Fanfic: Afaste-se de Mim | Tema: (AyA)
CAPÍTULO 11
"A veces no decimos lo que sentimos, no porque no queremos decirlo, sino porque no sabemos cómo."
Os dias foram passando, eu tive alta, mas ainda estava muito debilitada. Maite teve que conversar com sua mãe e depois de lhe explicar toda a história e receber um esporro por escondermos isso dela, ela começou a cuidar de mim também. Mas eu, me sentia mal por estar recebendo todas aquelas atenções, por me sufocarem todo o dia e eu não ter um minuto sozinha para sofrer quieta a dor ainda reprimida da perda do meu filho. Eu jurei para mim mesma nunca mais ser fraca na frente, nunca mais vão me ver derramar uma só lágrima. Eu sentia dores para me movimentar e as ignorava para ter um pouco mais de independência. Eu estava de atestado médico, mas Mane se propôs a ir a escola conversar com a diretora para eu não ir mais as aulas e apenas realizar as provas. Faltava apenas um mês para o encerramento das aulas e ele acreditava que eu não teria estrutura emocional para voltar a estudar, porém eu neguei, lhe disse que estava bem e que iria volta a escola e terminaria o ano como tinha que ser. Não vou me privar de fazer nada, obrigação ou não, não iria perder mais nada, inclusive meu último mês de aula.
Eu ouvi Maite conversando com Mane, ele lhe dizia que estava me achando muito estranha, distante, diferente e ela lhe pediu para me dar um tempo, que eu ia voltando ao que era aos poucos, que ainda estava em estado de choque, que tinha acontecido muita coisa em pouco tempo e eu deveria estar extremamente abalada. Ele acreditou, confiou nela e sei que ela lhe disse o que de coração acredita, porque em todas as outras vezes diante de qualquer problema eu apenas sorria e passava por cima, mas depois de tudo que me aconteceu, passarei por cima sim, mas sem mais sorrir e ser fraca, sem mais permitir que me derrubem outra vez. A partir de agora, eu quem dito as regras, eu que vou derrubar.
Na semana seguinte eu voltei a escola, todos me olhavam de rabo de olho, cochichando, rindo, imagino o que sabem, imagino o que inventaram. Não me importava, não mesmo, não mais. Queria que todos se explodissem. Ia as aulas, focava nos meus exercícios, leituras e explicações, depois pegava minhas coisas e ia para casa, sem parar para me distrair com nada. Angel veio falar comigo, pedir desculpas completamente envergonhada, eu apenas lhe dei um tapinha nos ombros e forcei um sorriso sem dentes dizendo que estava tudo bem. Não fiquei para ouvir o resto de baboseiras que ela tinha para falar, não era culpa dela, mas eu apenas não queria ouvir. Maite tentava a todo custo fazer com que o colégio parasse com as fofocas e me respeitassem, eu não falava nada, deixava ela fazer o que quisesse, mas quando ela vinha me contar o que tinha feito eu a cortava dizendo para deixar eles, que eu não me importava. Ela tentou várias vezes conversar comigo, perguntando se queria desabafar, que eu estava muito estranha, que eu precisava botar para fora.
- Eu já te dei a resposta que você pediu no hospital, Maite. – digo firme – Não tenho absolutamente nada mais a falar sobre esse assunto. – me levanto passando por ela – Esse passado morreu. – e saio da sala.
Eles me deixaram em paz, não perguntaram mais nada e eu agradeci aos céus. Mane veio conversar comigo que iria para Londres. Disse que havia conversado novamente com Maite e eles chegaram a conclusão que se ela fosse com ele, ou se ele ficasse, se arrependeriam, então ele iria e ela ficaria e eles tentariam manter um contato, um relacionamento a distância.
- Sabe que isso de relacionamento a distancia vai ser apenas uma forma de vocês se consolarem com o fato de que não estão mais juntos, né? – ele abaixa a cabeça – Isso não vai dar certo. – digo triste.
- Se isso é tudo que me deixa ainda de algum jeito ligado a ela, pertencendo a ela.. – ele balança a cabeça – É nisso que vou me agarrar. – eu confirmo quieta e não aumento mais o assunto.
Música da cena: Sebastián Yatra - Cómo Mirarte
Porém Maite parecia que não estava vendo esse lance de namoro a distancia com bons olhos assim não, ela chegou aquela noite em casa totalmente desolada, deitou em meu colo e chorou abraçada ao travesseiro até ser vencida pelo sono e dormir ali mesmo no meu colo, sem ao menos se mexer. Ela repetia a todo momento que não sabia mais viver sem ele, que o amava muito, que iria para Londres, que não podia imaginar um futuro sem ele. Eu não contrariei, sabia que ela estava alterada pelas emoções, deixei que ela desabafasse, chorasse, sabendo que amanhã ela voltaria a raciocinar com calma. Mas não melhorou.. Até o dia 3 de dezembro, data que Mane partia, Maite ficou agarrada a ele, o dia todo! Ela não ia para aula, não parava em casa e eu não sabia mais nada dele, nem dela. Estava quase convencida que ela de fato iria para Londres. Foi ai que no dia 3 ela apareceu bem cedo em casa, com olheiras e uma cara bem abatida, de quem chorou muito a noite inteira.
- Ele vai embora meio dia. – ela se senta na cama, abraçando seu corpo – Ele tá lá embaixo se despedindo da minha mãe e veio conversar com você. – ela tem um bico enorme no rosto de quem está prestes a chorar.
- Como você tá? – ela começa a chorar e eu a abraço – Calma, Mai.
- Eu não quero deixa-lo ir, mas não posso impedi-lo. – afago seus cabelos – Não quero que ele me veja chorando mais. – eu a acalmo e lhe beijo a cabeça.
- Eu não sei o que te dizer. – me abaixo, ficando agachada no pé da cama – Também não queria que ele fosse. – solto um riso de lado – Ele é minha única família, né? – ela confirma – Mas como você disse, não podemos impedi-lo. – ela suspira – Deixar voar é a maior prova de amor. – ela me abraça e Mane entra no quarto.
- Ah! – ele se aproxima de nós duas e nos abraça – Eu amo vocês! – nos entreolhamos – Eu prometi, não? Vou cuidar de vocês duas sempre! Eu juro que eu volto, vai ser temporário, eu vou consegui me transferir pro México, eu juro que vou. – eu assenti quieta – Não vou deixa-las sozinhas. – Maite já chora igual um bebê mergulhada no abraço de Mane – E você, tampinha.. – ele me faz carinho no rosto – Quero te dizer que me orgulho muito de você, admiro tanto sua força, sua coragem. Você me ensina tanto! – sorrio de lado – Você tem a mim, sempre, ok? – confirmo – Você pode ir para Londres se quiser, ou em um grito que estou de volta ao México para cuidar de você. Mas por favor, não pense nunca que está só. – ele me puxa para um abraço – Eu amo você! Muito! – eu lhe beijo o rosto – Vou sentir tanta saudade! – sorrio.
- Você é minha família, Mane. – olho para Mai toda chorona – Vocês dois. – sorrio – Eu te amo muito! Também vou morrer de saudade. – ele sorri para mim – Qualquer coisa, qualquer momento, sempre estaremos aqui. – nos voltamos a abraçar – Vou deixar vocês sozinhos agora. – me levanto e saio do quarto para deixa-los se despedir.
- Eu vou com você! – é tudo que ela diz assim que a porta bate e Anahi sai.
- Eu seria o homem mais feliz do mundo se fosse essa a sua vontade de verdade. – ele lhe acaricia o rosto – Mas eu não posso decidir por você. – ela abaixa a cabeça e volta a chorar.
- Eu não sei viver sem você. – ele lhe beija a testa – Eu te amo! – ela lhe abraça.
- Minha Luna! – ele afaga seus cabelos e sorri com a declaração – Você é o amor da minha vida, para sempre, por favor, acredite nisso. – ela assente quieta – Nunca duvide, você tem todo o meu coração. – ela lhe olha nos olhos – Eu amo você. Eu te amo muito! – ela sorri – Todos os planos que sonhamos juntos, ainda vamos realiza-los, ok? Guarda eles dentro de você, eu voltar e nos vamos continuar de onde paramos, eu prometo. – ele lhe coloca uma mecha de cabelo para trás e seca suas lágrimas com o polegar, enquanto ela tímida, quase esboça um sorriso – O destino pode até tentar separar nós dois, mas ele é incapaz de tirar de dentro de mim o amor que só pertence a você. – ele tira o colar que usa, que usa sempre, que é seu de infância e coloca no pescoço dela – Fica com você. – ela fecha a mão segurando o colar, emocionada – Nunca se esqueça de mim, por favor. Eu pensarei em você todo momento e contarei os dias para te ter outra vez.
- Não vou e nem quero te esquecer. – ele sorri – Eu vou te esperar, ansiosa, para ser sua para sempre. – ele lhe toca o rosto com devoção, passando os dedos com calma por sua pele, seus lábios, seus olhos – Me beija. – ela pede – Fica um pouco aqui para eu gravar esse momento para sempre comigo.
Ele lhe toca a nuca e a puxa para si, a envolvendo em um beijo. Ele lhe adorava, lhe mostrava naquele beijo o quanto era completamente apaixonado por ela. Ela lhe abraçava pelo pescoço e ele ergue o corpo a deitando na cama e cobrindo seu corpo com o dela. Ela vai levantando a blusa dele, apertando-lhe a pele como se tentasse deixar nela sua digital. Mane lhe reverenciava o corpo perfeito a beijos, tirando-lhe lentamente a roupa, a beijando cada centímetro do corpo. Era diferente de todas as vezes que se amaram. Era sôfrego, ela dolorido por mais prazeroso que fosse o choque de suas peles, era um cruel adeus, era um amanhã incerto, eram planos e sonhos sendo trancados em um baú chamado talvez. Ele lhe segurava o rosto e a beijava enquanto ela, nua, se colocava sobre ele. Seus cabelos negros em cascata caiam ao lado e ele sorria, passando o dedo em seus olhos e lhe beijando os lábios, dizendo que ela era linda, tão mais tão linda. Ela repetia para si como um mantra que aquilo não era um adeus. As mãos de Mane passeavam por sua coxa, lentamente, subindo e adorando seu corpo, atravessaram seu quadril, sua cintura, suas costas, seus ombros, seus seios. Ela suspirava, arrepiada, excitada, entregue.
- Diga que não é a última vez. – ela ainda de olhos fechados, pede baixo – Por favor.. – sussurra..
- Ainda teremos muitas e muitas vezes. – ela abre os olhos e ele a encara, segurando seu rosto – Eu sou seu, todo seu, até o fim da vida. – ela sorri – Te amo.
E ele a possui, fazem amor como nunca antes fizeram, era muito mais do que o prazer, era despedida, ela chorava enquanto se amavam, as emoções todas a flor da pele, era a vontade incontrolável de tornar aquele momento eterno. A sede de ter ele para si para sempre, a força que dentro dela gritava, que amava ele em cada centímetro do corpo, que quando ele a tocava sentia que estava tocando o paraíso. Ele era seu céu e ela era sua Luna. Estava escrito e nem aquela maldita distância, nem nada no mundo mudaria aquilo, ela jurou.
Depois que Mane foi embora, Maite ficou extremamente depressiva, eu fazia de tudo para tentar anima-la, mas parecia que nada no mundo era capaz de trazer a alegria de Maite. Deixava que ela chorasse e desabafasse sempre, ela dizia que as cenas da despedida deles no aeroporto, deles se amando pela última vez, de tudo que ele lhe disse, era como tortura em seus pensamentos, que não conseguia parar de pensar um só minuto. Lhe doía o corpo, lhe doía a alma. Comecei a pensar se não era melhor mesmo ela ir com ele, então lhe propus algo. Terminar a escola, tirar o visto e pensar sobre o assunto nesse tempo, se depois disso ela ainda decidir ir e construir a vida dela lá, ela teria meu apoio. Maite viu que era a coisa mais lógica a se fazer, que não tinha como ficar chorando pelos cantos quando era impossível ela ter ido dia 3 com Mane, ou decidir qualquer coisa com as emoções a flor da pele como estavam. Então ela se deu o tempo.
Nosso ano letivo acabou, eu não quis ir a festa de formatura, mesmo Maite me enchendo o saco para ir, não tinha o menor clima e eu precisava me preparar para o vestibular, Maite foi, se divertiu bastante mas eu fiquei apenas feliz em ter completado essa etapa chamada ensino médio. Era apenas o começo e eu não iria parar até chegar no topo. Maite e Mane se falavam todo dia, eu e Mane, uma vez na semana. Eu e Maite começamos a estudar para o vestibular juntas, Maite começava empolgada mais sempre dormia e me deixava estudando sozinha. O visto de Maite saiu, mas ela não quis ir. Quando se acalmou, e a saudade foi virando rotina, ela resolveu se dar mais tempo. Por fim, fizemos a prova para a mesma faculdade - eu para Jornalismo e Maite para Relações Públicas – e passamos, eu com nota muito boa ganhei uma bolsa de estudos e Maite desconto, mas isso não era importante para ela, já que seus pais de bom grado pagariam a faculdade. Resolvi me mudar para o alojamento da faculdade, Maite como era preguiçosa em acordar cedo e ter que pegar condução para ir a faculdade, resolveu me acompanhar.
Antes de começarmos as aulas ela tirou férias, foi para Argentina ficar uns dias com seu pai e eu já me mudei para o alojamento da faculdade e comecei a pegar livros de Administração e Marketing na biblioteca e estudando por conta própria. Na minha cabeça eu sabia muito bem onde eu queria chegar e o que eu precisava saber para chegar lá, todo conhecimento era fundamental. Eu não sabia ainda como eu ia fazer, mas eu sabia que iria descobrir. Eu e Maite ficamos dividindo quarto no alojamento, quando ela voltou minha parte do quarto já estava devidamente arrumada, milhões de livros na mesa de estudo e eu bem mais magra. Virava noites estudando, lendo e escrevendo, ficava mais na biblioteca que no quarto, mal lembrava de comer. Ela e Mane foram se falando menos e menos e eu e ele também. As coisas por lá estão muito corridas, ele tem muito trabalho e está bem perdido. Estão fazendo ele aprender a duros modos, ele tá tendo que se superar, estudar enquanto age. Mane sempre foi um excelente aluno, mas ele não tinha muita prática de administração e já chegou sendo colocado em um cargo muito importante. Ele estava gostando, aprendendo, mas também sofrendo. Mas eu acredito nele, sei que vai se sair bem.
Quando as aulas começaram na primeira semana Maite já era amiga da faculdade toda, já tinha agenda de mil festas e já havia virado representante de turma. Ela ia em todas as festas, todos os dias mil pessoas viam chamar ela aqui no quarto. Ela tentava todo santo dia me arrastar com ela para os cantos que ela ia, fazer com que eu me misturasse e fizesse amigos, mas eu definitivamente não estava interessada. Só me importava focar, focar e estudar, sem parar. Comecei a fazer cursos extra classes, trabalhar meio período em um restaurante e usar o computador da biblioteca para escrever crônicas, contos e releases para conseguir uma grana extra. Nos fins de semana quando Maite não ia a alguma festa ela voltava para casa e eu não ia, ficava na faculdade. Maite e eu começamos a brigar, ela dizia que eu estava igual um robô, que estava ficando bitolada e que a vida não era apenas se matar de estudar. Ela não entende.. Se eu quero ser a melhor, não posso perder tempo com futilidades. É a minha escolha. Ela diz que eu estou abdicando da vida e eu digo que essa é a vida que eu escolhi. E fim de papo.
Mas a gota d'agua foi no meu aniversário, Maite fez uma festa surpresa para mim, quando chego do trabalho exausta, era um sábado a noite, meu aniversário de 18 anos. Estava Christian, o único dos amigos da Maite que eu acabei me aproximando um pouco, ele cursava Direito e eu gostava dele e da sua alegria, ele me fazia rir, relaxar, coisa que era muito raro acontecer. Eles cantaram parabéns para mim e eu entrei sem ânimo nenhum, me sentei na cama e olhei para Maite com uma expressão fria.
- Vem, Any! – ela se aproxima de mim com o bolo – Assopra a vela e faz um pedido! – ela sorri feliz.
- Desculpas. – tiro os sapatos, não dando importância – O dia não tá para comemorações. – eu mal encarava ela – E eu ainda tenho muito o que estudar. – Maite respira fundo, tira a vela do bolo e joga no chão, tacando o bolo com toda vontade na minha cara.
- Se você quer acabar com a sua vida, ok? Mas tenta ser pelo menos um pouco gentil com as pessoas que te amam como você é. – eu tiro o bolo dos meus olhos, bem estressada com isso – Me dá pena ver a pessoa que você se transformou. – eu me levanto e a encaro dura – Nunca mais farei nada no seu aniversário, tem minha palavra, não se preocupe. – ela vira as costas e sai do quarto e Christian, sem dizer nada, a segue.
Óbvio que depois eu vi que eu tinha radicalizado com Maite e que mesmo que eu não quisesse festa, não tinha o direito de trata-la daquela maneira. No fim, pedimos desculpas, nos abraçamos e ela chorou. Claro que não só pela briga comigo, mas também pelo Mane. Eles quase não se falavam mais e ela não conseguia esquece-lo, não conseguia superar, deixar de ama-lo. Ela pediu desculpas por estar também estressada esses dias, é que ela não estava aguentando mais, que não tinha concentração nenhuma para fazer nada. Quando ela começava a melhorar, ele ligava e só de ouvir a voz dele o mundo dela já parava e seu coração a bater acelerado. Ela só repetia que o amava, que o amava demais. Fizemos as pazes e eu comecei a ser mais atenciosa com Maite, dava pausas às vezes nos estudos para ouvir ela contar das festas e a ajudava em seus trabalhos quando dava. Estava sendo injusta e cruel com a pessoa que mais me deu a mão na vida, que eu amo, minha irmã e isso não estava sendo nada legal.
"Si quieres volar, tienes que renunciar a las cosas que te pesan."
Dois anos depois...
Música da cena: Ednita Nazario - Después de ti
Eu já estava como gerente do restaurante, ganhava bem e guardava praticamente todo meu dinheiro. Minhas notas na faculdade eram sempre as melhores. Ganhei uma coluna no jornal da faculdade. Comecei a procurar lugares para alugar para começar uma empresa pequena de assessoria e fazia coaching sobre estratégias de pequenas empresas. Maite começou a aceitar meu jeito e parou de me chamar para as festas e me forçar introduzir em seu grupo de amigos. Ela começou um curso extra de Marketing, está indo a menos festas e se dedicando de verdade as aulas, há uns 6 meses atrás ela e Mane terminaram de vez, ela lhe disse que precisava esquece-lo, que essa relação a distância estava acabando com ela, não estava a deixando seguir, viver.. Ele respeitou e parou de ligar. Nós ainda se falamos, mas eu evito ligar, às vezes ainda ligo pedindo para tirar alguma dúvida de administração com ele. Bom, Mane está se saindo bem por lá, está mais seguro, porém bem atarefado. As coisas foram longe de sair como ele esperava, ele não sabe quando vai conseguir uma folga para vir ao México me ver, mas sempre dá um jeito de me cuidar mesmo a distância. Ele sofreu muito quando Maite terminou, acho que foi a coisa mais difícil que ela fez também. Eu tenho certeza que ele tinha esperanças dela larga tudo e ir e ela esperanças dele largar tudo e voltar, mas nessa, os dois ficaram na mesma e definitivamente separados.
Já eu continuava totalmente obcecada, o tempo todo lendo e procurando melhorar como futura profissional. Não pensava em sair, nem em me divertir, aproveitar.. Isso era algo nem cogitado, por mais que Maite ainda volta e meia me implorasse para ir. Minha maior diversão era pensar no império que eu sonhava em construir e iria. Só pensava no sucesso. Maite não cansava de dizer que eu havia me tornado dona de uma frieza incalculável. E eu acho que gosto disso.
Foi nessa mesma época que Maite conheceu Ucker, um carinha que fazia o curso extra de marketing com ela, eles começaram a marcar de estudar juntos, faziam trabalhos e ele fazia bem a ela. Maite ria o tempo todo quando estava com ele, eles implicavam um com o outro que pareciam dois irmãos, Ucker era meio bobão, todos o chamavam de bebê, mas parecia que era sua missão na terra conseguir a admiração de Maite. Ele não se importava em parecer um idiota se conseguisse fazer ela sorrir. E eu gostava quando eles vinham estudar aqui no alojamento, só para eu ficar observando isso, o quanto ele fazia de um tudo para ver ela feliz.
Um tempo depois ele se declarou para ela e pediu para que ela saísse com ele. Eles acabaram saindo juntos várias vezes até acabarem ficando. E nesse dia Maite chegou arrasada no quarto, chorando muito. A primeira coisa que eu pensei foi que o Ucker deveria beijar muito muito mal, mas quando ela me abraçou e começou a chorar vi que não era pelo beijo e sim por um amor que ainda não havia sido superado.
- Foi maravilhoso, Any. – ela fungava – Ele é um amor, faz o possível e o impossível para me ver feliz. – ela sorri – Mas ele não é o Mane. – faço carinho no cabelo dela, assentindo – Ele não me beija como o Mane, não me abraça e me protege como o Mane, ele não faz meu corpo todo arrepiar apenas por estar perto de mim, não faz meu coração parecer sair pela boca quando sorri. –ela me abraça mais apertado – Parece que nada que eu venha a fazer é suficiente para esquecer ele.
Eu entendo a Maite, entendo porque mesmo depois de todos esse anos, depois de tudo que eu passei, ainda penso em Rodrigo, mesmo ele não merecendo de mim nem o pensamento. Entendo a parte de nada é suficiente para esquecer. Meus pensamentos não são mais pensamentos de amor, ilusões, como no caso de Maite. Eu não o amo, não o quero, nem mesmo vê-lo, mas isso não significa que seja fácil deixar para lá tudo que passou, ainda nada é suficiente para esquece-lo. Eu sonho com ele às vezes e acordo assustada, me pego pensando se me permito distrair um minuto, tenho raiva dele. E o que mais me dói é o fato de que as coisas poderiam ter sido tão diferentes, tão boas, se ele não tivesse sido o imbecil que foi. Eu sei que eu fui ingênua, que não deveria ter acreditado, me envolvido, me apaixonado, mas ele não foi digno comigo no momento que eu mais precisei dele e eu não o perdoo. Mas enfim, aqui o foco não sou eu agora e sim a Maite. Eu definitivamente me desliguei dessa tentativa amorosa, com o tempo eu tenho certeza que Rodrigo vai sair totalmente da minha mente porque pensar nele para mim é perder um tempo precioso de estudo e conhecimento.
Eu cuidei de Maite toda a noite, deixei que ela chorasse e desabafasse, mas a impedi de ligar para Mane. Maite estava cega pela emoção, eu não podia deixar. Só eu sabia o quanto ela sofria com a ausência de Mane e eu também sabia que ela ligar para ele chorando de saudade não ia mudar as coisas, nem trazê-lo de volta, só ia tortura-la mais. Ucker era um bobão, sim, era, mas era um bobão que estava apaixonado por ela e ninguém podia tirar dela a chance de seguir em frente.
- Tenta tratar isso de forma racional, Mai. – ela levanta o corpo e me olha – Ele está longe, a vida de vocês seguiu rumos diferentes. – ela confirma quieta – Você tem a chance se seguir sua vida com alguém legal se assim desejar. – ela sorri de lado – Não, ele não é o Mane, nem nunca vai ser o Mane e você fazendo essas comparações vai pedir para sofrer mais. – ela passa a mão no rosto secando as lágrimas. – Infelizmente você ligando para ele dizendo que está com saudade ou deixando de sair com o Ucker, não vai trazer o Mane de volta. – me doeu dizer isso a ela, de verdade, eu sei o quanto ela é apaixonada por Mane, mas a verdade precisava ser dita, doa a quem doesse.
- Eu sei que sempre vou lembrar com doçura da segurança e do carinho no olhar dele. – ela sorri – Lembrarei de todas as ruas que passamos e macetes que ele tinha para cortar caminho. Das suas travessuras tão de menino e da rotina agitada que ele tinha que eu acabei decorando. – eu a olho com ternura, colocando uma mecha de cabelo dela para trás e deixando ela desabafar – Lembrarei do quanto sempre eu vou admirar a grandeza e a força dele, de homem, de pessoa, de ser humano incrível e também da sua enorme determinação. – ela fecha os olhos lembrando – Lembrarei por toda a vida que eu amo seu coração enorme que abria os braços, me abraçava e cuidava do mundo inteiro. Lembrarei com todo amor do orgulho enorme que eu sentia em ver ele como um menino dentro de um homem tão decidido. – ela abre os olhos, me olhando emocionada – Lembrarei das nossas discussões sobre futebol rindo e de todas as promessas de um futuro maravilhoso ao pé do ouvido. Lembrarei do corpo quente e do abraço protetor. – ela abaixa a cabeça e sorri – Mas eu sei que pensar em um futuro ao lado de alguém que não faz apenas o seu corpo mas também toda sua alma e coração vibrar de pura emoção e êxtase não é algo que se encontra fácil, que nem sei se voltarei a encontrar algum dia.
- Eu sei.. – digo em um sussurro.
- Ele me fazia querer ser melhor e maior todos os dias e me empolgava a continuar indo atrás de tantas coisas.. – eu assenti quieta.
- Mas o que eu posso fazer se esse futuro que tanto planejamos não pode ser presente? – ela volta a chorar – Isso tudo vai acabar virando lembrança de um doce passado, mas eu te juro que continuarei lembrando com o mesmo amor que eu sinto hoje. – ela me olha, firme – Eu vou dar uma chance ao Ucker. – eu confirmo – Mas nem ele, nem ninguém vai me fazer esquecer do amor que senti por Mane. – eu a puxo para um abraço e fim de papo.
Maite e Ucker começaram a namorar nas semanas seguintes, ele é uma boa pessoa, estudioso. Fazia Administração também, o que fazia sem querer Maite compara-lo a Mane, e fazia esse curso extra de Marketing com ela. Me fazia feliz vê-la seguindo em frente. Maite ficou mais tranquila depois que começou a namorar ele, as festas que ela ainda iam foram sendo substituídas com idas a restaurantes e a casa de Ucker ver filmes e comer brigadeiro. Ucker era de uma família muito rica e ao contrário da reação do meu pai, a família de Ucker amou Maite e a travava com todo amor – mesmo Maite tendo odiado a mãe de Ucker -. Ela estava bem, diria até que muito feliz, mais tranquila. Como ela mesmo me disse certa vez, o relacionamento com Ucker não era algo que a fazia tirar os pés do chão e perder todo o controle como foi com Mane um dia, eles eram apenas duas pessoas que se gostavam, que se davam bem, que se queriam e que aos poucos estavam transformando esse querer em um amor, um amor bom de se ter.
Eu acabei virando muito amiga de Ucker, já gostava dele apenas pelo fato de fazer de um tudo para ver a Maite feliz e ele conseguia, ela estava feliz. Aos poucos fui conhecendo ele melhor e descobri que além disso, ele era uma pessoa encantadora, com um coração enorme e muito dedicado. Nós três começamos a conviver bastante, Christian volta e meia também estava com a gente, construímos uma bela amizade. Às vezes até topava um jantar com eles ou uma reunião lá no nosso alojamento.
O tempo passava e as coisas seguiam normalmente, tranquilas, poucas coisas mudavam, inclusive a insistência de Maite para que eu saísse com ela. Maite me dizia que já tinham 3 anos desde que tudo aconteceu, que já estávamos acabando a faculdade e eu ainda parecia a mesma pessoa do dia do acidente, que estava jogando toda uma vida pela janela e blablablabla. Era fato: toda vez que ela voltava nesse assunto tinha briga. E sempre Christian ou Ucker vinham e separavam, tirando Maite de perto de mim e fazendo com que depois ela voltasse pedindo desculpas. Maite andava estressada, reclamando sem parar que a irmã-de-dente-torto do melhor amigo do Ucker deixava ela maluca! Que faltava apenas uma placa de "me come, ucker" na testa, que ela achava que "ele era abismo para ela se jogar". Ucker era bobo, mas essa passividade que ele tinha com a Dulce deixava Maite estressada e roxa de ciúmes. Eu ria dos relatos dela, não podia falar muito, afinal não conhecia Dulce, nem o melhor amigo do Ucker, não sabia como era as reuniões deles na casa do Ucker, nem o que Dulce fazia, mas Maite contava com tanta raiva, "você vai ver, qualquer dia vou colocar o dente dela no lugar com um soco." E eu me acabava de rir.
Um desses dias, Maite chegou igual furacão no quarto enquanto eu estudava..
- Anahi, vamos comigo em um festa! – eu reviro os olhos – Olha, por favor, eu nunca mais insisto, nem te peço nada, é só dessa vez, eu juro! – ela quase implora.
- Você diz isso todas as vezes. – digo desinteressada, voltando a atenção aos estudos – E a resposta é não. – ela pragueja.
- Por favor! – ela junta suas mãos, pedindo, quase implorando – Nós ficamos pouco tempo, eu venho com você a hora que você quiser, vamos com o Ucker e o Chris, só que você precisa muito ir. – franzo o cenho e a olho desconfiada.
- Prefiro ficar lendo. – ela xinga – Posso saber por que você quer tanto assim que eu vá? – ela fica desconcertada.
- Porque eu quero que você saia. – diz depois de alguns segundos – Quero sua companhia! – ela se aproxima de mim, me abraçando e pedindo – Por favooooor, Any! Nunca te pedi nada.
- Nunca pediu nada hoje, né? – ela ri – Sério, Mai. Não quero ir, não gosto, você sabe.
- Sei de nada. – ela me solta e se afasta – O que eu sei é você gosta sim, só que se proíbe de aproveitar a vida para se autopunir. – reviro os olhos entediada.
- De novo com isso? – a encaro – Você não cansa não? – ela fica quieta, emburrada – Não quero brigar com você hoje. – digo por fim voltando a me concentrar na leitura.
- Any, você confia em mim? – ela diz baixo, se aproxima, agachando perto de mim e eu a olho - Vamos comigo. Eu nunca te colocaria em furada.
- Eu confio. – me viro para encara-la - E você vai me contar por que quer tanto que eu vá? – ela fica paralisada – Confiança é confiança, bora, me diz. – ela sorri.
- Ok, eu digo. – ela se levanta e encosta na mesa, me olhando – Eu quero te apresentar uma pessoa, um novo amigo. – ela diz sorridente – Eu só acho que você ia se dar tão bem com o melhor amigo do Ucker. – ela vibra em empolgação – São tão parecidos. – ela sorri – Digo a Poncho que ele é você de saia. – reviro os olhos – Por favor, Any, vamos, hein?!? – ela vibra empolgação.
- Você tá louca? – digo em espanto – Maite, desiste de tentar me juntar com alguém, ok? – digo dura – Eu não estou disposta, nem disponível. – ela revira os olhos estressada – E não, não vou, nem quero conhecer o amigo do Ucker.
- Anahi, pelo amor de Deus!!! – diz pesarosa.
- Se eu quero ser a melhor não posso perder meu tempo com festas, nem "amigos do ucker". – digo dura e com desprezo.
Maite revira os olhos e sai do quarto sem dizer mais nada e batendo a porta com força.
No final daquele mês me aproximando do último ano de faculdade eu finalmente consegui alugar um pequeno galpão e comprar uns dois computadores para começar a trabalhar, Maite comprou minha ideia, investiu comigo, Ucker nos ajudou no que era preciso e da parte burocrática administrativa. Christian também sempre estava por perto em tudo que precisávamos. E assim nasceu a Magic. Nossa pequena agencia de assessoria e marketing. Começamos a divulgar nos corredores da faculdade, a distribuir panfletos no tempo livre, colar anúncios em postes e envia-los pelo correios. Aos poucos, a passos lentos foram aparecendo os primeiros clientes, eu pude sair do restaurante e me dedicar totalmente a agência. Eram meus primeiros passos, firmes e independentes, e nada nesse mundo era capaz de me tirar desse foco.
Maite trouxe champanhe para comemorarmos a entrega com sucesso do nosso primeiro grande trabalho.
- Um brinde! – ela ergue a taça – A Magic, a Anahi, a nosso trabalho e ao começo! – diz sorridente.
- Um brinde! – dizemos todos em coro.
Beberico um pouco a bebida e fico encostada na mesa, observando eles comemorarem e rirem alegres e distraídos um pouco a minha frente. E sorri. Eu não tinha família, não tinha amor, não tinha meu filho, não tinha uma casa, nem uma estabilidade, mas eu tinha uma amiga, tinha amigos. E acima de tudo, eu me tinha! Tinha força de vontade, coragem, sonhos e muita disposição. Eu chegaria lá, chegaria e não me importaria com as coisas que eu possa vir a passar, nada pode ser pior do que tudo que já passei e sobrevivi. Estava me sentindo bem, como há muito tempo não me sentia. Essa era a minha escolha, a minha paixão e minha motivação. A Magic a partir daquele momento, se tornou minha vida.
"Nós fazemos a nossa própria sorte e depois a chamamos de destino. E qual a melhor desculpa de escolher um caminho do que insistir que é o destino? Mas no final do dia, todos temos que viver com as nossas próprias escolhas."
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O aniversário é meu mais quem ganha presente são vocês, hahahaha... Juntei o capítulo 11 e 12 e FIM DA PRIMEIRA FASE!!!!
Quarta feira já começa Anahi versão atual, Poncho já chega logo logo, quem tá que não se aguenta de ansiedade? Eu sim!
Tudo explicado para vocês? Maite, Mane e por que Ucker apareceu? Os motivos de Anahi para se tornar quem se tornou?
Já viram que Ponchito já foi citado, alguém arrisca palpite de como eles vão se conhecer?? Logo estão chegando mais personagens para vocês conhecerem e amarem e odiarem.
Chega logo, quarta feira!
Autor(a): jadepegas
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SEGUNDA FASE Ano 2016 CAPÍTULO 12 "A veces, hay que olvidar lo que ha pasado, apreciar lo que queda y esperar lo que venga después." O combate com o espelho ainda incomodava Anahi. As palavras de Maite, lotadas de verdades e de um dolorido passado que ela estava bem longe de querer lembrar, ainda a machucavam. Quando olhava seu reflexo via a superaç& ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 43
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Juliana Santos Postado em 13/12/2020 - 03:21:50
Sofro esperando a continuação
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danisouza Postado em 27/07/2016 - 11:24:14
Leitora nova e já acho essa fanfic perfeita. Estou ansiossima por esse encontro de Annie e Poncho. Não estou gostando nadinha dessa nova Annie, espero que Poncho mude ela rapidoo. Continuaaa
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clara_herrera Postado em 31/05/2016 - 17:01:20
Continuando Maite sempre a apoiando :uma amizade linda -apesar de ter que lidar com os obstáculos da amiga . Uma amizade perfeita ;uma sempre apoiando outra . Uma amizade que só com o olhar já se saber o que sente . Tantas coisas aconteceram ... É até inexplicável vier falar desse começo ,pois aconteceu tantas coisas . O Mane foi uma pessoa em que teve horas em que eu queria que ele ficasse , pois quem sabe(?), ele poderia derrete esse gelo na Anahí .Queria que a Mai e o Mane ficasse juntos ... mas tem coisas que é pro nosso próprio bem . Mais tem coisas em nós não podemos mudar . Espero que ela encontre um pouco da doçura que foi deixada para traz e volte ser um terço do que era .... TALVEZ o Poncho possa a traze de volta ... Deixei um comentário lá no seu vídeo que está no youtube . Beijões,-e continue ,linda ....(Por isso que dizem "Quando você lê um livro tem que está prepara para o que se pode acontecer "o que é verdade . ) <3
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clara_herrera Postado em 31/05/2016 - 16:44:00
OMG ,que começo !Nossa ! Foi tantas coisas que aconteceu ... A minha vontade era de dar uns socos no Enrique pelo simples fato dele ter um pedaço de culpa de ser o que a Anahí é hoje : Fria . Uma atitude completamente não pensada ,calculista por algum que no fim nem teve valor o: cara acabou morrendo . O Rodrigo ... sem palavras , uma pessoa que só a usou ,a usou como um pedaço de carne . (chorei quando ela o viu com outra ) . Uma pessoa sem escrúpulo ,um ser considerado parente de um Monstro ! Odeio pois a uma grande parcela acaba sendo dele ,pois ele a fez perde o bebe o que era o seu grande sonho .Ela sempre foi muito ingênua sonhando em conhecer seu príncipe ,o que não é errado (pois eu mesmo acredito! ) . Mais ele foi o seu escape diante as situações em sua casa ,com seu pai a forma como ele a tratava . Ela queria pouca coisa :apenas carinho ,atenção ,um abraço quando chegasse em casa . Coisa simples ,que nós mesmo temos ... Maite sempre a apoiando :uma amizade linda -apesar...
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clara_herrera Postado em 18/05/2016 - 17:07:00
Como assim você tem essa Web ??? Leitora nova e que ,tenho certeza ,amará essa sua nova Web !!!!
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mari_ponny Postado em 04/05/2016 - 23:02:04
Maiteee melhooor pessoa !!!!! <3 Finalmenteee conseguiu tirar Anahí de casa!!! Ponchitooo vai chegaar!!!! <3 <3 CONTINUUUUA <3 <3 <3 <3
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mari_ponny Postado em 28/04/2016 - 23:42:39
Último comentário foi meu!! O nome nao apareceeu :/ :( por: mari_ponny
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Postado em 28/04/2016 - 23:40:45
Dioooosito!!! Como estou viva ainda??? Que capitulo cheioo de tirooos!!! Nem acredito q a Anny perdeu o baby :( Adiós Anny ingênua... Aiin to ansioosa pra conhecer a nova Anny.... :/ como o Rodrigo ainda teve a cara de pau de aparecer no hospital?? Aah faça-me o favor nee!! Manee deu tudo o que ele merecia!! Ninguém mandou machucar a Anny! Beem feito! :@ CONTINUUUUUUUA <3 <3 <3 <3 estouu cada diia mais apaixonada <3
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franmarmentini♥ Postado em 27/04/2016 - 15:21:44
CHEGUEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
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mari_ponny Postado em 24/04/2016 - 23:17:15
Anahí grávida... Mds ! Era oq faltava!! Mane com todos esses problemas.... Oq será q ele vai decidir? :/ affz.... O pai dele só sabe atrapalhar a vida deles.... CONTINUUUUUUUA <3 <3 <3 <3 <3 <3