiro pra pegar ao menos um táxi, na verdade estava tão atordoada, estressada que sua única vontade era de chorar de raiva de si mesma e era o que estava fazendo, não estava conseguindo da conta de tudo que se dispôs a fazer e tinha certeza que Christopher ainda falaria uns monte pra ela. Alguns minutos depois Dulce passou pela portaria completamente ensopada.

-Boa noite seu José.

-Senhorita Dulce o que aconteceu?

-Muitas coisas e por fim peguei essa chuva.-deu um sorriso triste.-O Christopher está ne?

-Sim!

-É porque estou sem chave, sem nada. Bom vou subindo, boa noite!-ele assentiu. Dulce entrou no elevador e apertou seu andar, assim que se olhou no espelho suspirou estava um caco, encharcada, com olheiras, seus lábios estavam roxos e estava com muito frio. Saiu do elevador, tocou a campainha e esperou.

-Ué, ta esperando alguém filho? Eu não to, e a mamãe tem chave.-Caminhou com o filho nos braços e ao olhar no olho mágico só viu uma cabeleira vermelha baixa, abriu mais que depressa a porta.-Dulce!! O que aconteceu meu amor?!

-De tudo amor!-com a voz fraca e batendo o queixo de frio, andou em direção ao banheiro.-Preciso de um banho quente.-Miguel ao olhar a mãe tentou se jogar, mas Christopher não deixou.-A mamãe ta molhada meu amor, daqui a pouco pego você meu príncipe.

-Mama!-começando a chorar.

-Eu posso saber exatamente o que aconteceu?

-Pode, mas depois!-Dulce tirou a roupa, ligou o chuveiro e entrou debaixo deixando que a água quente batesse em seu corpo se deixando relaxar e a vontade de chorar voltou e assim o fez. Do lado de fora Christopher tentava fazer Miguel parar de chorar que desde a hora que viu a mãe não se calou. Dulce não sabe por quanto tempo ficou lá, só escutou a porta do box sendo aberta.

-Ei já chega de tanta água Dul! Vai ser pior em vez de melhorar.-desligou o chuveiro e a enrolou na toalha.-Por que ta chorando?

-Eu não consigo Christopher, ta tudo tão difícil, eu não tenho mais tempo nem pra vocês!-ele a sentou na cama e com outra toalha enxurgava seu cabelo.-Desculpa por hoje, eu esqueci o celular na escola, esqueci de abastecer o carro, deixei a bolsa dentro do carro e não peguei dinheiro pra vim de táxi e a chuva me pegou e bom foi isso. Não briga comigo amor, por favor! Eu não pude pegar meu filho por estar molhada!

-Dul calma amor! Ta tudo bem, não se preocupe!

-Não vai brigar?!

-Você quer que eu brigue?-ela negou.-Então, não tem necessidades, ta tudo bem! Dei o mingau do Miguel e ele dormiu depois de tanto chorar.

-Tadinho do meu filho!

-E você não chore, vai tudo se resolver, eu to aqui com você e não vai ser isso que vai fazer com que a gente brigue, eu vou te ajudar assim como já tenho feito ta?

-Obrigada!-sorriu fraco.

-Você sabe que não precisa!-beijou a testa dela.-Veste uma calça de abrigo minha e esse moletom, a noite promete esfriar mais. Vou preparar um chá pra você.-ela assentiu levantando e ele foi até a cozinha. Quando voltou encontrou Dulce devidamente vestida debaixo das cobertas vendo TV.-Aqui seu chá!-entregando uma xícara pra ela e um prato pequeno com biscoitos.-Trouxe biscoitos também!-ela sorriu agradecendo e se sentou melhor na cama.

-O Miguel ainda dorme?

-Sim!-ela fez careta ao beber um gole do chá.

-Isso é chá de alho Christopher!?

-Sim! E é pra você beber todo vai te fazer bem e também não tem só alho, tem limão.

-Mas o alho prevalece!

-Pare de reclamar amor!-ela mostrou a língua.-Vou tomar um banho! E é pra você ter terminado até eu voltar.-piscou.

-Ta bom! -Depois que forçadamente tomou todo o chá Dulce colocou na cabeceira da cama junto do prato, levantou foi até o banheiro escovou os dentes e voltou a deitar. Ao sair do banheiro Christopher encontrou o quarto todo escuro.