Fanfics Brasil - Surpresa The Reason

Fanfic: The Reason | Tema: Romance


Capítulo: Surpresa

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Trabalhei feito louca o resto da tarde, nem tive tempo de sair para almoçar e por isso estava me sentido mal por causa da hipoglicemia, vasculhei minha bolsa e peguei uma bala para tentar distrair meu organismo. Às 15 horas recebi uma mensagem de Tom Grint, ele me mandava o endereço para eu ir, estranhei por que não conhecia nenhum restaurante naquela região, mas como eu não estava saindo muito nos últimos tempo achei melhor ir sem fazer perguntas.


Não era muito normal eu sair para jantar com um estranho que conheci em um bar, contudo aquilo era melhor que passar a noite de segunda-feira tomando sorvete e estudando casos. Nas segundas eu sempre ficava com Travis, ele me levava para andar no parque e depois íamos para sua casa tomar um vinho e jogar papo fora, deve ser por isso que ele me traiu, parecíamos mais dois amigos do que namorados.


— Srta. Price, com licença — era Cyntia me tirando de minhas profundas lembranças — O Sr. Gonzalez está aqui!


Marco Gonzalez era pai de Travis e dono do escritório. Um grande homem, com um grande coração. Acolheu-me quando me formei e deu todas as oportunidades para eu ser uma grande advogada. Marco não costumava aparecer em minha sala, nem quando eu ganhava uma causa importante, então supus que ele iria falar de meu término. Fiz sinal para minha secretária e o homem de aproximadamente 60 anos entrou.


— Amelia, meu bem — ele falou e veio me abraçar — Fiquei sabendo das trapalhadas de Travis, fique sabendo que eu não concordo.


— Marco, não se preocupe. Seu filho não estava pronto, só isso. Agora quero seguir em frente... — falei torcendo para que ele apenas concordasse, mas eu o conhecia bem para saber que nada seria esquecido tão cedo.


— Dê outra chance a ele. Imagine como seria bom seu casamento, os dois tomando conta do escritório, isso não é ótimo?


— Nosso relacionamento não é um negócio, Marco. Infelizmente Travis e eu não damos mais certo, ele pode ser um grande amigo, mas não quero ser esposa dele — aquele assunto já estava encerrado para mim.


— Sinto muito, não quis te pressionar. Só acredito que você seja o melhor para meu filho e sempre vai ser. Talvez um dia o perdoe.


Ele se despediu e foi embora. Agradeci a Deus por isso, não ia aguentar ouvir um advogado imponente como ele tentando me convencer a voltar para seu filho.


~~~


Às 18 horas eu estava saindo do escritório, havia enganado meu estômago com uma banana, mas meu corpo dava sinal de que não estava contente. Chamei um táxi e disse ao taxista onde queria ir. Logo após, olhei para minha roupa e vi que estava parecendo muito mais velha do que era, usava uma saia preta justa até o joelho, uma camisa bege e um salto discreto. Já meu cabelo estava preso em um rabo de cavalo, que depois de um dia de trabalho estava bagunçado. Não tive tempo de me arrumar como devia. Talvez isso fosse um motivo para Tom me dispensar. Mas eu queria ser dispensada? Respirei fundo e soltei meu cabelo, deixando os cachos caírem no meu ombro, depois vasculhei minha bolsa e peguei um batom vermelho vinho para passar em meus lábios que estavam apagados.


O carro parou em frente ao prédio, achei estranho porque aquele não era um estabelecimento comercial. Paguei o motorista e entrei no edifício, o porteiro estava entretido lendo um jornal, mas logo olhou para mim.


— Srta. Price? — ele perguntou e eu sorri como resposta — Tom te espera no quinto andar, o elevador é logo ali à esquerda — ele indicou o caminho e eu fui desconfiada.


Ah, os elevadores! Como eu os odiava. Preferia sempre subir de escada, mas não iria arriscar chegar desmaiada. Quando estava no quinto andar, percebi que aquilo não era um restaurante mesmo, era só um apartamento. Tive vontade de fugir, mas quando a porta do elevador abriu, Tom já estava me esperando com um sorriso — lindo — na cara. Eu estava tremendo, aquilo não era bom, mas sai e o encontrei.


— Oi — falei — Achei que fôssemos a um restaurante.


—Minha casa é melhor que um restaurante — Tom respondeu.


Realmente, aquele apartamento era duas vezes maior que o meu. Mas estava tão frio, parecia que o dono não passava muito tempo ali.


— Comprei esse apê quando a banda começou a deslanchar, antes eu morava com meus pais.


—Parece que você não passa tanto tempo aqui — respondi curiosa.


— Passo mais tempo viajando do que em casa — ele falou e isso fez eu me sentir idiota, ele iria embora e eu ficaria sozinha remoendo o que ele fizesse comigo ali.


— Você não parece ser tão velho pra ter uma vida tão agitada — ele riu com minha afirmação.


— Tenho 22. Sou mais velho que os caras da banda, se isso te conforma.


Quatro anos mais novo que eu, até que não era tanto.


— Vem comigo — ele me levou até o sofá, minhas mãos tremiam tanto e eu começava a ter uma dor de cabeça chata — Pensei muito em você, chapeuzinho.


— Por que você me chama de chapeuzinho? — eu não queria admitir que também pensava nele.


— Porque você parecia a chapeuzinho fugindo do lobo mau no Low’s — eu ri com aquilo, de certa forma era verdade. Travis era o lobo mau.


Tom acariciou meu rosto. Ah, como era bom sentir a mão dele. Sentei mais próximo dele no sofá. Mas ele me puxou e quando vi estava sentada em seu colo, com as pernas, salto e tudo envolvidos em sua cintura. Ele não me beijou. O que era estranho, ele apenas continuou a acariciar meu rosto e a olhar em meus olhos.


— Estou hipnotizado — ele falou e eu não conseguia controlar minha respiração, não era fácil olhar para aqueles olhos castanhos e não sentir um frio na barriga.


Uma música tocou no som, eu a conhecia, Glory Box. A letra era tão marcante que eu sentia vontade de abraçar Tom e entregar-lhe tudo que eu tinha.


Apenas


Me dê uma razão para te amar


Me dê uma razão para ser uma mulher


Eu quero apenas ser uma mulher


Suspirei e senti um calor. Se ele não me beijasse imediatamente eu teria um treco. Então eu o beijei. Nossos lábios se chocaram e por um instante pensei em sair correndo, mas Tom resolveu a situação me beijando de volta. Ele era tão habilidoso, tão sensível, tão tudo que Travis não foi...


Ele me libertou de seu beijo fatal e me deitou no sofá, depois começou a subir minha saia. Eu o puxei de volta e já estávamos nos beijando, aquilo era estar nas nuvens. Estava tudo maravilhoso até eu não me sentir bem.


— Tom, eu... — falei com a voz fraca e desmaiei.


Pelo jeito o café, a bala e a banana não iriam me manter de pé o dia todo. Eu ouvia Tom me chamar desesperando, só que não dava para responder, meu corpo não me atendia. 



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Autor(a): nandaherades

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



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  • ♛margareth_hale_ Postado em 22/02/2016 - 22:21:17

    Curti, realmente gostei kkkkk e O "a personificação dos sonhos da Lana del Rey" foi ótimaa. Esperando por mais.


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