Fanfic: Superando Barreiras (FINALIZADA) | Tema: Vondy

Na capital a campainha da casa da mãe de Christopher tocava, já se passava das seis, Valentina atendeu a porta.
-Pois não?!

-Boa noite!! Eu sou Adalberto Rabello, chefe do Christopher. Gostaria de falar com a Dona Alexandra!

-Entra, eu vou chamar a minha mãe, só um momento.

-Ok!

-Mãe, o chefe do meu irmão ta aí na sala. -Valentina foi até a cozinha onde Alexandra terminava de preparar o jantar.

-Ué, o chefe dele?! -Ela enxugou as mãos em um pano e foi até a sala. -Olá! Boa noite!

-Dona Alexandra! Boa noite! -ela sorriu assentindo.

-Sente-se! Aceita um café, uma água?

-Não obrigado! -ela sentou ao lado dele. -O que tenho a falar vai ser rápido e é um pouco delicado. -suspirou. -A senhora sabe que eu pedi que o Christopher fosse esse fim de semana para Monterrey ne?!

-Sim, sim claro! -assentiu.-Apesar de ele não morar mais comigo, sempre me avisa tudo. O estranho é que ele falou que chegaria mais tardar as três da tarde e no entanto já são seis e vinte da noite.

-É sobre isso que eu vim lhe falar. Também achei estranho eles não terem chegado, ficamos os aguardando pois ainda haveria um reunião para falar sobre como foi lá e tudo, a experiência que tiveram, mas nada. Por volta das três da tarde mais ou menos eu recebi uma ligação do Felipe, o amigo dele que foi junto e enfim. -respirou fundo. -Eles sofreram um acidente. Mas o Christopher ficou bem pior. Até a hora que falei com o Felipe ele estava na emergência e ainda não tinha acordado.

-O QUE?! -Alexandra gritou, sentiu o coração se comprimir, uma dor aguda. Então tudo fazia sentido, desde cedo quando sentiu aquela dor no peito, era seu filho que estava em perigo, ela sabia havia sentido. -Eu.. Você... onde ele está? Eu quero ver meu filho agora, como foi que tudo isso aconteceu. Meu Deus! -Valentina que estava no seu quarto ao escutar o grito da mãe correu até a sala. -Mãe?! O que aconteceu?!

-O Christopher meu amor, o seu irmão sofreu um acidente! -abraçou a filha apertado e desabou em chorar. Sr. Rabello olhava tudo sem saber como agir.

-Dona Alexandra, eles estão aqui perto, já estavam chegando quando tudo ocorreu. Eu sinto muito. -se levantou. -Eu só vim lhe avisar, não achei conveniente ligar para dar uma notícia dessa, preciso ir.

-Você sabe onde fica o hospital, o nome qualquer coisa? -se afastou da filha enxugando as lágrimas.

-Sei que é o hospital municipal da cidade, mas ele não me disse o nome. Porém eu quis logo vim avisá-la. Mas eu ligo agora pro celular do Felipe. -tirando celular do bolso e discando o número dele. Felipe já tinha feito os curativos e agora estava hospedado em um hotel quase em frente ao hospital, terminava de se arrumar para voltar para lá quando seu celular tocou.

-Alô?!

-Felipe, como andam as coisas e Christopher como está? Estou aqui na casa da mãe dele e ela quer saber, nos todos queremos. -Felipe suspirou. Nem queria imaginar como a mãe de Christopher estava e pior ainda como iria ficar quando soubesse que seu filho está em coma. 

-Eu estou voltando pra lá, me hospedei em um hotel aqui perto. Mas o Christopher, bom ele não tem nem previsão de acordar.

-Como assim?

-Ele levou uma pancada muito forte na cabeça devido a aceleração e a batida e teve traumatismo craniano. O Christopher está em coma. -Sr. Rabello estava em choque, mudo, sem saber o que fazer. Como daria essa notícia para aquela senhora que já havia ficado tão frágil ao saber da notícia do acidente do filho e dirá agora, quando soubesse que estava em coma e podia até não acordar?! Alexandra o olhava apreensiva, ansiosa por notícias boas de seu filho, mas pela expressão no rosto do senhor, coisa boa não tinha acontecido. - Eu sinto muito! Eu não sei o que fazer, estou desesperado Sr. Rabello, me sinto culpado, porque eu sei que realmente sou. -ele chegava ao hospital e se sentou na lanchonete e já chorava. -Eu não vou me perdoar nunca se o Christopher não sai dessa. -respirou fundo, silencio. Por alguns segundos ninguém sabia o que dizer, Felipe enxugou as lagrimas e falou. -Vocês vão vim até aqui?! Ou ele vai ser transferido para aí?

-Olha é bem provável que ele seja transferido pra cá, mas nós iremos até aí o mais rápido possível ficar a par da situação dele.

-Tudo bem!

-Vá descansar Felipe! Amanhã cedo chegamos por aí! Ah qual o nome do hospital?

-Hospital municipal de Poza Rica. Vou falar com o médico e voltar para o hotel.

-Ok, boa noite!! -desligaram. Alexandra olhava apreensiva para ele que era de doer, duas notícias ruins em menos de uma hora, haja coração.

-E então Sr. Rabello como está meu filho? Ele está bem ne?

-Infelizmente não dona Alexandra. Christopher teve traumatismo craniano e está em coma. -respirou fundo e soltou o ar devagar. Aconteceu tudo muito rápido, ao escutar a palavra coma, um filme passou pela cabeça de Alexandra, seu filho, não podia acreditar. Sua vista escureceu, o ar faltou, não deu tempo de mais nada ela escutou bem longe Valentina gritar por ela e não ouviu mais nada, Alexandra havia desmaiado. Valentina correu até o quarto e pegou perfume e um pedaço de algodão, enquanto Sr. Rabello deitava Alexandra no sofá.

-Aqui! -entregou o algodão molhado no perfume pra ele que colocou perto do nariz de Alexandra que foi acordando aos poucos.

-O que aconteceu?! -Valentina olhou pra mãe com um olhar triste, e depois olhou para Rabello e Alexandra entendeu tudo. -Meu filho! Eu preciso ver ele, ele precisa de mim! Meu Deus porquê? Por que meu filho! -ela se sentou colocando as duas mãos na cabeça desesperada.

-Mãe, eu quero ver meu irmão. -chorosa.

-Nós vamos vê-lo! -levantando.

-Vou mandar preparar o helicóptero da empresa, vai demorar alguns minutos, mas é mais rápido do que irmos de carro.

-Muito obrigada senhor!!

-Não que isso, o Christopher é um ótimo funcionário, uma ótima pessoa e até mesmo se não fosse, é humano, gente como a gente, não ia simplesmente lhe dar essa notícia e sai como se fosse uma coisa normal. -Alexandra assentiu agradecida.

-Vou arrumar minhas coisas com a da Tina.

-E eu vou fazer uma ligação.

-Fique à vontade. -Alexandra foi até o quarto junto da filha preparar uma pequena mala, e ligou para Victor que veio o mais rápido que pode do trabalho. Tudo já estava pronto, Victor preferiu ficar e acertar a transferência de Ucker.