Fanfic: Superando Barreiras (FINALIZADA) | Tema: Vondy

-Mãe, mas eu fico sufocada! Ninguém deixa eu fazer nada e eu me sinto mal com isso.

-Olha, eu não vou mais falar nada, mas por favor toma cuidado meu amor. Até seu pai fica falando.

-Não sei porque, até hoje não fala comigo direito.

-Mas fala e isso já é muita coisa, parece que a ficha dele ainda não caiu. -O pai de Dulce voltou a falar com ela depois de alguns dias, mas estava indiferente, só falava o essencial.

-Quer dizer que eu vou ter que esperar o neném nascer pra ficha dele cair?! Mãe eu preciso de vocês dois ao meu lado, ta tudo tão difícil! -suspirou triste e voltou a chorar. Da porta do quarto Fernando olhava o estado da filha e se sentiu culpado. Não havia necessidade de ele continuar a tratando assim, jamais desamparou nenhuma de suas filhas e não poderia estar fazendo isso com a sua caçula, seu xodó.

-Dulce?! -ao escutar a voz do pai, Dulce virou a cabeça em direção da porta e o olhou, Fernando veio entrando. -Blanca você poderia nos dá licença, eu quero conversar com a minha filha. Blanca assentiu, beijou a testa de Dulce e se levantou saindo. Ao passar por Fernando sussurrou.

-Toma cuidado com as suas palavras, ela está sensível. -ele balançou a cabeça concordando. Fernando se aproximou de Dulce.

-Posso me sentar?

-Aham! -Fernando sentou e Dulce fez o mesmo. Ele olhou para o rosto dela e lhe partiu o coração vê-la assim e saber que uma parte era culpa dele o deixava pior.

-Filha, me perdoa por ter sido tão durão meu amor. É claro que eu imaginei todas vocês já casadas e construindo família, mas é que com você sempre foi difícil. Você é a minha caçula, a minha pequena, sempre foi difícil pra mim saber que você um dia voaria, e meu amor você é tão nova filha. Pra mim você ainda precisa dos meus cuidados, do meu colo, meu cafuné. -Dulce a essa hora já derramada grossas lágrimas, mas tinha um sorriso no rosto. -A verdade Dul é que eu não tinha me dado conta que você cresceu. Quando você viajou eu sofri. -sorriu lembrando.- E agora você está grávida! Aos poucos eu me dou conta de como o tempo voa, a minha caçula é uma mulher e está prestes a me dá um neto ou uma neta. Me perdoa filha! Eu não queria te fazer sofrer. Eu prometo a você que vou estar do seu lado e te apoiarei, porque eu sei que assim como você precisa de mim eu também preciso de você ao meu lado. Eu te amo filha! -a essa hora os dois já choravam. -Posso te dá uma abraço? -Dulce concordou e abriu um grande sorriso entre as lágrimas e se jogou nos braços do pai.

-Não faz mais isso comigo nunca mais papai. Eu sei que errei, mas...

-Xiu, vamos esquecer esse episódio das nossas vidas. Só quero está ao seu lado. E te ajudar no que precisar. -ela assentiu. Da porta Blanca tinha o rosto molhado em lágrimas e sorria feliz. -Eu posso sentir meu neto? -sorriu se afastando um pouco da filha.

-Claro pai! -Dulce levantou um pouco a blusa e pegou a mão do pai depositando em seu ventre.

-Ele já mexe?

-Não! -Dulce fez bico e no mesmo instante ela arregalou os olhos, o bebê tinha mexido. -Você sentiu pai? Ele mexeu! -sorriu boba.

-Aham! -todo bobo. -Ei garotão! Ta mexendo pro vovô é?

-Pai! Pode ser uma garota! -sorriu.

-Eu tenho certeza que é um garotão! Intuição de vô. -rindo. Blanca entrou no quarto.

-Fico feliz que vocês tenham se acertado, já estava ficando agoniada com vocês afastados. Mas desculpa atrapalhar o momento reconciliação de vocês, mas o almoço está na mesa.

-Pai sentir um cheiro de ciúmes no ar! Você sentiu? -sorrindo. Fernando sorriu balançando a cabeça.

-Vamos pequena, você tem que se alimentar no horário!

Logo mais depois do almoço, Dulce guardou as roupinhas do bebê dentro de seu guarda-roupas, já havia separado uma parte para ele. E em seguida foi tomar um banho, estava super feliz em relação ao seu pai, só ela sabia o quanto ele fazia falta. Depois do banho, colocou um vestido bem leve e deitou estava cansada e acabou pegando no sono. No hospital Alexandra acabara de sair do consultório do Dr. Agnaldo que acabou por ficar definitivamente responsável pelo caso de Christopher, pois Dr. Hélio teve que voltar para Poza Rica.

Dulce estava em um lugar bastante arborizado, com flores de todas as espécies e havia um lago bem à frente. Estava sentada bem embaixo de uma das árvores sobre uma toalha quadriculada branca e vermelha e ao seu redor tinha uma cesta de piquenique cheia de frutas, pães, sucos, biscoitos. Ao longe via Christopher correr atrás de uma criança que aparentava ter uns três anos de idade. Ele era meio gordinho, tinha os cabelos encaracolados num tom de um castanho claro quase loiro, tinha o seu nariz, mas isso era quase imperceptível olhando todo o resto ele era a cópia de Christopher. O garoto vinha em sua direção.

-Mamãe! Mamãe! O papai quer me pegar não deixa!! -estava ofegante pelo tanto que correra, mas não parava de gargalhar. Era seu filho, sorriu feliz. Tinha uma família feliz e isso a enchia de orgulho.

-Não adianta você se esconder do papai indo para o colo da mamãe não Miguel! Eu vou pegar você filho. -Christopher gritou da onde estava, vinha correndo mais não conseguia chegar nunca. Miguel sorria e se encolhia cada vez mais no colo de Dulce que sorriu balançando a cabeça.

-Vem amor! Ta bom dessa brincadeira vocês vão se cansar.

-Eu não consigo Dulce, me ajuda!- Christopher ia de encontro a Dulce e Miguel, mas cada vez se afastava mais. Dulce levantou com o filho no colo para ajudar Christopher. -Dulce por favor! -e cada vez mais ele foi se afastando até que sumiu de sua vista. E ela se pôs a chorar, foi a última palavra que escutou Christopher falar e ele sumiu de sua vista.

-Christoooooooopher!!-Blanca que saía de seu quarto escutou Dulce gritar. Entrou no quarto da filha e a encontrou sentada, chorando.