Fanfic: Afaste-se de Mim | Tema: (AyA)
CAPÍTULO 10
Feliz cumpleaños, Annie! Minha leitora linda, te desejo o melhor dessa vida! <3
"Mantente fuerte, las cosas van a mejorar; podrá ser tormentoso ahora, pero no puede llover para siempre."
Os dias se arrastavam, mas finalmente o dia da festa de Rodrigo chegou. Pulei da cama cedo, deixando Maite ainda dormindo, depois da conversa que ela teve com Mane, dormir é o que ela mais tem feito. Para eu fazer ela comer é quase como que teste de paciência. Ela só sai da cama para ir a escola e para sair com Mane, eu já tentei conversar com ele, com ela, mas não tem jeito.. Ele fica da mesma forma em casa e ela aqui, ambos sem tomar nenhuma decisão. Enfim, eu fui cedo para garagem de Maite, que era onde eu estava preparando toda a decoração, antes deles acordarem já havia feito o bolo - rezando para que tivesse prestado – e os doces. Bolo era uma das coisas que adorava fazer, fiz questão de aprender porque me lembrava da minha mãe e das mil vezes que chegava da escola e encontrava ela na cozinha fazendo bolo de chocolate para eu e Mane comermos no café. O cheiro do bolo no forno e o abraço que ela me dava quando via que eu a espionava de rabo de olho na porta da cozinha são umas das minhas melhores lembranças. Pois bem, eu cuidei de tudo praticamente sozinha, apenas comprei os salgados e bebidas. Quando Maite acordou a cozinha estava uma zona e eu estava sorridente e animada enrolando os docinhos. Ela boceja e me olha incrédula.
- Olha amiga.. – ela balança a cabeça – Se depender de eu fazer tudo que você fez, Mane morre sem ter festa surpresa. – eu rio – Coragem! – ela pega frios na geladeira e senta ao meu lado para tomar café.
- Quando a gente faz com amor e por amor, não é sacrifício. – continuo empenhada nos docinhos.
- Para mim é sacrifício sim. – ela diz de boca cheia – Você vai comer isso? – ela aponta para o brigadeiro e eu reviro os olhos – Espero que você tenha deixado a panela para eu raspar. – rio
- Tá na geladeira. – ela se levanta correndo – E sai daqui, louca do brigadeiro. – ela ri – Se depender de você não vai ter brigadeiro nenhum na festa.
Escondo os brigadeiros da Maite, só por prevenir. Ela me ajuda um pouco, mas logo volta a tirar um cochilo no sofá. Quando são quase 16h eu subo para me arrumar, faço as unhas, cabelo, maquiagem. Escolho um vestidinho preto, meio em estilo boneca mas que fica justo no meu corpo, me favorecendo nas curvas. Quando Maite entra no quarto estou passando o batom, e ela me elogia, ri da minha dedicação e fala que eu devo me arrumar mais vezes assim. Eu sei que ela tem razão, mas são poucas as vezes que algo me motiva a cuidar de mim. Ela para atrás de mim no espelho, modelando meus cabelos e me olha.
- Você é linda, Any. – ela sorri – Antes que alguém veja isso, você precisa ver. Você precisa saber do seu valor e da mulher maravilhosa e dedicada que está se tornando. – sorrio para ela – Se orgulhe de si. – me levanto e ela me abraça – Você vai ser uma mãe incrível. Tenho muito orgulho de você. – e eu respiro fundo, tentando não chorar.
Passamos na casa de Angel para pegar a chave, chamamos um táxi para levarmos tudo para o apartamento de Rodrigo e eu e Maite fomos para lá, para arrumar tudo. Maite não concordou muito com a ideia da festa desde sempre, mas eu me dediquei tanto nisso, que ela simplesmente não conseguiu não me ajudar. Mesmo já tendo vindo aqui antes, só hoje consegui com calma reparar na casa de Rodrigo, ela é totalmente a cara dele, com elementos azuis e vermelhos, poucos móveis, espaçosa, com quadros e objetos bem masculinos. Maite guarda os comes e bebes, enquanto eu começo a espalhar a decoração, damos uma arrumadinha na casa e não tardou para os convidados começarem a chegar.
Música da cena: Lifehouse - Broken
Primeira a chegar foi Angel e os outros primos de Rodrigo. Ela me apresentou com namorada do Rodrigo e aquilo fez brotar um sorriso enorme no meu rosto. Logo os amigos dele que Angel chamou apareceram e por fim a família. Quando vi a mãe dele entrar pela porta meu coração gelou, mas Angel tranquila, repetiu as apresentações que havia feito aos primos, me denominando namorada outra vez. Ela me elogiou, disse que eu era muito bonita, já o pai de Rodrigo apenas me cumprimentou, sem dizer uma palavra, sério, como se tivesse sido obrigado a estar ali. A família dele era grande, todos muito bem vestidos e chiques. Entendo um pouco do jeito dele vendo todos da família agindo distraídos aqui, ele é muito parecido com seus pais e irmãos. Maite fica colada com Angel e os primos de Rodrigo conversando o tempo todo, enquanto eu me encarrego e ficar igual barata toda checando se todos estavam bem servidos e se faltava algo. Quando um amigo de Rodrigo, que olhava pela janela grita:
- Ele chegou! – eu o olho surpresa – Acabou de entrar com o carro na garagem! – sorrio e me levanto, para esconder todos e apagar a luz.
Não vi Rodrigo o dia todo, mal consegui lhe dar parabéns. Ele havia me dito que não estava muito no clima de comemorações e que passaria o dia todo fora da cidade em um congresso, que chegaria tarde e almoçaria com sua família no dia seguinte – domingo – para não passar em branco. Eu não queria que o dia passasse em branco, queria que ele tivesse pelo menos um bolo, que visse que é amado, que as pessoas que são importantes na vida dele o querem bem e que estão presentes naquele dia tão especial. E eu consegui, todos estavam aqui o esperando para brindarmos a vida dele. Estava ansiosa para ele entrar, meu coração parecia que ia sair pela boca. Queria que se emocionasse com tudo, que visse a família, que me visse, que me enxergasse como mulher, sua mulher. E agora, mãe do seu filho! Queria o abraçar e o beijar na frente de todo mundo, lhe desejar um feliz aniversário no pé do ouvido e finalmente dizer as três palavras que quero dizer há tanto tempo e sempre engasgo. É hoje!
Maite sai de perto da Angel e vem pro meu lado, me abraçando e falando para eu ficar calma, com um sorriso no rosto. Eu apago a luz e fico próxima a porta, todos em silencio, ele pode entrar a qualquer momento. A minha inquietação me fazia suar frio, estava pura ansiedade e empolgação. Era um dos dias mais felizes da minha vida, tudo estava tão perfeito, finalmente a minha vida estava começando a ter capítulos felizes.
Escutamos o barulho do elevador e passos no corredor. Meu coração disparava! A chave na fechadura da porta, o feliz aniversário preso na garganta pronto para sair. A porta abre, Maite acende a luz, todos gritam: surpresa! E meu mundo desaba.
Rodrigo está com uma mulher, pendurada em seu pescoço, o beijando. Ao acender da luz e nosso grito de surpresa, ela para de beija-lo e olha para todos com espanto. A cara de Rodrigo é de choque, susto, de surpresa de fato. Porém, a maior surpreendida da noite fui eu. Mil vezes idiota. E eu choro, sem conseguir me controlar, totalmente desolada ao ver aquela mulher ali, abraçada a ele, pertencendo a ele, dividindo com ele o dia do aniversário. Ele passa o olho em todos ali presentes que quietos, esperam alguma reação, até que seus olhos param em mim e se fixam, eu choro sem parar, quieta.
- O que significa isso? – a mulher com ele pergunta, perdida e quebrando o silencio que se instalou, mas ninguém a responde.
Quando o mundo te derruba, tudo que lhe resta fazer é recolher seus pedaços do chão e começar outra vez.
Avanço a passos lentos até Rodrigo a aos prantos lhe dou uma bofetada na cara, com toda força que consigo ter naquele momento.
- Você é um imbecil. – digo com desprezo e raiva - Um grande babaca imbecil! – balanço a cabeça, soluçando – E eu sou uma idiota por ter acreditado na sua verdade.
Viro as costas, saindo correndo do apartamento, chorando e sentindo uma dor aguda no peito. Escuto do corredor, de longe, a voz da mulher com ele dizer: "você tem namorada, é isso?". Maite o xinga e escuto seus passos no corredor vindo atrás de mim. Eu desço as escadas correndo.. Não me importa mais ouvir a resposta, não me importa mais saber o que ele pensa ou sente sobre mim, agora tudo isso foi por água abaixo, todos os planos e sonhos, tudo que eu pensei que pudéssemos ser algum dia, tudo que eu havia pensado para nós dois. Agora era apenas eu e essa criança, meu filho e mais do que nunca, precisaria me virar para sozinha ser a melhor mãe do mundo para ele.
Desço depressa, antes que Maite ou alguém pudesse me alcançar, quero apenas fugir da vista deles hoje e não ter que receber consolo, não ter que ouvir aquele papo de ele não te merece ou você vai achar alguém melhor. Eu não quero ninguém melhor, não me importa se ele me merece ou não, quero apenas sumir, nem que seja por hoje. Chorava e corria fora de controle, cheguei ao térreo em um choro compulsivo e emocionalmente descontrolada, continuo a correr, atravesso a rua..
Foram um ou dois segundos de descuido. Um barulho estarrecedor. Um carro contra mim. Meu corpo sendo arremessado longe. Fechei os olhos.
Depois disso apenas flashes na minha memória, Maite correndo até mim e gritando por ajuda e ambulância. O motorista reclamando que eu me meti na frente do carro. Maite chorando desesperada por eu estar sangrando demais. Os convidados da festa de Rodrigo também descendo e se aproximando. Pisco os olhos umas duas vezes, fraca. Me lembro de sentir dor em cada centímetro do corpo e apagar.
Acordo e estou no hospital, Maite está do lado da minha cama, chorando e segurando minha mão. Seu olhar é baixo e sua expressão é desolada. Aperto de leve sua mão, ainda extremamente fraca, para chamar sua atenção. Ela se assusta e me olha, quando me vê praticamente morta naquela cama, mas ainda sim, viva, ela volta a chorar, me abraçando como consegue. A porta abre com um barulho forte, Mane entra igual um foguete vindo até mim.
- O que houve, Any? – ele toca meu rosto – Meu Deus, o que aconteceu com você? – eu me sinto tão fraca que não consigo dizer uma só palavra.
- Mane.. – ela o chama baixo – Depois eu te explico tudo, ok? – ele a olha chorando e abatido – Só temos que cuidar dela agora. Cuidar muito, demais, mais que nunca. – ele assente quieto e eu fico meio que sem entender o porque daquele comentário.
Nada mais é dito. Mane e Maite não saem do meu lado, estou engessada e sinto todo meu corpo doer, tenho machucados expostos pelo corpo e parece que um trem passou em cima de mim, dói fazer qualquer movimento. Não consigo mal pensar, parece que estou acordada mas ainda durmo. Fecho os olhos.. Maite pensa que dormi.
- Eu não sei como digo.. – Mane a olha, confuso.
- Dizer o que? – Maite respira fundo.
- Vem, vamos conversar. – ela pega Mane pelas mãos – Ela dormiu, preciso te explicar tudo. – Mane assente quieto e se levanta.
Maite leva Mane a cafeteria e lhe conta tudo, do "relacionamento" que Anahi tinha com Rodrigo, da festa que fez, do quanto ela o amava e do quanto ele foi um imbecil com ela, da gravidez, até chegar ao acidente..
- Ela esperar que isso ficasse sério para te contar, ela esperava que ele fosse pedir ela em namoro hoje.. – ela suspira – E a gravidez também, ela ia te contar depois da festa, depois que.. – ela suspira - ..que contasse para ele. – Maite fecha os olhos chorando, balançando a cabeça se lembrando – Ela queria fazer tudo certo, sabe? – ela volta a encarar Mane e ele assente.
Ela continua contando a história. Mane horas se revoltava com Rodrigo e o jurava de morte, horas abaixa a cabeça desolado pensando no que Anahi sofreu. Ver a irmã dele, aquela que sempre foi sua bebê, a menina da sua vida ali, naquela cama de hospital por causa de um babaca que quebrou seu coração era tudo que ele nunca queria ter que passar. Ele jurou que quebraria cada osso de Rodrigo e que ele jamais voltaria a chegar perto de Anahi. Maite o acalmou, afinal, o foco agora era Anahi, coloca-la novamente de pé, a trazer para a vida, depois cuidariam de Rodrigo e Mane teve que concordar. Mas aquela história não ia ficar assim, não mesmo. Só que tinha algo que Maite precisava contar e o mais difícil não era contar para Mane e sim comunicar Anahi: o impacto do acidente provocou um sangramento no útero, causando um aborto espontâneo. Maite sabia que Anahi perderia o chão com essa notícia. Ela já havia perdido a mãe e agora perdia a possibilidade de ser uma.
Aquela madrugada parecia eterna, enquanto em um canto quieta Maite pensava no melhor jeito de dar a noticia a Anahi, Mane tentava cochilar. Quando na maior cara de pau do mundo, Rodrigo entra na sala de espera do hospital, procurando informações sobre Anahi. Maite prontamente se levanta e caminha até ele, respirando fundo e controlando sua vontade de enfiar um soco no meio da cara dele e quebrar aquele maldito e ridículo nariz.
- Acho melhor você ir embora, não tem absolutamente nada para fazer aqui. – diz dura atrás de Rodrigo, ele se vira.
- Claro que tenho. – diz autoritário – Como ela está?
- Jura que vai fazer a ceninha de que se importa? – ela força um riso debochado – Olha o que você fez com ela, isso tudo é culpa sua, seu imbecil! – Vai embora daqui e nunca mais procure ela. – ordena firme.
- Eu não vou a lugar nenhum. – diz tranquilo.
- Você vai, ou por bem, ou por mal. – ela se aproxima mais dele – Se eu fosse você ia agora e por bem, porque se o irmão dela acordar e te encontrar aqui, ah, ele quebra todos os seus dentes. – ela diz gostosa em pensar naquela ideia.
- Então é esse o babaca? – a voz de Mane explodindo de raiva corta seus pensamentos e ecoa, Maite apenas sorri debochada para Rodrigo e se vira para Mane.
- Esse mesmo. – diz saindo do caminho de Mane e deixando que ele resolvesse.
Depois disso o que foi visto foi apenas Rodrigo com o nariz quebrado, sangrando, sendo arremessado pela camisa a socos, chutes a pontapés para fora do hospital, caindo bem feio no meio da rua. Só se ouvia xingamentos de Maite e sua torcida fervorosa para que lhe batessem mais. Mane revoltado, descontou pelo menos 10% da sua raiva em Rodrigo naquele momento, mas ainda tinha muita coisa mal resolvida. Ele entrou abraçado a Maite para dentro do hospital, afinal, ela estava certa em dizer que agora mais do que nunca, Anahi precisava deles. E ele queria estar do lado dela quando ela acordasse e para tudo que precisasse.
Quando eu acordo pela manhã, Mane e Maite dormem abraçados no sofá do quarto em que estou, fico um tempo, longo por sinal, observando eles e pensando no quanto se amam, no quanto combinam, se pertencem. São o tipo de casal que ao olhar, se enxerga que foram feitos um para o outro e vibro para que independente do que eles escolham, que fiquem juntos, neles dois está a minha última esperança em acreditar nesse tal de amor. Maite se mexe e abre os olhos, me vendo observa-los dormir, ela se espanta e cutuca Mane, levantando e vindo até mim.
- Oi, amiga. – ela se senta na beirada da cama e pega minha mão – Está se sentindo melhor? – me forço a falar.
- Ainda sinto muitas dores. – digo quase que em sussurro, com a voz fraca.
- Você vai se recuperar. – diz Mane confiante atrás de Maite, passando o braço pelas suas costas e a abraçando – Estamos com você, para tudo, sabe disso. – apenas confirmo quieta.
- Mane, você se importa de ir buscar uma água para mim na cafeteria? – ela o olhava pedinte – Gostaria de conversar com a Any sozinha uns minutos. – eles trocam um olhar cúmplice e Mane entende, apenas confirma e sai do quarto. Maite volta a me encarar e respira fundo – Eu te confesso que ensaiei mil jeitos de te contar, mas nenhum deles me parece suficientemente bom para aliviar a sua dor. – ela suspira.
- O que aconteceu? – digo baixo, preocupada – Diz de uma vez! - ela aperta minha mão, me olhando nos olhos.
– Você perdeu o bebê, amiga. – ela abaixa o olhar – Eu sinto muito. – diz num fio de voz.
Aquelas palavras de Maite me fazem voltar ao acidente, a luz do farol do carro me cegando, meus olhos fechando e eu não tendo tempo nem de virar o corpo. O carro me atingindo. A dor. Aquela dor nem de longe se compara a essa dor. Era como se meu mundo tivesse desmoronado, nada mais naquele momento fazia sentido, tinha uma razão. Uma vez me disseram que a gente precisa ter uma motivação, algo para lutar, um sonho, uma meta, uma pessoa, qualquer coisa, algo que a cada dia nos impulsione para frente, nos faça a acordar e nos mover, nos faça ir além. Diria que talvez o que me motivou todos esses anos foi a esperança. A esperança de um bom futuro. Aquelas páginas de contos de fadas que insistem em dizer que o final é feliz. Mas tudo que se ganha é para se perder. Tudo foi escorrendo de minhas mãos como areia e água. Um filme na minha cabeça passava, todas as coisas que eu já perdi, todas as coisas que sofri, todas as dores, tombos, cada modo duro e cruel que a vida me fez crescer. Nesse mundo em que fui obrigada a estar, não se pode ter esperança, não se pode viver com o coração. Os finais não são felizes, não existem bons acasos, o bem não vence o mal, não se espera milagres, não existe Deus que cuida, nem salvação. O inferno é a terra e eu terei que amargurar.
Perder meu filho foi como me tirar a esperança. Me tirar a última e única parte de sonho, de vida, de coração, o triz que ainda me colocava para frente, a motivação. Eu não teria pai, nem mãe, teria matado uma pessoa, não teria o amor de Rodrigo, mas ainda teria meu filho, teria o que sempre sonhei: alguém ao meu lado, para cuidar e receber amor, toda a vida. Mas isso também foi tirado de mim, eu o perdi e junto dele a doçura perante a vida.
Naquele instante a Anahi morreu, a partir de hoje a Anahi que me habita é uma outra mulher e nunca, nunca mais ninguém vai me fazer sofrer, ninguém vai tirar mais nada de mim, ninguém vai me ver perder, fracassar, ser frágil. A partir de hoje uma dura e grossa camada de gelo cobre meu corpo, a razão toma conta de todas e quaisquer decisões e pensamentos e o coração vai aprender que sua única função é me manter viva e isenta de sentimentos.
Meus olhos fixados na parede e eu sem esboçar qualquer reação com os pensamentos tão longes, com tantas mudanças acontecendo dentro de mim. Maite me chama de volta a realidade e eu com a expressão fechada, dura e autoritária olho para Maite.
- Diga alguma coisa! – ela chora, quase implorando por uma reação minha e eu lhe dou a resposta.
- O mundo vai saber quem é Anahi Portilla. – respiro fundo – Eu vou dar o meu sangue para ser a melhor. – ela se espanta com a minha resposta e dureza ao professar cada palavra – Ninguém nunca mais vai me fazer sofrer, nem tirar nada de mim. – ela me olha nos olhos complemente perdida – Eu vou recuperar meu filho. Um dia, um dia eu vou. – e eu não falo mais nada.
Ela havia dado a resposta que Maite pediu, talvez não tenha sido nem de longe a reação esperada, mas era tudo que Anahi podia lhe dar naquele momento. Aquele assunto havia morrido ali, pelo menos para Anahi.
Sabe aquela história de ter uma motivação para viver? Anahi tinha acabado de encontrar a sua.
~
Sobreviveram??? Pois se chegaram até aqui, digam adeus a Anahi de antes. Ela não voltará mais. Mas ao longo dos capítulos e do tempo vocês conhecerão uma nova versão da Anahi, que não é essa menina ingênua e apaixonada - ela nunca mais voltará a ser assim -, mas também nem tão fria quando ela será a princípio. Uma mulher forte que descobrirá que ainda existe amor dentro do seu coração e que ainda se tem muita coisa a viver.
Me contem tudooooooo!!!
Autor(a): jadepegas
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 43
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Juliana Santos Postado em 13/12/2020 - 03:21:50
Sofro esperando a continuação
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danisouza Postado em 27/07/2016 - 11:24:14
Leitora nova e já acho essa fanfic perfeita. Estou ansiossima por esse encontro de Annie e Poncho. Não estou gostando nadinha dessa nova Annie, espero que Poncho mude ela rapidoo. Continuaaa
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clara_herrera Postado em 31/05/2016 - 17:01:20
Continuando Maite sempre a apoiando :uma amizade linda -apesar de ter que lidar com os obstáculos da amiga . Uma amizade perfeita ;uma sempre apoiando outra . Uma amizade que só com o olhar já se saber o que sente . Tantas coisas aconteceram ... É até inexplicável vier falar desse começo ,pois aconteceu tantas coisas . O Mane foi uma pessoa em que teve horas em que eu queria que ele ficasse , pois quem sabe(?), ele poderia derrete esse gelo na Anahí .Queria que a Mai e o Mane ficasse juntos ... mas tem coisas que é pro nosso próprio bem . Mais tem coisas em nós não podemos mudar . Espero que ela encontre um pouco da doçura que foi deixada para traz e volte ser um terço do que era .... TALVEZ o Poncho possa a traze de volta ... Deixei um comentário lá no seu vídeo que está no youtube . Beijões,-e continue ,linda ....(Por isso que dizem "Quando você lê um livro tem que está prepara para o que se pode acontecer "o que é verdade . ) <3
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clara_herrera Postado em 31/05/2016 - 16:44:00
OMG ,que começo !Nossa ! Foi tantas coisas que aconteceu ... A minha vontade era de dar uns socos no Enrique pelo simples fato dele ter um pedaço de culpa de ser o que a Anahí é hoje : Fria . Uma atitude completamente não pensada ,calculista por algum que no fim nem teve valor o: cara acabou morrendo . O Rodrigo ... sem palavras , uma pessoa que só a usou ,a usou como um pedaço de carne . (chorei quando ela o viu com outra ) . Uma pessoa sem escrúpulo ,um ser considerado parente de um Monstro ! Odeio pois a uma grande parcela acaba sendo dele ,pois ele a fez perde o bebe o que era o seu grande sonho .Ela sempre foi muito ingênua sonhando em conhecer seu príncipe ,o que não é errado (pois eu mesmo acredito! ) . Mais ele foi o seu escape diante as situações em sua casa ,com seu pai a forma como ele a tratava . Ela queria pouca coisa :apenas carinho ,atenção ,um abraço quando chegasse em casa . Coisa simples ,que nós mesmo temos ... Maite sempre a apoiando :uma amizade linda -apesar...
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clara_herrera Postado em 18/05/2016 - 17:07:00
Como assim você tem essa Web ??? Leitora nova e que ,tenho certeza ,amará essa sua nova Web !!!!
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mari_ponny Postado em 04/05/2016 - 23:02:04
Maiteee melhooor pessoa !!!!! <3 Finalmenteee conseguiu tirar Anahí de casa!!! Ponchitooo vai chegaar!!!! <3 <3 CONTINUUUUA <3 <3 <3 <3
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mari_ponny Postado em 28/04/2016 - 23:42:39
Último comentário foi meu!! O nome nao apareceeu :/ :( por: mari_ponny
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Postado em 28/04/2016 - 23:40:45
Dioooosito!!! Como estou viva ainda??? Que capitulo cheioo de tirooos!!! Nem acredito q a Anny perdeu o baby :( Adiós Anny ingênua... Aiin to ansioosa pra conhecer a nova Anny.... :/ como o Rodrigo ainda teve a cara de pau de aparecer no hospital?? Aah faça-me o favor nee!! Manee deu tudo o que ele merecia!! Ninguém mandou machucar a Anny! Beem feito! :@ CONTINUUUUUUUA <3 <3 <3 <3 estouu cada diia mais apaixonada <3
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franmarmentini♥ Postado em 27/04/2016 - 15:21:44
CHEGUEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
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mari_ponny Postado em 24/04/2016 - 23:17:15
Anahí grávida... Mds ! Era oq faltava!! Mane com todos esses problemas.... Oq será q ele vai decidir? :/ affz.... O pai dele só sabe atrapalhar a vida deles.... CONTINUUUUUUUA <3 <3 <3 <3 <3 <3